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ERRADO.
A ordenação de preferências em que as utilidades são simplesmente ordenadas de modo a mostrar apenas a ordem de preferência é chamada de teoria ordinal. Caso a preocupação realmente fosse informar em valor numérico qual o grau de utilidade do consumidor, estaríamos trabalhando com a teoria cardinal. Assim, a teoria do consumidor, baseada na ordenação de preferências, é pautada em funções de utilidades ordinais, pois verifica-se apenas a ordem das utilidades e não o seu cálculo numérico propriamente dito (Prof. Heber Carvalho).
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Gent, não entendi.
A utiliade ordinal não serve para ordenar as cestas de consumo? A questão está errada porque fala sobre BENS e nãosobre cestas?
Em momento nenhum está falando sobre atribuir valor do grau de utilidade e sim de ordenação.
Acho que se tem um erro, está em dizer que a utilidade ordinal não é suficiente para fundamentar as propriedades gerais das curvas de procura. A função utilidade parte da utilidade ordinal, tanto que admite alterações monotônicas, não? Alguma luz??
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Ayanne, as cestas de consumo são compostas por diferentes bens. A utilidade ordinal faz uma ordenação de preferências entre esses bens. Por exemplo, prefiro 51 ice do que smirnoff ice.
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Depois de 40 min. de pesquisa ainda não encontrei o erro da questão. Considerando que o erro não é este apontado pelo colega Daniel Gonçalves, pois na minha bibliografia consultada é tratado com Utilidade ordinal e utilidade cardinal. Se alguem puder ajudar (no privado).
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Não posso afirmar categoricamente, mas acho que o erro está na segunda parte da assertiva (não é suficiente para fundamentar as propriedades gerais das curvas de procura)
Trecho do PDF do Professor Heber Carvalho:
"Dentro do estudo da teoria do consumidor, o objetivo é entender o comportamento dos consumidores, bastando saber como eles classificam ou ordenam as diferentes cestas. Assim, as funções utilidade com as quais trabalharemos serão do tipo ordinal. Essa é a abordagem padrão e é ela que é adotada pelos livros e pelas bancas de concurso".
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Pessoal, depois de mil e 1 anos pensando, acredito que o erro esteja na parte final da questão.
A utilidade ordinal é caracterizada por uma abordagem centrada em afirmações do tipo “O bem A é preferível ao bem B”, exemplo do conceito de utilidade ordinal, não é suficiente para fundamentar as propriedades gerais das curvas de procura.
Bom, vamos supor que você vá desenhar o mapa de utilidade das cestas. Ora, saber que o bem A é preferível ao bem B, em virtude de preferências ordinais, é suficiente para fundamentar (estabelecer, basear) as propriedades (características, atributos, caracteres) GERAIS das CURVAS de procura. Aqui não se fala em quantum, se fala em características. Você consegue desenhar seu mapa colocando as cestas mais preferíveis acima das cestas não-preferíveis.
Qualquer erro, me avisem! Grata.
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A CESPE e sua jurisprudência própria! São vários axiomas que são base à derivação da curva de demanda marshaliana, a ordenação entre os bens A e B é um deles e trata da completude. Os demais axiomas são a reflexividade, transitividade, continuidade, saciedade, convexidade. São estes axiomas que, em conjunto, fundamentam a curva de demanda. A ordenação, sozinha, não deriva curva de demanda. Vide Structure of Economics, Eugene Silberberg.
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GAB: ERRADO
Complementando!
Fonte: Celso Natale - Estratégia
A questão estava correta, exceto pela afirmação de que “não é suficiente para fundamentar as propriedades gerais das curvas de procura”.
A abordagem da utilidade ordinal é suficiente para fundamentar as propriedades gerais das curvas de indiferença do consumidor.
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TOME NOTA (!)
Funções utilidades podem ser Ordinal ou Cardinal.
Ordinal ➱ estabelece somente a ordem de preferência do consumidor. Por exemplo, O bem A é preferível ao bem B.
Cardinal ➱ estabelece o grau de utilidade do consumidor, ou seja, o quantum de satisfação por aqueles bens de determinada cesta.
O erro da questão está em afirmar que a utilidade ordinal não é suficiente para fundamentar as propriedades gerais das curvas de procura, visto que ela pode interferir sim na curva.
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Fala pessoal! Tudo beleza? Professor Jetro Coutinho na área,
para comentar esta questão sobre Teoria do Consumidor.
A utilidade ordinal apenas visa ordenar a diferença, sem se preocupar com a diferença matemática entre elas. Ou seja, pela utilidade ordinal o que fazemos é apenas criar uma ordem para as preferências, podendo dizer qual tipo de bem ou de cesta o consumidor prefere.
Essa abordagem apenas se preocupa em saber o que o consumidor prefere. Ela NÃO SE PREOCUPA em saber o quanto a mais ele prefere. O foco está em apenas, como o nome diz, ORDENAR as preferências.
A teoria ordinal é a utilizada para fundamentar a Teoria do Consumidor e toda a teoria envolvendo as curvas de indiferença, o que culmina, nas curvas de demanda. Tanto é que a teoria do consumidor é a teoria que está "por trás" da curva de demanda.
A banca afirma que a utilidade ordinal não é suficiente para fundamentar as teorias econômicas, o que está errado, já que é justamente a utilidade ordinal que orienta o desenvolvimento destas teorias.
Gabarito do Professor: ERRADO.