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Futuro do pretérito: forma verbal empregada para indicar algo que não se realizou e nem se realizará.
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Achei essa fundamentação:
Manual de Redação do Estadão:
Futuro do pretérito. O antigo condicional não deve ser empregado nos títulos por transmitir ao leitor idéia de insegurança, eventualidade e falta de convicção: Aids teria sido a causa de chacina em SP / Curto-circuito teria causado o incêndio na Paulista / Excesso de informação causaria estresse. Uma saída é recorrer a palavras como pode, deve, possível, provável, ameaça, espera e outras que contornem a situação. Há um caso, porém, em que se admite o uso do futuro do pretérito. É quando ele formula uma hipótese: Antecipação agradaria aos vereadores / Ex-ministro afirma que reeditar o Plano Cruzado seria até hilariante.
Sugiro ainda:
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff1612201005.htm
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letra b
Travaglia (1981:150-153) apresenta uma proposta de classificação dos verbos da língua portuguesa quanto ao aspecto, vinculando essa noção com a de tempo. Para o autor, o presente do Indicativo geralmente expressa aspecto imperfectivo, o pretérito perfeito do Indicativo normalmente marca o aspecto perfectivo e o pretérito imperfeito do Indicativo o aspecto imperfectivo. O futuro de presente e o futuro do pretérito não marcam qualquer aspecto, pois esses verbos "(...) marcam o tempo futuro que atribui à situação uma realização virtual, até certo ponto abstrata", o que anula ou dificulta a percepção das noções aspectuais.
Conjectura é um substantivo feminino que significa um juízo ou opinião com fundamentação incerta, ou uma dedução de um acontecimento que poderá acontecer no futuro, baseado em uma presunção.
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O futuro do pretérito é um tempo verbal da língua portuguesa
que existe apenas no modo indicativo. É dividido em “futuro do pretérito
simples" (somente o verbo) e “futuro do pretérito composto" (junção do verbo
“ter/haver" com o particípio do verbo). Pode indicar um evento futuro em
relação a outro evento já ocorrido (“eu teria feito isso se não fosse
aquilo"); pode demonstrar indicar incerteza, dúvida ou suposição (“seria
interessante voar como os pássaros"); pode indicar surpresa (“quem diria: você
conseguiu encontrar sua alma gêmea"); e pode ser uma forma educada de pedir
algo (“você poderia abaixar o volume").
Vamos analisar as alternativas e encontrar a opção certa:
A) Errado. Apesar de o uso da
mesóclise dificultar a leitura e a compreensão, não podemos afirmar que é uma
forma de colocação pronominal arcaica, mas sim, algo geralmente presente em obras
literárias e em discursos cerimoniais.
B) Certo. O uso do futuro do
pretérito indica que o texto faz conjecturas e não trata de fatos comprovados,
podendo atentar injustamente contra reputações de pessoas ou instituições.
C) Errado. O uso do futuro do
pretérito não demonstra pouco conhecimento da língua; pelo contrário, é algo
que exige, na maioria das vezes, noção apurada dos tempos verbais e conjugações.
D) Errado. O pretérito
mais-que-perfeito sintético do indicativo foi o tempo verbal que entrou em
desuso; o futuro do pretérito foi, aos poucos, sendo substituído pelo pretérito
imperfeito na maioria dos contextos, mas ainda é usado.
E) Errado. Apesar de ser
desestimulado o uso do futuro de pretérito nos manuais de redação na maioria
dos casos, ainda há situações em que seu uso é aceitável, como quando é
formulada uma hipótese: “Antecipação agradaria aos vereadores"; “Ex-ministro
afirma que reeditar o Plano Cruzado seria até hilariante".
Com base nessas explicações, concluímos que a alternativa B
é a certa.
Gabarito do Professor: Letra B.
Bibliografia:
- Manual de Redação
do Estadão. 3ª. Edição. Disponível em https://www.estadao.com.br/manualredacao/esclareca/t.php.
Acesso: Janeiro de 2022.