" Breve história da febre aftosa no Brasil
Em 1895, no Triângulo Mineiro, houve o primeiro registro oficial da aftosa no Brasil, depois de ocorrências na Argentina, Chile e Uruguai. Os focos na América do Sul coincidiram com a importação de animais da Europa à época do surgimento da indústria frigorífica no Brasil.
O aparecimento da doença contribuiu para a reestruturação do Ministério da Agricultura em 1909. O Governo Federal aprovou em 1934 o Regulamento do Serviço de Defesa Sanitária Animal contendo medidas de profilaxia (Decreto nº 24.548, de 3 de julho de 1934).
Em 1951, foi criado o Centro Pan Americano da Aftosa (PANAFATOSA) e reconhecida a necessidade de ações conjuntas entre os países do Continente.
Em 1972, foi criada a Comissão Sul Americana de Luta contra a Febre Aftosa (COSALFA). Em 1987, foi aprovado o primeiro Plano Hemisférico de Erradicação da Febre Aftosa na América do Sul (PHEFA), estabelecendo a meta de erradicação em toda a América do Sul. O PHEFA atual segue vigente até 2020.
Em 1992, foi criado pelo MAPA o Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (PNEFA) com a adoção de uma política baseada na regionalização das ações (criação dos circuitos pecuários), no envolvimento do setor privado, e no uso massivo e sistemático da vacinação. O programa foi reformulado com a inclusão de novas medidas de prevenção e renomeado como Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa. Lê-se com a mesma sigla PNEFA.
Os milhares de focos da doença foram desaparecendo. A primeira zona livre da aftosa com vacinação foi reconhecida pela OIE em 1998. O último foco de aftosa foi registrado no município de Japorã, Mato Grosso do Sul, em 14 abril de 2006.
Em 2007, o Estado de Santa Catarina foi reconhecido pela OIE como a primeira zona livre da aftosa sem vacinação.
As zonas livres com vacinação tornaram-se cada vez mais amplas ao longo dos anos e alcançaram o restante do País."
Fonte: http://www.agricultura.gov.br/noticias/brasil-livre-de-febre-aftosa-e-um-marco-na-historia-da-pecuaria