GABARITO: A
Spinelli e Pedersoli Júnior (2010) apontam a ferramenta conceitual dos 10 agentes de deterioração. São eles:
1. Forças físicas - Danos e perda de valor de itens do acervo por armazenamento, manuseio e transporte inadequados; Emergência envolvendo o colapso localizado, parcial ou total do edifício, afetando o acervo e outros elementos patrimoniais.
2. Criminosos - Furto e roubo de itens do acervo ou de outros bens patrimoniais e atos de vandalismo.
» Possíveis causas: Elevado valor no mercado de arte ou demanda por colecionadores de itens do acervo; furto oportunista; manifestações de natureza política, social e religiosa; falta de educação.
3. Fogo - Incêndio no prédio sede afetando o acervo e outros elementos patrimoniais.
» Possíveis causas: Podem ser múltiplas, internas e externas: [...] falha de equipamentos de pequeno ou médio porte operando dentro do edifício (ebulidores, cafeteiras, desumidificadores, ventiladores, lâmpadas de mesa, computadores, etc.).
4. Água - Danos e perda de valor de itens do acervo ou de outros elementos patrimoniais causados por ação de água.
» Mecanismos e rotas de propagação: Defeitos no telhado e forros; janelas defeituosas ou esquecidas abertas; [...] estantes e mobiliário de guarda de coleções sem anteparos superiores (para proteção contra vazamentos ou infiltrações através do teto) e sem distanciamento de segurança do piso.
5. Pragas - Danos e perda de valor de itens do acervo ou de outros elementos patrimoniais por ação de pragas.
» Mecanismos e rotas de propagação: [...] objetos contaminados introduzidos no edifício ou área de guarda sem o devido controle.
6. Poluentes - Danos e perda de valor de itens do acervo ou de outros elementos patrimoniais por ação de poluentes.
» Possíveis fontes: Podem ser múltiplas, internas e externas: [...] alguns materiais de acabamento e decoração.
7. Luz e radiação UV e IR - A luz provoca o esmaecimento de cores a partir de reações fotoquímicas (a velocidade do esmaecimento depende da sensibilidade do material e da dose de luz recebida). A radiação ultravioleta induz reações químicas nos materiais, podendo resultar em amarelecimento, formação de resíduos pulverulentos em superfícies (chalking), enfraquecimento e desintegração de materiais, dependendo igualmente da vulnerabilidade do material e da dose recebida. A radiação infravermelha provoca o aquecimento (localizado) dos materiais, o que pode resultar em deformações, ressecamento, fraturas, etc.
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8. Temperatura incorreta - No contexto de bibliotecas, o risco mais importante resultante de temperatura incorreta é a degradação química das coleções (em particular, a hidrólise das moléculas de celulose que conferem força e elasticidade ao papel), que ocorre mais rapidamente à medida que a temperatura aumenta.
9. Umidade relativa incorreta - Danos e perda de valor de itens do acervo ou de outros elementos patrimoniais devido a temperatura e umidade relativa incorretas.
» Possíveis fontes: Podem ser múltiplas, internas e externas: clima local, sol, sistema de controle climático defeituoso, fontes localizadas de calor (equipamentos, lâmpadas, etc.) e umidade (vazamentos no sistema hidráulico, umidade ascendente, infiltrações, etc.).
10. Dissociação - Refere-se à tendência natural, com o passar do tempo, de desorganização de sistemas. Ela envolve a perda de objetos da coleção (dentro da própria instituição), a perda de dados e informações referentes aos objetos da coleção, e a perda da capacidade de recuperar ou associar objetos e informações.
Fonte: SPINELLI, Jayme; PEDERSOLI JÚNIOR, José Luiz. Biblioteca Nacional: plano de gerenciamento de riscos: salvaguarda e emergência. Rio de Janeiro: Fundação Biblioteca Nacional, 2010.