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ID
2744515
Banca
Instituto Acesso
Órgão
SEDUC-AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto


Justiça Social - Justiça ecológica


Entre os muitos problemas que assolam a humanidade, dois são de especial gravidade: a injustiça social e a injustiça ecológica. Ambos devem ser enfrentados conjuntamente se quisermos pôr em rota segura a humanidade e o planeta Terra.

A injustiça social é coisa antiga, derivada do modelo econômico que, além de depredar a natureza, gera mais pobreza que pode gerenciar e superar. Ele implica grande acúmulo de bens e serviços de um lado à custa de clamorosa pobreza e miséria de outro. Os dados falam por si: há um bilhão de pessoas que vive no limite da sobrevivência com apenas um dólar ao dia. E há 2,6 bilhões (40% da humanidade) que vive com menos de dois dólares diários. As consequências são perversas. Basta citar um fato: contam-se entre 350-500 milhões de casos de malária com um milhão de vítimas anuais, evitáveis.

Essa antirrealidade foi por muito tempo mantida invisível para ocultar o fracasso do modelo econômico capitalista feito para criar riqueza para poucos e não bem-estar para a humanidade.

A segunda injustiça, a ecológica, está ligada à primeira. A devastação da natureza e o atual aquecimento global afetam todos os países, não respeitando os limites nacionais nem os níveis de riqueza ou de pobreza. Logicamente, os ricos têm mais condições de adaptar-se e mitigar os efeitos danosos das mudanças climáticas. Face aos eventos extremos, possuem refrigeradores ou aquecedores e podem criar defesas contra inundações que assolam regiões inteiras. Mas os pobres não têm como se defender. Sofrem os danos de um problema que não criaram. Fred Pierce, autor de "O terremoto populacional" escreveu no New Scientist de novembro de 2009: "os 500 milhões dos mais ricos (7% da população mundial) respondem por 50% das emissões de gases produtores de aquecimento, enquanto 50% dos países mais pobres (3,4 bilhões da população) são responsáveis por apenas 7% das emissões". Esta injustiça ecológica dificilmente pode ser tornada invisível como a outra, porque os sinais estão em todas as partes, nem pode ser resolvida só pelos ricos, pois ela é global e atinge também a eles. A solução deve nascer da colaboração de todos, de forma diferenciada: os ricos, por serem mais responsáveis no passado e no presente, devem contribuir muito mais com investimentos e com a transferência de tecnologias e os pobres têm o direito a um desenvolvimento ecologicamente sustentável, que os tire da miséria.

Seguramente, não podemos negligenciar soluções técnicas. Mas sozinhas são insuficientes, pois a solução global remete a uma questão prévia: ao paradigma de sociedade que se reflete na dificuldade de mudar estilos de vida e hábitos de consumo. Precisamos da solidariedade universal, da responsabilidade coletiva e do cuidado por tudo o que vive e existe (não somos os únicos a viver neste planeta nem a usar a biosfera). É fundamental a consciência da interdependência entre todos e da unidade Terra e humanidade. Pode-se pedir às gerações atuais que se rejam por tais valores se nunca antes foram vividos globalmente? Como operar essa mudança que deve ser urgente e rápida?

Talvez somente após uma grande catástrofe que afligiria milhões e milhões de pessoas, poder-se-ia contar com esta radical mudança, até por instinto de sobrevivência. A metáfora que me ocorre é esta: nosso pais é invadido e ameaçado de destruição por alguma força externa. Diante desta iminência, todos se uniriam, para além das diferenças. Como numa economia de guerra, todos se mostrariam cooperativos e solidários, aceitariam renúncias e sacrifícios a fim de salvar a pátria e a vida. Hoje a pátria é a vida e a Terra ameaçadas. Temos que fazer tudo para salvá-las.

Fonte: BOFF, Leonardo. Correio Popular, 2013. 

Observando a concordância nominal, ela está correta em:

Alternativas
Comentários
  • É proibido entrada // É proibida a entrada

    Estavam desertos o corredor e a sala de reuniões. // Estava deserto o corredor e a sala de reunião.

    Os políticos deixaram o recinto rápido? Seria rapidamente aqui?

    Nunca houve diferença entre mim e ti / mim e você. Se for sujeito, então usa-se EU (Traga a roupa para eu passar. - quem passará? Eu. // Traga a roupa para mim. Mim complemento)

  • sempre que for utilizar antes de um verbo, determinando uma ação (fazemos isso usando o verbo no infinitivo – a forma original do verbo, terminada em ARERIR e OR), usa-se o EU. Antes de NÃO – usar MIM ou ELE? Quando tiver que usar numa frase com a negativa entre o sujeito e o verbo, usa-se o EU, pois continua existindo uma ação (na verdade, só se diz que a ação NÃO irá ocorrer, mas se está conjugando o verbo).

    Ou seja, você deve escrever:

    Para EU não errar. (NUNCA: Para MIM errar.)

    Uma segunda dica que deixo é deslocar a o "mim" na frase se ficar com sentido está correto se ficar estranho então é EU.


  • Olha, eu posso estar chorando, mas é a segunda questão que erro nessa prova e dessa banca... GABARITO A
    Invariavelmente, a A está correta, mas a D também.

    A frase, do jeito que está, faz sentido e está correta. O que o examinador, provavelmente, pensou foi: 

    "Os políticos, rápido, deixaram o recinto." "Os políticos, rápidos, deixaram o recinto". 

  • a) É necessário firmeza.

     

    b) É proibido a entrada de pessoas não autorizadas.

     

    c) Estavam desertas o corredor e a sala de reuniões. [Para concordar com os dois, sendo um termo masculino e outro feminino, devese utilizar o plural masculino - Desertos -]

     

    d) Os políticos, rápido, deixaram o recinto. [Acredito que seja "rápidos"]

     

    e) Nunca houve diferença entre eu e você. [Mim] 

  •  a)

    É necessário firmeza.CORRETRÉUPIS

     

     b)

    É proibido a entrada de pessoas não autorizadas. É PROIBIDA...

     

     c)

    Estavam desertas o corredor e a sala de reuniões. ESTAVAM DESERTOS....

     

     d)

    Os políticos, rápido, deixaram o recinto.RAPIDAMENTE

     

     e)

    Nunca houve diferença entre eu e você. ENTRE MIM E VOCÊ

  • É perceptível que a alternativa A está correta, mas fiquei em dúvida de qual seria o erro da D, fui nos comentários e os colegas também tiveram dúvidas pra saber por qual motivo a D está incorreta. Pensei como o joão Hilton, o certo seria rapidamente.