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ID
2742073
Banca
INAZ do Pará
Órgão
CRF-SC
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                           Por que não falar sobre suicídio?


      Um fantasma ronda a imprensa desde os seus primórdios: o temor de reportar casos de suicídio.

      As razões desse receio são perfeitamente compreensíveis. O tema é envolto por um véu de sofrimento e perplexidade. Para familiares de suicidas, o sentimento de culpa é inescapável. Como em todo luto, há negação, raiva e tristeza. E há mais: no suicídio é preciso tentar entender e aceitar as razões de quem decidiu abreviar a vida, contrariando o instinto de sobrevivência comum a todas as espécies. Falar sobre quem morreu é sempre uma tarefa delicada para a mídia, mas mesmo nas maiores tragédias humanas o sentimento que prevalece é o da consternação com a morte.

      Morrer é uma certeza sobre a qual as dúvidas prevalecem: exceto alguns pacientes desenganados, quase ninguém sabe como, quando, onde ou de quê irá morrer. Matar a si próprio é impor uma certeza sobre todas as dúvidas, exceto uma: como seria o restante da vida se a escolha de morrer não triunfasse.

      O suicídio, em muitos casos, pode ser um ato extremo de comunicação: uma busca sem volta de expor sentimentos antes represados. Segundo o alerta “Prevenir suicídio – um imperativo global” (2014), da Organização Mundial de Saúde, uma prevenção eficaz depende de inúmeros fatores – entre eles, informação de qualidade. Negligenciar as ocorrências pode aumentar o risco de novas tentativas.

      A mídia tem o dever de dar à sociedade a melhor informação para evitar que as pessoas se desencantem com a vida.

      E talvez estejamos falhando em ajudar quem sofre com a perda de um ente querido a lidar com essa angústia.

      “Os Sofrimentos do Jovem Werther”, obra do poeta alemão Goethe lançada em 1774, narra como uma desilusão amorosa levou o personagem do título ao suicídio. A publicação do romance, embora ficcional, provocou uma onda de suicídios pelo mesmo motivo, no que ficou conhecido como “Efeito Werther” — uma das razões pelas quais criou-se o tabu de que a divulgação de um suicídio pode estimular novos casos. Tal crença poderia ser válida no século 18 de Goethe, mas não sobrevive aos tempos atuais de comunicação instantânea, em que tais atos são cometidos ao vivo diante de câmeras de tevê ou transmitidos em tempo real por redes sociais. Negar a existência dessas ocorrências é um equívoco tão grande quanto acreditar que torná-las públicas são decisivas para que outros escolham o mesmo destino. Um dos princípios do jornalismo é buscar a verdade.

Disponível em: https://istoe.com.br/por-que-nao-falar-sobre-suicidio/. Acesso em: 03/05/2018.

Nas alternativas abaixo, verifica-se a presença de modo verbal subjuntivo em:

Alternativas
Comentários
  • modo subjuntivo é usado para transmitir um acontecimento irreal, hipotético ou desejado, ou seja, de possível realização, mas ainda incerto. Através dos tempos verbais do modo subjuntivo, expressam-se ações imprecisas, que ainda não foram realizadas e que dependem de outras para acontecer.

    Correta alternativa D (presente do subjuntivo)

    que eu desencante

    que tu desencantes

    que ele desencante

    que nós desencantemos

    que vós desencanteis

    que eles desencantem

  • Presente do subjuntivo: 

     

     Indica possibilidade, incerteza, no presente ou no futuro

    Diferenças do indicativo para o subjuntivo

    desencantem no SUBJUNTIVO

    desencantam no INDICATIVO

     

     

     

  •  modo subjuntivo é usado para transmitir um acontecimento irreal, hipotético ou desejado, ou seja, de possível realização, mas ainda incerto

    Letra d

  • Modo verbal subjuntivo (ou conjuntivo): é o modo verbal que não expressa certeza, e sim uma dúvida ou desejo. Exemplos: se eu gostasse que tu gostes quando eu gostar.

  • Gabarito: D

  • Subjuntivo:


    Primeira coisa a se ver: ver se tem "que", "se" ou "quando" antes do verbo e se o verbo concorda.

    Caso a resposta seja sim... então é subjuntivo.

  • Um dos muitos bizus para identificar se estamos diante de um verbo no subjuntivo é verificar se existe alguma conjunção integrante na frase. No caso da letra D, temos a conjuncão integrante QUE.