Em doses indicadas, o paracetamol não causa irritação gástrica, não interfere na função plaquetária e não causa nefropatia
Para diagnosticar a intoxicação e/ou exposição por paracetamol podem ser feitos diversos exames complementares, como a dosagem sérica do paracetamol, na qual a obtenção da amostra deve ser efetuada 4 horas após a administração; transaminases, onde níveis séricos de alanina aminotransferase (ALT) e aspartato aminotransferase (AST) se elevam após a administração de paracetamol, atingindo níveis maiores que 10.000 UI/L;
A acetilcisteína (também chamada de N-acetil cisteína ou NAC) é um antídoto altamente eficaz e seguro onde reduz a toxicidade do paracetamol ao fornecer grupos sulfidrílicos que neutralizam o metabólito tóxico NAPQI, que assim não pode provocar danos nos hepatócitos. A NAC é bastante eficaz quando administrada até 8 horas após a intoxicação por paracetamol.
A dose terapêutica convencional varia de 325 a 1000 mg em adultos, não ultrapassando 4000 mg ao dia. Já em crianças, pode-se administrar uma dose de 10 mg/kg, não utilizando mais que 5 doses em 24 horas (Goodman et al., 2010).
REVISTA BRASILEIRA DE FARMÁCIA; UMA REVISÃO: Risco de hepatotoxicidade do Paracetamol (Acetaminofem).