Para responder essa
pergunta devemos colocar em prática nosso conhecimento sobre planejamento e
controle de obras, especificamente sobre orçamentos.
O orçamento, adjunto do
cronograma, constitui um elemento fundamental para o planejamento e gestão de
uma obra, ao passo que estima os custos envolvidos para cada etapa da execução.
Com base em seu nível de
detalhamento, os orçamentos recebem uma classificação. São elas:
- Orçamento estimativo/Estimativa
de custo: elaborado com base em indicadores ou valores de projetos
similares para realizar análises iniciais. Como exemplos citam-se a utilização
do custo do metro quadrado construído de uma obra similar já executada; ou o uso
do Custo Unitário Básico (CUB). Tal orçamento fornece, como o próprio nome
sugere, uma estimativa do custo da obra;
- Orçamento preliminar:
trata-se de uma versão um pouco mais detalhada do orçamento estimativo, ao
passo que considera e levanta os quantitativos dos principais serviços;
- Orçamento analítico:
também chamado de orçamento detalhado, consiste na versão mais detalhada e
precisa dos tipos de orçamento. O mesmo, fundamentado no projeto executivo,
realiza a discriminação e especificação técnica de todos os serviços com suas
respectivas composições de custos locais, apresentando os quantitativos e
custos unitários. Além disso, o orçamento analítico considera o BDI;
- Orçamento sintético:
denominado também de orçamento resumido, corresponde a um resumo do orçamento
analítico, apresentando os valores deste agrupados em etapas ou grupos de
serviços.
O orçamento caracterizado
por elevado nível de detalhes, por meio da composição de custos unitários é o orçamento
analítico. Logo, a alternativa C está correta. Vale ressaltar que os
termos "orçamento geral", "orçamento presumido" e
"orçamento definitivo" não são usuais.
Corroborando o que foi
dito, o Projeto de Normas ABNT NBR 16633-4 (2017) apresenta as seguintes
definições:
“a) orçamento
estimativo: avaliação do preço por meio de exame de dados preliminares de
uma ideia de projeto em relação à área a ser construída, quantidades de
materiais e serviços envolvidos, preços médios dos componentes por meio de
pesquisa de preços no mercado ou estimativas baseadas em projetos similares já
executados ou nos preços médios de construção publicados em revistas
especializadas para diversas opções de estrutura e acabamentos. Deve indicar a
data-base dos valores utilizados, a região de coleta dos preços unitários e a
unidade monetária utilizada;
b) orçamento preliminar:
avaliação do preço por meio de levantamento e estimativa de quantidades de
materiais, serviços e equipamentos, e pesquisa de preços médios do mercado,
usualmente utilizada a partir de anteprojeto da obra. Sendo um orçamento e não
apenas custo, deve ser incluído o BDI. Deve indicar a data-base dos valores
utilizados, a região de coleta dos preços unitários e a unidade monetária
utilizada;
c) orçamento analítico
ou detalhado: discriminação e especificação técnica dos serviços
necessários à execução da obra ou serviço de engenharia, apresentada na forma
de planilha, com a indicação das quantidades e respectivos custos unitários,
composições de preços unitários e BDI, bem como a data-base dos valores
utilizados, a região de coleta dos preços unitários e a unidade monetária
utilizada;
d) orçamento sintético
ou resumido: corresponde ao resumo do orçamento analítico, expresso por
meio das etapas ou grupos de serviços, com seus respectivos totais e o preço
total do orçamento da obra ou serviço de engenharia, indicando a data base dos
valores utilizados, região de coleta dos preços unitários e a unidade monetária
utilizada."
Gabarito do Professor: Letra C.