Uma questão aparentemente difícil e onde, novamente, o candidato podia encontrar a resposta por exclusão.
Em primeiro lugar, é importante situar no tempo a crise do colonialismo português: ela inicia-se no final dos anos 1950 e se encerra em 1975-1976. Portanto, o processo de independência das colônias portuguesas na África ocorreu em plena Guerra Fria. Sabendo disso, o candidato elimina as alternativas A, que se refere a um contexto do início do século XIX; a B, pois a Conferência de Berlim é de 1884, e Portugal só perdeu o domínio sobre suas colônias quase um século depois; e a D, que nega a polarização geopolítica da Guerra Fria, sendo que Angola e Moçambique independentes instalaram um regime político pró-soviético.
A alternativa C é gritantemente errada ao caracterizar as independências de Angola e de Moçambique como pacíficas, feitas à base de negociação com o poder metropolitano.
A alternativa E (gabarito) associa corretamente as guerras de libertação colonial ao enfraquecimento do regime fascista lusitano contribuindo poderosamente para desencadear a Revolução dos Cravos, de 1974, cujos resultados imediatos foram a redemocratização de Portugal e a emancipação de seu império colonial.
Fonte: https://ensinarhistoria.com.br/historia-na-fuvest-2018-uma-prova-exigente/