SóProvas


ID
256270
Banca
VUNESP
Órgão
TJ-SP
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

WikiLeaks contra o Império


A diplomacia americana levará tempo para se recuperar
da pancada que levou da WikiLeaks. Tudo indica que 250 mil
documentos secretos foram copiados por um jovem soldado em
um CD enquanto fingia ouvir Lady Gaga. Um vexame para um
país que gasta US$ 75 bilhões anuais com sistema de segurança
que agrupa repartições e emprega mais de 1 milhão de pessoas,
das quais 854 mil têm acesso a informações sigilosas.
A WikiLeaks não obteve documentos que circulam nas
camadas mais secretas da máquina, mas produziu aquilo que
o historiador e jornalista Timothy Garton Ash considerou
"sonho dos pesquisadores, pesadelo para os diplomatas". As
mensagens mostram que mesmo coisas conhecidas têm aspectos
escandalosos.
A conexão corrupta e narcotraficante do governo do Afeganistão
já é antiga, mas ninguém imaginaria que o presidente
Karzai chegasse a Washington com um assessor carregando
US$ 52 milhões na bagagem. A falta de modos dos homens da
Casa de Windsor é proverbial, mas o príncipe Edward dizendo
bobagens para estranhos no Quirguistão incomodou a embaixadora
americana.
O trabalho da WikiLeaks teve virtudes. Expôs a dimensão
do perigo representado pelos estoques de urânio enriquecido
nas mãos de governos e governantes instáveis. Se aos 68 anos o
líbio Muammar Gaddafi faz-se escoltar por uma "voluptuosa"
ucraniana, parabéns. O perigo está na quantidade de material
nuclear que ele guarda consigo. Os telegramas relacionados com
o Brasil revelaram a boa qualidade dos relatórios dos diplomatas
americanos. O embaixador Clifford Sobel narrou a inconfidência
do ministro Nelson Jobim a respeito de um tumor na cabeça do
presidente boliviano Evo Morales. Seu papel era comunicar. O
de Jobim era não contar.
A vergonha americana pede que se relembre o trabalho de
10 mil ingleses, entre eles alguns dos maiores matemáticos do
século, que trabalharam em Bletchley Park durante a Segunda
Guerra, quebrando os códigos alemães. O serviço dessa turma
influenciou a ocasião do desembarque na Normandia e permitiu
o êxito dos soviéticos na batalha de Kursk.
Terminada a guerra, Winston Churchill mandou apagar
todos os vestígios da operação, mantendo o episódio sob um
manto de segredo. Ele só foi quebrado, oficialmente, nos anos
70. Com a palavra Catherine Caughey, que tinha 20 anos quando
trabalhou em Bletchley Park: "Minha grande tristeza foi ver
que meu amado marido morreu em 1975 sem saber o que eu fiz
durante a guerra". Alan Turing, um dos matemáticos do parque,
matou-se em 1954. Mesmo condenado pela Justiça por conta de
sua homossexualidade, nunca falou do caso. (Ele comeu uma
maçã envenenada. Conta a lenda que, em sua homenagem, esse
é o símbolo da Apple.)


(Elio Gaspari, WikiLeaks contra o Império. Folha de S.Paulo. Adaptado)

Em - A falta de modos dos homens da Casa de Windsor é proverbial, mas o príncipe Edward dizendo bobagens para estranhos no Quirguistão incomodou a embaixadora americana. (3.º parágrafo) - a conjunção destacada pode ser substituída por

Alternativas
Comentários
  • Mas é conjunção adversativa.
    Outras:
    Porém, todavia, entretanto, contudo, no entanto etc.
  • Vejamos:
    • . a)  portanto. - SEMPRE será uma conclusão explicativa, explica aquilo que já foi dito anteriormente
    • b) como. - conjnção - ligam termos
    • c) no entanto. - expressão adversativa, apenas substituídas pelas PALAVRAS já citadas pelo colega entre outras... ;lembrando-se que o mas que é muito comum...
    • d) porque. - um porque junto SEMPRE será uma conclusão ou explicação daquilo que foi dito anteriormente
    • e) ou. - conjunção - ligam termos
    abs bons estudos.
  • Ora, poderia ser substituida por qualquer uma das sugeridas nas alternativas. Agora, se for para manter o sentido do texto, aí sim, teria q ser a conjunção adversativa no entanto.
    Em concurso, tem q ser bem explicado no enunciado!
  • mas --> ADVERSATIVA


    a) portanto -->  CONCLUSIVA


    b) como --> CAUSA


    c) no entanto -->ADVERSATIVA


    d) porque --> EXPLICATIVA


    e) ou --> ALTERNATIVA



    Então, a única alternativa que poderíamos troca sem prejuízo de sentido é a LETRA C

  • c) no entanto, ma, porém, contudo, entretanto, não obstante, todavia, etc- ADVERSATIVA

  • Portanto -> conclusivo
    como -> conformativo, causal ou comparativo
    no entando -> adversativo
    porque -> explicativo, causal ou final
    ou -> alternativo


    GABARITO -> [C]

     

  • Gabarito= C

    Mas = adversativa (porém, contudo, no entanto, entretanto, senão, não obstante, aliás, ainda assim..)

    A)Portanto (conclusivo)

    B)como (conformativo, causal ou comparativo)

    C)no entanto (adversativa)

    D)porque (explicativo, causal ou final)

    E) ou (alternativa)

  • Se as questões da prova desse ano fossem nesse nível, seria o paraíso kkkkkk

  • A) Portanto (conclusivo)

    Conjunções Coordenativas conclusivas

    Indicam relação de conclusão. São elas: pois (posposta ao verbo), logoportanto, então,

    por issopor conseguintepor istoassim, etc.

    Ex: Ele bebeu bem mais do que poderia, logo ficou embriagado.

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    B) como (conformativo, causal ou comparativo)

    São chamadas conjunções conformativas aquelas que iniciam uma oração subordinada em que se exprime a conformidade de um pensamento com o da oração principal. Exemplos: Conforme, como (no sentido de conforme), segundo, consoante.

    Ex: Conforme o presidente, os juros têm que cair no próximo semestre.

    Conjunções Causais

    São aquelas que indicam uma oração subordinada que denota causa:

    Porque, pois, porquanto, como (no sentido de porque), pois que, por isso que, á que, uma vez que, visto que, visto como, que.

    Exemplos:

    • A casa incendiou porque esqueceram o gás ligado.
    • Saiu mais cedo visto que o filho ligou.

    As conjunções subordinativas adverbiais comparativas estabelecem uma correspondência, um paralelo em relação a oração independente. São elas: como, assim como, como se, bem como, que nem, que e do que (precedido de mais, menos, maior, menor, melhor, pior), tal qual, etc.

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    C) no entanto. [Gabarito]

    As conjunções adversativas são representadas por palavras que dão a ideia de oposição e contraste. ... Neste artigo vamos nos ater somente às conjunções coordenadas adversativas, que são: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto e não obstante.

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    D) porque (explicativo, causal ou final)

    conjunção explicativa é um dos tipos de conjunções coordenativas. Sua principal função é a de relacionar duas orações, com uma explicando a informação contida na outra (daí o nome, “explicativa”). Algumas das conjunções coordenativas explicativas da língua portuguesa são: que, porque, pois, porquanto etc.

    Conjunções Causais

    São aquelas que indicam uma oração subordinada que denota causa:

    Porque, pois, porquanto, como (no sentido de porque), pois que, por isso que, á que, uma vez que, visto que, visto como, que.

    Exemplos:

    • A casa incendiou porque esqueceram o gás ligado.
    • Saiu mais cedo visto que o filho ligou.

    As conjunções finais iniciam uma oração subordinada indicando a finalidade da oração principal.

    Exemplos: Para que, a fim de que, porque (no sentido de que), que. É tarde para que reverta o estrago.

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    E) ou (alternativa)

    Especificamente, as conjunções coordenativas alternativas ligam termos ou orações de sentido/significado distinto, expressando alternância de fatos ou uma escolha que se faz. ... A conjunção coordenativa alternativa mais comum é “ou”, embora haja muitas outras, como: ora, quer, seja, nem, já etc.