Leia o texto.
Quando se contrapõe a discriminação subjacente aos fatos
mencionados com o princípio de igualdade que teoricamente
rege o sistema educativo, chega-se à conclusão
de que se educa para a crença na igualdade de direitos e
pratica-se a discriminação. As práticas sociais que regulam
as ações e as que sistematizam as crenças não somente
são distintas, mas se sustentam em princípios éticos
opostos. Essa divergência dificulta enormemente a
socialização de alunos e alunas. A força do costume faz
com que se aceite com naturalidade que os textos escolares
situem os homens e os meninos em um status social
superior ao das mulheres e das meninas; faz com que
os meninos sejam representados realizando atividades
socialmente valorizadas enquanto se relegam às meninas
atividades consideradas de segunda ordem. Também
a força do costume faz com que os rapazes sejam estimulados
a se identificar com modelos de comportamento
agressivo que dificultam sua entrada no mundo das relações
interpessoais e dos vínculos afetivos; isso acaba
condenando-os a resolver os problemas por caminhos violentos.
Existe, portanto, uma importante discriminação
por razões de gênero.
MORENO, Montserrat et al. Realidades silenciadas. In: Falemos de sentimentos:
a afetividade como um tema transversal. São Paulo: Moderna,
1999. p. 17-25.
De acordo com o excerto, o gênero (masculino e feminino)
é definido fundamentalmente por aspectos