Aquele regime (“fordista/keynesiano”) deve ser substituído por uma nova estratégia hegemônica.
Uma estratégia que anule as conquistas trabalhistas e que permita a super-exploração do
trabalho como um todo; uma estratégia que altera as condições do contexto anterior criando, no
pós-70, um novo “regime de acumulação” que Harvey denomina de “flexível”: a ofensiva
neoliberal.
Essa nova estratégia sustenta-se em três pilares fundamentais necessariamente articulados, no
atual contexto de crise e mundialização do capital:
a) a ofensiva contra o trabalho e suas formas de organização e lutas,
b) a reestruturação produtiva e
c) a (contra-)reforma do Estado.
Desta forma, o “projeto/processo neoliberal” constitui a atual estratégia hegemônica de
reestruturação geral do capital – face à crise, ao avanço tecno-científico e às lutas de classes que
se desenvolvem no pós- 70, e que se desdobra basicamente em três frentes: a ofensiva contra o
trabalho (atingindo as leis e direitos trabalhistas e as lutas sindicais e da esquerda), e as
chamadas “reestruturação produtiva” e “(contra-)reforma do Estado”.
http://cress-mg.org.br/publicacoes/Home/PDF/17