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ID
275566
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2010
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Com relação à política externa independente dos governos de Jânio
Quadros e João Goulart (1960-1964), julgue os itens subsequentes.

Por intermédio da Aliança para o Progresso, contemporânea do presidente John Kennedy, repudiou-se o intervencionismo norte-americano nos assuntos hemisféricos, visto que essa aliança era tida como deletéria aos esforços de autodeterminação dos países latino-americanos e caribenhos.

Alternativas
Comentários
  • A AP, lançada em 1961 pelo Presidente Kennedy, pode ser vista como uma proposta regional que postulava o desenvolvimento econômico como instrumento de segurança hemisférica. Em muito se aproxima da OPA, formulada por JK. Contudo, enquanto a OPA visava o desenvolvimento, utilizando o "perigo vermelho" como justificativa para obter apoio dos EUA, a AP invertia essa equação, porquanto estava mais preocupada em evitar que regimes comunistas se instalassem na AL, optando por uma política de cooperação ao invés de intervenção militar.
  • "O lançamento da Aliança para o Progresso significava um claro esforço norte-americano no sentido de corrigir os erros do passado e fornecer à América Latina um modelo de desenvolvimento econômico e social alternativo ao perigoso exemplo oferecido pela Revolução Cubana. Vários assessores de Kennedy que participaram diretamente da formulação da Aliança para o Progresso reconhecem a importância e a influência da Operação Pan-Americana como proposta inovadora e como alerta em relação aos 'perigos' do subdesenvolvimento." (MELLO e SILVA, 1992, p. 22)

  • Aos não assinantes,

    GABARITO: ERRADO

  • Errada.

    A Aliança para o Progresso foi um Programa de assistência ao desenvolvimento socioeconômico da América Latina formalizado pelos Estados Unidos e 22 outros países do hemisfério – entre eles o Brasil – com a assinatura da Carta de Punta del Este em agosto de 1961. De acordo com o documento, os países latino-americanos deveriam traçar planos de desenvolvimento, cabendo aos EUA auxiliar financeiramente, com uma parte minoritária do financiamento dos programas. A administração dos fundos norte-americanos competia em sua maior parte à United States Agency for International Development (USAID – Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional). O projeto de cooperação interamericana já havia sido proposto em 1958 pelo presidente Juscelino Kubitschek com a Operação Pan-Americana (OPA) sem que houvesse participação ativa dos EUA. Com a vitória da revolução em Cuba, em janeiro de 1959, foi evidenciando aos olhos dos formuladores da política hemisférica de Washington a necessidade de se mostrarem mais sensíveis às crescentes reivindicações de desenvolvimento econômico, progresso social e democracia, levantadas pela América Latina. O item está incorreto porque a Aliança para o Progresso não era vista como prejudicial aos esforços de autodeterminação dos países latino-americanos e caribenhos, além de não repudiar qualquer intervencionismo americano na região.

    fonte : 7000 questões do cespe