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Modelo clássico ou tradicional da desenho de cargos (1)
Tem a sua origem na teoria de Taylor, onde a padronização das tarefas, favorecia uma política de condicionamento para que a produção mantivesse o mesmo padrão de qualidade em sua execução.
"A partir da divisão do trabalho e fragmentação das tarefas definem os cargos. Estabelecer uma separação rígida entre o pensar (gerencia) e o executar (operário). O gerente manda e o operário obedece e executa as tarefas simples e repetitivas. A eficiência era a preocupação máxima".(CHIAVENATO,1999 p. 163)
Os principais aspectos do desenho de cargo do modelo clássico são:
A pessoa como apêndice da máquina. Ou seja, a tecnologia sobrepõe as pessoas, o maquinário torna-se fator primordial e as pessoas são vistas como simples recurso produtivo.
Fragmentação do trabalho: O trabalho é fragmentado, fazendo assim com que cada indivíduo execute uma determinada tarefa repetidamente e simplificada, para que a produção seja padronizada dentro do tempo e do ciclo de produção exigida.
Ênfase na eficiência: Cada trabalhador deve exercer as funções dentro das regras estabelecidas dentro do seu desenho de cargo. Analisa-se o tempo e movimento, assim contribuindo para a avaliação de seu desempenho para premiação. Exige que o empregado use da sua eficiência para garantir os lucros organizacionais.
Permanência: Baseia na estabilidade e na permanência em longo prazo do processo produtivo.
Funciona dentro de um sistema fechado: é definitivo, não existem mudanças. O trabalhador e o cargo têm o mesmo tratamento das maquinas, ou seja, os dois devem produzir iguais.
Existem algumas vantagens e desvantagens no modelo clássico ou tradicional: Como vantagens: a redução de custos, padronização das atividades, apoio à tecnologia. Desvantagens: Cargos simples e repetitivos tornam-se monótonos e chatos, desmotivação pelo trabalho, trabalho individualizado e isolado, monopólio da chefia, era da informação.
Fonte: http://www.administradores.com.br/artigos/carreira/descricao-e-analise-de-cargos/47234/
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Complementando...
Modelo Humanístico (2)
É a forma pela qual se dá a relação humana, leva-se em conta o contexto e as condições que é realizada as tarefas, do que propriamente o conteúdo e sua conclusão. O trabalhador não é tratado como máquina.
"O modelo humanista procura incrementar a interação das pessoas entre si e superiores como meio de satisfazer as necessidades individuais e aumentar o moral do pessoal. Contudo, a consulta e participação não afetam o cumprimento da tarefa e o nem o fluxo ou seqüência do trabalho. Estes dois aspectos permanecem intocados no modelo humanista. O gerente deve criar e desenvolver um grupo de trabalho coeso e integrado promover uma atmosfera psicológica amigável e cooperativa, estabelecer intervalos de lazer e descanso agradáveis com interação social e incrementar a rotação das pessoas entre cargos similares como oportunidades ocasionais para interagir com outras unidades e departamentos". (CHIAVENATO, 1999, p. 166)
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E, por fim...
Modelo Contingencial (3)
É o modelo mais amplo e complexo, consideram-se três variáveis:
As pessoas, a tarefa e a estrutura da organização.
"...é dinâmico e se baseia na contínua mudança e revisão do cargo com uma responsabilidade básica colocada na mão do gerente ou de sua equipe de trabalho. Assim, o modelo contingencial é mutável em decorrência do desenvolvimento pessoal do ocupante e do desenvolvimento tecnológico da tarefa. Em um mundo globalizado e forte concorrência em que tudo muda, os cargos não podem ser estáticos". (CHIAVENATO, 1999, p. 167)
A medida que o ocupante executa suas tarefas obtém o seu desenvolvimento profissional, através do seu dinamismo consegue inserir o seu conhecimento tácito nos cargos, tornando-os assim diversificado. Podemos dizer que o modelo contingencial proporciona para o ocupante uma segurança na execução da suas atividades, com isso ele pode controlar seu desempenho com a conferência do alcance dos seus resultados.
"O desenho contingencial é dinâmico e privilegia a mudança em função do desenvolvimento pessoal do ocupante. Em outros termos, permite a adaptação do cargo ao potencial de desenvolvimento pessoal do ocupante. Essa adaptação contínua é feita através do enriquecimento de cargos. Enriquecimento de cargo significa a reorganização e ampliação do cargo para proporcionar adequação ao ocupante no sentido de aumentar a satisfação intrínseca através do acréscimo de variedade, autonomia, significado das tarefas, identidade com as tarefas e retroação". (CHIAVENATO, 1999, p. 169)
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O modelo clássico apresenta ênfase na eficiência e no conservadorismo dos cargos, sendo projetado para alcançar a redução de custos, a padronização das atividades e o apoio à tecnologia.
Desvantagem: descreve cargos simples e repetitivos e propicia a desmotivação por causa do trabalho individualizado, monótono e monopolizado pela chefia.
(Gestão de pessoas para concursos - Andreia Ribas e Cassiano Salim)
QUESTÃO ERRADA.
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COMENTÁRIOS: Pelo contrário, o modelo clássico apresenta ênfase na eficiência e no conservadorismo dos cargos, sendo projetado para alcançar a redução de custos, a padronização das atividades e o apoio à tecnologia.
Gabarito: Errado.