O princípio da especialização está diretamente relacionado com a estrutura funcional. Esse tipo de estrutura dispõe seus órgãos componentes em áreas especializadas em assuntos específicos e possui funcionários especialistas.
A elaboração da estrutura funcional busca atender às diversas áreas produtivas da empresa com o suporte técnico necessário. O princípio da unidade de comando é da estrutura linear, não é fonte de preocupação na funcional. Trata-se de uma estrutura típica dos sistemas industriais, acionados de acordo com a Teoria de Taylor.
A estrutura funcional (EF) é um recurso muito utilizado em organizações em que existem altas exigências técnicas. Ela deu origem à estrutura matricial que veremos mais adiante. Na EF, indivíduos de uma mesma equipe ou setor, podem receber ordens e instruções de vários chefes especializados que participam do processo de trabalho, podendo ocorrer a ambiguidade. Por exemplo, digamos que você seja do departamento de compras, e que de manhã o chefe do departamento de produção pediu que você comprasse muita matéria-prima, pois ele quer garantir uma maior quantidade possível de estoque, mas logo depois o chefe do departamento financeiro disse-lhe que você deve comprar a menor quantidade possível de materiais, pois a empresa está em uma situação crítica. Observe que você recebeu duas ordens diferentes de chefes diferentes. Isso é ambiguidade, o que pode ser fator ocasionador de conflitos.
Logo, a EF é aquela em que se encontra uma chefia para cada função, de modo que os subalternos podem exercer mais de uma função, ficando sob o mando de mais de um chefe, organizando-se segundo os tipos de recursos técnicos utilizados e funções especificas.
A organização se divide segundo diferentes funções, como:
• produção,
• finanças,
• recursos humanos,
• marketing etc.
Todos os níveis de execução se subordinam funcionalmente aos seus correspondentes níveis de comando funcional.
VANTAGENS:
• promove o aperfeiçoamento;
• facilita a especialização, nos escalões hierárquicos superiores;
• facilita o trabalho em equipe (formação de equipes);
• boa coordenação intradepartamental (dentro do departamento);
• direção e controle pela cúpula;
• dá maior flexibilidade de adaptação à empresa;
• 0 especialista sente-se mais valorizado;
• boa solução de problemas técnicos;
• uso eficiente dos recursos e economia de escala;
DESVATANGENS:
• muitas chefias, causando confusão;
• responsabilidade parcial dos problemas;
• não há unidade de mando, o que dificulta a disciplina;
• devido à alta especialização, não se adapta rapidamente às mudanças;
• péssima coordenação interdepartamental (entre os departamentos);
• é mais dispendiosa;
• confusão quanto aos objetivos;
• comunicação precária entre os departamentos funcionais;
• visão limitada dos objetivos organizacionais;
• aumento do conflito interfuncional (entre as funções);
Fonte: Administracao Geral e Pública 2016. Gionanna Carranza.