A saída desse impasse encontrava-se na psicologia dos grupos desenvolvida, na década de trinta e quarenta, por autores como Muzafer Sherif, Kurt Lewin e Solomon Asch, os quais afirmavam a existência dos grupos e assim viabilizavam a investigação dos mesmos. Nesse terceiro movimento encontra-se implícito o conceito de interdependência entre os membros. O grupo passa a ser visto como totalidade possuidora de realidade própria, produto da interação de suas partes componentes e que não se eqüivale à soma das mesmas. Ainda que, na referência citada, a teoria lewiniana seja apresentada como uma solução entre a idéia de uma "mente grupal" e a redução do grupo aos comportamentos individuais, Carlos (1998) analisa essa teoria como uma busca da essência do que seja um grupo e, deste modo, este aparece como um ser que transcende as pessoas que o compõem.
Zanella, Andréa Vieira, & Pereira, Renata Susan. (2001). Constituir-se enquanto grupo: a ação de sujeitos na produção do coletivo. Estudos de Psicologia (Natal), 6(1), 105-114.