De acordo com Clark (1984) (1989), as placas oclusais possuem a finalidade de estabilizar e melhorar a
função das articulações temporomandi-bulares (ATM), melhorar a função do sistema motor mastigatório, reduzir a
atividade muscular anormal e proteger os dentes do atrito e de cargas traumáticas adversas (Okeson, 1992).
Além disso, podem ser utilizadas para promover uma posição articular mais estável e funcional e uma condição oclusal ideal, que reorganiza a atividade neuromuscular que por sua vez reduz a atividade muscular anormal
(Okeson, 1992).
Como dispositivo diagnóstico, a placa pode ajudar a estabelecer uma relação maxilomandibular confortável e relaxada, sendo um método reversível para testar as respostas musculares e articulares às alterações tanto
no posicionamento vertical, quanto horizontal da mandíbula, previamente à estabilização permanente da oclusão, por meio do ajuste oclusal, reabilitação protética ou tratamento ortodôntico (Clark, 1989). Um exemplo da atuação da placa como dispositivo diagnóstico, pode ser considerado quando os sintomas aparecem e desaparecem concomitantemente à retirada e ao uso da placa. Isto pode ser evidência de que a sintomatologia, provavelmente tem como fator etiológico, desarmonia oclusal (Dawson, 1980).