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ID
2727505
Banca
UNEMAT
Órgão
UNEMAT
Ano
2018
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Diversidade cultural é definida como uma representação, em um sistema social, de pessoas com diferentes identidades grupais que têm significações culturais distintas. O conceito de identidade grupal relaciona-se à identificação física e cultural com um determinado grupo social e à subsequente não identificação com outros grupos conhecidos que determinam, por sua vez, os limites do próprio grupo (Cox, 1994). O gerenciamento da diversidade está-se em grande parte tratando do desenvolvimento e estabelecimento de normas organizacionais que valorizam as diferenças entre os grupos para a melhoria da efetividade organizacional e não que promovam essa efetividade apesar das diferenças. A maioria das pessoas acredita que a diversidade no trabalho refere-se apenas ao aumento da representação racial, nacional, de gênero ou classe. Considerando apenas essas fontes, as organizações seguem um dos dois caminhos na gestão da diversidade: em nome da igualdade e da justiça ou de uma forma mais abrangente, como uma forma de obter abordagens novas e significativas ao trabalho. Essas duas perspectivas têm guiado a maioria das iniciativas de gerenciamento da diversidade em: perspectiva da discriminação e justiça; perspectiva do acesso e legitimidade e perspectiva da aprendizagem e efetividade.

José Carlos Zanelli, Jairo Eduardo Borges-Andrade e Antonio Virgílio Bittencourt Bastos. Psicologia, organizações e trabalho no Brasil. Porto Alegre: Artmed, 2004.


Sobre as perspectivas da gestão da diversidade acima expostas, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • José Carlos Zanelli, Jairo Eduardo Borges-Andrade e Antonio Virgílio Bittencourt Bastos, em seu livro “Psicologia, organizações e trabalho no Brasil", apresentam três paradigmas listados por Thomas e Ely em 1996 que ressaltam os motivos da importância das organizações gerirem a diversidade:

    O paradigma da discriminação e justiça: sendo o paradigma dominante, seu foco recai sobre igualdade de oportunidades, tratamento justo, recrutamento e cumprimento de requisitos legais. Organizações que operam com essa orientação filosófica com frequência instituem programas de mentores e desenvolvimento de carreira, especificamente para mulheres e pessoas não brancas nos seus postos, e treinam outros empregados para respeitarem diferenças culturais.

    O paradigma do acesso e legitimidade está enraizado na aceitação e celebração das diferenças. Nos locais onde foi implementado, as organizações buscaram mais acesso a uma clientela mais diversa, por meio da equiparação demográfica organizacional com aqueles segmentos de consumo. Sua principal vantagem refere-se ao fato de que está baseada no mercado, e o potencial para vantagem competitiva é uma qualidade que normalmente toda a organização entende e, logo, pode dar suporte.

    O paradigma da aprendizagem e efetividade: no qual as organizações desenvolveram uma visão de diversidade e inclusão que as permite incorporar as contribuições dos empregados ao trabalho da organização. Tais organizações estão realmente encontrando os benefícios da diversidade e da inclusão. Se o paradigma da discriminação e justiça está organizado em torno do tema da assimilação, o paradigma do acesso e legitimidade gira no conceito oposto: diferenciação ou contraste, no qual o objetivo é colocar pessoas diferentes em situações nas quais suas características demográficas estão de acordo com as características dos mercados. Este último paradigma, em contraste aos dois anteriores, organiza-se em torno do tema de integração e inclusão. Esse novo modelo para a diversidade leva a organização a internalizar as diferenças entre os empregados de forma que possa aprender e crescer com as diferenças.

    GABARITO: B

  • Segundo a professora Raiane Ferreira:

    O paradigma da discriminação e justiça: sendo o paradigma dominante, seu foco recai sobre igualdade de oportunidades, tratamento justo, recrutamento e cumprimento de requisitos legais. Organizações que operam com essa orientação filosófica com frequência instituem programas de mentores e desenvolvimento de carreira, especificamente para mulheres e pessoas não brancas nos seus postos, e treinam outros empregados para respeitarem diferenças culturais.

    O paradigma do acesso e legitimidade está enraizado na aceitação e celebração das diferenças. Nos locais onde foi implementado, as organizações buscaram mais acesso a uma clientela mais diversa, por meio da equiparação demográfica organizacional com aqueles segmentos de consumo. Sua principal vantagem refere-se ao fato de que está baseada no mercado, e o potencial para vantagem competitiva é uma qualidade que normalmente toda a organização entende e, logo, pode dar suporte.

    O paradigma da aprendizagem e efetividade: no qual as organizações desenvolveram uma visão de diversidade e inclusão que as permite incorporar as contribuições dos empregados ao trabalho da organização. Tais organizações estão realmente encontrando os benefícios da diversidade e da inclusão. Se o paradigma da discriminação e justiça está organizado em torno do tema da assimilação, o paradigma do acesso e legitimidade gira no conceito oposto: diferenciação ou contraste, no qual o objetivo é colocar pessoas diferentes em situações nas quais suas características demográficas estão de acordo com as características dos mercados. Este último paradigma, em contraste aos dois anteriores, organiza-se em torno do tema de integração e inclusão. Esse novo modelo para a diversidade leva a organização a internalizar as diferenças entre os empregados de forma que possa aprender e crescer com as diferenças.

    GABARITO: B