Anemia macrocítica (Hb 100), além de eritroblastos no sangue periférico, que indicam hiperproliferação intramedular. Assim, qualquer causa de anemia hipoproliferativa estaria incorreta, como as carenciais - ferropriva ou megaloblástica - e a aplástica. A anemia da doença crônica (ou melhor chamada anemia inflamatória, já que sepse, grandes traumas ou cirurgias podem ser uma causa) é e geral normocítica ou microcítica, pois há uma deficiência "relativa" de ferro (redução de sua absorção e aumento do armazenamento -> redução da disponibilidade). Assim, fica-se com a anemia falciforme, já que é hiperproliferativa em razão da hemólise. O VCM aumentado ocorre pela presença de precursores eritroides no sangue, e a plaquetose pelo hipoesplenismo característico da doença e pelo estímulo medular oriundo da hemólise.
O fato de não existir microcitose e hipocromia considerável nas hemácias afasta o diagnóstico de
SBEta –talassemia pois nesta ocorre grande redução da produção de hemoglobina. Afasta-se também o
diagnostico de Hemoglobinopatia SC pois essa doença falciforme cursa com níveis de hemoglobina mais
altos, acima de 9g/dL , podendo atingir níveis normais. Além disso, não foram observadas hemácias em
alvo , frequentes nos casos de hemoglobinopatia C ou hemoglobinopatia SC. A grande reticulocitose e a
anemia grave, além da presença de hemacias falcizadas permitem o diagnóstico de anemia falciforme.
Entretanto, a presença de pequena microcitose e hipocromia sugere a associação com alfa-talassemia
que ocorre em cerca de 25% dos afrodescendentes e portanto é muito frequente em portadores de
hemoglobina S, pois tambem são afrodescentes. A presença de eritroblastos circulantes e a grande
reticulocitose indica grande atividade da medula óssea que ocorre em processos hemoliticos. As células
atípicas ( LUC) podem ser atribuída à inflamação cronica que ocorre na anemia falciforme.A plaquetose
pode ser atribuída á auto-esplenectomia que ocorre nas doenças falciformes com consequente redução do
sequestro de plaquetas pelo baço