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ID
256282
Banca
VUNESP
Órgão
TJ-SP
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

WikiLeaks contra o Império


A diplomacia americana levará tempo para se recuperar
da pancada que levou da WikiLeaks. Tudo indica que 250 mil
documentos secretos foram copiados por um jovem soldado em
um CD enquanto fingia ouvir Lady Gaga. Um vexame para um
país que gasta US$ 75 bilhões anuais com sistema de segurança
que agrupa repartições e emprega mais de 1 milhão de pessoas,
das quais 854 mil têm acesso a informações sigilosas.
A WikiLeaks não obteve documentos que circulam nas
camadas mais secretas da máquina, mas produziu aquilo que
o historiador e jornalista Timothy Garton Ash considerou
"sonho dos pesquisadores, pesadelo para os diplomatas". As
mensagens mostram que mesmo coisas conhecidas têm aspectos
escandalosos.
A conexão corrupta e narcotraficante do governo do Afeganistão
já é antiga, mas ninguém imaginaria que o presidente
Karzai chegasse a Washington com um assessor carregando
US$ 52 milhões na bagagem. A falta de modos dos homens da
Casa de Windsor é proverbial, mas o príncipe Edward dizendo
bobagens para estranhos no Quirguistão incomodou a embaixadora
americana.
O trabalho da WikiLeaks teve virtudes. Expôs a dimensão
do perigo representado pelos estoques de urânio enriquecido
nas mãos de governos e governantes instáveis. Se aos 68 anos o
líbio Muammar Gaddafi faz-se escoltar por uma "voluptuosa"
ucraniana, parabéns. O perigo está na quantidade de material
nuclear que ele guarda consigo. Os telegramas relacionados com
o Brasil revelaram a boa qualidade dos relatórios dos diplomatas
americanos. O embaixador Clifford Sobel narrou a inconfidência
do ministro Nelson Jobim a respeito de um tumor na cabeça do
presidente boliviano Evo Morales. Seu papel era comunicar. O
de Jobim era não contar.
A vergonha americana pede que se relembre o trabalho de
10 mil ingleses, entre eles alguns dos maiores matemáticos do
século, que trabalharam em Bletchley Park durante a Segunda
Guerra, quebrando os códigos alemães. O serviço dessa turma
influenciou a ocasião do desembarque na Normandia e permitiu
o êxito dos soviéticos na batalha de Kursk.
Terminada a guerra, Winston Churchill mandou apagar
todos os vestígios da operação, mantendo o episódio sob um
manto de segredo. Ele só foi quebrado, oficialmente, nos anos
70. Com a palavra Catherine Caughey, que tinha 20 anos quando
trabalhou em Bletchley Park: "Minha grande tristeza foi ver
que meu amado marido morreu em 1975 sem saber o que eu fiz
durante a guerra". Alan Turing, um dos matemáticos do parque,
matou-se em 1954. Mesmo condenado pela Justiça por conta de
sua homossexualidade, nunca falou do caso. (Ele comeu uma
maçã envenenada. Conta a lenda que, em sua homenagem, esse
é o símbolo da Apple.)


(Elio Gaspari, WikiLeaks contra o Império. Folha de S.Paulo. Adaptado)

O termo voluptuosa (4.º parágrafo), pode ser substituído, sem acarretar prejuízo de sentido ao texto, por

Alternativas
Comentários
  • voluptuoso - adj. Que encerra volúpia ou prazer; deleitoso, delicioso. / Sensual, lúbrico, lascivo, libidinoso: espetáculo voluptuoso. 
  • Voluptuosa - O mesmo que volúpia; sensualidade; prazer

    Resposta Letra C
    Bons Estudos Pessoal !!

    Paulo.
  • Essa quem ouve Paralamas do Sucesso Matou. Musica instrumental: Volupia

  • Pudica é um adjetivo feminino que qualifica aquela pessoa que é recatada, reservada, tímida, envergonhada.

    Pudica - Envergonhada. Tímida.

  • Errei, mas parando para pensar bem, lembro que tratam do corpo bonito feminino como sinônimo de voluptuoso, deveria ter ido por esse caminho.

  • Quanto à alternativa A:

    Pudica é um adjetivo feminino que qualifica aquela pessoa que é recatada, reservada, tímida, envergonhada. Pudica é aquela pessoa que tem pudor, que tem um comportamento de vergonha, de timidez, de recato, diante de fatos contrários aos seus sentimentos de honestidade ou de decência.