Efetivamente, a apropriação da vertente marxista no Serviço Social (brasileiro e latinoamericano) não se dá sem incontáveis problemas, que
aqui não abordaremos, e que se caracterizam, quer pelas abordagens reducionistas dos marxismos de manual, que pela influência do cientificismo e do formalismo metodológico (estruturalista) presente no "marxismo" althusseriano (referência a Louis Althusser, filosofo francês cuja leitura da obra de Marx vai influenciar a proposta marxista do Serviço Social nos anos 60/70 e particularmente o Método de B.H. Um marxismo equivocado que recusou a via institucional e as determinações sócio históricas da profissão. No entanto, é com este referencial, precário em um primeiro momento, do ponto de vista teórico, mas posicionado do ponto de vista sócio-político, que a profissão questiona sua prática institucional e seus objetivos de adaptação social ao mesmo tempo em que se aproxima dos movimentos sociais. Inicia-se aqui a vertente comprometida com a ruptura (NETTO,1994, p. 247 e ss) com o Serviço Social tradicional.