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ID
2576413
Banca
CPCON
Órgão
UEPB
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Considere a seguinte situação: Astolfo, cidadão naturalizado brasileiro, foi preso por tráfico de entorpecentes. Examine as assertivas abaixo, relativas à atitude a ser adotada face a ilícitos dessa natureza, e indique a alternativa que está em conformidade com os termos fixados pela CF1988

Alternativas
Comentários
  • Conforme a CF/88 , TEMOS : 

    ART 5º (...) LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório policial

     

    BONS ESTUDOS !! 

  • Relembrando:

    Art. 5º, CF/88:

    LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei;

     

    Bons estudos.

  • a) Será julgado pelo Tribunal Penal Internacional. ERRADO
    A competência será da Justiça Brasileira
    .
      b) Não poderá sofrer a pena de suspensão ou interdição de direitos. ERRADO
    XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes:

    (...)

    e) suspensão ou interdição de direitos;
    .
      c) Deverá sujeitar-se à pena de banimento por não ser cidadão brasileiro nato. ERRADO
    XLVII - não haverá penas:
    (...)

    d) de banimento;
    .
    d) Não poderá ser extraditado em decorrência deste crime.ERRADO
    LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei;
    .
      e) Terá direito à identificação dos responsáveis por sua prisão. GABARITO
    LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório policial;

  • a) Em regra pela Justiça Estadual, salvo se o tráfico for internacional (J. Federal). Tráfico interestadual ainda é competência da Justiça Estadual (do local da apreensão).

     

    b) Ora, o simples fato de ser submetido à prisão já é uma ocorrência de suspensão ou interdição de direitos.

     

    c) As seguinte penas são proibidas no Brasil:

    - de morte, savo em caso de guerra declarada;

    -de caráter perpétuo;

    -de trabalhos forçados;

    -de banimento;

    -cruéis

     

    d) O brasileiro NATO nunca será extraditado. O NATURALIZADO em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins.

     

    Bons estudos.

  • Só é julgado pelo TPI quem comete crimes: de Guerra; crimes contra a Humanidade; Genocídio e Crimes de Agressão (art. 5º do Estatuto de Roma - http://www.dhnet.org.br/direitos/sip/tpi/esttpi.htm)

     

    Tráfico de Drogas não se enquadra em nenhum deles.

  • Guerreiro Fabiano D., data vênia,

     

    ''d) O brasileiro NATO nunca será extraditado. O NATURALIZADO em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins.''

     

    Eu não marcaria isso em uma prova objetiva, quando você diz nunca, você diz em nenhuma hipótese o brasileiro nato será extraditado, todavia, existem a extradição passiva e ativa.

     

    A extradição é um ato de cooperação internacional que consiste na entrega de uma pessoa, investigada, processada ou condenada por um ou mais crimes, ao país que a reclama.

     

    A extradição pode ser classificada a partir de dois pontos de vista distintos:

    extradição ativa, quando o Governo brasileiro requer a extradição de um foragido da Justiça brasileira a outro país, e

    extradição passiva, quando um determinado país solicita a extradição de um indivíduo foragido que se encontra em território brasileiro.

     

    O cidadão nato nunca será extraditado pelo Brasil, obviamente (extradição passiva). Em outras palavras, o Brasil não enviará o seu cidadão para outro país, para lá ser processado.

    Contudo, pode, perfeitamente, ser extraditado para o Brasilpor outra nação, a pedido de nosso país (extradição ativa). É o caso do famoso banqueiro Salvatore Cacciola, enviado pelo Principado de Mônaco para o Brasil.

     

    FONTES: Extradição — Ministério da Justiça e Segurança Pública  e Grancursosonline.blog

  • No Brasil não há penas de:

    Banimento

    Cruéis

    Caráter perpetuo

    Trabalhos forçados

    Morte, salvo em caso de guerra declarada.

     

     

    Gabarito E

     

     

  • QUESTÃO QUE SE MATA PELA CF/88...

  • LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório policial;

    GB E

    PMGO

  • TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL

    Artigo 5o Crimes da Competência do Tribunal

    (MNEMÔNICO GHUGA =

    GUERRA,

    HUMANIDADE,

    GENOCÍDIO,

    AGRESSÃO)

    1. A competência do Tribunal restringir-se-á aos crimes mais graves, que afetam a comunidade internacional no seu conjunto.

    Nos termos do presente Estatuto, o Tribunal terá competência para julgar os seguintes crimes:

    a) O crime de genocídio;

    b) Crimes contra a humanidade;

    c) Crimes de guerra;

    d) O crime de agressão.

  • Crime contra a humanidade. Art. 7º do Estatuto de Roma. Tratado internacional internalizado pelo Decreto n. 4.388/2002. Ausência de lei em sentido formal. Princípio da Legalidade. Art. 5º, XXXIX, da CF. Ofensa.

    É necessária a edição de lei em sentido formal para a tipificação do crime contra a humanidade trazida pelo Estatuto de Roma, mesmo se cuidando de Tratado internalizado.

    STJ- Informativo 659- 22/11/2019

    O conceito de crime contra a humanidade se encontra positivado no art. 7º do Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional, o qual foi adotado em 17/07/1998, porém apenas passou a vigorar em 01/07/2002, quando conseguiu o quórum de 60 países ratificando a convenção, sendo internalizado por meio do Decreto n. 4.388/2002. No Brasil, no entanto, ainda não há lei que tipifique os crimes contra a humanidade, embora esteja em tramitação o Projeto de Lei n. 4.038/2008, que "dispõe sobre o crime de genocídio, define os crimes contra a humanidade, os crimes de guerra e os crimes contra a administração da justiça do Tribunal Penal Internacional, institui normas processuais específicas, dispõe sobre a cooperação com o Tribunal Penal Internacional, e dá outras providências". 

  • A questão exige do candidato o conhecimento acerca do que a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 dispõe sobre brasileiro naturalizado.

    Análise das alternativas:

    Alternativa A - Incorreta. O Tribunal Penal Internacional não julga o crime de tráfico de drogas. Art. 5º do Estatuto de Roma: "A competência do Tribunal restringir-se-á aos crimes mais graves, que afetam a comunidade internacional no seu conjunto. Nos termos do presente Estatuto, o Tribunal terá competência para julgar os seguintes crimes: a) O crime de genocídio; b) Crimes contra a humanidade; c) Crimes de guerra; d) O crime de agressão".

    Alternativa B - Incorreta. Poderá sofrer suspensão dos direitos caso condenado definitivamente pelo delito. Art. 15, CRFB/88: "É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de: I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado; II - incapacidade civil absoluta; III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos; IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII; V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º".

    Alternativa C - Incorreta. A pena de banimento é vedada pela Constituição. Art. 5º, XLVII, CRFB/88: "não haverá penas: (...) d) de banimento; (...)".

    Alternativa D - Incorreta. Art. 5º, LI, CRFB/88: "nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei;".

    Alternativa E - Correta! Trata-se de direito individual constitucionalmente assegurado. Art. 5º, LXIV, CRFB/88: "o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório policial;".

    Gabarito:

    O gabarito da questão, portanto, é a alternativa E.