SóProvas


ID
2674630
Banca
VUNESP
Órgão
Câmara de Barretos - SP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                            O futuro da universidade


      Marcelo Knobel, reitor da Unicamp, disse em entrevista que o teto salarial paulista, hoje em R$ 21 mil, é uma ameaça à excelência das universidades públicas do Estado de São Paulo. Com esse valor para o topo da carreira, fica difícil atrair os melhores talentos. Concordo, mas acrescento que a lista de constrangimentos não para aí.

      A isonomia salarial, tão celebrada pelos sindicatos, produz um efeito muito semelhante. Mesmo que não houvesse teto, a regra segundo a qual não pode haver diferenças salariais entre professores com a mesma titulação e tempo de carreira impediria as universidades públicas de contratar prêmios Nobel ou quaisquer outros pesquisadores de gabarito internacional. Para escancarar o absurdo da coisa, tente imaginar um clube como o Barcelona ou o PSG tendo de lidar com uma norma que manda pagar o mesmo para a estrela do time e o terceiro goleiro reserva.

      Teto e isonomia são apenas dois exemplos de uma série de empecilhos institucionais que, receio, acabarão condenando as universidades públicas à mediocridade. Para tornar o quadro mais dramático, vale lembrar que hoje, ao contrário de décadas passadas, elas já não reinam absolutas.

      Em áreas como medicina, direito, economia e engenharias, que têm forte inserção no mercado, já surgiram instituições privadas que oferecem cursos de qualidade comparável ou até superior aos da Unicamp, USP etc. Elas ainda ficam bastante atrás em pesquisa e é improvável que se interessem por criar cursos quase que fadados a ser deficitários como sânscrito ou astronomia, que são, entretanto, o que assegura o caráter de universalidade que faz parte até da raiz da palavra “universidade”.

      De todo modo, se as universidades públicas querem manter a relevância, precisam pensar em reformas mais profundas do que apenas criar cotas ou estancar o deficit orçamentário.

(Hélio Schwartsman. Folha de S.Paulo, http://www1.folha.uol.com.br/ colunas/helioschwartsman/2017/08/1913821-o-futuro-da-universidade.shtml. 29.08.2017. Adaptado)

Considere a seguinte frase escrita a partir do texto.


Teto e isonomia são apenas dois exemplos de uma série de empecilhos institucionais que condenarão as universidades públicas à mediocridade.

Substituindo-se a expressão “as universidades públicas”, fica em conformidade com a norma-padrão da língua portuguesa, quanto ao uso e à colocação do pronome, a seguinte redação:

Alternativas
Comentários
  • Condenar é verbo transitivo direto e, assim como todos os outros VTD, exige pronomes como : o, a, os, as...

    O pronome lhe é usado para verbos transitivos indiretos, segue um exemplo na frase abaixo:

    Carlos entregou o caderno á Fátima

    Se eu quiser tirar FÁTIMA da frase, eu utilizo lhe, pois quem entrega, entrega ALGO, Á ALGUÉM, ficaria assim :

    Carlos entregou-lhe o caderno.

    Se eu quiser tirar o caderno da frase,ficaria deste modo:

    Carlos entregou-o á Fátima.

     

  • A) ... uma série de empecilhos institucionais que as condenarão à mediocridade. 

  • -Pronome relativo (nesse caso o termo "-que") é fator de próclise, portanto o pronome obliquo átono ficara antes do verbo.

    Mas só isso não é util para matar aa questão, pois temos dois casos parecidos:

    ... uma série de empecilhos institucionais que as condenarão à mediocridade.

    ... uma série de empecilhos institucionais que lhes condenarão à mediocridade.  

    A diferença repousa sobre o fato de que PRONOMES OBLIQUOS ÁTONOS o/a são Usados COMO OBJETO DIRETO = OD

                                                              PRONOMES OBLIQUOS ÁTONOS lhe é Usado COMO OBJETO INDIRETO = OI

    portanto GAB (a)

  • Quem condena, condena algo ---->. Portanto VTD(objeto direto) cabe os pronomes : o, a , os, as .

    Palavra que = Atrativa ou seja atrai pronomes

    A) ... uma série de empecilhos institucionais que(palavra atrativa) as (cabe o ''as" por ser VTD) condenarão à mediocridade. 

    GABARITO: A

     

  • Pronome relativo atrai

    Verbo está no futuro, logo não pode haver ênclise

    Condenar é transitivo direto logo (o,a. no, na, lo, la e seus plurais )

    Bab: A

  • VINÍCIUS, CREIO QUE SEJA, NA VERDADE, VTDI - CONDENA ALGUÉM A ALGUMA COISA. EX: CONDENOU O RÉU À SENTENÇA ("AO JULGAMENTO" - PASSANDO PARA O MASCULINO, TEM-SE A COMBINAÇÃO ENTRE A PREPOSIÇÃO "A" E O ARTIGO "O".

  • GABARITO: A

  • Falou em pronome, já identifique a partícula atrativa.

    Falou em verbo e pronome, veja a transitividade do verto.

    Assim fica fácil identificar quem vai ser colocado e onde será colocado.

    Esse entendimento foi um divisor de águas pra mim. Ficadicaaaa

  • GABARITO A

    Palavra que = Atrativa = atrai o pronomes.

    ... uma série de empecilhos institucionais que(palavra atrativa) as  condenarão à mediocridade. 

  • o que me ferrou na questão foi o "à" antes de mediocridade, porque entendi que seria o verbo condenar VTDI, ai eu pergunto, porque tem crase aquele "à" da mediocridade?

  • o   Gabarito: A.

    .

    "As universidades públicas" é objeto direto.

    Há fator atrativo de próclise pela presença do pronome "que".

    O correto é, portanto: "que as condenarão".