SóProvas


ID
2635909
Banca
VUNESP
Órgão
TJ-SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                           Ai, Gramática. Ai, vida.


      O que a gente deve aos professores!

      Este pouco de gramática que eu sei, por exemplo, foram Dona Maria de Lourdes e Dona Nair Freitas que me ensinaram. E vocês querem coisa mais importante do que gramática? La grammaire qui sait régenter jusqu’aux rois – dizia Molière: a gramática que sabe reger até os reis, e Montaigne: La plus part des ocasions des troubles du monde sont grammairiens – a maior parte de confusão no mundo vem da gramática.

      Há quem discorde. Oscar Wilde, por exemplo, dizia de George Moore: escreveu excelente inglês, até que descobriu a gramática. (A propósito, de onde é que eu tirei tantas citações? Simples: tenho em minha biblioteca três livros contendo exclusivamente citações. Para enfeitar uma crônica, não tem coisa melhor. Pena que os livros são em inglês. Aliás, inglês eu não aprendi na escola. Foi lendo as revistas MAD e outras que vocês podem imaginar).

      Discordâncias à parte, gramática é um negócio importante e gramática se ensina na escola – mas quem, professoras, nos ensina a viver? Porque, como dizia o Irmão Lourenço, no schola sed vita – é preciso aprender não para a escola, mas para a vida.

      Ora, dirão os professores, vida é gramática. De acordo. Vou até mais longe: vida é pontuação. A vida de uma pessoa é balizada por sinais ortográficos. Podemos acompanhar a vida de uma criatura, do nascimento ao túmulo, marcando as diferentes etapas por sinais de pontuação.

      Infância: a permanente exclamação:

      Nasceu! É um menino! Que grande! E como chora! Claro, quem não chora não mama!

      Me dá! É meu!

      Ovo! Uva! Ivo viu o ovo! Ivo viu a uva! O ovo viu a uva!

      Olha como o vovô está quietinho, mamãe!

      Ele não se mexe, mamãe! Ele nem fala, mamãe!

      Ama com fé e orgulho a terra em que nasceste! Criança – não verás nenhum país como este!

      Dá agora! Dá agora, se tu és homem! Dá agora, quero ver!

(Moacyr Scliar. Minha mãe não dorme enquanto eu não chegar, 1996. Adaptado)

Nas passagens “Porque, como dizia o Irmão Lourenço, no schola sed vita – é preciso aprender não para a escola, mas para a vida.” (4° parágrafo) e “Ama com fé e orgulho a terra em que nasceste! Criança – não verás nenhum país como este!” (penúltimo parágrafo), as conjunções destacadas estabelecem, correta e respectivamente, relações de sentido de

Alternativas
Comentários
  • Gabarito C.

    Como dizia o Irmão Lourenço > Conforme dizia o Irmão Lourenço > Conformidade

    Não verás nenhum país como este > Compara o país com nenhum outro > Comparação

  • Como visto no comentário anterior, fazendo as subistituição, verifica se as informações ficam adequada. 

  • Para diferenciar conformidade de comparação basta ver se existe comparação quando existem dois seres comparados, o que não ocorre na conformidade:

     

    "O lutador luta como o mestre"

     

    Conformativa ou comparativa? COMPARATIVA porque dois seres estão sendo comparados.

  • Por que eu não fiz essa prova?

  • Como dizia o Irmão Lourenço ...  Segundo dizia o Irmão Lourenço (Conformidade)

    Não verás nenhum país como este!  Não verás nenhum país igual a este! (Comparação)

  • A resolução dessa questão está em :

    https://youtu.be/2ghaJbKVadk

     

     

  • Porque, como dizia o Irmão Lourenço, no schola sed vita – é preciso aprender não para a escola, mas para a vida.” (4° parágrafo) e “Ama com fé e orgulho a terra em que nasceste! Criança – não verás nenhum país como este!

     

    1°) Tem ideia de Comformativa, basta sustituir por COMFORME.

    2°) TEm ideia de Comparação, bastanto ser substituído por ASSIM COMO.

     

    Conjunção Conformativa: Como, Conforme, Consoante, segundo e etc...

    Conjunção Comparativa: Assim como, bem como, como, quanto e etc...

     

    Gabarito:C

  • 1° como = sentido de conformidade
    2° como = sentido de comparação

    Letra:C

  • Aquilo q o colega Platão disse, as vezes funciona, porém muitas daquelas conjunções funcionam também com outros sentidos de frase.

    O melhor mesmo é ler a frase e analisar o sentido.

  • Causal-->''porque'',''dado que'' e ''por causa de''

     

    Comparativa ---> ''Assim como''

     

    Conformativa --> ''Conforme'' e ''consoante''(pouco usual)

     

     

    “Porque, como (CONFORME) dizia o Irmão Lourenço, no schola sed vita – é preciso aprender não para a escola, mas para a vida.” (4° parágrafo) e “Ama com fé e orgulho a terra em que nasceste! Criança – não verás nenhum país como (ASSIM COMO) este!”

     

    c)conformidade e comparação. 

     

  • É importante ficar ligado no comando da questão, o "COMO" CONFORMIDADE e "COMO" COMPARAÇÃO, vai apenas nesse sentindo,sentido de valor semântico pedio pedido pela questão. 

  •  c) conformidade e comparação. 

     

     

    Porque, conforme dizia o Irmão Lourenço, no schola sed vita – é preciso aprender não para a escola, mas para a vida.

    Ama com fé e orgulho a terra em que nasceste! Criança – não verás nenhum país igual a este!

  • Gabarito: C

     

    Comentário:

     

    Conformidade: Podemos reescrever a primeira frase utilizando outras palavras para chegar a essa conclusão. Veja:

     

    Porque, conforme dizia o Irmão Lourenço (...)

     

    Porque, segundo dizia o Irmão Lourenço (...)

     

    Comparação: Também podemos reescrever a segunda frase utilizando outras palavras. Veja:

     

    Não verás nenhum país igual a este!

     

    A conjunção “como” é bastante versátil, possuindo vários sentidos, podendo ser:

     

    Causal: o “COMO” pode ser trocado por “JÁ QUE”.

     

    Conformativa: o “COMO” pode ser trocado por "CONFORME".

     

    Comparativa: o COMO pode ser trocado por "IGUAL A".

     

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  • Pessoal, uma dica:

    Antes de ver as alternativas nesse tipo de questão, escrevam o que vocês acham que é antes. Porque as alternativas colocam em dúvida o que vocês as vezes já sabem.

  • Conforme dizia o irmão tal.....

  • Nas passagens “Porque, como dizia o Irmão Lourenço, no schola sed vita – é preciso aprender não para a escola, mas para a vida.” (4° parágrafo) e “Ama com fé e orgulho a terra em que nasceste! Criança – não verás nenhum país como este!” (penúltimo parágrafo), as conjunções destacadas estabelecem, correta e respectivamente, relações de sentido de

    C)conformidade e comparação.

    Conformativas: exprimem acordo, maneira, conformidade.

    conforme

    consoante (não usual)

    segundo

    como (= conforme)– Você enfim agiu conforme nós acordamos.

    – Consoante falamos, dedique-se ao estudo.

    – Segundo havíamos combinado, você inicia o curso amanhã.

    – Como se pode ver, é impossível tirar o cinturão deste lutador.

    Comparativas: exprimem comparação, analogia, tanto qualitativamente

    como quantitativamente. tal qual> (tão)... como/quanto, tal e qual> tanto... como, qual> como, tal como> assim como, como se, *(mais, menos, maior, menor, melhor, pior)... (do) que – Os homens, tal qual as mulheres, são sentimentais. (comparativo de igualdade) – Gosto de cinema tal e qual teatro. (comparativo de igualdade)

    – Corria qual um touro. (comparativo de igualdade)

    – É excelente esportista, tal como o irmão. (comparativo de igualdade)

    (Fernando Pestana, A Gramática para Concursos Públicos)

                            

  • gab c

    para saber se o 'como'' é conformidade, trocar por SEGUNDO.

    como dizia o poeta: amor é fogo.

    segundo dizia o poeta: amor é fogo

    Essa orações são chamadas de subordinadas adverbiais conformativas.

  • GRAU COMPARATIVO

    Compara-se uma qualidade, ou qualificação, entre dois seres ou duas qualidades de um mesmo ser. Há três tipos, com construções peculiares a elas:

    • de igualdade (tão... quanto/como): Português é tão divertido quanto (ou como) Matemática.

    • de superioridade (mais... (do) que): Português é mais divertido (do) que Matemática.

    • de inferioridade (menos... (do) que): Português é menos divertido (do) que Matemática. 

    fonte: Pestana, Fernando A gramática para concursos públicos / Fernando Pestana. – 1. ed. – Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. 1112 p. – (Provas e concursos)