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ID
2612554
Banca
FCC
Órgão
SEDU-ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Segundo Kant o imperativo categórico exprime-se numa fórmula geral: “Age em conformidade apenas com aquela máxima pela qual possas querer ao mesmo tempo que ela se torne lei universal”. Essa fórmula permite a Kant deduzir as três máximas morais que exprimem a incondicionalidade dos atos realizados por dever. 


Considere as afirmativas:


I. Age de tal maneira que tua ação devesse representar os anseios morais de cada um.

II. Age como se a máxima de tua ação devesse ser erigida por vontade em lei universal da natureza.

III. Age como se a máxima de tua ação devesse representar a intenção mais profunda de sua consciência.

IV. Age como se a máxima de tua ação devesse servir de lei universal para todos os seres racionais.

V. Age de tal maneira que trates a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de outrem, sempre como um fim e nunca como meio.


Está correto o que se afirma APENAS em

Alternativas
Comentários
  • Gabarito letra C

    O agir moral revela nossa verdadeira natureza. Para Kant, ser moral é o mesmo que ser racional. Da mesma forma que ninguém nos pode obrigar a ser racionais, ninguém nos pode obrigar a ser morais. A moralidade consiste em agir racionalmente. E a fonte da moralidade está em nós próprios e não numa fonte exterior a nós. A razão é a mesma em cada um de nós, daí que o que é racional e moral é o mesmo em cada um de nós.

    O que torna uma ação correta não são as suas consequências, mas o fato de se conformar com a lei moral.

    As características fundamentais da razão são a consistência (não pode conter o seu contrário), a universalidade (o que é racional para mim é racional para todos) e é "a priori" (não é baseado na experiência - aplica-se a esta, mas não depende dela). Isto explica porque motivo a moralidade de uma ação não depende da consequência.

    As três máximas morais que exprimem a incondicionalidade dos atos realizados por dever. São elas:

    1. Universalidade da conduta ética: "Age como se a máxima de tua ação devesse ser erigida por tua vontade em lei universal da natureza.": o ato tem de ser consistentemente universalizável, ou seja, não pode conter a sua negação, nem pode interferir ou prevenir a sua prática por outros, ou perder o seu valor intrínseco.

    2. Dignidade dos seres humanos"age de tal maneira que trates a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de outrem, sempre como um fim e nunca como um meio". Kant não proíbe utilizar os outros como meios, mas de utilizá-los exclusivamente como meios. (ex. ao mentir, estou a manipular o outro - a tratá-lo como um meio).

     3. Autonomia dos seres racionais: “age como se a máxima de tua ação devesse servir de lei universal para todos os seres racionais” A terceira máxima afirma que a vontade que age por dever institui um reino humano de seres morais porque racionais e, portanto, dotados de uma vontade legisladora livre ou autônoma.

    http://professorotaviolobo.blogspot.com/2011/09/kant-e-o-dever.html