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DSMV: Ao diferenciar luto de um episódio depressivo maior (EDM), é útil considerar que, no luto, o afeto predominante inclui sentimentos de vazio e perda, enquanto no EDM há humor deprimido persistente e incapacidade de antecipar felicidade ou prazer. A disforia no luto pode diminuir de intensidade ao longo de dias a semanas, ocorrendo em ondas, conhecidas como "dores do luto". Essas ondas tendem a estar associadas a pensamentos ou lembranças do falecido. O humor deprimido de um EDM é mais persistente e não está ligado a pensamentos ou preocupações específicos. A dor do luto pode vir acompanhada de emoções e humor positivos que não são característicos da infelicidade e angústia generalizadas de um EDM. O conteúdo do pensamento associado ao luto geralmente apresenta preocupação com pensamentos e lembranças do falecido, em vez das ruminações autocríticas ou pessimistas encontradas no EDM. No luto, a autoestima costuma estar preservada, ao passo que no EDM sentimentos de desvalia e aversão a si mesmo são comuns. Se presente no luto, a ideação autodepreciativa tipicamente envolve a percepção de falhas em relação ao falecido (p. ex., não ter feito visitas com frequência suficiente, não dizer ao falecido o quanto o amava). Se um indivíduo enlutado pensa em morte e em morrer, tais pensamentos costumam ter o foco no falecido e possivelmente em "se unir" a ele, enquanto no EDM esses pensamentos têm o foco em acabar com a própria vida em razão dos sentimentos de desvalia, de não merecer estar vivo ou da incapacidade de enfrentar a dor da depressão.
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No DSM-IV, havia um critério de exclusão para um episódio depressivo maior que era aplicado a sintomas depressivos que durassem menos de dois meses após a morte de uma pessoa amada (i.e., a exclusão do luto).
Essa exclusão é omitida no DSM-5 por várias razões, incluindo o reconhecimento de que o luto é um estressor psicossocial grave que pode precipitar um episódio depressivo maior em um indivíduo vulnerável, geralmente iniciando logo após a perda, e pode acrescentar um risco adicional para sofrimento, sentimentos de desvalia, ideação suicida, problemas de saúde e funcionamento interpessoal e laboral pior. Foi fundamental remover a afirmativa de que o luto geralmente dura apenas dois meses, quando tanto os médicos quanto os conselheiros para luto reconhecem que a duração é mais comumente de 1 a 2 anos (DSM-5, p. 810 e 811).
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A
Dois.
LEMBRE QUE NAO
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Gente, pelo o que eu entendi, essa compreensão foi alterada pelo DSM-V, portanto a questão está desatualizada.