SóProvas


ID
2673553
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Barretos - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto para responder a questão abaixo.


    Black Friday? Levantamento feito pela Folha* mostrou que boa parte dos “descontos” oferecidos nesta sexta-feira não passa de manipulações até meio infantis de preços, com o objetivo de iludir o consumidor.

    Antes, porém, de imprecar contra a ganância dos capitalistas, convém perguntar se os consumidores não desejam ser enganados. E há motivos para acreditar que pelo menos uma parte deles queira.

    No recém-lançado Dollars and Sense (dinheiro e juízo), Dan Ariely e Jeff Kreisler relatam um experimento natural que mostra que pessoas podem optar por ser “ludibriadas” voluntariamente e que, em algum recôndito do cérebro, isso faz sentido.

    A JCPenney é uma centenária loja de departamentos dos EUA que se celebrizou por jogar seus preços na lua para depois oferecer descontos “irresistíveis”. Ao fim e ao cabo, os preços efetivamente praticados estavam em linha com os da concorrência, mas os truques utilizados proporcionavam aos consumidores a sensação, ainda que ilusória, de ter feito um bom negócio, o que lhes dava prazer.

    Em 2012, o então novo diretor executivo da empresa Ron Johnson, numa tentativa de modernização, resolveu acabar com a ginástica de remarcações e descontos e adotar uma política de preços “justa e transparente”.

    Os clientes odiaram. Em um ano, a companhia perdera US$ 985 milhões e Johnson ficou sem emprego. Logo em seguida, a JCPenney remarcou os preços de vários de seus itens em até 60% para voltar a praticar os descontos irresistíveis. Como escrevem Ariely e Kreisler, “os clientes da JCPenney votaram com suas carteiras e escolheram ser manipulados”.

    Num mundo em que o cliente sempre tem razão, não é tão espantoso que empresas se dediquem a vender-lhe as fantasias que deseja usar, mesmo que possam ser desmascaradas com um clique de computador.


*Jornal Folha de São Paulo


(‘Caveat emptor’. Hélio Schwartsman. http://www1.folha.uol.com.br/ colunas/helioschwartsman/2017/11/1937658-caveat-emptor.shtml 24.11.2017. Adaptado)

Assinale a alternativa em que a palavra entre parênteses substitui, sem prejuízo de sentido ao texto, o termo em destaque no trecho.

Alternativas
Comentários
  • D) A JCPenney é uma centenária loja de departamentos dos EUA que se celebrizou... (notabilizou)

     

    Imprecar:
     bitransitivo 
    1    pedir (a Deus ou às potestades celestes) [males ou bens]
    Ex.: imprecava aos céus que mandassem uma benfazeja chuva
     transitivo direto e bitransitivo 
    2    Estatística: pouco usado.
    pedir, rogar com insistência
    Ex.:
     transitivo direto, transitivo indireto e intransitivo 
    3    rogar pragas a; praguejar
    Ex.: <“que os raios te fulminem>

     

    Recôndito

    n adjetivo 
    1    que se escondeu; encoberto, oculto, retirado
    2    que se conhece pouco ou nada; desconhecido, ignorado
    3    que tem origem ou que existe no âmago de uma pessoa; íntimo, profundo
    n substantivo masculino 
    4    parte oculta; escaninho
    5    parte central, interior de alguém ou algo; âmago

    Fonte: Houaiss
     

  • Imprecar: expressar o desejo de que recaiam sobre alguém males (ou bens).
    ludibriadas: enganadas.
    recôndito: que não se conhece bem; que se mantém ignorado; desconhecido.
    celebrizar: notabilizar.
     

    GABARITO -> [D]

  • NOTABILIZOU =  vem de ''Notável''. A empresa se notabilizou, se tornou notável por meio de tal conduta.

  • Celebrizou vem do verbo celebrizar. O mesmo que: afamou.

    Tornar célebre.

    Tornar-se célebre, notabilizar-se.