SóProvas


ID
2650225
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
STJ
Ano
2018
Provas
Disciplina
Administração Pública
Assuntos

Com referência à evolução do modelo racional-legal para o paradigma pós-burocrático, julgue o item a seguir.


O aparelho do Estado patrimonialista funcionava como uma extensão do poder do soberano e os servidores possuíam status de nobreza real.

Alternativas
Comentários
  • Certo

     

    “No patrimonialismo, o aparelho do Estado funciona como uma extensão do poder do soberano, e os seus auxiliares, servidores, possuem status de nobreza real. Os cargos são considerados prebendas. A res publica não é diferenciada das res principis. Em conseqüência, a corrupção e o nepotismo são inerentes a esse tipo de administração.”

     

    (PDRAE, 1995, p.15)

  • CERTO

     

    "Nas sociedades pré-capitalistas e pré-democráticas, o aparelho do Estado é considerado uma extensão do poder do soberano. Há uma “confusão” entre o que é de quem. Os servidores possuem status de nobreza real, sendo seus cargos chamados de prebendas. A res publica (coisa pública) não se diferencia das res principis (coisa do príncipe). O rei e os nobres não distinguem se um determinado objeto, por exemplo, é da repartição ou da sua casa..."

     

     

    A Evolução da Administração Pública no Brasil, Prof. Vinicius Ribeiro.

  • Finalmente uma questão praticamente "igual" aos enunciados de quando se aprende sobre administração pública.

  • CERTO

     

    No modelo patrimonialista de administração pública o bem público se confundia com o particular, o detentor do poder de administrar se apoderava do bem público como se fosse seu. Até hoje, infelizmente, ainda sofremos com resquícios desse modelo de adminstração pública no Brasil.

     

    * O modelo burocrático veio para dar fim ao modelo patrimonialista de administração pública. O modelo gerencial veio para flexibilizar o processo e dar foco ao resultado e ao cidadão no modelo burocrático. 

     

    Há quem diga que os três modelos de adminstração pública permanecem em vigor no país: modelo patrimonialista, burocrático e gerencial

  • Oi  pessoal,

     

    CERTO

     

    Características da Administração Pública Patrimonial:

     

    Confusão entre propriedade pública e a provada;

    Impermeabilidade à participação social-privada;

    Endeusamento do soberano;

    Corrupção e nepotismo;

    Caráter discricionário e arbitrário das decisões;

    Ausência de carreiras administrativas;

    Cargos denominados de prebendas (atividades rentáveis de pouco ou nenhum trabalho que conferem status de elite ou nobreza real) ou sinecuras;

    Descaso pelo cidadão e pelas demandas sociais.

     

    Fonte: Material pessoal de estudos.

     

    Bons estudos 

     

  • Resumo que fiz =) pode ajudar em outras questões tb

    Patrimonialismo = “troca” com seus súditos, esfera pública se confunde com a privada, racionalidade subjetiva, corrupção e nepotismo. Falta de um quadro de servidores qualificados. 

     

     

    Administração Burocrática = Evolução. CENTRALIZADO. Introduziu conceitos como o de meritocracia e a profissionalização dos servidores. NÃO HÁ META. 

    Formalidade – a autoridade deriva de um conjunto de normas e leis, expressamente escritas e detalhadas. 

    Impessoalidade – formas igualitárias 

    Profissionalização – remunerados em dinheiro, contratados pelo seu mérito e seu conhecimento, hierarquia.

     

     

    burocracia de modelo “puro” (disfunção) se compõe de funcionários individuais: 

     Livres = obedecem somente as obrigações objetivas de seu cargo 

    Nomeados, por contrato, competências funcionais fixas, qualificação profissional, salário fixo, profissão única ou principal, perspectiva de uma carreira (progressão), disciplina e controle do cargo.

    NUNCA aplicamos o modelo “puro” da burocracia weberiana. 

    As principais disfunções dessa burocracia são:

    Dificuldade de resposta as mudanças no meio externo, rigidez e apreço extremo as regras, perda da visão global da organização, lentidão, excessiva formalização, etc.

     

     

    PÓS BUROCRÁTICO ou administração pública gerencial: evolução. FOCO NOS resultados. Autonomia e flexibilidade. Descentralização e preocupação com os "clientes". Incentivo a Inovação e foco na qualidade.  

    Nem todos estes princípios do modelo burocrático citados são abandonados pelo modelo gerencial, mas sim incorporados ao modelo gerencial. 

    a) controle a posteriori dos resultados.  b) competição administrativa no interior do próprio Estado.   c) terceirização de atividades auxiliares ou de apoio.  d) procurou ser mais eficiênte e) remuneração por desempenho, competição administrativa e orientação para o cidadão-cliente.  

    busca uma horizontalização 

    Prioriza: remuneração por desempenho, a constante capacitação e o sistema de promoção por mérito.  

     

     

    Gerencialismo Puro – reduzir custos e pessoal. Assim, uma administração voltada para os resultados.  Buscava mais a eficiência do que efetividade.  

  • Patrimonialismo: Iniciou-se com a chegada da Coroa Portuguesa no Brasil.


    Prof: Marco Ferrari.

  • QUESTÃO CORRETA.

     

    O termo PATRIMONIALISTA foi utilizado na obra do sociológo alemão Max Weber para caracterizar formas de dominação política tradicional em que não há uma separação visível entre as esferas pública e privadas.

     

    No Patrimonialismo, esses dois domínios se misturam na concepção do governante, que entende e controla o aparelho do Estado como se fosse uma extensão do seu próprio domínio privado.

  • Gabarito: Certo.

     

    Clássica característica da gestão patrimonialista!

    A administração patrimonialista era baseada nos Estados absolutistas firmados nos séculos XVII e XVIII, quando o patrimônio do monarca se confundia com o patrimônio público.

     

    Em suma, no patrimonialismo, a gestão pública apresenta-se como assunto de interesse particular do soberano. Um claro exemplo dessa confusão ocorria nas monarquias absolutistas, onde a propriedade do rei - suas terras e seus tesouros - se confundiam nos seus aspectos público e particular: rendas e despesas se aplicavam, sem discriminação normativa prévia, nos gastos da família ou em bens e serviços de utilidade geral.

     

     

    Portanto, as principais características desse modelo são:

    -O soberano era tratado como um deus.

    -O Estado funcionava como uma propriedade do soberano e a administração era uma extensão de seu poder. Logo, era impermeável à participação social ou privada.

    -Ausência de distinção (confusão) entre o patrimônio público e o privado, com a corrupção, o nepotismo, o clientelismo e a troca de favores se constituindo em traços marcantes desse tipo de administração.

    -Prevalecimento de interesses privados em detrimento do interesse público.

    -Inexistência de carreiras organizadas e ausência de divisão de trabalho.

    -Não havia ações sociais de atendimento ao interesse da sociedade.

    -A pessoa do soberano possuía uma administração restrita à arrecadação de impostos e uma força militar para defender o território. Assim, a organização do Estado se limitava aos serviços de segurança do soberano, o serviço de justiça, que era exercido, muitas vezes, pelo próprio soberano, e o serviço de arrecadação.

     

    FONTE: Professor Adriel Sá.

  • Status de nobreza real??????? Ajude-me.

  • Uma questão num nível de LOUCURA dessa e que tem tudo pra está Errada , voce já Joga um CERTO .

  • "O aparelho do Estado funciona como uma extensão do poder soberano, e os seus auxiliares, servidores, possuem status de nobreza real. Os cargos são considerados prebendas e sinecuras (empregos rentosos que exigem pouco ou nenhum trabalho de quem o exerce), e são distribuídos da forma mais adequada ao soberano). A res publica ("a coisa pública - os bens públicos) não é diferenciada da res principis (patrimônio do principe ou do soberano). Em consequência, a corrupção e o nepotistmo são inerentes a esse tipo de administração."

     

    Administração Geral e Pública - Giovanna Carranza 

     

    Raquel Soares, ao dizer "status de nobreza real", eu suponho que quer dizer que fazem parte da nobreza por serem como chamamos ainda hoje "Amigos do Rei", e assim usufruirem do patrimônio público como bem entederem. 

     

     

  • Errei por causa do "servidores possuem status de nobreza real"

    Achei que quem possuía tal status era apenas o Gestor. Vivendo e aprendendo....

  • GABARITO C

     

    No patrimonialismo acontecia muito a prática do NEPOTISMO (nomeação de parentes ou amigos para a máquina estatal), e o Estado era visto como patrimônio dos seus servidores, lhe devendo favores e lealdade, chamadados de "corte" da nobreza.

     

    Espero ter ajudado!

  • O patrimonialismo é um modelo de administração pública baseado na dominação tradicional, na qual a vontade do senhor e os limites impostos pela tradição definem os rumos dos governados. Esse modo de administração tem como característica principal a confusão patrimonial entre os bens do senhor e os bens públicos. No patrimonialismo não há separação clara entre a “res púbIica" (Bens Públicos) e a “res principis” (Bens do Príncipe), o soberano se utiliza do patrimônio público como se seu fosse, apropriando-se dos recursos coletados para seu próprio proveito, administrando-os de acordo com sua vontade.

    No Patrimonialismo os "cargos" eram chamados de Prebendas ou Sinecuras, ou ocupação rendosa e de pouco trabalho que, muitas vezes, era transmitida hereditariamente. Esses “funcionários” mantinham uma relação de proximidade com o

    senhor, tendo como forma de sustento a alimentação à mesa do soberano; os emolumentos (rendimentos provenientes dos bens do senhor); as terras funcionais; oportunidades apropriadas de rendas, taxas ou impostos; além dos Feudos.

    Esse é o conceito clássico de Patrimonialismo, contudo, o termo começou a ser utilizado para caracterizar a corrupção e o aproveitamento do patrimônio público em benefício próprio.

    ➥ Fonte: Prof. Heron Lemos – Curso Modular de Administração – Módulo 01 (Adm. Pública)

    Principais características da administração patrimonialista:

    ▪ Confusão entre a propriedade privada e a propriedade pública:

    ▪ Impermeabilidade à participação social-privada;

    ▪ Endeusamento do soberano;

    ▪ Corrupção e nepotismo;

    ▪ Caráter discricionário e arbitrário das decisões;

    ▪ Ausência de carreiras administrativas;

    ▪ Desorganização do Estado e da Administração;

    ▪ Cargos denominados prebendas ou sinecuras;

    ▪ Descaso pelo cidadão e pelas demandas sociais: e

    ▪ Poder oriundo da tradição/hereditariedade.

    ➥ Fonte: Prof. Heron Lemos - Estudo Dirigido para UFC – Vol 01 (Adm. Pública)

  • O enunciado reproduz uma das características essenciais do patrimonialismo. 

    Resposta: CERTO

  • No ponto de vistá histórico essa questão está absurdamente errada. Mas, enfim, é ADM Pública ... Então, bola pra frente.
  • Perfeita a questão.

    No Patrimonialismos, a res publica (coisa pública) não se diferencia das res principis (coisa do príncipe).

  • Se o patrimonialismo predominou até os anos 1930, falar em nobreza real nessa época soa, no mínimo, estranho.

  • GABARITO: CERTO

    ACRESCENTANDO:

    PALUDO (2013) resume o patrimonialismo do seguinte modo:

    • confusão entre a propriedade privada e a propriedade pública;

    • impermeabilidade à participação social-privada;

    • endeusamento do soberano;

    • corrupção e nepotismo;

    • caráter discricionário e arbitrário das decisões;

    • ausência de carreiras administrativas;

    • desorganização do Estado e da Administração;

    • cargos denominados prebendas ou sinecuras;

    • descaso pelo cidadão e pelas demandas sociais.

    • poder oriundo da tradição/hereditariedade.

    No patrimonialismo, o aparelho do Estado funciona como urna extensão do poder do soberano, e os seus auxiliares, servidores, possuem status de nobreza real. Os cargos são considerados prebendas. A res publica não é diferenciada das res princípis. Em conseqüência, a corrupção e o nepotismo são inerentes a esse tipo de administração. No momento em que o capitalismo e a democracia se tomam dominantes, o mercado e a sociedade civil passam a se distinguir do Estado. Neste novo momento histórico, a administração patrimonialista toma-se uma excrescência inaceitável.

    (CHIAVENATO, 2009)

  • Não seriam súditos? Vejo isso como capacho , maas
  • GAB: CERTO

    Administração Pública Patrimonialista

    Na administração patrimonialista, o aparelho do Estado funciona como uma extensão do poder do soberano, e os seus auxiliares, servidores, possuem status de nobreza real. Também, no modelo não existiam carreiras organizadas no serviço público, nem divisão do trabalho e nem controles efetivos. Os cargos existentes eram de livre nomeação do soberano, que os ocupava com seus parentes e demais amigos.