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ID
2727463
Banca
UNEMAT
Órgão
UNEMAT
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                     DERROTADOS PELO MOSQUITO


      Depois da dengue, da chikungunya e da zika, o Brasil vive o ressurgimento da febre amarela. A doença, que tem se espalhado em sua versão silvestre, transmitida por mosquitos Haemagogus e Sabethes, ainda não repete os números do surto registrado no início de 2017, mas já causou dezenas de mortes em todo o país, e a população corre para se vacinar – a alta demanda tem levado alguns estados a fracionar a dose padrão para que mais pessoas possam ser imunizadas. A Organização Mundial de Saúde emitiu recomendação para que estrangeiros que visitem o estado de São Paulo tomem a vacina antes de embarcar.

      Se há algo que pode servir de consolo, pelo menos há uma vacina para a febre amarela, ao contrário das doenças que o Aedes aegypti vem espalhando pelo país há alguns anos. Mas nossa dificuldade de vencer a luta contra os mosquitos é um sintoma grave de outro mal: nosso subdesenvolvimento – obra de séculos, que não se improvisa, na célebre frase de Nelson Rodrigues. O “país do futuro”, uma das dez maiores economias do mundo, com metrópoles que exercem papel de protagonismo na América Latina, convive com taxas inaceitáveis de contaminação por doenças das quais o país já tinha se livrado no passado.

      O Aedes aegypti – transmissor da dengue, da zika, do chikungunya e da versão urbana da febre amarela – foi considerado erradicado no Brasil em 1955, após décadas de campanhas iniciadas pelo sanitarista Oswaldo Cruz, no início do século passado. Mas o mosquito, que na época colonial tinha vindo da África, nos navios negreiros, ressurgiu como passageiro indesejado dos cargueiros asiáticos na década de 70 e, desde então, vem levando a melhor, contando com a ineficiência estatal e o desleixo da população, que também tem sua parte de culpa quando não adota comportamentos que dificultam a proliferação do mosquito, apesar de ter hoje muito mais informação que na época de Oswaldo Cruz.

      E a volta da febre amarela era um desastre anunciado. Desde 2014 o Ministério da Saúde já registrava mortes de macacos contaminados pelo vírus no Centro-Oeste do país e, mais tarde, no Sudeste – um indício de que em breve a doença voltaria a ser mais frequente entre humanos. Como se pode ver desde o surto de 2017, a resposta das autoridades não foi rápida nem intensa o suficiente para proteger a população. [...]

Editorial Gazeta do Povo. Disponível em:<http://www .gazetadopovo. com.br /opiniao/editoriais/derrotados-pelo-mosquito-bpez6m3sj61klaosii89bd9dh>  Acesso em: fev. 2018. (Adaptado). 

No último parágrafo, em Desde 2014 o Ministério da Saúde já registrava mortes de macacos contaminados pelo vírus no Centro-Oeste do país e, mais tarde, no Sudeste – um indício de que em breve a doença voltaria a ser mais frequente entre humanos, a correlação verbal contribui para construir o sentido de que a febre amarela era um desastre anunciado.


A classificação dos tempos e modos verbais de “registrava” e “voltaria”, nessa correlação, é respectivamente:

Alternativas
Comentários
  • 3º PESSOA DO SINGULAR:

     

     a) Presente do modo indicativo (REGISTRA) e futuro do pretérito do modo indicativo. (VOLTARIA)

     b) Pretérito perfeito do modo indicativo (REGISTROU) e futuro do presente do modo indicativo.(VOLTARÁ)

     c) Pretérito mais-que-perfeito do modo indicativo (REGISTRARA)  e futuro do modo subjuntivo.(VOLTAR)

     d) Pretérito imperfeito do modo indicativo (REGISTRAVA) e futuro do modo subjuntivo.(VOLTAR)

     e) Pretérito imperfeito do modo indicativo (REGISTRAVA) e futuro do pretérito do modo indicativo. (VOLTARIA)

     

     

    O IGNORANTE AFIRMA, O SÁBIO DUVIDA E O SENSATO REFLETE.
    Aristóteles

  • Modo Indicativo: expressa uma certeza

    Pretérito perfeito (modo indicativo): algo acabado 

    Pretérito imperfeito(modo indicativo) : algo inacabado 

    Futuro do Pretérito(modo indicativo) : uma promessa feita no passado para o futuro. 

    Pretérito mais-que-perfeito (modo indicativo): aconteceu antes de uma outra ação. 

     

     

  • Belo comentário Mileny Cardoso, filosofando ainda parabéns

  • Alternativa "E".

  • Gab: E

    Principais correlações:

    Presente do indicativo + presente do subjuntivo

    ex.: “Não é certo que você assedie as pessoas assim.”

    Pretérito perfeito do indicativo + pretérito imperfeito do subjuntivo

    ex.:Esperei durante horas que você me ligasse.”

    Futuro do subjuntivo + futuro do presente do indicativo

    ex.: “Quando os governantes resolverem ser honestos, serei o primeiro a elevá-los.”

    Pretérito imperfeito do subjuntivo + futuro do pretérito do indicativo

    ex.: “Se fôssemos pessoas perfeitas, cometeríamos atos falhos?"