SóProvas


ID
2558464
Banca
FCC
Órgão
TST
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

      A coletânea de aforismos que constituem os dois volumes de Humano, demasiado humano, considerado o marco inicial do segundo período da produção de Nietzsche, é um ajuste de contas definitivo com as ideias fundamentais do sistema filosófico de Schopenhauer.

Dedicando o livro à memória do filósofo francês Voltaire e escolhendo como epígrafe uma citação de René Descartes, Nietzsche já o insere simbolicamente na tradição da filosofia das Luzes, caracterizada pela confiança no poder emancipatório da ciência, em seu triunfo contra as trevas da ignorância e da superstição. Não por acaso, portanto, a obra tem como subtítulo Um livro para espíritos livres.

Se, para o jovem Nietzsche, era a arte – e não a ciência – o que constituía a atividade metafísica do homem, em Humano, demasiado humano ela é destituída desse privilégio. Fazendo uma referência velada a pressupostos fundamentais da filosofia de Schopenhauer, dos quais partilhara, Nietzsche toma agora o cuidado de se afastar criticamente deles. “Que lugar ainda resta à arte? Antes de tudo, ela ensinou, através de milênios, a olhar com interesse e prazer a vida, em todas as suas formas. Essa doutrina foi implantada em nós; ela vem à luz novamente agora como irresistível necessidade de conhecer. O homem científico é o desenvolvimento do homem artístico”.

Se, para o jovem Nietzsche, o aprofundamento do conhecimento científico conduzia à proliferação de um saber erudito e estéril, que sufocava a vida, para o Nietzsche do período intermediário o conhecimento científico torna livre o espírito.

Pouco mais tarde, Nietzsche aprofundaria seu novo entendimento relativo ao papel da ciência e à oposição entre esta e a arte. Contrapondo-se àqueles que valorizam apenas a imaginação e as obras-primas do disfarce estético, o filósofo afirma: “eles pensam que a realidade é horrível; contudo, não pensam que o conhecimento até da mais horrível realidade é belo, do mesmo modo que aquele que conhece bastante e amiúde está, por fim, muito longe de considerar horrível o grande todo da realidade, cuja descoberta lhe proporciona sempre felicidade. A felicidade do homem do conhecimento aumenta a beleza do mundo”.

(Adaptado de: GIACOIA JUNIOR, Oswaldo. Nietzsche. São Paulo, Publifolha, 2000, p. 42-46) 

Substituindo-se o segmento sublinhado pelo que se encontra entre parênteses, o verbo que deve ser flexionado no plural está em:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO D 

     

     a) Que lugar ainda resta à arte (aos artistas)? Não existe sujeito Preposicionado! 

     

     b) Nietzsche já o (os) insere simbolicamente na tradição da filosofia das Luzes...  O pronome "o" remete, na minha opinião, ao termo "O LIVRO", portanto deve permenecer no singular. 

     

     c) ... cuja descoberta lhe (lhes) proporciona sempre felicidade.  Essa é difícil! Acho que o pronome "lhe" é objeto indireto.

     

     d) A felicidade (As alegrias) do homem do conhecimento aumenta a beleza do mundo.  Colocando o termo entre parenteses "As Alegrias" no lugar do terno sublinhado "A Felicidade" o verbo deve concorda com o seu sujeito, portanto ficaria 'Aumentam"

     

     e) ... o aprofundamento do conhecimento científico (das doutrinas científicas) conduzia à proliferação... O termo "do conhecimento científico" é apenas complemento, o sujeito é "o aprofundamento"

  • OBS. O VERBO concorda com o SUJEITO/ NÚCLEO DO SUJEITO. Apenas na letra D a pluralização ocorre com o sujeito, portanto é a alternativa correta.

     

    a) Que lugar (sujeito) ainda resta à arte (aos artistas)? 

     

    b) Nietzsche (sujeito) já o (os) insere simbolicamente na tradição da filosofia das Luzes... 

     

    c) ... cuja descoberta (sujeito) lhe (lhesproporciona sempre felicidade. 

     

    d) A felicidade (sujeito) (As alegrias) do homem do conhecimento aumenta a beleza do mundo. CORRETA.

     

    e) ... o aprofundamento (núcleo do sujeito) do conhecimento científico (das doutrinas científicasconduzia à proliferação... 

  •  

    A) LUGAR -- RESTA

     

    B) NIETZSCHE -- INSERE

     

    C) DESCOBERTA -- PROPORCIONA

     

    D) FELICIDADE -- AUMENTA

     

    E) APROFUNDAMENTO -- CONDUZIA

     

     

    GAB D

  • Nesse tipo de questão, quando se pede concordância verbal, é importante procurar o sujeito, caso não seja nenhum caso especial (partitivo, posposto, casos especiais do verbo ser - que concorda com o predicativo ou com sujeito) o verbo flexionará conforme seu sujeito.

    Bons estudos e força.  

  • Parabéns! acertou!

     

    Deu mole então, deveria ter ido fazer e iria gabaritar. Assim pararia de fazer comentários inúteis nas questões e não continuaria na miséria que é ser um concurseiro.

  •  a)

    Que lugar ainda resta à arte (aos artistas)?  

     

    AOS ARTISTAS SERIA O OBJETO INDIRETO.

  •  

    O comando pede para substituir:

     

    a)      resta, pois concorda com “lugar” / não cabe sujeito preposicionado.

    b)      insere ou os insere

    c)      lhe proporciona ou lhes proporciona

    d)      As alegrias aumentam / não cabe “aumenta”, pois “do conhecimento” está preposicionando não podendo ser sujeito ou predicativo do sujeito.

    e)      conduzia, pois concorda com “o aprofundamento”

  • E SÓ PROCURAR O VERBO PRIMEIRO E ACHA O SUJEITO (DEPOIS VER SE CONCORDA E PRONTO)

  • Einstein Concurseiro,

     

    na alternativa C, o "lhe" funciona como objeto indireto. Veja:

     

    "cuja descoberta LHE proporciona sempre felicidade"

    "cuja descoberta sempre proporciona A ELE felicidade"

     

    Quem proporciona, proporciona ALGO a ALGUÉM (VTDI)

     

    Espero tê-lo ajudado!

     

    Bons estudos! AVANTE 

  • Os seguimentos sublinhados sao : 

    a. à arte

    b. os

    c. lhe

    d. a felicidade

    e. do conhecimento científico 

  • Em 15/02/2018, às 14:16:42, você respondeu a opção A.

    Em 02/01/2018, às 12:12:55, você respondeu a opção A.

  • Nanuxa , uma dica: a presença da crase nos faz descartar a hipótese de a '' arte '' ser sujeito , visto que não existe sujeito preposicionado.

    Nesse caso a presença da crase , nos garante que o termo '' arte'' funciona como Objeto Direto do verbo restar.

    Então , não haverá flexão do verbo.

     

    Caso viesse: Que lugar ainda resta a arte ?   

     Poderíamos considerar a ''arte'' como sujeito. 

     

  • Gabarito: letra A.

     

    Dica: se estiver preposicionado, não é sujeito!

  • Pessoal o gabarito é a letra DDDDD, não a AA

  • O ENUNCIADO DIZ:

    Substituindo-se o segmento sublinhado (é o sujeito) pelo que se encontra entre parênteses, o verbo (concorda com o sujeito) deve ser flexionado no plural está em: 

    REGRA: O sujeito / núcleo do sujeito concorda com o verbo.

    Neste enunciado é necessário localizar o verbo da sentença e analisar se o segmento sublinhado (é o sujeito) do verbo. 
    -----

    SUJEITO | VERBO.

    A) lugarresta

    B) Nietzscheinsere

    C) descobertaproporciona

    D) felicidade | aumenta

    E) aprofundamento | conduzia

     

    GABARITO: D -  "As alegrias do homem do conhecimento aumentam a beleza do mundo."