Gabarito letra C
O agir moral revela nossa verdadeira natureza. Para Kant, ser moral é o mesmo que ser racional. Da mesma forma que ninguém nos pode obrigar a ser racionais, ninguém nos pode obrigar a ser morais. A moralidade consiste em agir racionalmente. E a fonte da moralidade está em nós próprios e não numa fonte exterior a nós. A razão é a mesma em cada um de nós, daí que o que é racional e moral é o mesmo em cada um de nós.
O que torna uma ação correta não são as suas consequências, mas o fato de se conformar com a lei moral.
As características fundamentais da razão são a consistência (não pode conter o seu contrário), a universalidade (o que é racional para mim é racional para todos) e é "a priori" (não é baseado na experiência - aplica-se a esta, mas não depende dela). Isto explica porque motivo a moralidade de uma ação não depende da consequência.
As três máximas morais que exprimem a incondicionalidade dos atos realizados por dever. São elas:
1. Universalidade da conduta ética: "Age como se a máxima de tua ação devesse ser erigida por tua vontade em lei universal da natureza.": o ato tem de ser consistentemente universalizável, ou seja, não pode conter a sua negação, nem pode interferir ou prevenir a sua prática por outros, ou perder o seu valor intrínseco.
2. Dignidade dos seres humanos. "age de tal maneira que trates a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de outrem, sempre como um fim e nunca como um meio". Kant não proíbe utilizar os outros como meios, mas de utilizá-los exclusivamente como meios. (ex. ao mentir, estou a manipular o outro - a tratá-lo como um meio).
3. Autonomia dos seres racionais: “age como se a máxima de tua ação devesse servir de lei universal para todos os seres racionais” A terceira máxima afirma que a vontade que age por dever institui um reino humano de seres morais porque racionais e, portanto, dotados de uma vontade legisladora livre ou autônoma.
http://professorotaviolobo.blogspot.com/2011/09/kant-e-o-dever.html