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ID
2570539
Banca
CFC
Órgão
CFC
Ano
2017
Provas
Disciplina
Contabilidade Geral
Assuntos

Uma Sociedade Empresária apresentava em seu Balanço Patrimonial de 31.12.2016, diante da presença de indicativo de perda para um determinado ativo imobilizado – mas antes da realização do Teste de Redução ao Valor Recuperável –, um imobilizado registrado pelo valor contábil de R$20.000.000,00, o qual era composto pelos seguintes valores:


✓ Custo de Aquisição: R$24.000.000,00.

✓ Depreciação Acumulada: R$4.000.000,00.


Após realizar o Teste de Redução ao Valor Recuperável para este ativo imobilizado, a Sociedade Empresária obteve as seguintes informações:


✓ Valor em uso do imobilizado: R$21.000.000,00.

✓ Valor justo líquido das despesas de venda do imobilizado: R$19.000.000,00.


Considerando-se apenas as informações apresentadas e o que dispõe a NBC TG 01 (R3) – REDUÇÃO AO VALOR RECUPERÁVEL DE ATIVOS, para a correta evidenciação dos fatos apresentados nas Demonstrações Contábeis do ano de 2016, a Sociedade Empresária deve:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito Letra A

    Teste de recuperabilidade consiste em avaliar o valor contábil se está compatível com o valor recuperável, assim, temos:

    Valor contábil = 20.000
    Valor recuperável = o MAIOR entre o valor justo líquido de despesas de venda e valor em uso
          >> nessa questão, o valor recuperável é o VALOR EM USO = 21.000

    Execução do teste
    VC > VR = reconheço uma perda por recuperabilidade pela diferença entre os dois
    VC < VR = não reconheço nenhuma perda, e se tiver perdas de períodos passados por recuperabilidade, deve haver reversão até o limite das perdas apuradas. EXCEÇÃO: Ágio de rentabilidade futura. (não podem fazer essa reversão)

    Na questão, o VC é menor que o VR, assim, não haverá nenhum ajuste no BP de 2016

    bons estudos

  • só haverá reversão se anteriormente houve redução ao valor recuperável em teste de impairment 

  • Ao realizar o Teste de Recuperabilidade a entidade deve comparar o valor contábil do item (R$ 20..000000,00) com seu valor recuperável (R$ 21.000,00), que é o maior entre o valor em uso e o valor justo líquido das despesas de venda.

    Se o valor recuperável for inferior ao valor contábil, há que se constituir uma perda por redução ao valor recuperável.

    Caso o valor recuperável seja superior ao valor contábil (cenário proposto pela afirmativa), não há necessidade de realização de nenhum lançamento.

    Com isso, correta a alternativa A, pois a entidade deverá manter o valor contábil de R$ 20 milhões em seu Balanço Patrimonial.

  • Questão sobre o teste de impairment com base no CPC 01 (R1), pronunciamento correlato da NBC TG 01 (R4), em conjunto com o conceito depreciação de ativos.

    Conforme Montoto¹, imparment significa redução ao valor recuperável. É a impossibilidade de recuperação do valor de um ativo, seja porque seu valor líquido de venda é menor que o valor contábil, seja porque ele não tem mais capacidade de gerar caixa suficiente para recuperar o capital investido pela empresa. São reduções em função de avaliação do ativo.

    Já a depreciação é causada em função da utilização do ativo, corresponde à perda do valor dos direitos que têm por objeto bens físicos sujeitos a desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência.

    Nessa questão, iremos teremos que usar basicamente esses dois conceitos para chegarmos no valor contábil do imobilizado em 31/12/2016, após o teste de impairment.

    Conforme CPC 01, o valor recuperável de um ativo é o maior valor entre o seu valor justo líquido de despesa de venda (R$ 19.000.000,00) e o seu valor em uso (R$ 21.000.000,00). Sendo então, R$ 21.000.000,00.

    Atenção! Veja que a questão já nos fornece o valor contábil do ativo (R$20.000.000,00), que corresponde ao custo de aquisição menos a depreciação acumulada.

    Ao aplicarmos o teste de imparment, precisamos comparar o valor contábil do ativo (VC) com seu valor recuperável (VR). Disso, teremos duas possibilidades:
    (1) VC <= VR

    Nessa situação não precisamos registrar nenhuma perda. Entretanto, isso não significa que não haverá lançamento contábil. Caso haja perdas registradas em períodos passados por recuperabilidade, deverá ser registrada a reversão até o limite das perdas apuradas,
    Dica! Goodwill é uma exceção, nesse ponto. A perda de períodos passados nesse caso não deverá ser revertida.

    (2) VC > VR
    Nessa situação devemos lançar a diferença do valor como perda por recuperabilidade

    Feita toda revisão, agora podemos analisar cada uma das alternativas:

    A) Certo, no caso em tela, ao aplicarmos o teste de recuperabilidade, notamos:
    VC (R$20.000.000,00) <= VR  (R$ 21.000.000,00)
    Logo, devemos manter o valor contábil apresentado no BP ao final do 2016.

    B) Errado, não reconhecemos perda pois o VC é menor que o VR. 

    C) Errado, como vimos, não devemos reconhecer perda.

    D) Errado, não revertemos a depreciação acumulada com base em impairment. Como vimos, é possível a reversão das perdas por recuperabilidade de períodos passados.

    Gabarito do Professor: Letra A.

    ¹ Montoto, Eugenio Contabilidade geral e avançada esquematizado® / Eugenio Montoto – 5. ed. – São Paulo : Saraiva Educação, 2018.