SóProvas


ID
2673559
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Barretos - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto para responder a questão abaixo.


    Black Friday? Levantamento feito pela Folha* mostrou que boa parte dos “descontos” oferecidos nesta sexta-feira não passa de manipulações até meio infantis de preços, com o objetivo de iludir o consumidor.

    Antes, porém, de imprecar contra a ganância dos capitalistas, convém perguntar se os consumidores não desejam ser enganados. E há motivos para acreditar que pelo menos uma parte deles queira.

    No recém-lançado Dollars and Sense (dinheiro e juízo), Dan Ariely e Jeff Kreisler relatam um experimento natural que mostra que pessoas podem optar por ser “ludibriadas” voluntariamente e que, em algum recôndito do cérebro, isso faz sentido.

    A JCPenney é uma centenária loja de departamentos dos EUA que se celebrizou por jogar seus preços na lua para depois oferecer descontos “irresistíveis”. Ao fim e ao cabo, os preços efetivamente praticados estavam em linha com os da concorrência, mas os truques utilizados proporcionavam aos consumidores a sensação, ainda que ilusória, de ter feito um bom negócio, o que lhes dava prazer.

    Em 2012, o então novo diretor executivo da empresa Ron Johnson, numa tentativa de modernização, resolveu acabar com a ginástica de remarcações e descontos e adotar uma política de preços “justa e transparente”.

    Os clientes odiaram. Em um ano, a companhia perdera US$ 985 milhões e Johnson ficou sem emprego. Logo em seguida, a JCPenney remarcou os preços de vários de seus itens em até 60% para voltar a praticar os descontos irresistíveis. Como escrevem Ariely e Kreisler, “os clientes da JCPenney votaram com suas carteiras e escolheram ser manipulados”.

    Num mundo em que o cliente sempre tem razão, não é tão espantoso que empresas se dediquem a vender-lhe as fantasias que deseja usar, mesmo que possam ser desmascaradas com um clique de computador.


*Jornal Folha de São Paulo


(‘Caveat emptor’. Hélio Schwartsman. http://www1.folha.uol.com.br/ colunas/helioschwartsman/2017/11/1937658-caveat-emptor.shtml 24.11.2017. Adaptado)

Assinale a alternativa em que a forma verbal em destaque no trecho expressa a ideia de possibilidade de que um fato ou evento se realize.

Alternativas
Comentários
  • A) E há motivos para acreditar que pelo menos uma parte deles queira.

     

    Presente do subjuntivo. Tipo: talvez ele queira.

     

  • QUERER (E) - (A)

    SUBJUNTIVO (HIPÓTESE)
    Presente: Anuncia uma ação vinculada a outra numa circunstância atual. Exprime dúvida, possibilidade e suposição. (QUE)


    que eu QUEIRA
    que tu QUEIRAS
    que ele QUEIRA
    que nós QUEIRAMOS
    que vós QUEIRAIS
    que eles QUEIRAM

    GABARITO - [A]

  • Para saber se é subjuntivo coloque o advérbio "talvez" antes do verbo.

  • Modo subjuntivo indica possibilidade " que uma parte queira."

  • ALTERNATIVA A: OPÇÃO CORRETA. O Presente do Subjuntivo indica exatamente possibilidade, hipótese, chance: (...) acreditar que uma parte deles QUEIRA. Ou seja, não há convicção, certeza de que uma parte deles quererá, há só a possibilidade.

    ALTERNATIVA B: OPÇÃO INCORRETA. O Pretérito Imperfeito do Indicativo (ESTAVAM) indica ideia ou sentido do que ocorria ou existia em duração no passado, mas com certeza, com convicção.

    ALTERNATIVA C: OPÇÃO INCORRETA. O Pretérito Perfeito do Indicativo (RESOLVEU) indica ideia ou sentido do que ocorreu, findou (ação, fato concluído) no passado, com certeza, com convicção.

    ALTERNATIVA D: OPÇÃO INCORRETA. O Pretérito Mais Que Perfeito do Indicativo (PERDERA) indica ideia ou sentido do que ocorreu num passado mais distante em relação, mas com certeza, com convicção, em relação a outro fato ou evento também no passado.

    ALTERNATIVA E: OPÇÃO INCORRETA. O Presente do Indicativo (TEM) indica ideia ou sentido do que ocorre ou existe no momento da fala, e com certeza, com convicção.

  • Talvez eu queira