Carretero e Limón (1998, p.173), por sua vez, acreditam que as diferentes posições que se consideram construtivistas têm em comum a ideia de que o conhecimento humano é produto da interação entre fatores internos e externos e se constrói “mediante atribuição de significado à informação enfrentada”.
Há, também, quem considere construtivistas “todos os modelos que atribuem um papel ativo ao sujeito na aquisição e elabora- ção do conhecimento” (Lacasa, 1998, p.106); ou quem afirme a coexistência de “várias acepções” no interior do construtivismo, salientando-se duas por sua importância: “a acepção moderada e a acepção radical” (Hernández, A., 1998).
Alternativa A (errada). O gestaltismo se refere à teoria da forma e foi criada pelos psicólogos alemães Wertheimer, Köhler e koffka e que depois serviu de base para a gestalt-terapia de Perls.
Alternativa B (errada). A teoria associacionista (inspirada no empirismo e positivismo) foi a antecessora do behaviorismo e entende que o aprendizado se dá através da associação de ideias. O modelo foi utilizado por diversos psicólogos (como Freud e Pavlov), mas seu principal representante é Edward L. Thorndike.
Alternativa C (correta). A teoria de desenvolvimento de Jean Piaget, a Epistemologia Genética, também é conhecida por seu caráter CONSTRUTIVISTA. O autor acreditava que o desenvolvimento do pensamento se dá através de etapas (ou estágios) e que o indivíduo tem papel ativo na construção (e modificação) de suas próprias representações mentais.
Alternativa D (errada). O behaviorismo, fundado por Watson propõe o comportamento e seu controle como objeto de estudo da psicologia.
Alternativa E (errada). A perspectiva sociointeracionista de Vygostky enfatiza o processo sócio-histórico e o papel da linguagem. Para o autor, o conhecimento se dá pela interação entre o sujeito e o meio através de instrumentos técnicos e símbolos/linguagem (cultura).
A respeito do tema destacado pelo enunciado Fonzar (1986) traz de forma pertinente, duas citações de Jean Piaget concernentes ao egocentrismo, acompanhe:
A fim de complementar outros aspectos pertinentes a questão, vale ressaltar, que Piaget divide a linguagem egocêntrica infantil em 3 categorias (repetição, monólogo e monólogo coletivo). Sobre isso acompanhe a contribuição de Mota (2005, p. 19):
1) A repetição (ecolalia): trata-se apenas da repetição de sílabas ou de palavras. A criança repete-as apenas pelo prazer de falar, sem nenhuma preocupação de dirigir-se a alguém, nem mesmo, às vezes, de pronunciar palavras que tenham sentido;
2) O monólogo: a criança fala para si mesma, como se pensasse em voz alta. Não se dirige a ninguém;
3) O monólogo a dois ou coletivo: a contradição interna desta denominação evoca bem o paradoxo das conversas de crianças nas quais uma associa a outra à sua ação ou ao seu pensamento momentâneos, sem a preocupação realmente de ser ouvida ou compreendida.
Com base no exposto vamos à análise das alternativas:
a) . (Incorreta. Segundo Piaget o “antropomorfismo também chamado de animismo” pode se manifestar no estágio pré-operatório, na idade dos 2 aos 4 anos, consistindo no fato da criança transferir características humanas à elementos da natureza.)
b) . (Incorreta. Para Piaget o “narcisismo” surge como um autismo relacionado a falta do outro na constituição psíquica)
c) egocentrismo. (Alternativa CORRETA. O “egocentrismo” na obra de Piaget está localizado no estágio pré-operatório, estágio que vai dos 2 aos 7 anos, onde egocentrismo consiste na confusão inconsciente entre a própria criança e os outros, incluindo o não entendimento de relações fraternas com os irmãos ou irmãs)
d) . (Incorreta. Segundo Souza (2008) “a perseveração é definida como uma reposta repetitiva e inapropriada ao estímulo. Por exemplo: porque somos acostumados a dirigir um carro com câmbio manual quando dirigimos um carro com câmbio automático é comum pisarmos no freio pensando que é a embreagem.")
e) . (Incorreta. Segundo Barros, 2006, p. 65 “Piaget chamou de reversibilidade à capacidade de executar uma mesma ação nos dois sentidos de percurso, mas tendo consciência de que se trata da mesma ação”. Exemplo clássico: despejando-se a água de dois copos em outros dois de formatos diferentes, e perguntar à uma criança de 7 a 11 anos, se as quantidades continuam iguais, provavelmente a resposta será afirmativa, considerando-se que nesse estágio a criança seria capaz de refazer a ação.)