SóProvas


ID
258301
Banca
FCC
Órgão
TRT - 4ª REGIÃO (RS)
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A frase redigida de modo claro e condizente com o padrão culto escrito é:

Alternativas
Comentários
  • a) A criação, coordenação e assessoria a cursos profissionalizantes está (ESTÃO) a cargo de ambos os formados na área, de cujo conhecimento de ponta muito se depende.
     b) Advoguei junto ao chefe do rapaz que sua atuação tanto profissional como em sociedade não deixava nada à desejar (A), o que lhe ajudou bastante naquela pendência.
     d) Não posso atribuir unicamente a precária condição de acesso à Educação a apenas a condição de miscigenação dos que desejam ascender à (A)sua dignidade.
    e) Os resultados da pesquisa científica levada a efeito no ano passado deve (DEVEM) ser aberta àquele núcleo que a instigou, não devendo ficar restrito aos especialistas.
  • ...na letra "D" o uso de crase é facultativo, sendo que está diante de pronomes adjetivos possessivos feminos. (Então é a letra correta.Esse gabarito está errado!)
  • Confesso que a letra "C" soa um tanto quanto estranha, mas vamos lá:

    O verbo dignar por ser empregado dessa forma "Ele se dignava de que", pois "Ele se dignava de alguma coisa".

    Continuando. "Se dignava de ouvir-nos a ouvir a todos". Ou seja, ele se dignava de ouvir a gente ao invés de ouvir todas as outras pessoas.

    Enfim, acho que é isso.

  • Assim como os colegas também fiquei em dúvida a respeito da regência do verbo dignar.

    Achei todo um estudo interessante a respeito do verbo no Migalhas (link abaixo). Vou transcrever somente os trechos que nos interessa..

    (...)
    5)
     Quanto à regência verbal, trata-se de verbo transitivo indireto que pede a preposição de. Ex.: "Espero que V. Exa. se digne de ouvir minhas ponderações a respeito".

    6) Pode-se também usá-lo com a elipse da preposição, de modo que é correta a frase: "Espero que V. Exa. se digne ouvir minhas ponderações a respeito".

    7) Artur de Almeida Torres, fundando-se em diversos exemplos de autores abalizados de nosso idioma, sintetiza a regência desse verbo asseverando que é "essencialmente pronominal, seguido de infinitivo, com a preposição de clara ou omissa, indiferentemente".

    12) Vale, no caso, a tríplice observação de Domingos Paschoal Cegalla:

    I) "Normalmente, constrói-se com a preposição de, seguida de infinitivo";
     
    II) "Pode-se omitir a preposição";
     
    III) "É inadequada a preposição a".

    Exemplos - 

    a) "O magistrado se dignou de receber o impaciente advogado" (correto);
     
    b) "O magistrado se dignou receber o impaciente advogado" (correto);
     
    c) "O magistrado se dignou a receber o impaciente advogado" (errado).

    Podemos escrever ainda...

    I) "Requer a Vossa Excelência digne-se de deferir...";
     
    II) "Requer a Vossa Excelência digne-se deferir...".

    Espero ter ajudado, 
    Bom Estudo a todos.


     

     
  • Realmente essa alternativa C está muito estranha (como as outras). 
    Quanto a Letra E: a frase toda concorda com pesquisa (feminino e singular) e não com os resultados. Razão pela qual fiquei em dúvida entre a C e a E.
    Questão duvidosa!!!!!!
  • A letra E está errada, pois o verbo deve concodar com o sujeito. Então: Os resultados... DEVEM.
  • Não sei se estou certa, mas, para mim, o erro da letra D é o seguinte:

    Não posso atribuir unicamente a (À) precária condição de acesso à Educação a apenas a condição de miscigenação dos que desejam ascender à sua dignidade.

    Quem atribui, atribui alguma coisa A alguém.

    Acredito que o erro não pode estar na crase do trexo " à sua dignidade" visto que o artigo é facultativo antes de pronome possessivo. 
  • fernanda boone 
    Não posso atribuir unicamente a (À) precária condição de acesso à Educação a apenas a condição de miscigenação dos que desejam ascender à sua dignidade.

    Mas se invertermos os objetos a frase também faz sentido.
    quem atribui, atribui alguma coisa (a precária condição de acesso) a alguém(a apenas a condição de miscigenação).

  • Diogo e Fernanda,

    Desculpem-me, mas o erro não está nessa crase. Mudando a ordem da frase percebe-se claramente que está se atribuindo a alguém (a condição de miscigenação) algo (a precária condição de acesso a justiça. E digo isso não pelo sentido da frase e sim, unicamente pela preposição antes de “apenas”. Colocando em outra ordem fica:
    "Não posso atribuir unicamente A apenas a condição de miscigenação a precária condição de acesso à Educação"

    A crase de "à sua" é facultativa e, portanto, não é erro gramatical. O problema é que eu já vi gramático dizer que, "pela regra culta" quando uma crase é facultativa, é melhor não usar. E no enunciado pede "segundo a norma culta"... enfim, eu não sei quais gramáticos a FCC adota, mas acredito que o "erro" da questão possa ser esse.

  • (D) Não posso atribuir unicamente a precária condição de acesso à Educação a apenas a condição de miscigenação dos que desejam ascender à sua dignidade

    A redação correta seria:


    (D) Não posso atribuir unicamente a precária condição de acesso à Educação  apenas à condição de miscigenação dos que desejam ascender à sua dignidade

    Então, dessa forma, atribui-se à condição de miscigenação a precária condição de acesso à Educação, ou seja, é por causa da condição de miscigenação que a condição de acesso à Educação é precária.

    Na frase, o "a" que antecede "a condição" deveria vir craseado, tendo em vista se tratar do complemento indireto. O que o ítem fez foi separar a fusão dos "as" e colocar um deles antes do "apenas".
  • Na alternativa (A), o problema é apenas de concordância verbal, pois o sujeito é composto "A criação, coordenação e assessoria a cursos profissionalizantes" e leva o verbo ao plural: estão. Veja que a expressão "de cujo conhecimento de ponta" está empregada corretamente.
    Ela é o objeto indireto do verbo transitivo indireto "depende": muito se depende do conhecimento de ponta dos formados na área.
    Na alternativa (B), já vemos que há problema na crase antes do verbo. Vemos também que, na oração "que sua atuação tanto profissional como em sociedade não deixava", o "que" e o pronome "sua" soam estranho, porque estão entre dois substantivos com valor de posse. Assim, cabe o pronome relativo "cuja". O termo "cuja atuação" é o sujeito, por isso não é precedido de preposição.
    A alternativa (C) é a correta. Perceba que o verbo "se dignava" é transitivo indireto e por isso há preposição "de" em seguida. Note que a expressão "-nos a todos" significa "a todos nós". Assim, temos o objeto direto "nos" e o reforço pleonástico "a todos". Isso está correto. Veja que a dupla vírgula está correta, por intercalar o adjunto adverbial de modo "sem exceção".
    Na alternativa (D), a locução verbal "posso atribuir" é transitiva direta e indireta. O termo "a precária condição de acesso" é o objeto direto, seguido do complemento nominal "à Educação". O objeto indireto deve ser precedido da preposição "a". Como o núcleo "condição" admite artigo "a", ocorrerá a crase: "à condição". Assim, deve-se retirar a preposição "a" antes de "apenas", pois esta preposição se repete depois deste vocábulo. 
    Na alternativa (E), o sujeito "Os resultados da pesquisa científica" é caracterizado por uma oração subordinada adjetiva restritiva reduzida de particípio "levada a efeito no ano passado". Esta oração se refere, na realidade, ao núcleo desse sujeito; portanto, o ideal é a concordância deste particípio no plural e masculino: levados. Além disso, esse sujeito da oração principal deve levar a locução verbal para o plural: devem ser abertos. O mesmo ocorrendo com o adjetivo "restrito": restritos. Nesse contexto, cabe o pronome "a" retomando apenas "pesquisa" e não "resultados".
    Fonte: PORTUGUÊS P/ FUND. CARLOS CHAGAS (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR: DÉCIO TERROR
    Sucesso a todos!!!
  • Não sei por que, mas vi até objeto indireto (dois, inclusive) nesse trecho "ouvir-nos a todos" da alternativa "C".

     

    Paciência, né?!

  • Comentário: vamos analisar as falhas em cada alternativa errada:

     


    (A) A criação, coordenação e assessoria a cursos profissionalizantes está a
    cargo de ambos os formados na área, de cujo conhecimento de ponta muito se
    depende.
    ERRADA. Problema de concordância verbal, pois o sujeito é composto "A
    criação, coordenação e assessoria a cursos profissionalizantes" e leva o verbo
    ao plural: estão.


    (B) Advoguei junto ao chefe do rapaz que sua atuação tanto profissional
    como em sociedade não deixava nada à desejar, o que lhe ajudou bastante
    naquela pendência.
    ERRADA. De cara percebemos o erro no uso da crase antes de verbo em
    “à desejar”. Percebemos também que, na oração "que sua atuação tanto
    profissional como em sociedade não deixava", o "que" e o pronome "sua" soam
    estranho, porque estão entre dois substantivos com valor de posse. Assim,
    cabe o pronome relativo "cuja". O termo "cuja atuação" é o sujeito, por isso
    não é precedido de preposição.


    (C) Ele era o único que espontaneamente se dignava de ouvir-nos a
    todos, sem exceção, e consentia prazeroso até o depoimento mais insosso ou
    desajeitado.
    CORRETA. Perceba que o verbo "se dignava" é transitivo indireto e por
    isso há preposição "de" em seguida. Note que a expressão "-nos a todos"
    significa "a todos nós". Assim, temos o objeto direto "nos" e o reforço
    pleonástico "a todos". Isso está correto. Veja que a dupla vírgula está correta,
    por intercalar o adjunto adverbial de modo "sem exceção".


    (D) Não posso atribuir unicamente a precária condição de acesso à
    Educação a apenas a condição de miscigenação dos que desejam ascender à
    sua dignidade.
    ERRADA. A locução verbal "posso atribuir" é transitiva direta e indireta
    (atribuir alguma coisa a alguém). O termo "a precária condição de acesso" é o
    objeto direto, seguido do complemento nominal "à Educação". O objeto
    indireto deve ser precedido da preposição "a". Como o núcleo "condição"
    admite artigo "a", ocorrerá a crase: "à condição". Assim, deve-se retirar a
    preposição "a" antes de "apenas", pois esta preposição se repete depois deste
    vocábulo formando a crase (à condição).


    (E) Os resultados da pesquisa científica levada a efeito no ano passado
    deve ser aberta àquele núcleo que a instigou, não devendo ficar restrito aos
    especialistas.
    ERRADA. O sujeito "Os resultados da pesquisa científica" possui núcleo
    plural (os resultados”, sendo assim, o ideal é a concordância do particípio
    “levava” no plural e masculino: levados. Além disso, esse sujeito da
    oração principal deve levar a locução verbal para o plural: devem ser abertos.
    O mesmo ocorrendo com o adjetivo "restrito": restritos. Nesse contexto, cabe
    o pronome "a" retomando apenas "pesquisa" e não "resultados".

     

    GABARITO: C

     

    PROFª: RAFAELA FREITAS - ESTRATÉGIA CONCURSOS.