A definição de envelhecimento saudável proposta por estes autores prioriza baixo risco de doenças e de incapacidades funcionais relacionadas às doenças; funcionamento mental e físico excelentes; e envolvimento ativo com a vida.
Uma outra teoria que traz sua contribuição para os estudos referentes ao envelhecimento, é a teoria da transcendência do ego, cuja concepção está vinculada a idéia de que o envelhecimento está inserido no aspecto dialético da finitude e da permanência, onde o indivíduo seria conduzido a sua essência tornando-se livre do determinismo culturais e ambientais (Levenson, Aldwin & Cupertino, 2001).
Aldwin (1994) argumenta que os idosos, frente aos eventos de perda, lidam muito bem com o estresse, ou seja, os idosos geralmente são mais eficientes do que os adultos mais jovens em suas respostas de enfrentamento ao estresse. A autora explica estes dados em função de eventos considerados marcantes vividos ao longo de toda a vida ampliando a possibilidade de que, no envelhecimento, os idosos possuam tanto um maior repertório de estratégias de enfrentamento quanto o fato de que estes tornam-se mais eficazes com o passar dos anos.
A sabedoria é outro importante aspecto abordado quando o tema é envelhecimento saudável, Baltes e Smith (1995) a definem como uma função pertinente ao crescimento ao longo da vida, uma especialização cognitiva rara e difícil de ser atingida. Assim, a sabedoria seria o resultado do processo de revisão de vida e seria alcançada, principalmente, na velhice, sendo considerada um dos maiores ganhos dessa fase da vida, uma vez que permite ao indivíduo ir além das perdas vividas no processo de envelhecimento (Mauad, 1999).
As evoluções nos paradigmas sobre o desenvolvimento e o envelhecimento, trazem para discussão a possibilidade do envelhecimento poder ser vivido com satisfação, saúde e bem-estar, instigando a busca de variáveis que interferem no alcance de um envelhecimento bem-sucedido. Atualmente, os pesquisadores buscam definir o envelhecimento saudável, ou bem-sucedido, entretanto, observa-se que poucos investigaram como os próprios idosos definem o envelhecimento ideal e como consideram a possibilidade de se alcançar esse envelhecimento.
Respondendo a colega Mariana
O aspectos econômicos agem diretamente e podem sim interferir no processo de envelhecimento ativo, visto que, num olhar mais macro, tais aspectos interferem na prestação de serviços sociais, acesso ou não a serviços de saúde, acessibilidade nas ruas e edifícios, dentre outros.