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ID
2617612
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
STM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Contabilidade Geral
Assuntos

A respeito de avaliação de itens patrimoniais diversos, julgue o item subsequente.


Situação hipotética: Um equipamento industrial em uso foi adquirido, pela indústria Alfa, por R$ 300 mil e, no final do exercício de 20XX, o equipamento já tinha sofrido depreciação de 60% de seu valor depreciável. A indústria considera um valor residual de 10% para esse equipamento. No final do exercício de 20XX, o valor em uso do equipamento foi estimado em R$ 136 mil, e seu valor para venda estimado em R$ 120 mil. Assertiva: Nessa situação, a indústria Alfa deveria contabilizar, para esse equipamento, no encerramento do exercício de 20XX, uma provisão para perda de valor recuperável superior a R$ 5 mil.

Alternativas
Comentários
  • 1. Encontrar valor depreciável

    CH = 300.000

    - Residual 30.000

    Depreciável = 270.000

     

    2. Encontrar depreciação acumulada

    270.000 * 60/100 = 162.000

     

    3. Contábil liquido = 300.000 - 162.000 = 138.000

     

    4. Encontrar valor recuperável, usando maior entre os dois

    Uso = 136.000

    Venda liq = 120.000

    Portanto, Valor recuperável = 136.000

     

    5. Comparar Contábil liquido VS recuperável 

    Contábil = 138.000

    Recuperável = 136.000

     

    6. Conclusão

    Perda = 138 - 136 = 2.000 

     

  • Otima explicação do Rodrigo Temóteo,

    Apenas irei acrescentar uma informação: Se o valor RECUPERAVEL fosse MAIOR que o valor CONTÁBIL, então NÃO seria necessario registrar a perda.

  •  Para quem não entende os comentários sem o gabarito e não tem acesso a resposta.

    Gaba: ERRADO

    valor recuperável superior a R$ 5 mil.

     

     

    1. Encontrar valor depreciável

    CH = 300.000

    - Residual 30.000

    Depreciável = 270.000

     

    2. Encontrar depreciação acumulada

    270.000 * 60/100 = 162.000

     

    3. Contábil liquido = 300.000 - 162.000 = 138.000

     

    4. Encontrar valor recuperável, usando maior entre os dois

    Uso = 136.000

    Venda liq = 120.000

    Portanto, Valor recuperável = 136.000

     

    5. Comparar Contábil liquido VS recuperável 

    Contábil = 138.000

    Recuperável = 136.000

     

    6. Conclusão

    Perda = 138 - 136 = 2.000 

     

    valor recuperável e R$ 2 mil.

  • Gabarito: ERRADO

     

    Valor de aquisição = 300.000,00

    Valor Residual => 300.000,00 - (10% x 300.000,00) =>   300.000,00 - 30.000,00 = 270.000,00

    Valor depreciável =   (60% x 270.000,00) = 162.000,00

    Valor contábil = 300.000 - 162.000,00 = 138.000,00

     

    Teste de recuperabilidade

     

    valor em uso do equipamento = 136.000,00

    Valor para venda = 120.000,00

     

    Dos dois  MAIOR ---> 136.000,00, Logo 

     

    Valor Recuperável  = Valor contábil - Valor em Uso = 138.000,00 - 136.000,00 = 2.000,00

  • Gabarito Errado

     

    Juliano esta questão se refere ao CPC 01 (Redução ao valor recuperável do ativo) a qual prega: " A entidade deve reconhecer uma perda por desvalorização de um ativo no resultado do período APENAS se o valor contábil desse ativo for superior ao seu valor recuperável". Se o ativo estiver registrado por valor inferior ao valor recuperável, NENHUMA providência deverá ser tomada pela entidade. 

     

    O valor recuperável será o MAIOR valor entre o VALOR LÍQUIDO de venda do ativo e o VALOR EM USO desse ativo. 

     

    Abaixo segue um resumo dos principais CPCs cobrados nas provas: 

     

    ♥ 00- Estrutura conceitual;

     

    ♥ 01- Redução ao valor recuperável do ativo;

     

    ♥ 04 - Ativo intangível;

     

    ♥ 06 - Operações de arrendamento mercantil;

     

    ♥ 16 - Estoques;

     

    ♥ 18 - investimentos;

     

    ♥ 25 Provisão, passivo e ativo contingente;

     

    ♥ 26 Demonstrações contábeis

     

    ♥ 27 Ativo imobilizado;

     

    ♥ 28 Propriedade para investimento;

     

    ♥ 48 - Instrumentos financeiros.

     

     

  • Valor recuperável de um ativo ou de unidade geradora de caixa é o maior montante entre o seu valor justo líquido de despesa de venda (R$ 120 mil) e o seu valor em uso (R$ 136 mil). Com isso, temos que comprar o valor recuperável (R$ 136 mil) com o valor contábil do equipamento.

    Vamos, portanto, calcular o valor contábil.

              Custo                                             R$ 300.000

    ( – )   Depreciação Acumulada              (R$ 162.000)            →  60% x R$ 270 mil

    ( = )   Valor Contábil                   R$ 138.000        

                                                                 

    Como o valor recuperável é inferior ao valor contábil, a entidade deverá proceder ao reconhecimento de perda por desvalorização de R$ 2.000, conforme lançamento abaixo.

    D – Despesa com Redução ao Valor Recuperável      R$ 2.000           (Despesa)

    C – Redução ao Valor Recuperável Acumulada           R$ 2.000           (Retificadora do ANC)

    Assim, incorreta a afirmativa.

  • Valor do custo o valor do custo?

  • Parei na parte escrita " Provisão para perda por redução ao valor recuperável", uma vez que segundo o CPC 25 o termo provisão está estritamente ligado aos passivos e não a contas redutoras de ativos, assim como assevera a questão.

  • Ao invés de uma provisão, isso não seria uma depreciação?

  • DIEGGO,

    O valor depreciável mencionado pelo enunciado é o valor que sofrerá a depreciação anual (R$ 300.000,00).

    O "valor depreciável" (R$ 270.000,00) é apenas para descobrir o valor que se deduzirá anualmente a partir da vida útil do bem ou em caso de mudança de estimativa. No caso da questão não dá para saber, porque a vida útil não foi dada pelo enunciado.

    Quando a questão descreve "o equipamento já tinha sofrido depreciação de 60% de seu valor depreciável", quer dizer já tinha ocorrido 60% de depreciação acumulada. E nesse caso, seria o valor de aquisição do bem, porquanto esse é que sofre depreciação e NÃO o "valor depreciável".

    Assim, os 60% deve ser em cima dos R$ 300.000,00 e não dos R$ 270.000,00.

    Que no caso, a empresa não faria nada, pois o valor em uso é maior que o valor contábil (R$ 120.000,00).

    Q: E

  • Valor de custo: 300.000 reais

    Valor residual (valor que a empresa espera lucrar ao vender o ativo após o valor depreciável se esgotar) = 10% do valor de custo = 30.000 reais

    Valor depreciável (valor disponível para desgaste do ativo durante seu intervalo de vida útil definida pela empresa) = Valor custo - Valor residual = 300.000 - 30.000 = 270.000 reais

    O enunciado diz que 60% do ativo foi depreciado, ou seja, 60% do valor depreciável se esgotou.

    0,60 (60%) x 270.000 reais = 162.000 reais (depreciação acumulada), logo, restam 108.000 reais de valor depreciável a ser esgotado durante a vida útil.

    Por conseguinte, o valor contábil do ativo é o valor residual + o valor a ser depreciado durante os anos restantes de sua vida útil: 30.000 + 108.000 = 138.000 reais

    Com o valor contábil definido, deve-se analisar se o valor recuperável é maior ou menor que o valor contábil (TESTE DE RECUPERABILIDADE/TESTE DE IMPAIRMENT).

    Valor recuperável = Valor de uso ; Valor justo líquido de despesa de venda. -> Adota-se o MAIOR.

    Valor Contábil < Valor Recuperável = Não altera

    Valor Contábil > Valor Recuperável = Registra uma perda

    Neste caso houve uma perda -> 138.000 - 136.000 = 2 mil reais de perda.

    OBS: NÃO CONFUNDIR TESTE DE RECUPERABILIDADE COM CÁLCULO DE DEPRECIAÇÃO!

    Como saber se devo utilizar o teste de recuperabilidade?

    Se há indícios de desvalorização aplica-se o teste!

    Se não há indícios de desvalorização não se aplica o teste!

    Contudo, existem ativos que devem ser testados ANUALMENTE INDEPENDENTE de indícios .

    1) Intangíveis com vida útil indefinida e não disponível para uso

    2) Ágio por expectativa de rentabilidade futura "GOODWILL"

  • Errado.

    Lembrar que o valor contábil deve levar em conta o custo histórico, não apenas o valor depreciável.

    Como bem disse o Rodrigo.

  • Gabarito: errado

    - O que pode ter feito algumas pessoas errarem é o fato de acharem os 162.000 e deduzirem dos 270.000, porém será sempre deduzido a depreciação acumulada no seu valor contábil, veja:

    (CESPE/PF/2014) O valor contábil de um ativo imobilizado é o valor pelo qual ele é reconhecido na contabilidade, sendo DEDUZIDO da depreciação acumulada e da perda, também acumulada, por redução ao valor recuperável.(CERTO)

    Portanto:

    Custo (montante de caixa ou equivalente de caixa pago ou o valor justo de qualquer outro recurso dado para adquirir um ativo na data da sua aquisição ou construção)

    (–) Depreciação acumulada;

    (–) Perda por redução ao valor recuperável;

    Valor contábil.

  • Pessoal... além da perda ser de 2K, também está errado afirmar que a empresa reconheceria uma provisão, certo?

    Não há reconhecimento de provisão no caso de impairment, ou há?

  • - Valor contábil: R$ 300.000,00

    - Valor residual de 10%: R$ 30.000,00

    - Valor depreciável: R$ 270.000,00

    Com a depreciação é de 60% de seu valor depreciável, que é de R$ 270.000,00,

    temos R$ 162.000,00 já depreciados (60% x 270.000).

    De tal modo, seu valor contábil é igual a: R$ 300.000,00 - R$ 162.000,00 = R$

    138.000,00

    Como o valor em uso do bem é de R$ 136.000,00, seu valor para venda

    estimado em R$ 120.000,00 e o Valor recuperável é, como sabemos, o maior

    entre os valores em uso e o estimado para venda, temos que ele será

    representado pelo primeiro.

    Assim, necessário é fazer uma provisão para perda de valor recuperável no valor

    de R$ 2.000,00.

    Provisão para perda de valor recuperável = 138.000 – 136.000 = R$ 2.000,00

    gabarito: errado

  • Questão sobre a avaliação de itens patrimoniais diversos.

    Os ativos imobilizados correspondem aos direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da entidade ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram a ela os benefícios, os riscos e o controle desses bens. Exemplos clássicos são: Máquinas e equipamentos, móveis, veículos, instalações, etc.

    Conforme o CPC 27, na contabilização inicial do ativo imobilizado, ele deve ser mensurado pelo custo. Após esse reconhecimento inicial o ativo poderá ser mensurado pelo método da reavaliação (se permitido por lei) ou pelo método do custo.

    Nesse contexto, surge o impairment test. O teste de recuperabilidade é uma prática contábil fortemente recomendada pelas normas internacionais de contabilidade, sobretudo quando há indícios de desvalorização do ativo. Ao realizarmos esse teste, comparamos o valor contábil líquido do ativo (valor contábil deduzido da depreciação) com seu valor recuperável (maior valor entre valor justo e valor em uso).

    Se o valor contábil do ativo for menor que o valor recuperável, não fazemos nenhum ajuste. No entanto, caso seja constatado que o valor contábil do ativo é maior que seu valor recuperável, temos que fazer um ajuste no valor do ativo, por meio da contabilização da despesa correspondente ou, se for o caso, pela diminuição do saldo da reavaliação realizada.

    Feita a revisão sobre o assunto, podemos partir para os cálculos.

    Valor contábil inicial do bem: R$ 300 mil
    Valor residual: 10% de R$ 300 mil, ou seja, R$ 30 mil
    Valor depreciável = Valor do bem – Valor residual
    Valor depreciável = R$ 300 mil - R$ 30 mil = R$ 270 mil
    Valor contábil líquido = Valor contábil (-) depreciação acumulada
    Valor contábil líquido = R$ 300 mil (-) 60% do valor depreciável   
    Valor contábil líquido = R$ 300 mil (-) R$ 162 mil
    Valor contábil líquido = R$ 138 mil

    Atenção! O valor recuperável do ativo é seu valor em uso (R$ 136 mil), pois esse valor é maior que o valor justo (R$ 120 mil). Como o valor contábil líquido do ativo (R$ 138 mil) é maior que seu valor recuperável (R$ 136 mil), a empresa deveria contabilizar uma perda de valor recuperável pela diferença (R$ 2 mil) da seguinte forma:

    D – Perda por desvalorização (↓ Resultado)... R$ 2.000
    C – Perda estimada por redução ao valor recuperável (↓ ANC)... R$ 2.000

    Feito todos os cálculos, já podemos identificar o ERRO da assertiva:

    Nessa situação, a indústria Alfa deveria contabilizar, para esse equipamento, no encerramento do exercício de 20XX, uma provisão para perda de valor recuperável superior a R$ 5 mil.

    Nessa situação, a indústria Alfa deveria contabilizar, para esse equipamento, no encerramento do exercício de 20XX, uma provisão para perda de valor recuperável inferior a R$ 5 mil.

    Dica! A banca utilizou o termo “provisão" de forma inadequada. O mais correto seria “perda estimada". Entretanto, esse é um costume antigo da banca CEBRASPE e a questão não deve ser considerada errada só por causa disso. Mas esse ponto exige atenção, principalmente quando se tratar de outras bancas.

    Veja a disposição do Manual da Fipecafi¹ sobre o assunto:

    "Vale ressaltar que o termo provisão foi amplamente utilizado pelos contadores como referência a qualquer obrigação ou redução do valor de um ativo (por exemplo, depreciação acumulada e desvalorização de ativos), no qual sua mensuração decorra de alguma estimativa. Entretanto, o termo provisão, como já estava tratado na Deliberação n.º 489/05, e conforme a preferência do IASB, refere-se apenas aos passivos com prazo ou valor incertos. O termo provisão para contas retificadoras do ativo não tem utilização adequada considerando o tratamento na atual Deliberação da CVM n.º 594/09 e nos conceitos que a suportam. No Brasil o termo provisão para as contas retificadoras do ativo foi sempre bastante utilizado, mas consideramos essa utilização inadequada e neste Manual faremos a adaptação do termo para 'perdas estimadas'. Assim passaremos a utilizar, por exemplo, 'perdas estimadas para créditos de liquidação duvidosa' (PECLD) e não mais 'provisão para créditos de liquidação duvidosa'. Essa alteração visa induzir ao emprego adequado do termo provisão só para as obrigações e estar em consonância com a utilização do termo nas normas do IASB e com o conceito de 'redução ao valor recuperável'".


    Fonte:

    ¹ GELBCKE, Ernesto Rubens. Manual de contabilidade societária: aplicável a todas as sociedades: de acordo com as normas internacionais e do CPC / Ernesto Rubens Gelbcke ... [et al.]. – 3ª ed. – São Paulo: Atlas, 2018. pág. 1112.


    Gabarito do Professor: ERRADO.
  • #verdenovo