O primeiro modelo proposto por Grunig e Hunt é considerado o mais antigo e predominante. É o que poderíamos chamar de "agência /assessoria de imprensa", ou publicidade "divulgação jornalística" – a publicity no modo norte-americano de ver as coisas. Visa publicar notícias sobre a organização e despertar a atenção da mídia. É uma comunicação de mão única, sem troca de informações, que se utiliza de técnicas propagandísticas. Exemplifica o primeiro estágio histórico de Relações Públicas: divulgar a organização e seus produtos ou serviços.
O segundo modelo, que se caracteriza como modelo jornalístico, dissemina informações objetivas por meio da mídia em geral e meios específicos. Pode ser chamado "difusão de informações" ou "informações ao público".
O terceiro modelo é o "assimétrico de duas mãos" e inclui o uso da pesquisa e outros métodos de comunicação. Utiliza esses instrumentos para criar mensagens persuasivas e manipular os públicos. A expectativa de mudanças beneficia a organização e não os públicos. É uma visão mais egoísta, pois visa tão somente os interesses da organização, não se importando com os interesses dos públicos. O feedback é usado para determinar quais atitudes do público são favoráveis à organização e como podem ser modificadas.
O quarto modelo é o "simétrico de duas mãos" e representa a visão mais moderna de Relações Públicas. Ele busca um equilíbrio entre os interesses da organização e os de seus respectivos públicos. Baseia-se em pesquisas e utiliza a comunicação para administrar conflitos. Melhora o entendimento com os públicos estratégicos e, portanto, dá mais ênfase aos públicos prioritários do que à mídia. Há um engajamento nas transações entre a organização (fonte) e os públicos (receptores).
Fonte: Margarida Maria Krohling Kunsch, artigo: RELAÇÕES PÚBLICAS E EXCELÊNCIA EM COMUNICAÇÃO