FUNDAMENTO:
1) Porque não estou nada seguro de que estejamos, leitor e autor, de acordo. (2ª linha)
2) Não para compreender algo na linha em que estou pensando. Ele tem os seus próprios motivos e razões para compreender algo, mas esse algo é ele que determina. Quando alguém está em uma leitura e levanta o olhar como se estivesse a aprender, mostra que está envolvido com o que alguém escreveu: “Isto é meu, isto tem a ver comigo.” (3ª,4ª e 5ª linha)
ASSERTIVA:
b) as possíveis diferenças de perspectiva não eliminam a possibilidade de partilharem uma mesma questão. ✔️
GABARITO LETRA B
Galera, fazer questoes é vc brincar de achar o erro. Vc tem quatro assertivas erradas e uma certa. Sua missão é achar esses quatro erros. Que loko ne.
Na dada questao, vamos tirando as alternativas mais óbvias e deixando as mais difíceis no final. Geralmente, vc consegue tirar 3 erradas na cara. As duas no final vc vai acertar se vc tiver paciencia e tentar achar o erro mais implícito.
Que louco.
Somos máquinas de resolver questoes. Nós, quando chutamos, acertamos tudo. Nós somos imas para resolver questões. Nós acertamos tudo. Nós passamos nos melhores concursos.
Na questao em tela, eu cheguei à resposta pelo seguinte excerto em vermelho:
Do autor para o leitor
Quando falo de pessoa a pessoa, quer dizer, da pessoa-autor que sou à pessoa-leitor que o leitor é, tudo o que faço é depositar nele a inquietação para definir as mudanças que ele imagine necessárias. Porque não estou nada seguro de que estejamos, leitor e autor, de acordo. Escrevo para compreender, e desejaria que o leitor fizesse o mesmo, que lesse para compreender. Compreender o quê? Não para compreender algo na linha em que estou pensando. Ele tem os seus próprios motivos e razões para compreender algo, mas esse algo é ele que determina. Quando alguém está em uma leitura e levanta o olhar como se estivesse a aprender, mostra que está envolvido com o que alguém escreveu: “Isto é meu, isto tem a ver comigo.”
(SARAMAGO, José. As palavras de Saramago. S. Paulo: Companhia das Letras, 2010, p. 327)