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ID
2560462
Banca
FUVEST
Órgão
USP
Ano
2017
Provas
Disciplina
História
Assuntos

No que se refere à crise do colonialismo português na África na segunda metade do século XX,

Alternativas
Comentários
  • Alternativa E

    No período entre guerras, Portugal assistiu à construção de um regime autoritário sob o comando de Salazar, que controlou o país entre 1932 e 1968. O fim do seu governo não significou o fim do autoritarismo, que continuou sob o governo de Marcello Caetano. Em meio ao movimento de descolonização afro-asiática, teve início, nos anos 1960, a guerra da independência das colônias portuguesas na África. A longa guerra contribuiu para o desgaste do regime português, que terminava com a Revolução dos Cravos em 1974.

    Créditos: Anglo

  • Uma questão aparentemente difícil e onde, novamente, o candidato podia encontrar a resposta por exclusão.

    Em primeiro lugar, é importante situar no tempo a crise do colonialismo português: ela inicia-se no final dos anos 1950 e se encerra em 1975-1976. Portanto, o processo de independência das colônias portuguesas na África ocorreu em plena Guerra Fria. Sabendo disso, o candidato elimina as alternativas A, que se refere a um contexto do início do século XIX; a B, pois a Conferência de Berlim é de 1884, e Portugal só perdeu o domínio sobre suas colônias quase um século depois; e a D, que nega a polarização geopolítica da Guerra Fria, sendo que Angola e Moçambique independentes instalaram um regime político pró-soviético.

    A alternativa C é gritantemente errada ao caracterizar as independências de Angola e de Moçambique como pacíficas, feitas à base de negociação com o poder metropolitano.

    A alternativa E (gabarito) associa corretamente as guerras de libertação colonial ao enfraquecimento do regime fascista lusitano contribuindo poderosamente para desencadear a Revolução dos Cravos, de 1974, cujos resultados imediatos foram a redemocratização de Portugal e a emancipação de seu império colonial.

    Fonte: https://ensinarhistoria.com.br/historia-na-fuvest-2018-uma-prova-exigente/