Etiologia
Qualquer fator que reduz a volemia pode levar ao choque hipovolêmico. Neste sentido, são causas desta complicação:
Perda de sangue – Hemorragias provocadas por traumas e cirurgias;
Perda de plasma – Grandes queimados, Dengue, Sepse, Hipoproteinemia provocada por síndrome nefrótica;
Perda de fluídos e eletrólitos – A desidratação provocada por vômitos e diarreia, diabetes mellitus e diabetes insipidus.
Fisiopatologia do Choque Hipovolêmico
A diminuição do volume sanguíneo intravascular leva á uma diminuição do retorno venoso ao coração, e consequentemente há uma redução da pré-carga, ou seja, há uma diminuição no enchimento passivo de sangue nos ventrículos durante a contração dos átrios, o que leva á uma diminuição do volume ejetado pelo ventrículo esquerdo gerando um débito cardíaco inadequado e insuficiente para oferecer oxigênio e nutrientes para a demanda metabólica de todos os órgãos e tecidos.
Em resumo, o choque hipovolêmico obedece aos seguintes eventos:
1 – Diminuição no volume intravascular;
2 – Retorno venoso diminuído para o coração;
3 – Redução no enchimento ventricular;
4 – Redução do volume sistólico e Redução da Pressão Arterial;
6 – Tecidos não são inadequadamente perfundidos.
Tratamento de Enfermagem
O tratamento de enfermagem no choque hipovolêmico envolve:
Prevenção do choque propriamente dito através da monitorização rigorosa de pacientes que sofreram acidentes, queimados graves, com diarreia grave e vômitos persistentes;
Administração segura de líquidos e medicamentos;
Documentação da administração de medicamentos e líquidos e os seus efeitos;
Monitorar com o intuito de detectar os sinais de complicações e efeitos colaterais do tratamento(O risco de complicações surgem em detrimento da rápida reposição de líquidos e em idosos);
Monitorar o paciente que recebe líquidos através da aferição de pressão arterial, sinais vitais, gasometria arterial, níveis séricos de lactato, níveis de hematócrito e hemoglobina e balanço hídrico. Líquidos administrados por via intravascular podem necessitar de aquecimento pois a reposição rápida de líquidos podem levar á hipotermia;
Realizar exame físico com enfoque a observação das veias jugulares. A pressão jugular é baixa no choque hipovolêmico e pode estar muito alta na sobrecarga hídrica ou insuficiência cardíaca;
Administração de oxigênio para aumentar a quantidade de oxigênio transportada na hemoglobina disponível no sangue.
Referências Bibliográficas
BRUNNER, L. S.; Suddarth, D. S. Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgico. 8 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1998.
CECIL, R. L. Tratado de Medicina Interna. 6 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1996.