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ID
2719798
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
IFF
Ano
2018
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Das linhas dinâmicas que contribuíram para a constituição da análise institucional, a primeira está ligada

Alternativas
Comentários
  • Podemos identificar pelo menos três linhas dinâmicas para a constituição da A.I. na França na década de 1960.  A primeira está ligada à saúde mental e nos transporta à prática da Psicoterapia Institucional a partir da década de 1940 com a experiência inaugural no hospital psiquiátrico de Saint Alban durante a Segunda Guerra (GALLIO & CONSTANTINO, 1994; RODRIGUES, 1998). Nesta linha, destacamos o nome de Félix Guattari, que, após a década de 1950, desenvolveu conceitos importantes para a A.I., dentre eles o de analisador e transversalidade. A segunda linha se vincula às experiências de Pedagogia Libertária desde o início do século XX, que orientaram, a partir da década de 1950, práticas de questionamento da educação vigente e que ficaram conhecidas como a Pedagogia Institucional. Nesta linha destacamos os nomes de René Lourau e Georges Lapassade, na ocasião, professores secundaristas (LOURAU, 1993). A terceira linha refere-se à Psicossociologia, que, no pós-guerra, trouxe à França as técnicas de grupo que estavam sendo gestadas nos EUA por pesquisadores europeus emigrados, a saber, Moreno e Lewin, além de Rogers, norte-americano nato. (RODRIGUES, 1994; BARROS, 2004).

    No que diz respeito à terceira linha, houve um importante passo na criação do conceito de "campo" por Kurt Lewin ainda nos EUA da década de 1930. Para explicar o comportamento de um indivíduo ou grupo, utilizava-se do "todo estrutural" formado da interação entre indivíduo e meio em um campo de forças dinâmico. A união de teoria e ação foi o grande achado de Lewin, que, radicado nos EUA, rompeu com as teorias positivas em voga que acreditavam que o pesquisador poderia e deveria se manter fora do campo de investigação. Na teoria lewiniana, o pesquisador está colhido no campo de sua ação, descrito menos a partir de estados de coisa do que das forças, vetores e valências que o constituem.

    Fonte: ROSSI, André; PASSOS, Eduardo. Análise institucional: revisão conceitual e nuances da pesquisa-intervenção no Brasil. Rev. Epos,  Rio de Janeiro ,  v. 5, n. 1, p. 156-181, jun.  2014.