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focar o indivíduo como agente de transformação do contexto psicossocial de trabalho, e advir da percepção do coletivo de trabalhadores da organização - errado
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A qualidade de vida no trabalho, é focada no INDIVÍDUO, sendo uma percepção subjetiva de cada sujeito. Desse modo, não é possível que tais programas partam da percepção do coletivo, visto que a QVT envolve tanto fatores externos como internos. Sendo assim, depende de experiências e percepções individuais.
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Vamos analisar a questão:
De acordo com Ferreira (2011), um programa preventivo entende que a Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) engloba duas perspectivas interdependentes. Sob a ótica das organizações, ela é um preceito de gestão organizacional que se expressa por um conjunto de normas, diretrizes e práticas no âmbito das condições, da organização e das relações socioprofissionais de trabalho que visa à promoção do bem-estar individual e coletivo, o desenvolvimento pessoal dos trabalhadores e o exercício da cidadania organizacional nos ambientes de trabalho. Sob a ótica dos sujeitos, ela se expressa por meio das representações globais que estes constroem sobre o contexto de produção no qual estão inseridos, indicando o predomínio de vivências de bem-estar no trabalho, de reconhecimento institucional e coletivo, de possibilidade de crescimento profissional e de respeito às características individuais.
Tal concepção pretende uma inversão de perspectiva de análise e de ação que contempla dois aspectos complementares:
(a) ao invés de agir sobre os efeitos negativos, busca atuar sobre as causas que comprometem a Qualidade
de Vida no Trabalho;
(b) ao invés de focar no indivíduo, busca transformar as variáveis do contexto organizacional que estão na origem do mal-estar dos trabalhadores.
Referência: Ferreira, M.C. (2011). Qualidade de Vida no Trabalho. Em A.D. Cattani, & L. Holzmann
(orgs.). Dicionário: Trabalho e Tecnologia (pp. 285-289). Porto Alegre, RS: Zouck Editora.
GABARITO DA PROFESSORA: ERRADO.
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O programa preventivo de qualidade de vida no trabalho deverá atuar nas causas que comprometem a saúde e o bem-estar dos trabalhadores, focar o indivíduo como agente de transformação do contexto psicossocial de trabalho, e advir da percepção do coletivo de trabalhadores da organização.
A qualidade de vida no trabalho vai além dos fatores subjetivos, como o estilo de gestão, a liberdade e autonomia para tomar decisões, o significado das tarefas (Chiavenato, 2014), as questões relacionadas à ergonomia (Ribas & Salim, 2013) etc.
Não é focar no indivíduo, pois "QVT envolve os aspectos intrínsecos (conteúdo) e extrínsecos (contexto) do cargo"
Ou seja, ambos os aspectos são determinantes para a satisfação no trabalho, e não somente as percepções afetivas (intrínsecos/subjetivos)...
GAB: errado! :)