- ID
- 2785561
- Banca
- CESPE / CEBRASPE
- Órgão
- IPHAN
- Ano
- 2018
- Provas
- Disciplina
- Arquitetura
- Assuntos
Em 1937, os intelectuais modernistas, baseados em certas
concepções de arte, história, tradição e nação, criaram o conceito
de patrimônio que se tornou hegemônico no Brasil por meio do
Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN).
A escrita da história era pressuposto da atividade de preservação
do patrimônio cultural no Brasil, por isso foi preservado aquilo
que seria fonte da história ou prova documental da articulação
identitária nacional. A arquitetura colonial e barroca era
testemunho de épocas pregressas, às quais se articulavam os
conceitos e preceitos de constituição nacional. Ela era fonte de
produção de conhecimento, institucionalizada nas práticas de
preservação no Brasil e nos primeiros momentos de escrita da
história da arquitetura. Lançou-se mão do tombamento como
recurso de afirmação da arquitetura, defendida como garantia da
materialidade e prova de originalidade não só às gerações futuras,
mas às ameaças do presente. Os tombamentos eram a prova final
da vitória. No caso dos arquitetos “modernos da repartição”,
fundadores das práticas de preservação no Brasil, a relação entre
materialidade e escrita da história esteve lado a lado das
justificativas por proteções legais dos bens selecionados.
A história da arquitetura era operacionalizada também por meio
das fontes (no caso bens culturais) disponibilizados às gerações
futuras.
Flávia Nascimento. Patrimônio cultural e escrita da história: a hipótese do documento
na prática do Iphan nos anos 1980. In: Anais do Museu Paulista, 2016 (com adaptações).
Considerando as informações apresentadas no texto precedente, julgue os itens a seguir, acerca da história da preservação patrimonial cultural no Brasil.
O conceito de patrimônio histórico, devido à imaterialidade
que o envolve, é mais amplo que o conceito de patrimônio
cultural.