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ID
2576275
Banca
ESAF
Órgão
MAPA
Ano
2017
Provas
Disciplina
Veterinária
Assuntos

A Escherichia coli enterohemorrágica O157:H7 é um importante patógeno transmitido por alimentos que causa uma doença grave em humanos em todo o mundo. Vários estudos comparativos e epidemiológicos indicam que a E. coli O157:H7 pode ser descendente de uma cepa de E. coli não toxigênica e menos virulenta, denominada:

Alternativas
Comentários
  • LETRA E

     

    PARECER OFICIAL DA ESAF SOBRE OS RECURSOS

     

    Em relação aos recursos que indagam que a questão deve ser anulada porque a E. coli O157:H7 se origina, não de uma, mas duas estirpes e que a E. coli O55:H7 é uma cepa toxigênica produtora da toxina Stx2a. A referida questão está dentro do conteúdo programático, especificamente faz parte do item “9. Patógenos de interesse de saúde pública implicados em surtos alimentares por consumo de produtos de origem animal.” Além disso, a E. coli O157:H7 pertence ao patotipo enterohemorrágica (EHEC) e é produtora das toxinas Shiga (Stx1 e Stx2) que são adquiridas via bacteriófagos lisogênicos. É a cepa mais famosa deste patotipo, sendo responsável por surtos de colite hemorrágica relacionados com o consumo de hambúrgueres contaminados e malcozidos. A transferência horizontal de genes via elementos genéticos móveis, como os bacteriófagos e os plasmídeos, é um importante mecanismo que pode transformar cepas comensais em cepas patogênicas. O que torna o estrito controle importantíssimo com base na potencial disseminação deste patógeno. Por isto, que embora originalmente a cepa E. coli O55:H7 tenha sido considerada não-toxigênica e menos virulenta quando comparada a cepa E. coli O157:H7, ela adquiriu a toxina Shiga em um determinado momento ou hospedeiro e se transformou em uma cepa toxigênica como descrito em alguns artigos citados pelos candidatos em seus recursos. Em relação a origem evolutiva, o próprio artigo de Wick et al. (2005) citado também pelos candidatos em seus recursos, aponta a cepa E. coli O55:H7 como progenitora em sua origem evolucionária: “Evolutionary analysis has shown that O157:H7 strains are genetically most closely related to enteropathogenic E. coli O55:H7 strains and has engendered a model specifying that O157:H7 evolved through a series of transitional steps from a nontoxigenic progenitor (Fig. 1A)”. Além disso, o artigo de Lim et al. (2010) que faz uma breve revisão sobre a E. coli O157:H7 e o seu plasmídeo O157.

    Especificamente na página 2, os autores descrevem sobre a evolução da referida bactéria, não deixando dúvidas em relação a sua origem: 

    “Evolution Several comparative and epidemiological studies indicate that E. coli O157:H7 may have descended from the nontoxigenic and less virulent strain E. coli O55:H7. E. coli O15:H7 has emerged through four sequential events; (i) acquisition of an stx2-containing bacteriophage, (ii) acquisition of pO157 and the rfb region, (iii) acquisition of the stx1-containing bacteriophage, and (iv) loss of the ability to ferment D-sorbitol and loss of betaglucuronidase (GUD) activity.”