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Questões de Teoria e História do Patrimônio


ID
195961
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
MS
Ano
2010
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

No que se refere a patrimônio cultural e arquitetônico, julgue o item abaixo.

O francês Eugène Emmanuel Viollet-Le-Duc foi contemporâneo e crítico ferrenho das ideias de John Ruskin. O arquiteto inglês acreditava que "a restauração é a destruição do edifício, é como tentar ressuscitar os mortos. É melhor manter uma ruína do que restaurá-la". Para Viollet- Le-Duc, "restaurar um edifício não é mantê-lo, repará-lo ou refazê-lo, é restabelecê-lo em um estado completo que pode nunca ter existido em um dado momento."

Alternativas
Comentários
  • Gab. C

    Eugène Emmanuel Viollet-Le-Duc:

    Filosofia: “restaurar um prédio é devolve-lo a um estado de plenitude que pode nunca ter existido”.

    Busca a pureza do estilo (faz reconstituição daquilo que teria sido feito, uma reformulação ideal do projeto).

     John Ruskin

    Defendeu teorias como “anti scrape movement” termo inglês que significa raspar um determinado monumento de forma a conferir uma unidade ou clareza espacial e o “movimento anti-restauração” movimento radicalmente contra a restauração, porém defensor do cuidado e manutenção rotineira.

    Para Ruskin, algumas intervenções até eram permitidas, porém, apenas para conservar a edificação. O autor aceitava pequenas obras de consolidação ("muletas"). Quando as mesmas perdiam sua utilidade, ele conformavase frente à morte certa e natural que toda edificação teria um dia. Assim, o autor defende então a "morte" dos monumentos.


ID
772081
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Banco da Amazônia
Ano
2012
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

A preservação do patrimônio material e imaterial depende, entre outros aspectos, de políticas voltadas para um planejamento urbano sustentável, que concilie de maneira equilibrada aspectos do desenvolvimento econômico e social.

Alternativas

ID
778312
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRE-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

Com relação à sustentabilidade e ao impacto ambiental, julgue os itens a seguir.

A expansão das cidades em direção às zonas agrícolas é uma medida que garante a qualidade do planejamento territorial sustentável, valorizando o patrimônio e a identidade do lugar.

Alternativas
Comentários
  • Não entendi o erro da questão.

  • Creio que o erro está na parte que fala em ''valorização da identidade do lugar", visto que se você expande a cidade em direção a zona agrícola você altera a identidade do local... 

  • Se urbanizar as zonas agrícolas como é possível garantir o abastecimento de alimentos a cidade? Isso seria planejamento sustentável? Além do impacto no abastecimento de água, na fauna, na flora e ás comunidades tradicionais rurais. Acho que o erro da questão está claro.

    A proposta não é expansão das fronteiras das cidades, mas adensamento das zonas já urbanizadas, claro, dentro dos limites da infraestrutura disponível, otimizando os investimentos públicos e gerando tbm o retorno desse. 

  • ERRADO

    O planejamento territorial sustentável, nas mais modernas concepções internacionais, refere-se à melhor distribuição da população no território, procurando alocar a população nos vazios urbanos centrais e evitando o espraiamento para as periferias.
    A medida que a cidade se expande para as bordas urbanas (periferia) são gastos  vultuosos recursos com infraestrutura urbana e viária a fim de viabilizar a conexão desta com o centro.

  • cidade avançando para o meio rural não é garantia de recursos naturais futuros, é garantia de sua escassez

     

    questão errada

  • Gab. errado

    Na verdade, são as características da forma urbana compacta que permitem um planejamento territorial mais sustentável.

    Complementando...

    Na verdade, são as características da forma urbana compacta que induzem a um processo de ocupação do solo que reduz a pressão sobre os recursos naturais, evitando a expansão de áreas urbanizadas sobre áreas rurais ou de fragilidade ambiental. Possibilita formas mais sustentáveis de mobilidade, já que as condições criadas por altas densidades e uso misto do solo tendem a diminuir as distâncias a serem percorridas, podendo ser energeticamente mais eficientes e produzir menos poluentes, favorecendo deslocamentos por caminhadas ou bicicletas, além de viabilizar um transporte público mais eficiente e barato.

    Porém, a tendência nas últimas décadas tem sido o modelo urbano chamado de urban sprawl

    (espraiamento urbano), do qual muitos estudos dedicados à urbanização em países ricos já comprovaram a insustentabilidade.

    No caso brasileiro, ele se agrava por ocorrer também na urbanização das faixas de renda mais baixas, o que, além de elevados custos financeiros e ambientais, envolvem custos sociais

    No Brasil, seja pela ausência ou presença de políticas urbanas de ordenamento do solo urbano, a cidade dispersa tem predominado por meio de dois fenômenos antagônicos:

    (a) a localização das habitações de baixa renda em solo mais barato, distantes do centro urbano e das áreas de trabalho, e servidos por transporte público de baixa qualidade e alto custo financeiro e social; e

    (b) a localização da moradia para população de alta renda em “bairros privados”, pouco adensados e com muitas áreas verdes, afastados do centro por uma opção de isolamento, dependente dos deslocamentos motorizados com implicações para o encarecimento da infraestrutura urbana.


ID
787981
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TJ-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

Em termos gerais, designa-se patrimônio como o conjunto de bens recebidos como herança. O termo patrimônio arquitetônico, por sua vez, caracteriza, em sentido amplo, o legado cuja preservação garantirá a consciência histórica. Entre as opções a seguir, assinale a que apresenta monumento qualificado como patrimônio arquitetônico.

Alternativas

ID
1150759
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
INPI
Ano
2013
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

Com relação à preservação e ao restauro do patrimônio arquitetônico e urbanístico, julgue os itens de 81 a 84.

Entre os teóricos que refletiam sobre a proteção do patrimônio histórico cultural incluem-se Violet-le-duc, John Ruskin e Camillo Boito. O primeiro, arquiteto e teórico, estabeleceu a restauração estilística. O segundo, um crítico inglês, defendeu, distintamente da restauração em grande estilo, a autenticidade histórica. O terceiro propôs a coexistência de vários estilos presentes nos monumentos e não a unidade de estilos, diferenciando claramente o antigo do moderno.

Alternativas
Comentários
  • Gab. C

    Eugène Emmanuel Viollet-Le-Duc:

    Filosofia: “restaurar um prédio é devolve-lo a um estado de plenitude que pode nunca ter existido”.

    Busca a pureza do estilo (faz reconstituição daquilo que teria sido feito, uma reformulação ideal do projeto).

    John Ruskin

    Defendeu teorias como “anti scrape movement” termo inglês que significa raspar um determinado monumento de forma a conferir uma unidade ou clareza espacial e o “movimento anti-restauração” movimento radicalmente contra a restauração, porém defensor do cuidado e manutenção rotineira.

    Para Ruskin, algumas intervenções até eram permitidas, porém, apenas para conservar a edificação. O autor aceitava pequenas obras de consolidação ("muletas"). Quando as mesmas perdiam sua utilidade, ele conformavase frente à morte certa e natural que toda edificação teria um dia. Assim, o autor defende então a "morte" dos monumentos.

    Camillo Boito

    formulou teorias influenciadas por inúmeros aspectos, conhecidas como restauro “científico” ou “filológico”, que resultaram numa espécie de meio-termo entre as conflitantes mais discutidas na época sobre restauração: as do francês Viollet-le-Duc e as do inglês John Ruskin.

  • - Viollet-le-Duc: (dica: duplicar)

    > Restauração (/corrente) intervencionista/estilística: copiar o antigo

    >> Refazer seguindo o existente/restante            >> Reconstrução do original

    > “Restaurar não é manter, reparar ou refazer um edifício; é restabelecê-lo em um estado completo que pode nunca ter existido”

    - John Ruskin: (dica: nenhum Riskin)

    > Defende o ruinismo e a autenticidade histórica                          > Valor histórico beleza

    > “Restauração é impossível e absurda” (∴ anti-intervenção)      > Venerava a pátina

    > Restauração romântica

    (dica: paixão pelo original, inalterável e insubstituível OU sentimental e conservadora)

    > Restauração é uma mentira do começo ao fim, a pior forma de destruição, já que atenta contra a pátina do tempo, onde se encerra a verdadeira preciosidade da arquitetura

    > Restauração é a + total destruição após a qual nenhum remanescente pode ser reunido; uma destruição acompanhada de uma falsa descrição do objeto destruído

    - Camillo Boito: coexistência de vários estilos, diferenciando os tempos de intervenções

    > Restaurar expondo as marcas do tempo (= contribuição de cada tempo)

    > Princípios + usados atualmente            > Usa diferentes materiais e técnicas construtivas

    > “Consolidar antes de reparar e reparar antes de restaurar, evitando adições e renovações”

    - Cesare Brandi: o objeto restaurado não deve voltar ao momento da sua criação, ele deve carregar as marcas do tempo, respeitando suas marcas

    > O restauro é o momento metodológico do reconhecimento da obra de arte, na sua consistência física e na sua dupla polaridade estética e histórica, p/ à sua transmissão ao futuro

    - Alois Riegl: deve-se evitar a intervenção arbitrária humana no estado do monumento

    > Não se deve acrescentar ou eliminar, s/ substituir o alterado

    > Não se devem suprimir acréscimos que alteraram a forma original

    - Gustavo Giavannoni

    Fonte: vozes que me atordoam


ID
1150765
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
INPI
Ano
2013
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

Com relação à preservação e ao restauro do patrimônio arquitetônico e urbanístico, julgue os itens de 81 a 84.

As cartas patrimoniais representam as leis e as posturas que direcionaram o restauro a partir do século XX. Particularmente, a Carta de Atenas de 1931 procurou adequar tais leis e posturas às culturas latino-americanas, valorizando também o acervo sociológico e o folclore nacional dessas alturas.

Alternativas
Comentários
  •  

     O 4º CIAM em Atenas foi em 1933. Também errado: "adequar tais leis e posturas às culturas latino-americanas, valorizando também o acervo sociológico e o folclore nacional dessas alturas."



  • A principal diferença entre as duas Cartas de Atenas acredito ser os objetivos específicos que cada documento trás. A Carta de 1931 foi criada por profissionais da restauração com o intuito de estabelecer uma orientação. Já a Carta de 1933 trata-se das resoluções de um congresso reunido para debater e impulsionar os novos rumos para a cidade moderna.

  • As cartas patrimoniais são documentos frutos de encontros nacionais e internacionais para o desenvolvimento de princípios que direcionam o restauro a partir do século XX.

    Carta de Atenas: Produzida em 1930, reflete preocupação internacional com diretrizes comuns relativas à conservação patrimonial mundial.

    Carta de Veneza: Produzida em 1964, na situação do pós-guerra europeu, ratifica e desenvolve conceitos da carta anterior.

    Normas de Quito: Documento produzido na Conferência de Quito em 1967, procura adequar os princípios da Carta de Veneza às culturas latino-americanas, valorizando também o acervo sociológico e o folclore nacional. 


ID
1150768
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
INPI
Ano
2013
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

Com relação à preservação e ao restauro do patrimônio arquitetônico e urbanístico, julgue os itens de 81 a 84.

No Brasil, a entidade responsável pela preservação do patrimônio cultural brasileiro é o Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), criado em 1937, durante o governo de Getúlio Vargas. Em 1936, o então ministro da Educação e Saúde, Gustavo Capanema, preocupado com a preservação do patrimônio cultural brasileiro, solicitou a elaboração de um anteprojeto de lei para salvaguarda desses bens a Mario de Andrade. Em seguida, confiou a tarefa de implantar o serviço de patrimônio ao arquiteto Lucio Costa.

Alternativas
Comentários
  • A questão me parece estar errada, uma vez que o primeiro presidente do então Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional foi Rodrigo Melo Franco de Andrade, e não Lúcio Costa, e ao primeiro coube "a tarefa de implantar o serviço de patrimônio".

  • Nao foi Lucio Costa... foi Rodrigo Melo Franco de Andrade 
    (1937-1967)

    Nasceu em Belo Horizonte, dia 17 de agosto de 1898. Era bisneto de Rodrigo José Ferreira Bretas, primeiro biógrafo de Aleijadinho. Aos 12 anos de idade foi estudar em Paris, onde conviveu com intelectuais como Graça Aranha. Formou-se em Direito pela Universidade do Rio de Janeiro, atuou como jornalista nos veículos O Dia, O Jornal e na Revista do Brasil. Na década de 1930, aproximou-se de grupos modernistas e, em 1936, por indicação de Mario de Andrade e Manuel Bandeira, foi convidado a dirigir o Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN) – atualmente Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, pelo ministro da Educação, Gustavo Capanema. Permaneceu no cargo entre 1937 e 1967.

    Fonte: http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/1211

  • A alternativa não está totalmente errada, uma vez que Lucio Costa foi colaborador e diretor do IPHAN, juntamente com Rodrigo Mello Franco de Andrade. Porém, Lúcio Costa só permaneceu na instituição entre 1934 e 1937, quando funcionava com bases provisórias. Já Rodrigo Franco foi diretor entre 1937 e 1967. Foram duas pessoas primordiais na constituição da política de salvaguarda do patrimônio nacional.


ID
1188643
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
INPI
Ano
2013
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

         [...] ser moderno é, conhecendo profundamente o passado, ser atual e prospectivo. Assim cabe distinguir moderno e modernista, a fim de evitar designações inadequadas. A arquitetura dita moderna, tanto aqui como alhures, resultou de um processo com raízes profundas, legítimas e, portanto, nada tem a ver com certas obras de feição afetada e equívoca, essas sim modernistas. Ao contrário do que ocorreu na maioria dos países, no Brasil foram justamente aqueles poucos que lutaram pela abertura para o mundo moderno, os que mergulharam no país à procura das suas raízes, da sua tradição [...], propugnando pela preservação do nosso passado válido.

                  Lucio Costa. Registro de uma vivência. São Paulo: Empresa das Artes, 1995, p. 116 (com adaptações).

Com base no texto acima, julgue os itens seguintes.


Ser moderno é desconsiderar a arquitetura histórica, que remete a cânones já ultrapassados pelo tempo.

Alternativas
Comentários
  • A assertiva diz o conceito de modernismo e não demoderno


ID
1599745
Banca
FUNRIO
Órgão
UFRB
Ano
2015
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

De acordo com Umberto Baldini, a vida de uma obra de arte está dividida em três tempos:

Alternativas
Comentários
  • Gab. A

    Existem os Estados e Atos da obra de arte.

    ~~

    Para Umberto Baldini, historiador da arte e especialista em história, teoria e técnica de restauro da Universidade Internacional de Arte de Florença, “em qualquer obra de arte pode-se registrar pelo menos três atos: 

    1) o primeiro é o da criação por parte do artista; 

    2) o segundo é a ação do tempo sobre a obra;

    3) o terceiro é a ação do homem

    ~~

    Para o autor , a obra de arte, durante sua vida, pode se encontrar em três estados:

    (i) o da destruição (thanatos) - por parte dos gestores (descuido e abandono) ou por acontecimento externo (terremoto, incêndio, caída, etc.);

    (ii) o da prolongação da vida (bios) - que resulta do ato físico do cuidado material da obra para protegê-la de danos e perdas (manutenção e conservação); e

    (iii) o da restituição de sua realidade como obra de arte (heros) que se manifesta no ato final da filologia crítica (restauro).

  • Questão que basta atenção para acertar...

    Rapidamente você percebe que a únicas possíveis são a A e D, pois o primeiro ato é a criação (projeto), visto isso voce irá querer optar pela A, pelo simples motivo que não tem como restaurar sem ter havido a ação do tempo antes


ID
1599790
Banca
FUNRIO
Órgão
UFRB
Ano
2015
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

As principais técnicas pictóricas históricas são:

Alternativas

ID
1695223
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
MPOG
Ano
2015
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

      A Constituição Federal de 1988 (CF) revitalizou e ampliou o conceito de patrimônio estabelecido pelo Decreto-Lei n.º 25/1937, substituindo a nominação patrimônio histórico e artístico por patrimônio cultural. Essa alteração incorporou o conceito de referência cultural e significou um aprimoramento importante na definição dos bens passíveis de reconhecimento. Por sua vez, o Decreto n.º 3.551/2000 instituiu o registro de bens culturais de natureza imaterial.

Com relação às disposições referentes aos tombamentos e aos registros de bens culturais, julgue o item que se segue. 

Assim como o tombamento do patrimônio arquitetônico, o registro dos bens culturais de natureza imaterial serve para impedir quaisquer modificações que possam descaracterizá-los.


Alternativas
Comentários
  • Essa foi violenta!!!

  • O patrimônio imaterial é transmitido de geração em geração e constantemente recriado e apropriado por indivíduos e grupos sociais como importantes elementos de sua identidade.

  • Ao contrário do tombamento, cujo objetivo é a preservacão das características originais de uma obra, seja móvel ou imóvel, o registro trata apenas de salvaguardar o desejo de uma comunidade em manter viva uma tradição, que pode vir a sofrer mudanças com o tempo. O registro de bens consiste na produção de conhecimento sobre o bem cultural imaterial em todos os seus aspectos culturalmente relevantes.

     

    Fonte: IPHAN

  • Vale lembrar que o patrimônio imaterial sofre revalidação a cada 10 anos (como exposto no Art 7º do decreto lei 3551/2000). O que mostra a visão legal de que tal tipo de patrimônio tende a se modificar temporalmente, por conta da cultura ser algo dinâmico e que se reinventa.


ID
1695226
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
MPOG
Ano
2015
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

      A Constituição Federal de 1988 (CF) revitalizou e ampliou o conceito de patrimônio estabelecido pelo Decreto-Lei n.º 25/1937, substituindo a nominação patrimônio histórico e artístico por patrimônio cultural. Essa alteração incorporou o conceito de referência cultural e significou um aprimoramento importante na definição dos bens passíveis de reconhecimento. Por sua vez, o Decreto n.º 3.551/2000 instituiu o registro de bens culturais de natureza imaterial.

Com relação às disposições referentes aos tombamentos e aos registros de bens culturais, julgue o item que se segue. 

O tombamento do toque dos sinos das igrejas das cidades históricas de Minas Gerais — São João Del Rei, Ouro Preto, Mariana, Congonhas do Campo e Sabará — foi realizado com base nos dispositivos do Decreto-Lei n.º 25/1937.



Alternativas
Comentários
  • Bens Imateriais são registrados e não tombados. 

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0025.htm > 04 livros do Tombo

    http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/608

     Art. 4º O Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional possuirá quatro Livros do Tombo, nos quais serão inscritas as obras a que se refere o art. 1º desta lei, a saber:

      1) no Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico, as coisas pertencentes às categorias de arte arqueológica, etnográfica, ameríndia e popular, e bem assim as mencionadas no § 2º do citado art. 1º.

      2) no Livro do Tombo Histórico, as coisas de interêsse histórico e as obras de arte histórica; bens imóveis (edificações, fazendas, marcos, chafarizes, pontes, centros históricos, por exemplo) e móveis (imagens, mobiliário, quadros e xilogravuras, entre outras peças).

      3) no Livro do Tombo das Belas Artes, as coisas de arte erudita, nacional ou estrangeira; valor artístico particular.  Para a História da Arte, as belas artes imitam a beleza natural e são consideradas diferentes daquelas que combinam beleza e utilidade. 

      4) no Livro do Tombo das Artes Aplicadas, as obras que se incluírem na categoria das artes aplicadas, nacionais ou estrangeiras: produção artística que se orienta para a criação de objetos, peças e construções utilitárias: alguns setores da arquitetura, das artes decorativas, design, artes gráficas e mobiliário, por exemplo. 



  • Os sinos das igrejas das cidades históricas de Minas Gerais são considerados bens imateriais e, como disse a colega, bens imateriais não são tombados, são registrados. 

  • Os bens materiais são inscritos nos livros criados pelo Decreto-lei 25/37: Livro histórico, livro arqueológico, etnológico e paisagístico, livro de belas artes e livro de artes aplicadas.

    Os bens imateriais são inscritos nos livros elencados no Decreto 3551/00, a saber: Livro dos saberes, das celebrações, dos lugares e das formas de expressão.

  • Gab. Errado

    Acredito que se fosse apenas sobre o "Sino", seria bem material, logo seria tombado pelo Decreto-lei 25/37.

    Mas como se trata do "toque do sino", bem intangível, de propriedade imaterial, o documento a seguir é o Decreto 3351/00.

    Os bens intangíveis constituem-se na propriedade imaterial não podem objetos de tombamento, mas sim de REGISTRO


ID
1697842
Banca
FGV
Órgão
FIOCRUZ
Ano
2010
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

Com o advento da gráfica digital, desenvolveu-se uma especificidade que é o patrimônio virtual.

Esta expressão é definida como o uso de tecnologias digitais para: 

Alternativas
Comentários
  • Rodrigo Paraizo (2009) denomina as representações digitais do patrimônio cultural de patrimônio virtual e afirma que o termo se origina da expressão “realidade virtual”, ligado aos primórdios do uso da computação (em especial a computação gráfica) voltada para o patrimônio, significando “o uso de tecnologias digitais para registrar, modelar, visualizar e comunicar o patrimônio cultural e natural” (ADDISON, 2007, p. 1).

    [...] o patrimônio virtual está relacionado à representação gráfica de um bem material em um mundo totalmente virtual (apresentado através de modelos tridimensionais estáticos e animações) e, por vezes, interativo (representado por passeios virtuais ou imagens panorâmicas interativas em 360º), quer este bem ainda exista no mundo real ou não.


ID
1730548
Banca
FGV
Órgão
FIOCRUZ
Ano
2010
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

A noção de historicidade e a valorização do passado remonta ao séc. XV, quando houve interesse crescente pelas obras da Antiguidade. Mas foi somente a partir do século XVIII, com o Iluminismo, que a noção de História, entendida como é hoje, ganhou forma. A França de fins do século XVIII e início do XIX, no período pós-revolucionário, apresentava um quadro de desolação do seu patrimônio artístico. Também na Inglaterra, as profundas e aceleradas modificações geradas pela recente industrialização contribuíram para o nascimento de um sentimento de preservação, diante das reais ameaças de perda e de obsolescência.
Esses movimentos, somados à consolidação da noção de monumento como documento histórico, deram origem a uma nova maneira de encarar a herança cultural, que resultou nos movimentos de preservação e de restauração de monumentos.

A partir do texto, analise os conceitos apresentados a seguir.

I “Uma só coisa deve ser evitada a todo custo do ponto de vista do valor de antiguidade: a intervenção arbitrária da mão do homem no estado do monumento. Não se deve nem acrescentar, nem eliminar, sem substituir aquilo que se alterou no decorrer dos anos sob a ação das forças naturais, assim como não se devem suprimir acréscimos que alteraram a forma original.”

II “A palavra e o assunto são modernos. Restaurar um edifício não é mantê-lo, repará-lo ou refazê-lo, é restabelecê-lo em um estado completo que pode jamais ter existido em um dado momento.”

III “O restauro constitui o momento metodológico do reconhecimento da obra de arte, na sua consistência física e na sua dupla polaridade estética e histórica, com vistas à sua transmissão ao futuro”

IV “Nem pelo público, nem por aqueles que são responsáveis por monumentos públicos, o verdadeiro sentido da palavra restauração é entendido. Significa a mais total destruição após a qual nenhum remanescente pode ser reunido; uma destruição acompanhada de uma falsa descrição do objeto destruído.” 

Assinale a alternativa que apresenta, corretamente e na mesma ordem, os autores desses conceitos.

Alternativas
Comentários
  • Gab. E

    Alois Riegl: I “Uma só coisa deve ser evitada a todo custo do ponto de vista do valor de antiguidade: a intervenção arbitrária da mão do homem no estado do monumento. Não se deve nem acrescentar, nem eliminar, sem substituir aquilo que se alterou no decorrer dos anos sob a ação das forças naturais, assim como não se devem suprimir acréscimos que alteraram a forma original.”

    Eugène Emmanuel Viollet-le-Duc: II “A palavra e o assunto são modernos. Restaurar um edifício não é mantê-lo, repará-lo ou refazê-lo, é restabelecê-lo em um estado completo que pode jamais ter existido em um dado momento.”

    Cesare Brandi: III “O restauro constitui o momento metodológico do reconhecimento da obra de arte, na sua consistência física e na sua dupla polaridade estética e histórica, com vistas à sua transmissão ao futuro”

    John Ruskin: IV “Nem pelo público, nem por aqueles que são responsáveis por monumentos públicos, o verdadeiro sentido da palavra restauração é entendido. Significa a mais total destruição após a qual nenhum remanescente pode ser reunido; uma destruição acompanhada de uma falsa descrição do objeto destruído.” 

  • (Complementando)

    - Cesare Brandi: o objeto restaurado não deve voltar ao momento da sua criação, ele deve carregar as marcas do tempo, respeitando suas marcas, ou seja, as contribuições de cada tempo

    - Camillo Boito: coexistência de vários estilos, diferenciando os tempos de intervenções

    > Restaurar expondo as marcas do tempo

    > Princípios + usados atualmente

    > Usa ≠s materiais e técnicas construtivas

    > “Consolidar antes de reparar e reparar antes de restaurar, evitando adições e renovações”

    - John Ruskin

    > Defende o ruinismo e a autenticidade histórica

    > Valor histórico beleza

    > “Restauração é impossível e absurda” (portanto, anti-intervenção)

    > Venerava a pátina

    > Restauração romântica

    > Restauração é uma mentira do começo ao fim, a pior forma de destruição, já que atenta contra a pátina do tempo, onde se encerra a verdadeira preciosidade da arquitetura


ID
1730554
Banca
FGV
Órgão
FIOCRUZ
Ano
2010
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

As lacunas foram, dentre outros, tema de exaustivo estudo de Cesare Brandi. Na comunicação apresentada no XX Congresso de História da Arte em Nova York, em 1961, intitulada “Apostila Teórica para o Tratamento das Lacunas", ele ressalta que: 

Alternativas
Comentários
  • De seu conceito de restauro, Brandi extrai dois axiomas:

    1º. axioma: “restaura-se somente a matéria da obra de arte” (p. 31), que se refere aos limites da intervenção restauradora, levando em conta que a obra de arte, em sua acepção, é um ato mental que se manifesta em imagem através da matéria e é sobre esta matéria – que se degrada - que se intervém e não sobre esse processo mental, no qual é impossível agir. Daí decorrem as críticas às restaurações baseadas em suposições sobre o “estado original” da obra, condenadas a serem meras recriações fantasiosas, que deturpam a fruição da verdadeira obra de arte.

    2º. axioma: “A restauração deve visar ao restabelecimento da unidade potencial da obra de arte, desde que isso seja possível sem cometer um falso artístico ou um falso histórico, e sem cancelar nenhum traço da passagem da obra de arte no tempo” (p. 33). Ainda que se busque com a restauração a unidade potencial da obra (conceito de todo distinto de unidade estilística), não se deve com isso sacrificar a veracidade do monumento, seja através de uma falsificação artística, seja de uma falsificação histórica.

    • Não achei a fonte, se alguém souber...

    GABARITO: C.


ID
1730581
Banca
FGV
Órgão
FIOCRUZ
Ano
2010
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

O conceito de patrimônio cultural apresenta constante evolução. Atualmente, com a incorporação de testemunhos intangíveis e, por consequência, de elementos da cultura propriamente dita de um povo, esta entendida como os seus modos de fazer e viver, as ações de preservação requerem cada vez mais tratamentos particularizados que levem em conta as especificidades de cada cultura.
No Brasil, esse alargamento de conceito se materializou oficialmente a partir:

Alternativas
Comentários
  • O Compromisso de Salvador não cita como exemplo de elementos da cultura os modos de fazer e viver, somente bens materiais

    Logo, acredito que a resposta correta seja a letra C - CF88

    Caso alguém tenha mais informações sobre esse contexto, por favor, compartilhe!!

  • Concordo com TVS, creio que caberia recurso pois o Compromisso de Salvador não cita bens imateriais, somente bens materiais. E a Constituição Federal no artigo 216 fala exatamente em modos de fazer e viver.

  • Acredito que a letra B seria a mais correta, pois no artigo 1° do Decreto Lei " Art. 1º Constitue o patrimônio histórico e artístico nacional o conjunto dos bens móveis e imóveis existentes no país e cuja conservação seja de interêsse público, quer por sua vinculação a fatos memoráveis da história do Brasil, quer por seu excepcional valor arqueológico ou etnográfico, bibliográfico ou artístico."

    Valor etnográfico

    A etnografia estuda e revela os costumes, as crenças e as tradições de uma sociedade, que são transmitidas de geração em geração e que permitem a continuidade de uma determinada cultura ou de um sistema social.

    VALOR ETNOGRÁFICO TAMBÉM CONCEITUA OS VALORES IMATERIAIS,OU SEJA, VALORES INTANGÍVEIS.


ID
1730596
Banca
FGV
Órgão
FIOCRUZ
Ano
2010
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

As patologias verificadas em uma edificação podem ter diferentes causas que devem ser analisadas na etapa de diagnóstico.
Correlacione as patologias, com suas causas. 
PATOLOGIAS
I. Desgaste de pisos
II. Manchas escuras ou esverdeadas
III. Fissuramento por dilatação e contração dos materiais IV. Umidade ascendente  

CAUSAS
a. Agentes externos relacionados com o clima
b. Agentes externos relacionados com o Ambiente
c. Agentes biológicos d. Agentes inerentes ao uso

Assinale a alternativa que apresenta a correlação correta. 

Alternativas
Comentários
  • Gab. C

    I. Desgaste de pisos - d. Agentes inerentes ao uso

    II. Manchas escuras ou esverdeadas - c. Agentes biológicos

    III. Fissuramento por dilatação e contração dos materiais - a. Agentes externos relacionados com o clima

    IV. Umidade ascendente - b. Agentes externos relacionados com o Ambiente


ID
1730599
Banca
FGV
Órgão
FIOCRUZ
Ano
2010
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

A escolha do tipo de intervenção em bens imóveis de valor cultural depende de uma série de fatores como o estado de conservação, o uso proposto, o grau de proteção etc. Correlacione os tipos de intervemção, apresentados na coluna da esquerda, com suas respectivas definições. 
Tipo de intervenção
I. conservação 
II. Réplica 
III. Restauração 
IV. Reabilitação  

Definição
a. Cópia exata do original ainda existente. É comum para substituição de esculturas originais existentes em espaços públicos, as quais muitas vezes passam a compor acervo museológico, em condições ambientais monitoradas
b. Intervenção que devolve as características intrínsecas da obra; preenche e reintegra as lacunas, recompõe a imagem
c. Intervenção na matéria de que se constituem os edifícios para a manutenção da integridade física
d. Intervenção em edifícios para adaptação a novo uso

Assinale a alternativa que apresenta a correlação correta. 

Alternativas
Comentários
  • I. Conservação

    c. Intervenção na matéria de que se constituem os edifícios para a manutenção da integridade física 

    II. Réplica

    a. Cópia exata do original ainda existente. É comum para substituição de esculturas originais existentes em espaços públicos, as quais muitas vezes passam a compor acervo museológico, em condições ambientais monitoradas 

    III. Restauração

    b. Intervenção que devolve as características intrínsecas da obra; preenche e reintegra as lacunas, recompõe a imagem

    IV. Reabilitação

    d. Intervenção em edifícios para adaptação a novo uso


ID
1777054
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
STJ
Ano
2015
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

Julgue o seguinte item, relativo à teoria da história da arquitetura.

A Carta de Atenas, redigida no início da década de 1930, no congresso internacional de arquitetos e técnicos de monumentos históricos, constitui o primeiro ato normativo internacional a reunir deliberações de consenso entre vários países referentes à temática da longevidade de monumentos históricos, documento mais antigo com registros que se dedicam exclusivamente ao patrimônio e restauro.

Alternativas
Comentários
  • Cartas de Atenas 1931/1933

    ·         recomenda que edificações e monumentos históricos sejam mantidos em uso, a fim de se assegurar a continuidade de sua existência.

    ·         1931 a primeira carta;

    ·         Necessidade de organizações que trabalhem com atuação, consulta e restauro na área da preservação;

    ·         Legislações;

     

    ·         1933;

    ·         Trata do crescimento urbano;

    ·         Cidade funcional;

    FONTE: MINHAS ANOTAÇÕES

  • A Carta de Atenas é o primeiro ato normativo internacional, contudo, a afirmativa de que é "o documento mais antigo com registros que se dedicam exclusivamente ao patrimônio e ao restauro" é bem duvidosa e genérica. Há tantos documentos anteriores que se dedicam ao patrimônio e ao restauro...Quantos teóricos trabalharam nisso antes da Carta de Atenas e produziram documentos...QUESTÃO RUIM ESTA...


ID
1798033
Banca
FGV
Órgão
TJ-RO
Ano
2015
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

O Decreto-Lei n° 25, de 30 de novembro de 1937,que organizou a proteção ao Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, estabeleceu “Livros do Tombo”, nos quais seriam inscritas as obras que constituem o patrimônio histórico e artístico nacional. De acordo com esse Decreto, as obras de arte históricas deveriam ser inscritas no Livro do Tombo:

Alternativas
Comentários
  • Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico, onde são inscritos os bens culturais em função do valor arqueológico, relacionado a vestígios da ocupação humana pré-histórica ou histórica; de valor etnográfico ou de referência para determinados grupos sociais; e de valor paisagístico, englobando tanto áreas naturais, quanto lugares criados pelo homem aos quais é atribuído valor à sua configuração paisagística, a exemplo de jardins, mas também cidades ou conjuntos arquitetônicos que se destaquem por sua relação com o território onde estão implantados.
     

    Livro do Tombo Histórico, onde são inscritos os bens culturais em função do seu valor histórico. É formado pelo conjunto dos bens móveis e imóveis existentes no Brasil e cuja conservação seja de interesse público por sua vinculação a fatos memoráveis da história do Brasil. Esse Livro, para melhor condução das ações do Iphan, reúne, especificamente, os bens culturais em função do seu valor histórico que se dividem em bens imóveis (edificações, fazendas, marcos, chafarizes, pontes, centros históricos, por exemplo) e móveis (imagens, mobiliário, quadros e xilogravuras, entre outras peças).

     

    Livro do Tombo das Belas Artes, onde são inscritos os bens culturais em função do seu valor artístico. O termo belas-artes é aplicado às artes de caráter não utilitário, opostas às artes aplicadas e às artes decorativas. Para a História da Arte, as belas artes imitam a beleza natural e são consideradas diferentes daquelas que combinam beleza e utilidade. 

     

    Livro do Tombo das Artes Aplicadas, onde são inscritos os bens culturais em função do seu valor artístico, associado à sua função utilitária. Essa denominação (em oposição às belas artes) se refere à produção artística que se orienta para a criação de objetos, peças e construções utilitárias: alguns setores da arquitetura, das artes decorativas, design, artes gráficas e mobiliário, por exemplo. Desde o século XVI, as artes aplicadas estão presentes em bens de diferentes estilos arquitetônicos.

  • Resposta: 

    d) Histórico

    CAPÍTULO II

    DO TOMBAMENTO

    Art. 4º O Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional possuirá quatro Livros do Tombo, nos quais serão inscritas as obras a que se refere o art. 1º desta lei, a saber:

    2) no Livro do Tombo Histórico, as coisas de interesse histórico e as obras de arte histórica;

  • DO TOMBAMENTO

    Art. 4º O Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional possuirá quatro Livros do Tombo, nos quais serão inscritas as obras a que se refere o art. 1º desta lei, a saber: 1) no Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico, as coisas pertencentes às categorias de arte arqueológica, etnográfica, ameríndia e popular, e bem assim as mencionadas no § 2º do citado art. 1º. 2) no Livro do Tombo Histórico, as coisas de interêsse histórico e as obras de arte histórica; 3) no Livro do Tombo das Belas Artes, as coisas de arte erudita, nacional ou estrangeira; 4) no Livro do Tombo das Artes Aplicadas, as obras que se incluírem na categoria das artes aplicadas, nacionais ou estrangeiras.


ID
2084788
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TCE-PR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

Assinale a opção correta a respeito do desenvolvimento de projetos urbanos de assentamentos humanos sustentáveis, de acordo com a Agenda Habitat.

Alternativas
Comentários
  • AGENDA 21-RIO92

    7 - Promoção do desenvolvimento sustentável dos assentamentos humanos

    "7.4. O objetivo geral dos assentamentos humanos é melhorar a qualidade social, econômica e ambiental dos assentamentos humanos e as condições de vida e de trabalho de todas as pessoas, em especial dos pobres de áreas urbanas e rurais. Essas melhorias deverão basear-se em atividades de cooperação técnica, na cooperação entre os setores público, privado e comunitário, e na participação, no processo de tomada de decisões, de grupos da comunidade e de grupos com interesses específicos, como mulheres, populações indígenas, idosos e deficientes. Tais abordagens devem constituir os princípios nucleares das estratégias nacionais para assentamentos humanos. Ao desenvolver suas estratégias, os países terão necessidade de estabelecer prioridades dentre as oito áreas programáticas deste capítulo, em conformidade com seus planos e objetivos nacionais e considerando plenamente suas capacidades sociais e culturais. Além disso, os países devem tomar as providências condizentes para monitorar o impacto de suas estratégias sobre os grupos marginalizados e não-representados, com especial atenção para as necessidades das mulheres.

  • Luis, a questão fala de agenda habitat e não agenda 21...

  • Agenda Habitat : resultados da conferência de Istambul em junho de 1996. 

    .

    Aborda princípios e objetivos, desenvolvimento sustentável, direito a moradia, grupos vulneráveis, parcerias e participação popular, poder local, cooperação internacional, o papel da ONU e os principais pontos do Plano Global de Ação sobre Assentamentos Humanos.

    .

    Outras atividades incluem o Programa de Água e Saneamento para as Cidades, a gestão de resíduos sólidos, a formação e o fomento de capacidades dos dirigentes locais, garantindo que os direitos da mulher e as questões de gênero estejam presentes no desenvolvimento urbano e as políticas de gestão, ajudando a combater a delinquência através do ‘Programa Cidades Mais Seguras’, a pesquisa e o monitoramento do desenvolvimento econômico urbano, o emprego, a redução da pobreza, sistemas municipais de financiamento de moradias e investimentos urbanos. Também ajuda a fortalecer vínculos urbano-rurais e o desenvolvimento da infraestrutura.

    .

    1.O planejamento baseado nas projeções de população faz a diferença entre as cidades com infraestrutura deficiente e favelas lotadas e as cidades que distribuem benefícios urbanos e qualidade de vida para todos.

     

    2.O planejamento para regiões em vez de apenas cidades ajuda a evitar aglomeração urbana, e preserva a conexão física e econômica de uma cidade com a sua base rural.

     

    3.A política urbana nacional distingue os níveis de responsabilidade para todos os níveis de governo e outros interessados, estabelece mecanismos de coordenação, e garante a responsabilização por resultados de desenvolvimento urbano.

     

    4.A criação de um sistema de governança metropolitana impede a duplicação de serviços e desperdício de recursos e ajuda com o planejamento de rotas de transporte consistentes e outros serviços.

     

    5.Os planos urbanos com força de lei fornecem aos moradores da cidade previsibilidade em torno da propriedade, a segurança da posse, direitos de acesso e os planos individuais para o futuro. Eles também garantem que o desenvolvimento é transparente e que os espaços e serviços públicos de uma cidade são protegidos.

     

    6.As políticas urbanas nacionais devem garantir padrões mínimos no planejamento de serviços urbanos básicos, tais como água, saneamento e energia, ou as características básicas de projeto de ruas que promovam o caminhar seguro, o andar de bicicleta e o acesso aos transportes públicos.

  • complementando....

    Habitat I - local Vancouver ( Canadá)

    Habitat II- local Istambul

    Habitat III - Quito


ID
2087440
Banca
IBFC
Órgão
MGS
Ano
2015
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

Leia as afirmações abaixo e assinale a alternativa correta.

I. O valor histórico e cultural daquilo que deve ser preservado em face das necessidades da evolução urbana e de sua tecnologia construtiva e a possibilidade de reutilização do patrimônio são critérios para se identificar o que deve ser preservado.

II. A preservação deve ser somente pontual, sem abranger o entorno.

Alternativas

ID
2098492
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TCE-PA
Ano
2016
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

As intervenções em edifícios históricos, tombados individualmente ou pertencentes a um conjunto tombado — cidade, sítio ou fragmento urbano — podem ser de três tipos:

  • preservação — manutenção de valores originais;
  • restauração — recuperação e reabilitação de valores antigos em que se considera o conteúdo a ser resgatado, nem sempre coincidente com o momento inicial da construção;
  • apropriação — captura dos valores originais para sua adaptação a um novo uso ou a uma nova circunstância urbana.

Glauco Campello. Caderno de Arquitetura. São Paulo: ECidade, 2015, p. 114 (com adaptações).

Com base no texto apresentado e nos múltiplos aspectos que ele suscita, julgue o próximo item.

Na preservação, as técnicas e os materiais empregados devem ser os mesmos utilizados na construção original.

Alternativas
Comentários
  • Quase metade errou essa questão. 

    Sabe aquele vizinho que tem um Fusca 73 ou um Opala todo original e não vende de jeito nenhum? Para se manter preservado com VALOR ORIGINAL deve ser usado peças originais. A mesma coisa vale para a preservação de edificações:

    VALOR ORIGINAL é utilizar TÉCNICAS E MATERIAIS empregados na origem da construção. 

    Bons Estudos!

  • Na verdade, acho que o erro das pessoas está na confusão com a restauração.


ID
2223295
Banca
FCM
Órgão
IF Farroupilha - RS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

“(...) a noção de monumento compreende não só a criação arquitetônica isolada; mas também a moldura em que ela está inserida. O monumento é inseparável do meio onde se encontra situado e, bem assim, da história da qual é testemunho. Reconhece-se, consequentemente, um valor monumental tantos aos grandes conjuntos arquitetônicos quanto às obras modestas que adquiriram, no decorrer do tempo, significação cultural e humana.”
(Carta de Veneza de 25 a 31 de maio de 1964, Itália).

Segundo Françoise Choay (2006), o conceito de monumento evoluiu com o passar do tempo. Segundo a autora

I- até a década de 1960, eram considerados monumentos históricos uma pequena porção de tipos de construção: os remanescentes da Antiguidade Clássica, edifícios religiosos da Idade Média e castelos.
II- os monumentos históricos envolvem a relação que a sociedade estabelece com seus traços culturais e passam a compor o domínio patrimonial, a partir de 1837, quando é criada a Comissão dos Monumentos Históricos na França.
III- a inflação patrimonial tem, entre seus aspectos negativos, o alto custo de manutenção, inadequação das edificações às necessidades da sociedade contemporânea e a paralização do desenvolvimento do espaço urbano.
IV- nas últimas décadas do século XX, passam a integrar o domínio patrimonial todas as formas de construir, sejam eruditas sejam populares, urbanas ou rurais.

Estão corretas apenas as afirmativas

Alternativas

ID
2223301
Banca
FCM
Órgão
IF Farroupilha - RS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

Françoise Choay (2006) destaca práticas realizadas pela indústria patrimonial em todo o mundo, destinadas a valorizar o monumento histórico e a transformá-lo em produto econômico.
NÃO pode ser considerado como um efeito nocivo desta prática:

Alternativas

ID
2250499
Banca
VUNESP
Órgão
MPE-SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

As situações descritas nas questões a seguir são hipotéticas.

Em suas alegações em favor do tombamento de um bairro, uma associação de moradores sustenta que o local abrigaria obras significativas de arquitetos modernistas pioneiros, já falecidos, expoentes do Modernismo em São Paulo que tiveram produção significativa nas décadas de 1950 e 1960. Tais alegações corresponderiam à presença, no bairro, dentre outras, de obras de

Alternativas
Comentários
  • O enunciado menciona "já falecidos", então, a única alternativa possível é a B, visto que Paulo Mendes da Rocha e Carlos Bratke não se encaixam neste requisito na data da questão.

  • Assertiva: B


    Avaliando as alternativas:

    A) Erro está em Paulo Mendes da Rocha. Apesar de pertencer ao Modernismo, não é falecido.

    C) Carlos Bratke, diferente de seu pai (Osvaldo Bratke), não pertence ao Modernismo e sim ao Pós moderno. Além disso não era falecido à época (2016), faleceu em 2017.

    D) igual letra C

    E) igual letra A


ID
2366830
Banca
IDECAN
Órgão
DETRAN-RO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

“A concepção ruskiniana da arte foi marcada simultaneamente por uma educação estética exemplar, que abrangia o conhecimento direto das obras-primas europeias da pintura e da arquitetura [...]. A crítica da arquitetura contemporânea leva Ruskin inevitavelmente à crítica da sociedade vitoriana, inorgânica, desintegrada, incoerente. [...] Ruskin analisa impiedosamente as consequências do sistema industrial e a decadência do trabalho humano que, baseado em noções de lucro e de produção, deixou de ser a realização de uma função vital.” (Choay, 2005, p. 121-122.)

Sobre as considerações de Françoise Choay (2005), a respeito de John Ruskin, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • a) Ruskin elogiava a repetição de padrões nas fachadas das edificações, numa defesa da ideia de “uniformidade” ornamental como qualidade visual atrativa.  Ele era contra a produção em massa, valorizava o trabalho artesão, a diversidade dos elementos e não uniformidade da arquitetura.

     

     b) Ruskin defendia uma concepção de cidade configurada como “uma coleção de unidades”, numa visão que priorizava a simetria e a padronização das formas urbanas em detrimento da diversidadeSegundo ele, as fachadas devem ser diversas mas ter harmonia no conjunto, era a favor da diversidade nas obras e na produção manual e artesã. Coleção de unidades se refere a produção em massa, a qual ele era contra.

     

     c) Ruskin preconizava uma concepção de cidade como “espetáculo mais atraente que a paisagem”: o olhar devia ser mais atraído pelas “ruas da própria cidade” do que pela paisagem externa circundante.  Correta

     

     d) Para Ruskin, o interesse das cidades mais bonitas, na Itália e na França, provinha “da riqueza isolada de seus palácios”, uma vez que a “decoração das habitações” possuía muito pouca ou nenhuma expressividadeEle defendia a harmonia com diversidade, era contra a ideia da cidade-jardim com edifícios iguais repetidos, defendia que as pessoas deveriam renovar a decoração das suas casas e também o ornamento.

     

     e) Embora reconhecesse o valor das edificações históricas significativas, Ruskin defendia as grandes transformações em prol da racionalização dos espaços urbanos. Acreditava que a regularidade do traçado, aliada a uma rede estruturada de grandes alamedas poderia consistir no principal motivo de orgulho de uma cidade.  Na área de patrimônio histórico ele defende a mínima intervenção, pequenas manutenções, uma vez que o monumento é finito e restaurá-lo cria modelos ao invés de autenticidade histórica. Ele era culturalista, tradicional, admirador da técnica artesã da era medieval.

     

    http://arquiteturajohnruskin.blogspot.com/2011/09/foi-feito-com-prazer.html


ID
2373655
Banca
CS-UFG
Órgão
UFG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

Segundo Tirello (2001, p. 72), o afresco é a pintura executada com pigmentos destemperados, simplesmente com água pura sobre uma argamassa ainda fresca. O processo do afresco usufrui a propriedade da cal de formar, com a areia, a água e as cores, uma estrutura cristalina, resistente e impermeável após a secagem. Este tipo de arte aliou-se à arquitetura de forma a beneficiar ambas. A Estação Ferroviária de Goiânia exibe um afresco de grandes dimensões, denominado “Os Bandeirantes: antigos e modernos”, de autoria de

Alternativas
Comentários
  • A Estação Ferroviária de Goiânia foi inaugurada em 1950. Com afrescos de Frei Nazareno Confaloni, ela foi o destino de trens de cargas e passageiros que viajavam pela Estrada de Ferro Goyas por 30 anos. Em Goiânia, ela é considerada como um dos mais importantes edifícios da cidade. Por esse motivo, ela foi tombada pelo Iphan em 2002.


    fonte: http://www.brasil.gov.br/editoria/cultura/2017/12/iphan-destina-recursos-para-reformar-estacao-ferroviaria-de-goiania


ID
2466925
Banca
UFES
Órgão
UFES
Ano
2014
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

No Guia de preservação e segurança, Jayme Spinelli descreve o percurso histórico da formação conceitual do que passou a ser denominado patrimônio histórico e artístico nacional e da criação de instituições e mecanismos legais para preservação desse tipo de patrimônio no Brasil. A alternativa que NÃO CORRESPONDE a uma das afirmações de Spinelli é

Alternativas
Comentários
  • Em 1916 o escritor Alceu Amoroso Lima e o advogado Rodrigo Melo Franco de Andrade viajam a Minas Gerais, anunciam a descoberta do barroco e proclamam a necessidade de sua preservação. No mesmo ano, Amoroso Lima publica na Revista do Brasil o artigo Pelo Passado Nacional.

    Fonte: iphan.gov.br 


ID
2466928
Banca
UFES
Órgão
UFES
Ano
2014
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

Gustavo Capanema, na década de 1930, durante sua gestão como ministro da Educação e Saúde Pública, a solicitou um projeto de criação de um órgão de proteção do patrimônio histórico e artístico brasileiro em razão

Alternativas

ID
2466940
Banca
UFES
Órgão
UFES
Ano
2014
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

Salvador Muñoz Viñas, em sua Teoria Contemporânea da Restauração, define conservação como

Alternativas
Comentários
  • Gab. A

    1. Preservação ou conservação ambiental (indireta ou periférica), é a atividade que consiste em adequar as condições ambientais em que se insere um bem para que este mantenha seu estado presente (MUÑOZ VIÑAS, 2003, p. 23- 24); 

    2. Conservação, ou conservação direta, é a atividade que consiste em preparar um bem determinado para que ele possa experimentar a menor quantidade possível de alteraçõesintervindo diretamente sobre ele, estando incluída alterações ou melhoras em suas características não perceptíveis -não perceptíveis para um espectador médio, nas condições habituais de observação do bem. A conservação direta também pode alterar feições perceptíveis, mas só por imperativos técnicos (MUÑOZ VIÑAS, 2003, p. 23- 24); 

    3. Restauração é a atividade que aspira a devolver a um estado anterior as feições perceptíveis de um dado bem - perceptíveis para um espectador médio, nas condições normais de observação (MUÑOZ VIÑAS, 2003, p. 23- 24)


ID
2466943
Banca
UFES
Órgão
UFES
Ano
2014
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

As três categorias definidas por Salvador Muñoz Viñas, ao discutir conceitos de restauração, estão CORRETAMENTE apresentadas na alternativa 

Alternativas
Comentários
  • Gab. D

    1. Preservação ou conservação ambiental (indireta ou periférica), é a atividade que consiste em adequar as condições ambientais em que se insere um bem para que este mantenha seu estado presente (MUÑOZ VIÑAS, 2003, p. 23- 24); 

    2. Conservação, ou conservação direta, é a atividade que consiste em preparar um bem determinado para que ele possa experimentar a menor quantidade possível de alterações, intervindo diretamente sobre ele, estando incluída alterações ou melhoras em suas características não perceptíveis -não perceptíveis para um espectador médio, nas condições habituais de observação do bem. A conservação direta também pode alterar feições perceptíveis, mas só por imperativos técnicos (MUÑOZ VIÑAS, 2003, p. 23- 24); 

    3. Restauração é a atividade que aspira a devolver a um estado anterior as feições perceptíveis de um dado bem - perceptíveis para um espectador médio, nas condições normais de observação (MUÑOZ VIÑAS, 2003, p. 23- 24)


ID
2466946
Banca
UFES
Órgão
UFES
Ano
2014
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

Sobre o conceito de reversibilidade abordado, na Teoria Contemporânea da Restauração, por Salvador Muñoz Viñas, é INCORRETO afirmar:

Alternativas
Comentários
  • Gab. B

    Complementando....

    Salvador Muñoz Viñas faz crítica a alguns princípios clássicos defendidos, sobretudo por Brandi.Vinãs discute e pondera alguns conceitos como:

    1º. LEGIBILIDADE: “[...] a restauração não pode restituir a legibilidade do objeto, mas privilegia uma das possíveis leituras em detrimento de outras” (VIÑAS, 2003, p. 117). 

    2º AUTENTICIDADE/originalidade: só é possível resgatar a autenticidade do que é presente no objeto, pois é o único estado real e verdadeiro que pode ser atingido. O restante é testemunho de sua história, pois o estado autêntico está embutido em cada tempo com a alteração dos materiais e a pretensão do artista (VIÑAS, 2003, p.83-96}. 

    3º. REVERSIBILIDADE: “[...] dificilmente pode-se optar por materiais que sejam totalmente reversíveis ou irreversíveis” (VIÑAS,2003, p. 109). A reversibilidade de um material depende de muitas circunstâncias alheias ao produto usado, sendo mais prudente pensar em termos do “grau” de reversibilidade que um determinado material tem ao ser aplicado mediante o processo em um objeto específico (VIÑAS, 2003).


ID
2466952
Banca
UFES
Órgão
UFES
Ano
2014
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

Considerando as questões relativas a Patrimonialidade citadas por Salvador Muñoz Viñas, é CORRETO afirmar:

Alternativas
Comentários
  • Gab. E

    "patrimonialidade" não está apenas na matéria, mas também depende de quem a define e nos valores que crê, na sua visão do mundo.


ID
2466976
Banca
UFES
Órgão
UFES
Ano
2014
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

Garry Thomson abordou, de forma sistemática, a climatização de museus como medida de conservação preventiva. Sobre o período em que essa abordagem ocorreu e o enfoque dado, é CORRETO afirmar:

Alternativas

ID
2466979
Banca
UFES
Órgão
UFES
Ano
2014
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

Em relação ao início da Conservação Preventiva, a partir de determinado período, houve grande impulso na implementação da Ciência da Conservação. Sobre o período e as novidades surgidas nesse campo, é CORRETO afirmar:

Alternativas

ID
2645092
Banca
FGV
Órgão
Câmara de Salvador - BA
Ano
2018
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

O Programa Monumenta, concebido no final da década de 90, foi um marco na Preservação do patrimônio cultural brasileiro, pois viabilizou a recuperação de 300 edifícios, beneficiando mais de mil moradores de centros históricos, através do financiamento para a recuperação de imóveis privados. O Programa buscou garantir a diversidade social e funcional nas áreas de intervenção, com especial incentivo do uso para a habitação, ampliando as possibilidades para além do turismo cultural, e promovendo a ocupação das edificações sob proteção de forma integrada com a requalificação dos espaços públicos.


Os conceitos sobre como e o quê preservar, conservar e restaurar evoluíram ao longo de séculos de desenvolvimento de experimentos e reflexões.


Sobre os princípios e diretrizes que orientam as práticas de restauro de edificações, é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • http://portal.iphan.gov.br/uploads/ckfinder/arquivos/Carta%20de%20Veneza%201964.pdf

    Carta de Veneza

    Restauração

    Art 12º – Os elementos destinados a substituir as partes faltantes devem integrar-se harmoniosamente ao conjunto, distinguindo-se, todavia, das partes originais a fim de que a restauração não falsifique o documento de arte e de história.

    (A)      Errada. As intervenções para utilização de edificações sob proteção nada tem a ver com inserções de materiais, acréscimos ou próteses no edifício, sendo essas práticas não recomendadas.

    (B)      Art 11º – Devem ser respeitadas as contribuições válidas de todos os períodos feitas ao edifício ou monumento, uma vez que o objetivo do restauro não é a unidade de estilo. Quando um edifício inclui obras sobrepostas de diferentes períodos, a revelação do estado subjacente só pode ser justificada em circunstâncias excepcionais e quando o que for removido tiver pouco interesse e o material que for posto a descoberto for de grande valor histórico, arqueológico ou estético, e o seu estado de preservação suficientemente bom para justificar esta ação. A avaliação da importância dos elementos envolvidos e a decisão sobre o que pode ser destruído não pode ser apenas da competência do indivíduo responsável pela obra. (ICOMOS, 1964)

    (C)       Correta.

    (D)      A adoção de novos usos para aqueles edifícios de valor cultural é factível sempre que exista reconhecimento apriorístico do edifício e diagnóstico preciso de quais intervenções que ele aceita e suporta. Em todos os casos, é fundamental a qualidade da intervenção, e que os novos elementos a serem introduzidos sejam de caráter reversível e se harmonizem com o conjunto(Cone Sul, 1995)

    (E)       A PORTARIA Nº 420, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2010 dispõe sobre os procedimentos a serem observados para a concessão de autorização para realização de intervenções em bens edificados tombados e nas respectivas áreas de entorno. Abaixo, seguem os documentos necessários para se requerer a autorização de intervenção para restauração.

    (Fonte: https://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/prova-comentada-fgv-camara-municipal-salvador-2018-cargo-arquiteto/)

  • a) Errada. Princípio da utilização está relacionado à utilização funcional do bem.

    b) Errada. Todas as partes e acréscimos do monumento devem ser respeitadas. A busca pela "unidade estilística original" está relacionada com o restauro estilístico protagonizado por Viollet-Le-Duc e não é defendida na Carta de Veneza.

    c) Correta.

    d) As intervenções sempre devem ser reversíveis.

    e) O diagnóstico, a análise e estudo do objeto é fundamental para qualquer intervenção de restauro.

  • Para responder à essa questão, os itens devem ser analisados individualmente:

    Item A: Incorreto. Para a utilização de edificações sob proteção não são necessárias as intervenções com inserção de materiais, acréscimos ou próteses. Essa prática não é recomendada.

    Item B: Incorreto: A Carta de Veneza (1964) aborda, em seu Art. 13° que "Os acréscimos só poderão ser tolerados na medida em que respeitarem todas as partes interessantes do edifício, seu esquema tradicional, o equilíbrio de sua composição e suas relações com o meio ambiente."

    Item C: Correto. A Carta de Veneza (1964), carta internacional sobre conservação e restauração de monumentos e sítios, aborda, em seu Art. 12° que "Os elementos destinados a substituir as partes faltantes devem integrar-se harmoniosamente ao conjunto, distinguindo-se, todavia, das partes originais a fim de que a restauração não falsifique o documento de arte e de história."

    Item D: Incorreto. A Carta Brasília, documento regional do Cone Sul sobre autenticidade, recomenda, que "é fundamental a qualidade da intervenção, e que os novos elementos a serem introduzidos sejam de caráter reversível e se harmonizem com o conjunto".

    Item E: Incorreto. A Carta de Veneza (1964), em seu Art. 16°, afirma que "Os trabalhos de conservação, de restauração e de escavação serão sempre acompanhados pela elaboração da uma documentação precisa sob a forma de relatórios analíticos e críticos, ilustrados com desenhos e fotografias."

    Gabarito: Alternativa C.

ID
2755993
Banca
FGV
Órgão
TJ-SC
Ano
2018
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

A intervenção no bem imóvel arquitetônico de valor cultural pode ocorrer de diversas formas.

A intervenção que busca adaptar os espaços preexistentes para abrigar atividades diferentes daquelas para as quais foram projetados é denominado:

Alternativas
Comentários
  • B reabilitação
  • Gab. B

    Segundo o Manual do IPHAN, o termo conservação engloba um ou mais tipos de intervenções que podem ser classificadas nas seguintes ações:

    Manutenção – conjunto de operações preventivas destinadas a manter em bom funcionamento e uso, em especial, a edificação. São exemplos: inspeções rotineiras, a limpeza diária ou periódica, pinturas, e outras.

    Reparação – conjunto de operações realizadas para corrigir danos incipientes e de pequena repercussão.

    Reabilitação – conjunto de operações destinadas a tornar apto o edifício a novos usos, diferente para o qual foi concebido.

    Reconstrução – conjunto de ações destinadas a restaurar uma edificação ou parte dela, que se encontre destruída ou em risco de destruição, mas ainda não em ruínas.

    Consolidação / Estabilização – conjunto de operações destinadas a manter a integridade estrutural, em parte ou em toda a edificação.

    Restauração – conjunto de operações destinadas a restabelecer a unidade da edificação, relativa à concepção original ou de intervenções significativas na sua história.

    Revitalização – conjunto de operações desenvolvidas em áreas urbanas degradadas ou conjuntos de edificações de valor histórico de apoio à “reabilitação” das estruturas sociais, econômicas e culturais locais, procurando a conseqüente melhoria da qualidade geral dessas áreas ou conjuntos urbanos.

  • IPHAN:MANUAL DE ELABORAÇÃO DE PROJETOS - PROGRAMA MANUMENTA - CADERNOS TÉCNICOS 1

    2.2. Conceitos e Definições

    2.2.1.5. Reabilitação - conjunto de operações destinadas a tornar apto o edifício a novos usos, diferente para o qual foi concebido.

    VALE LEMBRAR :

    NBR 16.636-1/2017:

    3.26 requalificação

    atividade técnica de reabilitação do espaço urbano.

    GABARITO B.


ID
2764231
Banca
UFPR
Órgão
UFPR
Ano
2018
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

A intervenção nos monumentos históricos gerou uma série de debates na Europa sobre doutrinas de intervenção. Violletle-Duc e Ruskin simbolizam o antagonismo dessas doutrinas. A respeito do assunto, considere as seguintes afirmativas:


1. Para Viollet-le-Duc, restaurar um edifício é restituí-lo a um estado completo, reconstituindo suas partes desaparecidas.

2. Ruskin considera que as marcas do tempo fazem parte da essência do monumento histórico.

3. Ruskin é contrário a qualquer tipo de intervenção, considerando a restauração a destruição do edifício como monumento histórico.

4. Viollet-le-Duc baseia sua concepção de conservação de monumentos na autenticidade.


Assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Fui por eliminação... já q as opiniões são antagônicas ou estava correto a 1, 2 e 3 ou somente a 4

  • Quando as cartas usam o termo autenticidade, referem-se a autenticidade do monumento histórico e não a autenticidade da intervenção, considerei a 4 errada por isso.

  • gab. D

    Complementando...

    Conceito de Restauração segundo Viollet-le-Duc:(1814- 1879)

    “Restaurar um edifício não é mantê-lo, repará-lo ou refazê-lo, é restabelecê-lo em um estado completo que pode não ter existido nunca em um dado momento.

    Busca a pureza do estilo (faz reconstituição daquilo que teria sido feito, uma reformulação ideal do projeto).

    John Ruskin (1819-1900)

    Contemporâneo a Viollet-le-Duc, mas com idéias totalmente antagônicas,representante da teoria romântica, ou da restauração romântica, que defende a intocabilidade do monumento degradado.

    o autor considera o restauro uma "necessidade destrutiva" e acreditava que se preservássemos nossos edifícios não seria necessário essa restauração. Esse processo resultaria em uma imitação da arquitetura passada carregando em si uma réplica e um falso histórico, já que essa nova faceta pertenceria a uma nova época o tudo isso afetava sua autenticidade, seus valores evocativos e poéticos

    Para Ruskin, algumas intervenções até eram permitidas, porém, apenas para conservar a edificação. O autor aceitava pequenas obras de consolidação ("muletas"). Quando as mesmas perdiam sua utilidade, ele conformavase frente à morte certa e natural que toda edificação teria um dia. Assim, o autor defende então a "morte" dos monumentos.


ID
2781169
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
IPHAN
Ano
2018
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

    A Carta de Florença (1981) e a de Juiz de Fora (2010) estabelecem regras específicas para jardins históricos, salvaguardados como monumentos vivos. Consta da Carta de Florença (1981): “Art. 1.º: Um jardim histórico é uma composição arquitetônica e vegetal que, do ponto de vista da história ou da arte, apresenta um interesse público. Como tal é considerado monumento. (...) Art. 3.º: Por ser monumento, o jardim histórico deve ser salvaguardado conforme o espírito da Carta de Veneza. Todavia, como ‘monumento vivo’, sua salvaguarda requer regras específicas, que são objetivos da presente carta”.

Tendo o texto precedente como referência inicial e considerando que a intervenção em jardins históricos segue diretrizes específicas que objetivam a proteção e a preservação sistematizada desses monumentos, julgue o item que segue.


A intervenção em jardins históricos envolve o conhecimento dos seguintes conceitos básicos de conservação, indispensáveis à preservação do bem cultural: valores intrínsecos e extrínsecos, autenticidade, tombamento e entorno.

Alternativas
Comentários
  • Gab. Certo

    >VALORES

    Os valores intrínsecos de um bem cultural se referem ao bem do ponto de vista físico. Incluem seu entorno, o material, a conservação, o desenho e a localização. Qualquer legado do passado sofre transformações ou deterioração tanto por causa do desgaste natural, quanto pelo seu uso. A soma dessas diferentes modificações acaba por se converter em parte do caráter histórico e do material essencial ao bem cultural. Este material essencial representa o valor intrínseco do bem; é o suporte dos testemunhos históricos e dos valores culturais associados, tanto do passado quanto do presente.

    Os bens culturais podem apresentar outros valores, extrínsecos, que podem associar-se ao bem. Vão desde o valor histórico até o comercial, podendo até, em um mesmo bem, se apresentar de forma antagônica. Isto pode dificultar seu manejo. Pode-se considerar os valores culturais, que são o valor de identidade, o valor técnico ou artístico relativo, o valor de originalidade, o valor histórico e os valores sócio-econômicos, o valor social, econômico, funcional, educativo, político. A meta da conservação é salvaguardar a qualidade e os valores do bem, proteger seu material essencial e assegurar sua integridade para as gerações futuras. 

    >AUTENTICIDADE

    A autenticidade é um aspecto fundamental na avaliação dos bens culturais. Atribui-se autenticidade a um bem cultural cujos materiais são originais ou genuínos, levando-se em conta quando e como foi construído, considerando-se seu envelhecimento e as mudanças que o afetaram através do tempo.

    A autenticidade deriva da definição do bem, podendo deste modo ser entendida de diversas maneiras, dependendo do contexto de seu significado histórico.

    >TOMBAMENTO 

    É a classificação de um bem corpóreo, um objeto ou coisa, em uma ou mais categorias culturais previstas na Constituição Brasileira e no Decreto-Lei nº 25, de 30 de novembro de 1937, pela inscrição em um (ou mais) Livro de Tombo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN, ou em outra instituição estadual ou municipal legalmente constituída.

    >ENTORNO

    Área necessária para complementar a proteção de um bem cultural imóvel tombado. Tem amparo legal no artigo 18 do Decreto-Lei nº 25, de 30/11/37 que restringe intervenções na vizinhança de monumentos tombados. É também uma intervenção ordenadora do Estado na propriedade privada e nos bens pertencentes à União, aos Estados-Membros e aos Municípios. Impõe limitações menos intensas que o tombamento, tendo como objetivo a ambiência do objeto referencial.  

    MANUAL DE INTERVENÇÃO EM JARDINS HISTÓRICOS(1999)


ID
2781427
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
IPHAN
Ano
2018
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

    Manter a condição original do objeto é questão básica nos procedimentos de intervenção de conservação ou restauro, pois nenhum parecer relativo a uma obra, artefato ou objeto é conclusivo. Cada vez mais a ciência lança luz sobre questões não respondidas antes em decorrência de limitações tecnológicas, como também formula questões novas partindo da geração de outros paradigmas, conceitos, estruturas e campos de pensamento.

Luiz Antônio Cruz Souza, Yacy-Ara Froner. Preservação de bens patrimoniais: conceitos e critérios. Belo Horizonte: LACICOR − EBA − UFMG, 2008, p. 3.

Tendo o texto precedente como referência inicial e sobre métodos, técnicas e materiais utilizados na conservação e restauração de bens culturais móveis, julgue o item a seguir.

As condições de contaminação de acervos e coleções são determinadas por questões como localização geográfica, presença de indústrias, trânsito intenso em centros urbanos ou proximidade do mar.

Alternativas
Comentários
  • Cada ambiente oferece um grau de agressividade nos materiais, por isso ele deve ser considerado tanto na conservação de acervos e coleções, como de qualquer móvel, edifício. A própria NBR 6118, classifica os ambientes quanto a agressividade para cálculo de estruturas de concreto, imagina a atuação deles em artefatos muito menos resistentes.

    GAB C


ID
2781430
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
IPHAN
Ano
2018
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

    Manter a condição original do objeto é questão básica nos procedimentos de intervenção de conservação ou restauro, pois nenhum parecer relativo a uma obra, artefato ou objeto é conclusivo. Cada vez mais a ciência lança luz sobre questões não respondidas antes em decorrência de limitações tecnológicas, como também formula questões novas partindo da geração de outros paradigmas, conceitos, estruturas e campos de pensamento.

Luiz Antônio Cruz Souza, Yacy-Ara Froner. Preservação de bens patrimoniais: conceitos e critérios. Belo Horizonte: LACICOR − EBA − UFMG, 2008, p. 3.

Tendo o texto precedente como referência inicial e sobre métodos, técnicas e materiais utilizados na conservação e restauração de bens culturais móveis, julgue o item a seguir.


Todo procedimento de restauração pode ser considerado uma ação de conservação, porém pautada pela intervenção direta no suporte estrutural do objeto.

Alternativas
Comentários
  • Gab. Certo

    2. RESTAURAÇÃO

    Todo procedimento de restauração pode ser considerado uma ação de conservação, porém pautada pela intervenção direta no suporte estrutural/material do objeto.

    Envolve desde ações de limpeza simples às intervenções de limpeza química; além de alterações profundas no suporte com preenchimentos, reintegração de lacunas, reconstituições e aplicação de vernizes de proteção.

    Contudo, nenhum projeto relacionado à preservação tem sentido em um vazio museológico. Se a degradação pode ser compreendida como a mudança do estado material em comparação com seu estado original, esta perda implica a alteração dos atributos de valor, estéticos, científicos, históricos e simbólicos, para além da perda dos atributos materiais.

    Froner, Yacy-Ara, 1966 − Preservação de bens patrimoniais: conceitos e critérios / Yacy-Ara Froner, Luiz Antônio Cruz Souza. − Belo Horizonte: LACICOR − EBA − UFMG, 2008. 22 p. : 30 cm. − (Tópicos em conservação preventiva ; 3)


ID
2781436
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
IPHAN
Ano
2018
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

    Manter a condição original do objeto é questão básica nos procedimentos de intervenção de conservação ou restauro, pois nenhum parecer relativo a uma obra, artefato ou objeto é conclusivo. Cada vez mais a ciência lança luz sobre questões não respondidas antes em decorrência de limitações tecnológicas, como também formula questões novas partindo da geração de outros paradigmas, conceitos, estruturas e campos de pensamento.

Luiz Antônio Cruz Souza, Yacy-Ara Froner. Preservação de bens patrimoniais: conceitos e critérios. Belo Horizonte: LACICOR − EBA − UFMG, 2008, p. 3.

Tendo o texto precedente como referência inicial e sobre métodos, técnicas e materiais utilizados na conservação e restauração de bens culturais móveis, julgue o item a seguir.


Todo profissional que atua no campo da conservação e restauração tem o compromisso de manter o máximo possível a integridade da obra (seja material, estética ou informativa) e eliminar ou estacionar os fatores de degradação.

Alternativas

ID
2781439
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
IPHAN
Ano
2018
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

    Manter a condição original do objeto é questão básica nos procedimentos de intervenção de conservação ou restauro, pois nenhum parecer relativo a uma obra, artefato ou objeto é conclusivo. Cada vez mais a ciência lança luz sobre questões não respondidas antes em decorrência de limitações tecnológicas, como também formula questões novas partindo da geração de outros paradigmas, conceitos, estruturas e campos de pensamento.

Luiz Antônio Cruz Souza, Yacy-Ara Froner. Preservação de bens patrimoniais: conceitos e critérios. Belo Horizonte: LACICOR − EBA − UFMG, 2008, p. 3.

Tendo o texto precedente como referência inicial e sobre métodos, técnicas e materiais utilizados na conservação e restauração de bens culturais móveis, julgue o item a seguir.


Expor o resultado dos trabalhos de conservação e de restauração do patrimônio cultural é uma forma de preservar não somente o bem, mas a memória das intervenções e das ressignificações nele aplicadas.

Alternativas

ID
2781445
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
IPHAN
Ano
2018
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

Acerca de aspectos metodológicos da conservação e da restauração, julgue o item que segue.

Pela natureza técnica do trabalho do conservador/restaurador, pode-se afirmar que necessariamente dois destes profissionais estarão de completo acordo sobre o tratamento proposto para a restauração de um bem cultural móvel.

Alternativas

ID
2781448
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
IPHAN
Ano
2018
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

Acerca de aspectos metodológicos da conservação e da restauração, julgue o item que segue.


A área de atuação do conservador/restaurador, assim como outras do campo do patrimônio cultural, passa por mudanças e reestruturações decorrentes da influência de novas filosofias e metodologias.

Alternativas
Comentários
  • Grandes teóricos e diferentes pensamentos: Violec-le-duc, John Ruskin, Camillo Boito, Gustavo Giavannoni, Cesare Brandi ...


ID
2784721
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
IPHAN
Ano
2018
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

Restaurar um edifício não é mantê-lo, repará-lo ou refazê-lo; é restabelecê-lo em um estado completo que pode não ter existido nunca em um dado momento.

Eugène Emmanuel Viollet-le-Duc apud Beatriz Kühl. Restauração: Eugène Emmanuel Viollet-le-Duc. 3.ª ed. São Paulo: Ateliê Editorial, 2000, p. 29 (com adaptações).

[...] a restauração é impossível e absurda, pois seria como ressuscitar os mortos. [...] não se tem o direito de tocar nos monumentos antigos, que pertencem, em parte, àqueles que os edificaram e, também, às gerações futuras.

John Ruskin apud Françoise Choay. A alegoria do patrimônio. 3.ª ed. São Paulo: Editora Unesp, 2001, p. 155 (com adaptações).

Com base nessas citações, que se referem à história e à teoria da preservação e da restauração, julgue o item seguinte.

Respeitadas suas diferenças de estilo, tanto Viollet-le-Duc quanto Ruskin fizeram parte da corrente intervencionista, que prevaleceu na Europa do século XIX.

Alternativas
Comentários
  • Na realidade, eles eram extremo opostos em relação ao patrimônio.

    Viollet-le-duc defendia a intervenção, inclusive inserir elementos que nunca estiveram no monumento, de modo a alcançar a perfeição.

    John Ruskin defendia a pátina do tempo e que deveríamos deixar o edifício morrer serenamente.

  • - Viollet-le-Duc: (dica: duplicar)

    > Restauração (/corrente) intervencionista/estilística: copiar o antigo

    >> Refazer seguindo o existente/restante            >> Reconstrução do original

    > “Restaurar não é manter, reparar ou refazer um edifício; é restabelecê-lo em um estado completo que pode nunca ter existido” (dica: copiar, mas c/ tecnologia atual)

    - John Ruskin

    > Defende o ruinismo e a autenticidade histórica                   > Valor histórico beleza

    > “Restauração é impossível e absurda” (∴ anti-intervenção)      > Venerava a pátina

    > Restauração romântica (dica: paixão pelo original, inalterável e insubstituível OU sentimental e conservadora)

    > Restauração é uma mentira do começo ao fim, a pior forma de destruição, já que atenta contra a pátina do tempo, onde se encerra a verdadeira preciosidade da arquitetura

    Fonte: vozes na minha mente

  • Viollet-le-Duc:(1814- 1879) => intervencionista

    “Restaurar um edifício não é mantê-lo, repará-lo ou refazê-lo, é restabelecê-lo em um estado completo que pode não ter existido nunca em um dado momento.

    Busca a pureza do estilo (faz reconstituição daquilo que teria sido feito, uma reformulação ideal do projeto).

    John Ruskin (1819-1900) => anti-intervencionista

    Contemporâneo a Viollet-le-Duc, mas com idéias totalmente antagônicas,representante da teoria romântica, ou da restauração romântica, que defende a intocabilidade do monumento degradado. 


ID
2784787
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
IPHAN
Ano
2018
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

Acerca de conceitos, métodos e técnicas de apreensão e leitura do espaço urbano e da paisagem, julgue o item que segue.


Para a caracterização da paisagem cultural, são considerados os elementos materiais construídos associados a determinadas morfologias e dinâmicas naturais.

Alternativas
Comentários
  • Um elemento comum às experiências nos diversos âmbitos institucionais diz respeito à definição do que vem a ser a paisagem cultural. Inicialmente o que a define é a sua escala de abrangência: a paisagem cultural diz respeito à determinada porção espacial ou recorte territorial. A paisagem cultural é entendida, assim, sempre como conjunto espacial composto de elementos materiais construídos associados a determinadas morfologias e dinâmicas naturais, formas estas que se vinculam a conteúdos e significados dados socialmente.

    http://portal.iphan.gov.br/dicionarioPatrimonioCultural/detalhes/82/paisagem-cultural

    GAB C

  • De acordo com Scifoni (2016), o conceito de paisagem cultural é inicialmente definido em sua escala de abrangência: a paisagem cultural diz respeito à determinada porção espacial ou recorte territorial. A paisagem cultural é entendida, assim, sempre como conjunto espacial composto de elementos materiais construídos associados a determinadas morfologias e dinâmicas naturais, formas estas que se vinculam a conteúdos e significados dados socialmente. E, ainda, a autora acrescenta que, do ponto de vista da preservação, o que identifica as paisagens culturais a serem protegidas é o caráter peculiar dessa relação tecida ao longo do tempo e que se revela a partir das formas específicas de uso e apropriação da natureza pelo trabalho humano. Essas relações podem tanto materializar-se na sua morfologia, como podem ser explicitadas por meio de valores que lhe são atribuídos socialmente. 
    Gabarito do professor: CERTO.

    FONTE:
    SCIFONI, Simone. Paisagem cultural. In: GRIECO, Bettina; TEIXEIRA, Luciano; THOMPSON, Analucia (Orgs.). Dicionário IPHAN de Patrimônio Cultural. 2. ed. rev. ampl. Rio de Janeiro, Brasília: IPHAN/DAF/Copedoc, 2016. (verbete). ISBN 978-85-7334-299-4.



ID
2784790
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
IPHAN
Ano
2018
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

Acerca de conceitos, métodos e técnicas de apreensão e leitura do espaço urbano e da paisagem, julgue o item que segue.


Práticas culturais como as estabelecidas na relação entre o sertanejo e a caatinga, por exemplo, possuem interdependência com as materialidades produzidas e com as dinâmicas da natureza no contexto da paisagem cultural.

Alternativas
Comentários
  • O enfoque da paisagem cultural permite, assim, superar um tratamento compartimentado entre o patrimônio natural e cultural, mas também entre o material e imaterial, entendendo-os como um conjunto único, um todo vivo e dinâmico. Permite compreender as práticas culturais em estreita interdependência com as materialidades produzidas e com as formas e dinâmicas da natureza

    http://portal.iphan.gov.br/dicionarioPatrimonioCultural/detalhes/82/paisagem-cultural

    GAB C

  • Paisagem cultural representa um determinado espaço ou recorte territorial, de natureza específica que representa determinados grupos sociais com a natureza, que pode materializar-se em elementos  construídos, ou serem expressas por valores atribuídos socialmente, compondo um conjunto único, dinâmico e temporal.

    O dicionário do patrimônio cultural do IPHAN, acrescenta que “Os espaços urbanos e rurais que, em todo o território nacional, podem ser chancelados como paisagem cultural, são aqueles em que a vivência ou a ciência humana imprimiu marcas ou reconheceu valores, tornando-as suporte dos cenários, conhecimentos e das realizações que exemplificam, singularizam ou excepcionalizam a inteiração do homem como o meio natural.Pode-se considerar a paisagem sertaneja, que envolve a paisagem cultural da arquitetura rural para a criação do gado no nordeste brasileiro, e a caatinga, bioma resistente e exclusivamente brasileiro, de clima semiárido e paisagem diversificada e dinâmica (período da seca e das chuvas intermitentes) de sua agricultura como paisagem cultural.

    Gabarito do Professor: CERTO. 


ID
2784793
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
IPHAN
Ano
2018
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

Acerca de conceitos, métodos e técnicas de apreensão e leitura do espaço urbano e da paisagem, julgue o item que segue.


Na apreensão e na leitura dos espaços relacionados à paisagem cultural, a natureza é considerada matéria-prima da realidade e tem prevalência sobre aspectos econômicos e socioculturais do território.

Alternativas
Comentários
  • “[...] paisagem cultural traz a marca das diferentes temporalidades da relação dos grupos sociais com a natureza, aparecendo, assim, como produto de uma construção que é social e histórica e que se dá a partir de um suporte material, a natureza. A natureza é matéria-prima a partir da qual as sociedades produzem a sua realidade imediata, através de acréscimos e transformações a essa base material”

    http://portal.iphan.gov.br/dicionarioPatrimonioCultural/detalhes/82/paisagem-cultural

    Assim, existem aquelas paisagens que revelam e predominam as transformações realizadas pela natureza, que são chamadas de paisagens naturais. Além disso, também existem aquelas paisagens que revelam as transformações realizadas pelo ser humano, através da exploração e utilização dos recursos naturais, chamadas de paisagens culturais ou humanizadas.

    https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/paisagem-natural-paisagem-cultural.htm

    GAB E

  • Pode-se considerar a natureza como matéria prima indispensável para a conceituação de uma paisagem cultural, a partir de onde as sociedades constroem sua realidade. De acordo com Nascimento e Scifoni (2010), “[...] paisagem cultural traz a marca das diferentes temporalidades da relação dos grupos sociais com a natureza, aparecendo, assim, como produto de uma construção que é social e histórica e que se dá a partir de um suporte material, a natureza. A natureza é matéria-prima a partir da qual as sociedades produzem a sua realidade imediata, através de acréscimos e transformações a essa base material".

    Gabarito do Professor: CERTO.

    FONTE: 

    NASCIMENTO, Flávia B.; SCIFONI, Simone. A paisagem cultural como novo paradigma para a proteção do patrimônio cultural: a experiência do Vale do Ribeira-SP.  Revista CPC, São Paulo, n. 10, p. 29-48, maio/out 2010.


ID
2784802
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
IPHAN
Ano
2018
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

Com relação a projetos, conceitos básicos de conservação e restauração, procedimentos para realização de intervenções em bens tombados e adaptação de edifícios para novos usos, julgue o item seguinte.


Reabilitação consiste em um conjunto de operações desenvolvidas em áreas urbanas degradadas de valor histórico, visando-se à consequente melhoria da qualidade geral de tais áreas ou conjuntos urbanos.

Alternativas
Comentários
  • 2.2.1.5. Reabilitação - conjunto de operações destinadas a tornar apto o edifício a novos usos, diferente para o qual foi concebido.

    2.2.1.9. Revitalização - conjunto de operações desenvolvidas em áreas urbanas degradadas ou conjuntos de edificações de valor histórico de apoio à “reabilitação” das estruturas sociais, econômicas e culturais locais, procurando a conseqüente melhoria da qualidade geral dessas áreas ou conjuntos urbanos.

    Manual de elaboração de projetos, Programa Monumenta, 2005

    GAB E

  • De acordo com o Manual de Elaboração de Projetos de preservação do patrimônio cultural do Programa Monumenta, tal definição aplica-se ao processo de Revitalização: Item 2.2.1.9. Revitalização - conjunto de operações desenvolvidas em áreas urbanas degradadas ou conjuntos de edificações de valor histórico de apoio à “reabilitação" das estruturas sociais, econômicas e culturais locais, procurando a conseqüente melhoria da qualidade geral dessas áreas ou conjuntos urbanos.

    Reabilitação caracteriza-se, de acordo com o item 2.2.1.5. Reabilitação - conjunto de operações destinadas a tornar apto o edifício a novos usos, diferente para o qual foi concebido.



    Gabarito do Professor: ERRADO.




ID
2784814
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
IPHAN
Ano
2018
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

A respeito de intervenções, projetos urbanísticos e paisagísticos e conservação de jardins e parques históricos, julgue o item a seguir.


Em sítios protegidos, as operações de manutenção e conservação têm prioridade sobre as de restauração, que, por sua vez, têm prioridade sobre as operações de inovação e desenvolvimento.

Alternativas
Comentários
  • "Em sítios protegidos, as operações de manutenção e conservação têm prioridade sobre as de restauração; as operações de restauração têm prioridade sobre as de inovação e desenvolvimento.

    As operações de inovação nunca devem expor o bem a pressões ou impactos negativos, danos, riscos ou ameaças aos valores culturais do bem." (P.25)

    http://portal.iphan.gov.br/uploads/publicacao/Man_IntervencaoJardinsHistoricos_1edicao_m.pdf

    GAB C


ID
2785216
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
IPHAN
Ano
2018
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

    A cidade de Pirenópolis – GO é um conjunto arquitetônico, urbanístico, paisagístico e histórico tombado pelo IPHAN em 1990. Na cidade, anualmente é realizada a Festa do Divino Espírito Santo de Pirenópolis, que foi reconhecida em 2010 como patrimônio cultural do Brasil.
    A fim de aproveitar o fluxo de turistas em Pirenópolis, Roberto decidiu montar um restaurante no centro da cidade. Para isso, ele comprou um prédio que, embora tombado, encontrava-se abandonado, havendo a necessidade de reformá-lo.

Considerando essa situação hipotética e as informações nela apresentadas, julgue o item a seguir.


As dimensões material e imaterial não estão interligadas no caso em apreço, visto que o desenvolvimento econômico sustentável envolve a questão material da preservação do bem tombado, mas não afeta a dimensão imaterial, representada pela preservação da Festa do Divino Espírito Santo.

Alternativas
Comentários
  • A introdução do restaurante ocorre em virtude dos turistas quem vêm para a festa, então há ligação entre eles.

    GAB E


ID
2785219
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
IPHAN
Ano
2018
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

    A cidade de Pirenópolis – GO é um conjunto arquitetônico, urbanístico, paisagístico e histórico tombado pelo IPHAN em 1990. Na cidade, anualmente é realizada a Festa do Divino Espírito Santo de Pirenópolis, que foi reconhecida em 2010 como patrimônio cultural do Brasil.
    A fim de aproveitar o fluxo de turistas em Pirenópolis, Roberto decidiu montar um restaurante no centro da cidade. Para isso, ele comprou um prédio que, embora tombado, encontrava-se abandonado, havendo a necessidade de reformá-lo.

Considerando essa situação hipotética e as informações nela apresentadas, julgue o item a seguir.


A existência de um restaurante na área tombada de Pirenópolis pode ser considerada uma forma de incremento do turismo cultural da cidade, por ser um meio que as comunidades de acolhimento poderão utilizar para esclarecer aos visitantes o significado do patrimônio e da necessidade de preservá-lo.

Alternativas

ID
2785552
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
IPHAN
Ano
2018
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

    Em 1937, os intelectuais modernistas, baseados em certas concepções de arte, história, tradição e nação, criaram o conceito de patrimônio que se tornou hegemônico no Brasil por meio do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN). A escrita da história era pressuposto da atividade de preservação do patrimônio cultural no Brasil, por isso foi preservado aquilo que seria fonte da história ou prova documental da articulação identitária nacional. A arquitetura colonial e barroca era testemunho de épocas pregressas, às quais se articulavam os conceitos e preceitos de constituição nacional. Ela era fonte de produção de conhecimento, institucionalizada nas práticas de preservação no Brasil e nos primeiros momentos de escrita da história da arquitetura. Lançou-se mão do tombamento como recurso de afirmação da arquitetura, defendida como garantia da materialidade e prova de originalidade não só às gerações futuras, mas às ameaças do presente. Os tombamentos eram a prova final da vitória. No caso dos arquitetos “modernos da repartição”, fundadores das práticas de preservação no Brasil, a relação entre materialidade e escrita da história esteve lado a lado das justificativas por proteções legais dos bens selecionados. A história da arquitetura era operacionalizada também por meio das fontes (no caso bens culturais) disponibilizados às gerações futuras.

Flávia Nascimento. Patrimônio cultural e escrita da história: a hipótese do documento na prática do Iphan nos anos 1980. In: Anais do Museu Paulista, 2016 (com adaptações).

Considerando as informações apresentadas no texto precedente, julgue os itens a seguir, acerca da história da preservação patrimonial cultural no Brasil.

O momento de consolidação do conceito de patrimônio no Brasil ocorreu no Estado Novo, e o SPHAN, como órgão oficial, certificou o destaque dado à arquitetura colonial e barroca.

Alternativas
Comentários
  • 1936 - é criado, em caráter provisório, o SPHAN sob direção de Rodrigo Melo Franco de Andrade.

    1937 - (Instauração do Estado Novo, a nova constituição amplia a defesa do patrimônio) Reorganização do Ministério da Educação e Saúde pública, que inlcui a criação do SPHAN, primeira instituição governamental, de âmbito nacional, voltada para a proteção do patrimônio cultural do país (lei 378/37)

    1938 - o SPHAN realiza o tombamento de 234 bens, em 10 estados, dentre eles, os conjuntos arquitetônicos e urbanísticos das cidades de mineiras Ouro Preto, Diamantina, Mariana, São João del Rei, Serro e Tiradentes.

    (Fonte: Site do IPHAN, histórico)

    GAB C

  • O Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN) foi criado provisoriamente em 1936, no âmbito do Ministério da Educação e Saúde como primeiro órgão nacional de preservação do patrimônio. Em 1937, o SPHAN foi regulamentado pelo Decreto-lei 25/37, durante o Estado Novo, terceiro governo de Getúlio Vargas. 

    De acordo com Pinheiro (2006), uma das primeiras atividades a que se dedicaram os técnicos do SPHAN foi a realização de estudos e pesquisas sobre arquitetura colonial, veiculadas através da Revista do Patrimônio. É o caso do famoso artigo A Arquitetura dos Jesuítas no Brasil, de Lúcio Costa, publicada em seu número 5. Portanto, pode-se considerar o item correto.

    Gabarito: Certo.


    FONTE: 

    PINHEIRO, Maria Lucia Bressan. Origens da Noção de Preservação do Patrimônio Cultural no Brasil. revista de pesquisa em arquitetura e urbanismo, São Paulo, p. 4 – 14, 2006. 

ID
2785555
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
IPHAN
Ano
2018
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

    Em 1937, os intelectuais modernistas, baseados em certas concepções de arte, história, tradição e nação, criaram o conceito de patrimônio que se tornou hegemônico no Brasil por meio do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN). A escrita da história era pressuposto da atividade de preservação do patrimônio cultural no Brasil, por isso foi preservado aquilo que seria fonte da história ou prova documental da articulação identitária nacional. A arquitetura colonial e barroca era testemunho de épocas pregressas, às quais se articulavam os conceitos e preceitos de constituição nacional. Ela era fonte de produção de conhecimento, institucionalizada nas práticas de preservação no Brasil e nos primeiros momentos de escrita da história da arquitetura. Lançou-se mão do tombamento como recurso de afirmação da arquitetura, defendida como garantia da materialidade e prova de originalidade não só às gerações futuras, mas às ameaças do presente. Os tombamentos eram a prova final da vitória. No caso dos arquitetos “modernos da repartição”, fundadores das práticas de preservação no Brasil, a relação entre materialidade e escrita da história esteve lado a lado das justificativas por proteções legais dos bens selecionados. A história da arquitetura era operacionalizada também por meio das fontes (no caso bens culturais) disponibilizados às gerações futuras.

Flávia Nascimento. Patrimônio cultural e escrita da história: a hipótese do documento na prática do Iphan nos anos 1980. In: Anais do Museu Paulista, 2016 (com adaptações).

Considerando as informações apresentadas no texto precedente, julgue os itens a seguir, acerca da história da preservação patrimonial cultural no Brasil.


O patrimônio cultural faz parte de uma temporalidade histórica de determinado grupo, ou seja, liga-se ao passado, logo está dissociado da identidade social contemporânea desse grupo.

Alternativas
Comentários

  • No Brasil, a partir da década de 1930, movimentos de preservacionistas ganharam mais consistência, e em 1933, a cidade de Ouro Preto - palco da Inconfidência Mineira - foi declarada monumento nacional, em reconhecimento ao seu patrimônio arquitetônico, atribuído à arte colonial da figura de Aleijadinho, e a seu rico passado histórico.  No ano seguinte, em 1934, foi criada a Inspetoria dos Monumentos Nacionais do Museu Histórico Nacional pelo governo Federal. Ainda, no mesmo ano, com a promulgação da nova Constituição Federal, ficou incluído entre os deveres do Estado a proteção dos “objetos de interesse histórico e o patrimônio artístico do país". Portanto, observa-se que, há algum tempo, no Brasil, existe a preocupação com a preservação do patrimônio cultural de uma sociedade que associa-se ao seu passado histórico e à sua identidade cultural contemporânea. 

    Gabarito: Errado. 
  • Gab. Errado

    É sabido que o Patrimônio Histórico faz parte da identidade de uma sociedade contemporânea, quanto suas características, costumes, seu comportamento, além de ser um registro fundamental para seus sucessores.


ID
2785561
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
IPHAN
Ano
2018
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

    Em 1937, os intelectuais modernistas, baseados em certas concepções de arte, história, tradição e nação, criaram o conceito de patrimônio que se tornou hegemônico no Brasil por meio do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN). A escrita da história era pressuposto da atividade de preservação do patrimônio cultural no Brasil, por isso foi preservado aquilo que seria fonte da história ou prova documental da articulação identitária nacional. A arquitetura colonial e barroca era testemunho de épocas pregressas, às quais se articulavam os conceitos e preceitos de constituição nacional. Ela era fonte de produção de conhecimento, institucionalizada nas práticas de preservação no Brasil e nos primeiros momentos de escrita da história da arquitetura. Lançou-se mão do tombamento como recurso de afirmação da arquitetura, defendida como garantia da materialidade e prova de originalidade não só às gerações futuras, mas às ameaças do presente. Os tombamentos eram a prova final da vitória. No caso dos arquitetos “modernos da repartição”, fundadores das práticas de preservação no Brasil, a relação entre materialidade e escrita da história esteve lado a lado das justificativas por proteções legais dos bens selecionados. A história da arquitetura era operacionalizada também por meio das fontes (no caso bens culturais) disponibilizados às gerações futuras.

Flávia Nascimento. Patrimônio cultural e escrita da história: a hipótese do documento na prática do Iphan nos anos 1980. In: Anais do Museu Paulista, 2016 (com adaptações).

Considerando as informações apresentadas no texto precedente, julgue os itens a seguir, acerca da história da preservação patrimonial cultural no Brasil.


O conceito de patrimônio histórico, devido à imaterialidade que o envolve, é mais amplo que o conceito de patrimônio cultural.

Alternativas
Comentários
  • Gab. Errado

    Na alternativa fala que o conceito de patrimônio cultural é mais amplo devido à imaterialidade; mas está errada, pois há patrimônio cultural material e imaterial. Ex. Folclore, tradições, etc.

  •  O conceito de Patrimônio Histórico é um tipo material de Patrimônio Cultural e foi definido pelo Decreto-Lei Federal n° 25/1937 em seu art. 1° como:

    “Art. 1º - Constitui o patrimônio histórico e artístico nacional o conjunto dos bens móveis e imóveis existentes no país e cuja conservação seja de interesse público, quer por sua vinculação a fatos memoráveis da história do Brasil, quer por seu excepcional valor arqueológico ou etnográfico, bibliográfico ou artístico."


    O conceito de Patrimônio Cultural é um pouco mais abrangente. Segundo conceitos definidos na Convenção para a Proteção do Patrimônio Mundial, Cultural e Natural da Conferência Geral da Organização das Nações Unidas para Educação, a Ciência e a Cultura, que aconteceu em Paris, 1972, conceituou-se “patrimônio cultural" como:


    "- os monumentos: obras arquitetônicas, esculturas ou pinturas monumentais, objetos ou estruturas arqueológicas, inscrições, grutas e conjuntos de valor universal excepcional do ponto de vista da história, da arte ou da ciência, 

    - os conjuntos: grupos de construções isoladas ou reunidas, que, por sua arquitetura, unidade ou integração à paisagem, têm valor universal excepcional do ponto de vista da história, da arte ou da ciência, 

    - os sítios: obras do homem ou obras conjugadas do homem e da natureza, bem como áreas, que incluem os sítios arqueológicos, de valor universal excepcional do ponto de vista histórico, estético, etnológico ou antropológico."


    Portanto, os conceitos de Patrimônio Cultural são mais amplos que Patrimônio Histórico, tornando a afirmação do item incorreta.


    Gabarito: Errado. 

ID
2785564
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
IPHAN
Ano
2018
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

    Em 1937, os intelectuais modernistas, baseados em certas concepções de arte, história, tradição e nação, criaram o conceito de patrimônio que se tornou hegemônico no Brasil por meio do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN). A escrita da história era pressuposto da atividade de preservação do patrimônio cultural no Brasil, por isso foi preservado aquilo que seria fonte da história ou prova documental da articulação identitária nacional. A arquitetura colonial e barroca era testemunho de épocas pregressas, às quais se articulavam os conceitos e preceitos de constituição nacional. Ela era fonte de produção de conhecimento, institucionalizada nas práticas de preservação no Brasil e nos primeiros momentos de escrita da história da arquitetura. Lançou-se mão do tombamento como recurso de afirmação da arquitetura, defendida como garantia da materialidade e prova de originalidade não só às gerações futuras, mas às ameaças do presente. Os tombamentos eram a prova final da vitória. No caso dos arquitetos “modernos da repartição”, fundadores das práticas de preservação no Brasil, a relação entre materialidade e escrita da história esteve lado a lado das justificativas por proteções legais dos bens selecionados. A história da arquitetura era operacionalizada também por meio das fontes (no caso bens culturais) disponibilizados às gerações futuras.

Flávia Nascimento. Patrimônio cultural e escrita da história: a hipótese do documento na prática do Iphan nos anos 1980. In: Anais do Museu Paulista, 2016 (com adaptações).

Considerando as informações apresentadas no texto precedente, julgue os itens a seguir, acerca da história da preservação patrimonial cultural no Brasil.


A preservação do patrimônio pelo tombamento não garante proteção material dos bens arquitetônicos selecionados.

Alternativas
Comentários
  • Atualmente, o tombamento é um ato administrativo realizado pelo poder público (SEEC/CPC) com o objetivo de preservar, através da aplicação da lei, bens de valor histórico, cultural, arquitetônico e ambiental para a população, impedindo que venham a ser destruídos ou descaracterizados.

    Os bens tombados de natureza material podem ser imóveis como os cidades históricas, sítios arqueológicos e paisagísticos e bens individuais; ou móveis, como coleções arqueológicas, acervos museológicos, documentais, bibliográficos, arquivísticos, videográficos, fotográficos e cinematográficos.

    A relação de patrimônios materiais tombados pelo Iphan podem ser acessados por meio do  ou pelo , que é o setor responsável pela abertura, guarda e acesso aos processos de tombamento, de entorno e de saída de obras de artes do País. O Arquivo também emite certidões para efeito de prova e faz a inscrição dos bens nos Livros do Tombo.

  • Como definido pelo Decreto-Lei n° 25/1937 que organiza a proteção do patrimônio histórico e artístico nacional, em seus artigos 17 e 20:


     "Art. 17. As coisas tombadas não poderão, em caso nenhum ser destruídas, demolidas ou mutiladas, nem, sem prévia autorização especial do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, ser reparadas, pintadas ou restauradas [...]."




      "Art. 20. As coisas tombadas ficam sujeitas à vigilância permanente do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, que poderá inspecioná-los sempre que for julgado conveniente [...]."




    Pode-se concluir que o tombamento garante proteção material aos bens arquitetônicos selecionados.


    Gabarito: Errado.
  • Interpretação por Sergio Henrique do Estratégia

    Apesar da realidade demonstrar que, de fato, um bem não é preservado pelo mero instrumento legal do tombamento, do ponto de vista jurídico, se trata de uma garantia de proteção material, pois é com foco nesta forma de proteção que se embasa o Decreto/lei 25/1937. Considerada correta. Inicialmente concordo com a interpretação da banca, mas vejo a possibilidade de questionamento.

  • A preservação do patrimônio pelo tombamento GARANTE proteção material dos bens arquitetônicos selecionados.

    Como se fala em bens arquitetônicos, estamos falando em bens de patrimônio material, o que é possível sua garantia de proteção material por meio do tombamento.

    O que acontece, é que quando se trata de patrimômio imaterial (ex. uma dança tradicional), muitas vezes a proteção material, apenas, não basta, não é suficiente, uma vez que preservar a identidade criada pelos antepassados de um povo, mantendo viva a tradição para as gerações futuras é primordial, pois garante às gerações futuras acesso a essa identidade.


ID
2785567
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
IPHAN
Ano
2018
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

    Em 1937, os intelectuais modernistas, baseados em certas concepções de arte, história, tradição e nação, criaram o conceito de patrimônio que se tornou hegemônico no Brasil por meio do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN). A escrita da história era pressuposto da atividade de preservação do patrimônio cultural no Brasil, por isso foi preservado aquilo que seria fonte da história ou prova documental da articulação identitária nacional. A arquitetura colonial e barroca era testemunho de épocas pregressas, às quais se articulavam os conceitos e preceitos de constituição nacional. Ela era fonte de produção de conhecimento, institucionalizada nas práticas de preservação no Brasil e nos primeiros momentos de escrita da história da arquitetura. Lançou-se mão do tombamento como recurso de afirmação da arquitetura, defendida como garantia da materialidade e prova de originalidade não só às gerações futuras, mas às ameaças do presente. Os tombamentos eram a prova final da vitória. No caso dos arquitetos “modernos da repartição”, fundadores das práticas de preservação no Brasil, a relação entre materialidade e escrita da história esteve lado a lado das justificativas por proteções legais dos bens selecionados. A história da arquitetura era operacionalizada também por meio das fontes (no caso bens culturais) disponibilizados às gerações futuras.

Flávia Nascimento. Patrimônio cultural e escrita da história: a hipótese do documento na prática do Iphan nos anos 1980. In: Anais do Museu Paulista, 2016 (com adaptações).

Considerando as informações apresentadas no texto precedente, julgue os itens a seguir, acerca da história da preservação patrimonial cultural no Brasil.


A preservação de conjunto de bens móveis e imóveis de interesse particular voltados a fatos memoráveis da história do Brasil e ao valor material do bem tombado é prevista em legislação vigente do SPHAN.

Alternativas
Comentários
  • O instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) era inicialmente chamado de Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN).

  • A preservação de conjunto de bens móveis e imóveis de interesse particular voltados a fatos memoráveis da história do Brasil e ao valor material do bem tombado é prevista em legislação vigente do SPHAN.

    O decreto 25/1937 fala na preservação de bens móveis e imóveis existentes no país e cuja conservação é de interesse público por sua vinculação a fatos memoráveis na história do Brasil ou por seu valor arqueológico, etnográfico, bibliográfico ou artístico)

  • Gab. Errado

    O patrimônio histórico e artístico nacional  é definido como um conjunto de bens móveis e imóveis existentes no País e cuja conservação é de interesse PÚBLICO (...)

  • O conjunto de bens e móveis e imóveis existentes no Brasil e sua conservação por parte do interesse público é definido como Patrimônio Cultural, e o tombamento é o instrumento que o reconhece e protege, praticado pela administração federal, estadual e municipal. Tal instrumento compete ao IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, autarquia federal que é vinculada ao Ministério do Turismo. O SPHAN – Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional foi o primeiro nome dado ao IPHAN, tento atuado de 1937 até 1946.

    Gabarito do Professor: ERRADO.



ID
2785570
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
IPHAN
Ano
2018
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

    Em 1937, os intelectuais modernistas, baseados em certas concepções de arte, história, tradição e nação, criaram o conceito de patrimônio que se tornou hegemônico no Brasil por meio do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN). A escrita da história era pressuposto da atividade de preservação do patrimônio cultural no Brasil, por isso foi preservado aquilo que seria fonte da história ou prova documental da articulação identitária nacional. A arquitetura colonial e barroca era testemunho de épocas pregressas, às quais se articulavam os conceitos e preceitos de constituição nacional. Ela era fonte de produção de conhecimento, institucionalizada nas práticas de preservação no Brasil e nos primeiros momentos de escrita da história da arquitetura. Lançou-se mão do tombamento como recurso de afirmação da arquitetura, defendida como garantia da materialidade e prova de originalidade não só às gerações futuras, mas às ameaças do presente. Os tombamentos eram a prova final da vitória. No caso dos arquitetos “modernos da repartição”, fundadores das práticas de preservação no Brasil, a relação entre materialidade e escrita da história esteve lado a lado das justificativas por proteções legais dos bens selecionados. A história da arquitetura era operacionalizada também por meio das fontes (no caso bens culturais) disponibilizados às gerações futuras.

Flávia Nascimento. Patrimônio cultural e escrita da história: a hipótese do documento na prática do Iphan nos anos 1980. In: Anais do Museu Paulista, 2016 (com adaptações).

Considerando as informações apresentadas no texto precedente, julgue os itens a seguir, acerca da história da preservação patrimonial cultural no Brasil.


A institucionalização da política de preservação do patrimônio cultural no Brasil foi vetada pelo governo ditatorial de Getúlio Vargas.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: ERRADO.

    Pelo contrário, a institucionalização da política de preservação do patrimônio cultural no Brasil foi estabelecida e incentivada pelo governo de Getúlio Vargas.

    ---

    [1] A ação de preservação oficial no Brasil teve seu início com a criação do Ministério de Educação e Cultura, no governo Getúlio Vargas, em 1937, e do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, tendo à frente Mário de Andrade e Rodrigo de Melo Franco. O  é a instituição legal da proteção pelo Governo Federal dos bens de interesse. 

    Fonte: Fonte: http://www.patrimoniocultural.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=15

    ---

    [2] A origem do Ministério da Educação (MEC) está relacionada ao governo provisório de Getúlio Vargas que, em 14 de novembro de 1930, expediu o Decreto nº. 19.402, criando uma secretaria de Estado denominada Ministério dos Negócios da Educação e Saúde Pública, desmembrada da Secretaria de Estado da Justiça e Negócios Interiores (BRASIL, 1930a).

    [...]

    A trajetória do atual Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional esteve ligada às transformações ministeriais mencionadas. Tendo sido instituído em 1936 subordinado diretamente ao ministro da Educação e Saúde, passou a fazer parte legalmente da estrutura do MES em 1937, quando foi criado por lei (BRASIL, 1937). Em 1953, com a nova designação MEC, a instituição permaneceu vinculada à área cultural desse ministério até 1985, quando foi criado o MinC.

    http://portal.iphan.gov.br/dicionarioPatrimonioCultural/detalhes/57/ministerio-da-educacao-e-cultura-1953

  • Gab. Errado

    Na verdade, nesse período, preocupava-se muito com a IDENTIDADE NACIONAL, um dos meios de mostrar essa identidade era por meio da valorização do nosso patrimônio histórico.

    A ação de preservação oficial no Brasil teve seu início com a criação do Ministério de Educação e Cultura, no governo Getúlio Vargas, em 1937, e do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, tendo à frente Mário de Andrade e Rodrigo de Melo Franco.

    Decreto-Lei N.º 25 de 1937, “Lei do Tombamento”, é a instituição legal da proteção pelo Governo Federal dos bens de interesse. Houve a consagração da proteção ao patrimônio cultural por meio da Constituição Federal promulgada em 16 de julho daquele ano, o que, até então, não era previsto em nosso ordenamento jurídico.

  • A política de preservação oficial do patrimônio cultural no Brasil iniciou-se com a criação do Ministério de Educação e Cultura em 1937, apoiada por Getúlio Vargas em seu governo, competindo ao órgão então denominado SPHAN - Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, atualmente IPHAN, regulamentado pelo Decreto-Lei 25/1937


    Gabarito do Professor: ERRADO.

ID
2786392
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
IPHAN
Ano
2018
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

Considerando a possibilidade de intervenção de restauro em um edifício tombado em processo de arruinamento, julgue o item que se segue, com base nas teorias da restauração.


No restauro crítico, são consideradas tanto a dimensão formal quanto a dimensão documental do edifício, o que está em concordância com a teoria de Gustavo Giovannoni.

Alternativas
Comentários
  • Para Giovannoni o restauro não pode ser decidido visando apenas sanar problemas estéticos, mas solucionar questões mais complexas e profundas. Para tanto, torna-se necessário um estudo documental e arquivístico que possibilite o conhecimento histórico das modificações às quais o monumento foi submetido ao longo de sua vida, criando-se assim um equilíbrio entre a verdade histórica e os problemas de natureza estética que a obra exige.

    Embora sua teoria tenha sido amplamente utilizada e aplicada entre as duas grandes guerras, após a Segunda Guerra, perante o tamanho das destruições provocadas pelo conflito bélico, chegou-se à conclusão de que entre a teoria e a prática, o que deve imperar é o bom senso. Neste caso em especial, a restauração foi decidida de forma racional utilizando métodos que tinha muito pouco a ver com a restauração histórica, científica ou filológica

    Após a Segunda Guerra, as teorias de Giovannoni entram em crise e posições, como as de Roberto Pane e Renato Bonelli, sobre a teoria da restauração a partir de uma ótica idealista, começam a realizar as primeiras formulações verdadeiramente coerentes para nossa realidade atual. Roberto Pane foi o primeiro a formular os fundamentos da restauração crítica, fruto da duplicidade entre os aspectos históricos e estéticos de uma mesma obra, que foram, depois, aprofundados por Renato Bonelli, Pietro Gazzola e Cesare Brandi.

    http://www.arquiamigos.org.br/info/info14/i-restauro.htm

    Giovannoni manifesta-se contra os acrescentos a que chama de restauro de inovação. Caso os acrescentos sejam absolutamente necessários, estes deverão ser identificados e datados, através da utilização de novos materiais que se adaptem harmoniosamente aos originais. No entanto os complementos que se sobrepuseram no edifício devem ser respeitados e identificados, podendo ser removidas as partes sem valor que com a sua remoção não afectem o edifício. 

    www.civil.uminho.pt/revista/artigos/Num20/Pag%2031-44.pdf

    Acho, então, que o conceito de restauração crítica é posterior a Giavannoni e não é atribuído a ele.

    Se alguém poder contribuir, essas questões estão bem difíceis!

    GAB E

  • Giavannonni está ligado ao restauro científico.

  •  Em 1939 É institucionalizada a figura do restaurador. Até 1944 o restauro científico revela a sua inadequação quando se tem que enfrentar as consequências das destruições provocadas pela guerra; acaba por ser substituído pelo restauro crítico, que sublinha como a primeira preocupação do restaurador deve ser necessariamente a que se dirige para a revelação no monumento da plena presença da sua qualidade artística. Assim, o trabalho começa por uma ação estritamente crítica, que se exprime por um juízo baseado no critério de atribuição da prevalência absoluta ao valor artístico, em confronto com outros aspectos e características do edifício, os quais lhe ficam subordinados e em plano secundário. 

  • Complementando...

    Eugène Viollet-le-Duc => restauração estilística

    John Ruskin => restauração romântica

    Camillo Boito => restauro “científico” ou “filológico”, 

    Giavannonni => restauro científico.

    Cesare Brandi => restauro crítico


ID
2786395
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
IPHAN
Ano
2018
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

Considerando a possibilidade de intervenção de restauro em um edifício tombado em processo de arruinamento, julgue o item que se segue, com base nas teorias da restauração.


Segundo o primeiro axioma de Cesare Brandi, a restauração deveria visar ao restabelecimento da unidade potencial do edifício, entendido como obra de arte, sem cometer falso artístico ou histórico e sem desconsiderar nenhum momento da sua passagem no tempo.

Alternativas
Comentários
  • De seu conceito de restauro, Brandi extrai dois axiomas:

     

    1º. axioma: “restaura-se somente a matéria da obra de arte” (p. 31), que se refere aos limites da intervenção restauradora, levando em conta que a obra de arte, em sua acepção, é um ato mental que se manifesta em imagem através da matéria e é sobre esta matéria – que se degrada - que se intervém e não sobre esse processo mental, no qual é impossível agir. Daí decorrem as críticas às restaurações baseadas em suposições sobre o “estado original” da obra, condenadas a serem meras recriações fantasiosas, que deturpam a fruição da verdadeira obra de arte.

     

    2º. axioma: “A restauração deve visar ao restabelecimento da unidade potencial da obra de arte, desde que isso seja possível sem cometer um falso artístico ou um falso histórico, e sem cancelar nenhum traço da passagem da obra de arte no tempo” (p. 33). Ainda que se busque com a restauração a unidade potencial da obra (conceito de todo distinto de unidade estilística), não se deve com isso sacrificar a veracidade do monumento, seja através de uma falsificação artística, seja de uma falsificação histórica.

     

    Fonte: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/resenhasonline/03.032/3181]

    Gabarito: E. 

  • O erro, então, é dizer que é o primeiro axioma ao invés dizer segundo?

    --

    Brilhou Mari F., valeu!

  • Corbusiana, pelo que entendi, sim.

  • O segundo axioma: "A restauração deve visar o restabelecimento da unidade potencial da obra de arte, desde que isso seja possível sem cometer um falso artístico ou um falso histórico, e sem cancelar nenhum traço da passagem da obra no tempo". Nota-se que desenvolver a unidade potencial não significa refazer nem completar aleatoriamente, significa tornar o tecido figurativo legível, mas, respeitando-o como documento histórico.

    Caderno Esquematizado - Teorias do Restauro (Método Arqconcurso), pág. 5


ID
2786398
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
IPHAN
Ano
2018
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

Considerando a possibilidade de intervenção de restauro em um edifício tombado em processo de arruinamento, julgue o item que se segue, com base nas teorias da restauração.


John Ruskin defendeu a ideia de que a restauração é uma mentira do começo ao fim, constituindo-se na pior forma de destruição, uma vez que atenta contra a pátina do tempo na qual se encerra a verdadeira preciosidade da arquitetura.

Alternativas
Comentários
  • Comentário deixado pelo colega Gleison Menezes em outra questão:

    "...Boito apresenta sua maior contribuição e complexidade, se colocando de maneira crítica entre Le-Duc e Ruskin. Para Boito, Le-Duc apresentava posturas potencialmente danosas na busca por uma unidade estilística, o que poderia alterar irremediavelmente as feições dos edifícios, por outro lado, Ruskin poderia deixar os edifícios deveras abandonados, podendo entrar em arruinamento".

    Para o autor, a conservação é fundamental, devendo ser realizada de forma rotineira e periódica, pois assim seria possível evitar as restaurações, mais onerosas e invasivas. Porém, Boito ressalta que as intervenções de restauro são necessárias para se preservar a memória. 

    Fonte: http://revistacontemporartes.com.br/2018/08/31/entre-a-intervencao-e-a-conservacao-camillo-boito-e-os-aspectos-universais-da-restauracao/

  • "A restauração significa a mais total destruição que um edifício pode sofre: uma destruição da qual não se salva nenhum vestígio: uma destruição acompanhada pela falsa descrição da coisa destruída". John Ruskin

    Caderno Esquematizado - Teorias do Restauro (Método Arqconcurso), pág. 3

  • John Ruskin Defendeu teorias como “anti scrape movement” termo inglês que significa raspar um determinado monumento de forma a conferir uma unidade ou clareza espacial e o “movimento anti-restauração” movimento radicalmente contra a restauração, porém defensor do cuidado e manutenção rotineira.

    Para Ruskin, algumas intervenções até eram permitidas, porém, apenas para conservar a edificação. O autor aceitava pequenas obras de consolidação ("muletas"). Quando as mesmas perdiam sua utilidade, ele conformavase frente à morte certa e natural que toda edificação teria um dia. Assim, o autor defende então a "morte" dos monumentos.


ID
2786401
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
IPHAN
Ano
2018
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

Considerando a possibilidade de intervenção de restauro em um edifício tombado em processo de arruinamento, julgue o item que se segue, com base nas teorias da restauração.


Camillo Boito defende que restaurar um edifício não é mantê-lo, repará-lo ou refazê-lo, mas restabelecê-lo em um estado completo que pode nunca ter existido em dado momento.

Alternativas
Comentários
  • "...Boito apresenta sua maior contribuição e complexidade, se colocando de maneira crítica entre Le-Duc e Ruskin. Para Boito, Le-Duc apresentava posturas potencialmente danosas na busca por uma unidade estilística, o que poderia alterar irremediavelmente as feições dos edifícios, por outro lado, Ruskin poderia deixar os edifícios deveras abandonados, podendo entrar em arruinamento".


    Para o autor, a conservação é fundamental, devendo ser realizada de forma rotineira e periódica, pois assim seria possível evitar as restaurações, mais onerosas e invasivas. Porém, Boito ressalta que as intervenções de restauro são necessárias para se preservar a memória. 

    Fonte: http://revistacontemporartes.com.br/2018/08/31/entre-a-intervencao-e-a-conservacao-camillo-boito-e-os-aspectos-universais-da-restauracao/

  • restaurar um edifício não é mantê-lo, repará-lo ou refazê-lo, mas restabelecê-lo em um estado completo que pode nunca ter existido em dado momento.  - Eugéne Emmanuel Viollet-le-Duc

  • Gab. Errado

    Quem apresenta essa visão referenciada na questão é Viollet-le-Duc.

    Complementando...

    Viollet-le-Duc(1814- 1879):

    “Restaurar um edifício não é mantê-lo, repará-lo ou refazê-lo, é restabelecê-lo em um estado completo que pode não ter existido nunca em um dado momento."

    Busca a pureza do estilo (faz reconstituição daquilo que teria sido feito, uma reformulação ideal do projeto).

    John Ruskin(1819-1900):

    Contemporâneo a Viollet-le-Duc, mas com idéias totalmente antagônicas: defende a intocabilidade do monumento degradado.

    Camillo Boito(1836-1914) :

    Restauro “científico” ou “filológico”, que resultaram numa espécie de meio-termo entre as conflitantes mais discutidas na época sobre restauração: as do francês Viollet-le-Duc e as do inglês John Ruskin.

  • Camillo Boito arquiteto e restaurador romano (1836-1914) concilia sua teoria sobre restauração a partir das ideias de Viollet-le-Duc e John Ruskin, propondo o restauro filológico, admitindo que a tal processo deveria ser praticado em extrema necessidade, quando outros meios de conservação, manutenção ou intervenção não tenham sido eficientes.

    Boito defendia, então, que as edificações sofressem conservações periódicas como estratégia para evitar a necessidade do restauro, este, sendo admitido quando indispensável para a preservação da memória. Desta maneira, acréscimos ou complementos à estrutura devem se diferenciar do original, demarcando seu tempo.

    1º É necessário fazer o impossível, é necessário fazer milagres para conservar no monumento o seu velho aspecto artístico e pitoresco.

    2º É necessário que os completamentos, se indispensáveis, e as adições, se não podem ser evitadas, demonstrem não ser obras antigas, mas obras de hoje (BOITO, 2003, p. 60-61).

    A afirmativa contida no enunciado da questão é do arquiteto restaurador francês Viollet-le-Duc (1814-1879). Para o arquiteto francês, e de acordo com Cunha (2010), "toda obra a ser restaurada deveria ser analisada e estudada de modo pormenorizado antes de qualquer intervenção. Esse conhecimento aprofundado sobre o monumento daria então ao arquiteto -restaurador instrumentos para compreender a concepção original do projeto, e daí, a autoridade para intervir [...] dessa maneira – acreditava ele – ao restaurador caberia apenas revelar o “estado completo que pode não ter existido nunca em um dado momento".

    Gabarito do Professor: ERRADO.

    FONTE:
    BOITO, Camillo. Os restauradores; trad. Beatriz Mugayar Kühl. São Paulo: Ateliê Editorial, 2003.
    CUNHA, Claudia dos Reis e. Restauração: diálogos entre teoria e prática no Brasil nas experiências do IPHAN. Tese (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2010. 


ID
2787649
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
IPHAN
Ano
2018
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

Com relação à participação e à interferência humana em parques e jardins históricos, julgue o próximo item.


Um jardim histórico considerado autêntico mantém suas características principais, sem desprezar eventuais alterações decorrentes do passar do tempo.

Alternativas
Comentários
  • Gab. Certo

    Os Jardins foram sempre a expressão de um grande refinamento, sem dúvida porque são uma síntese de várias artes.

    O material aqui é sublime por ser a própria natureza. O artista não procura vencer a matéria como nas outras artes, mas a natureza, que se desenvolve e se modifica. Vencer ou permitir que ela se expresse na medida certa, numa homenagem diante da criação, mas não demasiado, pois então não haveria mais obra humana nem arte.

    Assim, a arte dos jardins consiste na ordenação humana de um material vivo do qual o homem faz parte, e do qual precisa para viver.

    Os jardins reúnem necessidades que ele tem de beleza para se elevar e de clorofila para respirar.

    Os jardins históricos constituem um conjunto de regras de composição que formam a gramática da profissão. Eles são, para os jardins modernos, aquilo que os autores clássicos: Homero, Shakespeare, Montaigne, ou Goethe, são para as línguas modernas.

    Mas na época de lazer que se inicia, eles podem ajudar a dar às massas o senso de valor individual. Estes jardins são a melhor abertura para os valores imprescritíveis da natureza e de todas as artes.

    Podemos considerar como jardins históricos os jardins pertencentes ao passado, podendo este passado ser recente.

    Os jardins históricos são monumentos vivos que estão intactos ou devem ser restaurados. Mesmo quando intactos, sofreram uma evolução, pois os vegetais vivos se transformam, modificando o aspecto do jardim, com o passar do tempo, de tal modo que raramente se parecem com aquilo que eram originalmente.

    ICOMOS – Jardins et Sites Historiques 

  • De acordo com a Carta de Florença (1981) que aborda o tema Jardins Históricos, um jardim histórico é uma composição arquitetônica vegetal que, do ponto de vista da história ou da arte, apresenta, um interesse público. Como tal, é considerado monumento. Ainda, o jardim histórico é uma composição de arquitetura cujo material é principalmente vegetal, portanto, vivo e, como tal, perceptível e renovável. Portanto, um jardim histórico como obra de arte efêmera pode ser considerado um documento vivo e sua conservação deve estar associada à sua integridade e autenticidade. De tal forma, intervenções devem prezar pela sua inteireza. A autenticidade não está presente na matéria (espécies vegetais), mas na integridade visual sim (PESSOA e FASOLATO, 2018).

    FONTE:

    PESSOA, Ana; FASOLATO, Douglas. Jardins históricos: envolvimento, sensibilização e participação da sociedade. Rio de Janeiro: Fundação Casa de Rui Barbosa, 2018.

    Gabarito do Professor: CERTO.
  • Carta de Florença 1981

    Os Jardins Históricos possuem características que devem ser preservadas, como o traçado e a topografia, vegetação, mantendo espécies, volumes, cores, distâncias e alturas, elementos estruturais e/ou decorativos

    * Como o Lucas David disse, por se tratar de um bem natural em "desenvolvimento", os jardins sempre se modificam ao longo do tempo


ID
2787652
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
IPHAN
Ano
2018
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

Com relação à participação e à interferência humana em parques e jardins históricos, julgue o próximo item.


Um jardim completo, cujos componentes bióticos e abióticos se mantêm em equilíbrio ao longo do tempo, é considerado um jardim íntegro.

Alternativas
Comentários
  • Componentes bióticos

     

    São todos os seres vivos que atuam num determinado ecossistema como, por exemplo, os animais e vegetais.

    Componentes abióticos

    São os fatores físicos e químicos de um ecossistema. Estes fatores interagem entre si e com os fatores bióticos, garantindo o perfeito funcionamento dos ecossistemas em nosso planeta.

     

    Exemplos de componentes abióticos:

     

    - Luz solar (fator físico)

     

    - Radiação solar (fator físico)

     

    - Calor (fator físico)

     

    - Umidade do ar (fator físico)

     

    - Chuvas (fator físico)

     

    - Nutrientes existentes na água e na terra (fator químico)


ID
2787655
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
IPHAN
Ano
2018
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

Com relação à participação e à interferência humana em parques e jardins históricos, julgue o próximo item.


A restituição de um jardim histórico, considerado um bem patrimonial imóvel, é uma ação que tem como objetivo recuperar o todo ou parte dos elementos que o compõem e, assim, preservar a integridade e a originalidade desse bem cultural.

Alternativas
Comentários
  • A restituição de um jardim histórico, considerado um bem patrimonial imóvel, é uma ação que tem como objetivo recuperar o todo ou parte dos elementos que o compõem e, assim, preservar a integridade e a originalidade desse bem cultural. 

    Restituição: refere-se ao conjunto de operações que visam a recuperar as condições originais do bem cultural e do espírito de uma época, o que se pode obter mediante remoção de partes espúrias ou reconstituição de elementos supostamente originais degradados ou que estejam faltando. Só se empreende um trabalho de restituição quando se dispõe de sólidos fundamentais iconográficos ou de levantamentos físicos rigorosos; 

  • Alguém poderia apontar onde está o erro da afirmativa?

  • A restituição de um jardim histórico, considerado um bem patrimonial imóvel, é uma ação que tem como objetivo recuperar o todo ou parte dos elementos que o compõem e, assim, preservar a integridade e a originalidade desse bem cultural. INCORRETA. A restituição tem como objetivo recuperar as condições originais do bem cultural e do espírito de uma época.

  • O Manual de Intervenção em jardins históricos (1999) do IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional define, em seus itens 4.5 e 4.6 os conceitos de Conservação e Restituição, como citado a seguir:

    4.5 – CONSERVAÇÃO

    É o conjunto de ações destinadas a prolongar o tempo de vida ou a integridade física do sítio. As ações de conservação podem ser destinadas a recuperar, refazer ou restaurar partes danificadas, devendo as obras de reabilitação destinadas a aumentar os níveis de qualidade para novo uso do sítio serem objeto do projeto de restauração. A conservação inclui a prevenção contra deterioração, de modo a manter o estado existente de um bem cultural livre de danos ou mudanças. O conceito geral da conservação implica em vários tipos de tratamentos que buscam salvaguardar o sítio, suas edificações, a vegetação, o traçado dos jardins. A conservação inclui manutenção, consolidação, reparação, reforços.

    O objetivo primordial da conservação é preservar a autenticidade e integridade do bem cultural.


    4.6 – RESTITUIÇÃO

    Restituição é o conjunto de operações que visam recuperar as condições originais do bem cultural, em respeito ao espírito da época, o que se pode obter seja mediante remoção de partes espúrias, seja mediante reconstruções de partes supostamente originais degradadas ou faltantes.

    Observa-se que o conceito de “restituição", como apresentado no enunciado da questão, está invertido com o conceito de “conservação".


    Gabarito do Professor: ERRADO.


ID
2787661
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
IPHAN
Ano
2018
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

O Sítio Roberto Burle Marx (SRBM) reúne obras do paisagista brasileiro Roberto Burle Marx, reconhecido mundialmente pela beleza de seus jardins e pela tropicalidade de seus projetos. No que se refere ao SRBM, julgue o item a seguir.


Originalmente denominado de Sítio de Santo Antônio da Bica, o SRBM foi doado ao IPHAN no ano de 2015, logo após o falecimento de Burle Marx.

Alternativas
Comentários
  • Sítio de Santo Antônio da Bica, como era chamado.

    Com as coleções botânica-paisagística, artística, arquitetônica e biblioteconômica, o Sítio é reconhecido como Patrimônio Cultural Brasileiro desde 1985, data em que o arquiteto e paisagista Roberto Burle Marx doou a propriedade ao Iphan. O artista, falecido em 1994, não presenciou o tombamento integral do local, em 2000.


    http://portal.iphan.gov.br/srbm

  • O Sítio Roberto Burle Marx (SRBM), localizado nas proximidades do Rio de Janeiro, foi originalmente nomeado como Santo Antônio da Bica. Neste local, está reunida uma coleção de plantas tropicais e semitropicais do mundo todo, com mais de 3.500 espécies. A coleção foi iniciada em 1949 por Burle Marx, arquiteto e paisagista brasileiro. Em 1985, o sítio foi doado ao IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional pelo próprio Burle Marx, que faleceu em 1994. Em 1999 a residência do arquiteto no sítio transformou-se em Museu-Casa de Burle Marx, e o sítio teve seu tombamento em de 2000.

    Gabarito do Professor: ERRADO. 

  • Gab. Errado

    O Sítio Roberto Burle Marx foi doado ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) - Ministério da Cultura, em 1985, pelo paisagista Roberto Burle Marx (ou seja, foi doado em vida) , com a o fim de que no local fosse criada uma escola de paisagismo, botânica e artes em geral, onde todo seu legado e sua paixão pelas plantas pudessem ser preservados.

    O falecimento de Burle Marx ocorreu em 1994.

    O Sítio foi transformado em Museu-Casa em agosto de 1999

    O tombamento integral do SRBM ocorreu no ano 2000pelo Iphan, com a criação de uma escola de paisagismo, botânica e artes em geral.


ID
2787685
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
IPHAN
Ano
2018
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

Com relação ao tombamento e à preservação do patrimônio do SRBM, julgue o item seguinte.


Na década de oitenta do século passado, Darcy Ribeiro, então secretário extraordinário de ciência e cultura do estado do Rio de Janeiro, solicitou ao Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (INEPAC) estudo sobre a preservação da produção botânica e artística de Roberto Burle Marx.

Alternativas
Comentários
  • O então Secretário Extraordinário de Ciência e Cultura, Darcy Ribeiro, solicitou ao INEPAC o tombamento do Sítio SRBM em 1983, justificando a existência expressiva do conjunto de bens culturais, identificados como “a plantação e demais instalações que constituem a coleção de plantas do Sítio Santo Antônio da Bica"(como era conhecido).  Foram tombados a casa principal, a capela, a coleção de plantas e toda a área que integra os bens culturais com a justificativa de que o sítio é um local em que Roberto Burle Marx mantém um grande viveiro de plantas brasileiras e tropicais, constitui importante reserva botânica e extraordinário acervo científico. Porém, o tombamento definitivo do sítio só ocorreu em 1988. Atualmente, o SRBM é unidade especial do IPHAN.

    Gabarito do Professor: CERTO.

ID
2787691
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
IPHAN
Ano
2018
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

Com relação ao tombamento e à preservação do patrimônio do SRBM, julgue o item seguinte.


O processo inicial de tombamento do SRBM tinha como enfoque principal a conservação das coleções vivas, sem a preocupação de se avaliar a estrutura física do Sítio.

Alternativas
Comentários
  • Gab. Errado

    Além da preservação das coleções vivas, preocupou-se em conservar a estrutura do seu sítio, hoje é Museu-Casa.

    Além dos ambientes originais e objetos de uso pessoal, o Museu-Casa exibe objetos de arte e artesanato, “objetos de emoções poéticas”, como os chamava, adquiridos durante toda a sua vida. O acervo possui mais de 3.000 itens, incluindo obras do próprio Roberto. Além de paisagista, ele era pintor, desenhista, designer, escultor e cantor.

    Integram a coleção imagens sacras barrocas em madeira policromada, cerâmicas primitivas pré-colombianas, arte popular - como carracas, esculturas em madeira e cerâmica e do Vale do Jequitinhonha (MG), cristais, vidros decorativos, entre outros.

    Atividades culturais, como concertos musicais, cursos e exposições, são realizados ao longo do ano nas dependências do Sítio, em seus jardins e no ateliê de Burle Marx.  


ID
2787697
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
IPHAN
Ano
2018
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

Além da conservação de coleções vivas, o SRBM exerce ainda um importante papel social ao oferecer à comunidade atividades educativas voltadas à conservação do meio ambiente e do patrimônio cultural. Com relação à importância da educação ambiental e patrimonial e aos diferentes aspectos relacionados a essa temática, julgue o próximo item.


A educação patrimonial envolve processos educativos formais e não formais, proporcionando compreensão social e histórica das referências culturais e colaborando para o seu reconhecimento, sua valorização e sua preservação.

Alternativas
Comentários
  • De acordo com o IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - A Educação Patrimonial constitui-se de processos educativos que abordam o patrimônio cultural, apropriado socialmente como recurso para a compreensão sócio-histórica das referências culturais em todas as suas manifestações, a fim de colaborar para seu reconhecimento, sua valorização e preservação. 

    Portanto, pode ser considerada como um processo de “alfabetização cultural",  que torna um indivíduo capaz de ler o mundo em que vive, compreendendo-o como resultado de processos sociológicos e culturais. Essa compreensão reforça o reconhecimento dos indivíduos dentro de suas comunidades e também a valorização da cultura brasileira, consequentemente a preservação de bens culturais. 
    O sítio do SRMB é um espaço que possui um acervo arquitetônico, paisagístico e cultural que dedica-se à pesquisa e produção cientifica, além de difundir e preservar o seu legado, bem como a conservação da natureza.


    Gabarito do Professor: CERTO.




  • De acordo com o IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - A Educação Patrimonial constitui-se de processos educativos que abordam o patrimônio cultural, apropriado socialmente como recurso para a compreensão sócio-histórica das referências culturais em todas as suas manifestações, a fim de colaborar para seu reconhecimento, sua valorização e preservação. 

    Portanto, pode ser considerada como um processo de “alfabetização cultural”,  que torna um indivíduo capaz de ler o mundo em que vive, compreendendo-o como resultado de processos sociológicos e culturais. Essa compreensão reforça o reconhecimento dos indivíduos dentro de suas comunidades e também a valorização da cultura brasileira, consequentemente a preservação de bens culturais. 
    O sítio do SRMB é um espaço que possui um acervo arquitetônico, paisagístico e cultural que dedica-se à pesquisa e produção cientifica, além de difundir e preservar o seu legado, bem como a conservação da natureza.


    Gabarito: Item Certo.


  •  Educação Patrimonial constitui-se de todos os processos educativos formais e não formais que têm como foco o patrimônio cultural, apropriado socialmente como recurso para a compreensão sócio-histórica das referências culturais em todas as suas manifestações, a fim de colaborar para seu reconhecimento, sua valorização e preservação. Considera-se, ainda, que os processos educativos devem primar pela construção coletiva e democrática do conhecimento, por meio da participação efetiva das comunidades detentoras e produtoras das referências culturais, onde convivem diversas noções de patrimônio cultural.

    Fonte: http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/343

    ✅CERTO


ID
2787700
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
IPHAN
Ano
2018
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

Além da conservação de coleções vivas, o SRBM exerce ainda um importante papel social ao oferecer à comunidade atividades educativas voltadas à conservação do meio ambiente e do patrimônio cultural. Com relação à importância da educação ambiental e patrimonial e aos diferentes aspectos relacionados a essa temática, julgue o próximo item.


Na educação ambiental, o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente.

Alternativas
Comentários
  • Essa foi grátis.

  • A educação ambiental consiste em atitudes conscientes que auxiliam a preservação da natureza para futuras gerações. A Lei nº 9795/1999, que institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências, em seu art. 1º, define: entendem-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade. 

    O SRMB, com o seu acervo, possui grande importância, na medida em que preserva o ambiente, além da sua produção científica relacionada aos estudos botânicos de Burle Marx, sendo o seu objetivo principal de a sua propriedade, ao ser doada ao IPHAN, ser destinada a tornar-se um centro de estudo e pesquisa relacionada ao paisagismo e à conservação da natureza.

    GABARITO: Item certo.

ID
2787703
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
IPHAN
Ano
2018
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

Além da conservação de coleções vivas, o SRBM exerce ainda um importante papel social ao oferecer à comunidade atividades educativas voltadas à conservação do meio ambiente e do patrimônio cultural. Com relação à importância da educação ambiental e patrimonial e aos diferentes aspectos relacionados a essa temática, julgue o próximo item.


No SRBM, as atividades de educação ambiental e patrimonial são realizadas exclusivamente por meio de visitas guiadas, e algumas atividades culturais, como concertos musicais, são estritamente proibidas, por oferecerem riscos às coleções vivas.

Alternativas
Comentários
  • gab. Errado

    complementando...

    Centro Cultural Sítio Roberto Burle Marx (SRBM)

    O Sítio Roberto Burle Marx, localizado em Barra de Guaratiba, no Rio de Janeiro (RJ), possui mais de 400 mil m2 de área, onde está protegida uma das mais importantes coleções de plantas tropicais e semitropicais do mundo. Cultivada em viveiros e jardins, ao ar livre, a coleção reúne aproximadamente 3.500 espécies de plantas, entre as quais estão exemplares únicos das famílias Araceae, Bromeliaceae, Cycadaceae, Heliconiaceae, Marantaceae, Palmae e Velloziaceae. Com as coleções botânica-paisagística, artística, arquitetônica e biblioteconômica, o Sítio é reconhecido como Patrimônio Cultural Brasileiro desde 1985, data em que o arquiteto e paisagista Roberto Burle Marx doou a propriedade ao Iphan. O artista, falecido em 1994, não presenciou o tombamento integral do local, em 2000. Entretanto, cumpriu-se sua intenção que era preservar experiências, criar uma escola de paisagismo, botânica e artes em geral, e transmitir o seu principal legado: saber fazer jardins

    O Sítio Burle Marx está localizado em Barra de Guaratiba, na Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro, uma área de Mata Atlântica. Está aberto para visitas agendadas, e o público pode percorrer os jardins e observar as obras de arte vivas, criadas pelo paisagista.

    No Sítio de Santo Antônio da Bica, como era chamado, havia uma antiga casa de fazenda e uma pequena capela do século XVII, dedicada a Santo Antônio. Burle Marx restaurou a capela, recuperou e ampliou a casa e se transferiu para o local.


ID
2787706
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
IPHAN
Ano
2018
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

Além da conservação de coleções vivas, o SRBM exerce ainda um importante papel social ao oferecer à comunidade atividades educativas voltadas à conservação do meio ambiente e do patrimônio cultural. Com relação à importância da educação ambiental e patrimonial e aos diferentes aspectos relacionados a essa temática, julgue o próximo item.


As atividades de educação patrimonial são estabelecidas pelos gestores do patrimônio, que definem sua formulação, implementação e execução, sem a participação das comunidades locais.

Alternativas

ID
2787709
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
IPHAN
Ano
2018
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

Além da conservação de coleções vivas, o SRBM exerce ainda um importante papel social ao oferecer à comunidade atividades educativas voltadas à conservação do meio ambiente e do patrimônio cultural. Com relação à importância da educação ambiental e patrimonial e aos diferentes aspectos relacionados a essa temática, julgue o próximo item.


A preservação de bens culturais por intermédio da educação patrimonial deve ser efetuada em espaços diferentes daqueles da vida cotidiana das pessoas, de modo a se garantir a integridade do patrimônio preservado.

Alternativas
Comentários
  • pelo contrário... deve ser feita nos espaços da vida cotidiana das pessoas pra que desse modo elas tenham identificação com o lugar e assim o preserve

  • A Educação Patrimonial deve objetivar a prática social de conservação e preservação dos bens culturais na em todas as esferas da vida das pessoas, não somente em espaços diferentes daqueles de suas vidas cotidianas. De acordo com Brandão (1996), deve-se, portanto, associar o valor histórico do bem cultural ao seu lugar atual, em sua comunidade de inserção, ou seja, ao lugar social onde o bem está agora.


    Gabarito do Professor: ERRADO.



ID
2815924
Banca
FCC
Órgão
Câmara Legislativa do Distrito Federal
Ano
2018
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

Eugène Emmanuel Viollet-le-Duc (1814-1879) é um autor sempre presente quando se aborda o tema do restauro. Entre suas mais conhecidas formulações sobre restauração, pode ser citada a seguinte, de grande atualidade: agir somente em função das circunstâncias, pois princípios absolutos podem levar ao absurdo. A respeito de suas ideias, é correto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • Ao mesmo tempo em que seu reconhecimento crescia por sua atuação no campo da restauração, sua obra teórica também tomava corpo, discorrendo sobre o papel do arquiteto e suas condições de trabalho e elaborando documentos técnicos que ensinavam desde técnicas medievais de entalhe de pedra e rejunte, até formas de levantamento, verificação e análise de patologias e indicação de técnicas de restauro. Nesses escritos demonstrava grande conhecimento sobre arquitetura e construção, especialmente da arquitetura medieval, e uma forte preocupação com a adequação de formas, materiais, funções e estruturas que, na concepção de um projeto de restauro, deveriam formar um “sistema lógico, perfeito, e fechado em si” (p. 17) de forma a estabelecer o “modelo ideal” e retornar o edifício a “um estado completo que pode não ter existido nunca em um dado momento” (p. 29). Para isso, fazia uma análise profunda de como teria sido feito o projeto original se detivesse todo o conhecimento e experiência da época da concepção, concebia o “modelo ideal” e impunha sobre a obra esse esquema já montado. Por isso em sua obra muitas vezes percebe-se a falta de respeito pela matéria e pelas modificações sofridas pelo edifício ao longo do tempo, pois “acertava os defeitos” buscando a pureza de estilo através da retomada do projeto original ou, como aconteceu em diversas obras, reconstituía edifícios inteiros a partir desse “modelo ideal” resultando em um edifício completamente diferente do original


    Fonte: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/resenhasonline/04.044/3153

  • c) Camillo Boito

    e) Viollet-Le-Duc GABARITO

    “Cartas de Restauro” – Fundamentação Teórica do Restauro

    https://5cidade.files.wordpress.com/2008/04/fundamentacao-teorica-do-restauro.pdf

    TENDÊNCIAS ROMÂNTICAS

    Segue-se, então, um período que vai desde a primeira metade do século XIX até ao primeiro decénio do século XX, dominado por dois teóricos de tendências românticas opostas, Eugéne Viollet-Le-Duc e John Ruskin. Com Viollet-Le-Duc chega-se ao considerado restauro estilístico, em que se convida o restaurador a penetrar na mentalidade do arquitecto original e a executar projectos que, talvez, o construtor medieval nunca tivesse concebido. Viollet-Le-Duc desenvolve as suas ideias em 1858 no seu Dictionnaire raisonnè d’architecture em que se exprime dizendo “Restaurar um edifício não é, de facto, mantê-lo, repará-lo o refazê-lo, é o seu restabelecimento num estado completo que pode mesmo nunca ter existido num dado momento”. Tais princípios levaram frequentemente a operações de restauro totalmente arbitrárias e à falsificação de numerosas obras de arte em que os seus elementos originais foram, por vezes, sacrificados sem quaisquer escrúpulos.

    Pelo contrário, John Ruskin, testemunha do desenvolvimento da Inglaterra e das transformações da Europa na sequência da Revolução Industrial tinha grandes dificuldades em aceitar estas alterações e, no campo da arte, recusou todas as inovações que as novas descobertas científicas e tecnológicas poderiam trazer. Ruskin afirma que o monumento deve permanecer como está, não deve sofrer nenhuma intervenção a posteriori, nem deve ser tocado, deve ser deixado morrer serenamente mas procurando-se distanciar esse dia fatal por meio de uma contínua manutenção.

    Para Ruskin, o restauro como conservação é uma mentira porque substituindo-se as pedras antigas destrói-se o monumento e obtém-se apenas um modelo do velho edifício

  • Gab. E

    complementando...

    Alguns dos principais nomes do Restauro:

    Viollet-le-Duc:(1814- 1879)

    “Restaurar um edifício não é mantê-lo, repará-lo ou refazê-lo, é restabelecê-lo em um estado completo que pode não ter existido nunca em um dado momento.

    Busca a pureza do estilo (faz reconstituição daquilo que teria sido feito, uma reformulação ideal do projeto).

    John Ruskin (1819-1900)

    Contemporâneo a Viollet-le-Duc, mas com idéias totalmente antagônicas,representante da teoria romântica, ou da restauração romântica, que defende a intocabilidade do monumento degradado.

    O autor considera o restauro uma "necessidade destrutiva" e acreditava que se preservássemos nossos edifícios não seria necessário essa restauração. Esse processo resultaria em uma imitação da arquitetura passada carregando em si uma réplica e um falso histórico, já que essa nova faceta pertenceria a uma nova época o tudo isso afetava sua autenticidade, seus valores evocativos e poéticos

    Camillo Boito (1836-1914) - o teórico moderado do restauro

     Ele formulou teorias influenciadas por inúmeros aspectos, conhecidas como restauro “científico” ou “filológico”, que resultaram numa espécie de meio-termo entre as conflitantes mais discutidas na época sobre restauração: as do francês Viollet-le-Duc e as do inglês John Ruskin.

    Gustavo Giovannoni (1873-1947)

    “Seguidor” de Camillo Boito, o notável Gustavo Giovannoni é um dos principais , se não o mais importante, nome da teoria do restauro científico.

    Giovannoni foi considerado como um dos mais importantes mediadores da Conferência de Atenas de 1931: CARTA DE ATENAS: Primeiro documento internacional que considera universais algumas regras de proteção e salvaguarda de monumentos.

    Cesare Brandi (1906-1988)

    Em 1961, Cesare Brandi, historiador da arte e diretor do Instituto Centrale del Restauro publica a Teoria del Restauro. Ele defende a importância dos valores estéticos da obra e diz que eles devem ser levados em conta nas tomadas de decisão nos procedimentos de restauro. A Carta del Restauro de 1972, incorpora as teorias de Brandi. A conscientização da importância que tem a preservação do patrimônio cultural na compreensão da nossa própria história tem aumentado cada vez mais.

  • Apenas uma observação para a CESPE

    Assertiva A, segunda oração... Iniciar a oração com pronome oblíquo foi de f*der..


ID
2829646
Banca
UECE-CEV
Órgão
SECULT-CE
Ano
2018
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

Acerca da Educação Patrimonial, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • a) se trata de um processo temporário e sistemático de trabalho educacional centrado no Patrimônio Cultural como fonte secundária de conhecimento e enriquecimento individual e coletivo. Permanente

    b) incentiva a participação social na formulação, implementação e execução das ações educativas, de modo a estimular o protagonismo para um único grupo social. vários/ todos

    c) o conhecimento crítico e a apropriação consciente pelas comunidades do seu Patrimônio são fatores dispensáveis no processo de preservação sustentável desses bens, assim como no fortalecimento dos sentimentos de identidade e cidadania. indispensáveis

    d)considera a intersetorialidade das ações educativas, de modo a promover articulações das políticas de preservação e valorização do patrimônio cultural com as de cultura, turismo, meio ambiente, educação, saúde, desenvolvimento urbano e outras áreas correlatas.

    @cabide.concurseira


ID
2829652
Banca
UECE-CEV
Órgão
SECULT-CE
Ano
2018
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

A Convenção para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial (2003) foi um dos marcos internacionais para a preservação. No que diz respeito a essa convenção, pode-se afirmar corretamente que

Alternativas
Comentários
  • a) Aconteceu em Paris.

    b) Observou que não existia um instrumento multilateral.

    c) gabarito

    d) especialmente as novas gerações.

    portal.iphan.gov.br/uploads/ckfinder/arquivos/ConvencaoSalvaguarda.pdf

  • Para não confundir:

    Convenção (de París)

    A CONVENÇÃO de '72 é focada no patrimônio material (cultural e natural)

    A CONVENÇÃO de 2003 é focada no patrimônio imaterial.


ID
2829658
Banca
UECE-CEV
Órgão
SECULT-CE
Ano
2018
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

O conjunto de ações preventivas destinadas a prolongar o tempo de vida de determinado bem é denominado

Alternativas
Comentários
  • No Caderno Técnico “Manual de Elaboração de Projetos” do IPHAN:

    2.2.1.2. Conservação - conjunto de ações destinadas a prolongar o tempo de vida de determinado Bem cultural. Engloba um ou mais tipos de intervenções.

  • MANUAL DE ELABORAÇÃO DE PROJETOS - IPHAN

    Conservação - conjunto de ações destinadas a prolongar o tempo de vida de determinado Bem cultural. 

    Manutenção - conjunto de operações preventivas destinadas a manter em bom funcionamento e uso, em especial, a edificação, como inspeções rotineiras e limpeza periódica.

    Reparação - conjunto de operações para corrigir danos incipientes e de pequena repercussão, como troca de ferragens e acessórios.

    Reabilitação - conjunto de operações destinadas a tornar apto o edifício a novos usos, diferente para o qual foi concebido.

    Reconstrução - conjunto de ações destinadas a restaurar uma edificação ou parte dela, que se encontre destruída ou em risco de destruição, mas ainda não em ruínas.

    Restauração ou Restauro - conjunto de operações destinadas a restabelecer a unidade da edificação, relativa à concepção original ou de intervenções significativas na sua história.


ID
2829661
Banca
UECE-CEV
Órgão
SECULT-CE
Ano
2018
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

Associe corretamente os tipos de Patrimônio com seus respectivos exemplos, numerando a coluna II de acordo com a coluna I.


Coluna I

1. Patrimônio cultural material

2. Patrimônio cultural imaterial

3. Patrimônio natural


Coluna II


( ) Festa do Círio de Nossa Senhora de Nazaré

( ) Conjuntos arquitetônicos da cidade de Ouro Preto (MG)

( ) Cataratas do Iguaçu


A sequência correta, de cima par abaixo, é

Alternativas
Comentários
  • Gab.D

    (2. Patrimônio cultural imaterial) Festa do Círio de Nossa Senhora de Nazaré

    (1. Patrimônio cultural material) Conjuntos arquitetônicos da cidade de Ouro Preto (MG)

    (3. Patrimônio natural) Cataratas do Iguaçu


ID
2829727
Banca
UECE-CEV
Órgão
SECULT-CE
Ano
2018
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

As políticas públicas de preservação de bem cultural dizem respeito ao conceito de patrimônio adotado pelo Estado, em tempo do Estado Novo. Em 1936, foi elaborado um anteprojeto cujo objeto era a criação de um serviço para defender e conservar o patrimônio artístico nacional, o que, em sua essência, já revelava a preocupação com a defesa de bens culturais de identidade nacional. Embora esse anteprojeto não tenha sido aprovado, ele não perdeu o valor de documento para contextualizar a história de patrimônio nacional. O artista modernista de 1922 que elaborou esse anteprojeto foi

Alternativas
Comentários
  • "1936 - Por encomenda do ministro Gustavo Capanema, Mário de Andrade elabora o anteprojeto para a criação de um serviço de patrimônio histórico no Brasil."

    Site do IPHAN, 80 anos de história.

  • Gab. A

    Mario de Andrade dizia ―defender o nosso patrimônio histórico e artístico é alfabetização.

    Em 1936, Mario de Andrade aceita o convite do então Ministro da Educação e Saúde, Gustavo Capanema, para redigir o anteprojeto de criação do futuro SPHAN – Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Naciona

    Em 1937 ocorre a criação do Sphan (Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), baseado no anteprojeto de Mario de Andrade a pedido do ministro Gustavo Capanema. Este serviço mudou várias vezes de nomenclatura sendo que desde 1994 é chamado de Iphan: Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional


ID
2984464
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SLU-DF
Ano
2019
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

Brasília foi planejada conforme os conceitos do urbanismo moderno, sobretudo naquilo que se refere à Carta de Atenas de 1933. Devido a sua importância, a cidade foi reconhecida como patrimônio cultural em três instâncias: local, nacional e mundial.

Considerando as características de Brasília e os instrumentos de proteção do patrimônio cultural, julgue o item que segue.


O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) responde pela preservação do patrimônio cultural brasileiro; entre os instrumentos de proteção do patrimônio material em utilização pelo IPHAN, o tombamento é o mais antigo.

Alternativas
Comentários
  • PORTAL IPHAN

    INSTRUMENTOS DE PROTEÇÃO

    Tombamento - É o mais antigo instrumento de proteção em utilização pelo Iphan, tendo sido instituído pelo Decreto Lei nº 25, de 30 de novembro de 1937, e proíbe a destruição de bens culturais tombados, colocando-os sob vigilância do Instituto. Para ser tombado, um bem passa por um processo administrativo, até ser inscrito em pelo menos um dos quatro Livros do Tombo instituídos pelo Decreto: Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico; Livro do Tombo Histórico; Livro do Tombo das Belas Artes; e Livro do Tombo das Artes Aplicadas.

  • O IPHAN, criado em 1937, é uma autarquia federal vinculada ao Ministério do Turismo, tem a responsabilidade de preservar o Patrimônio Cultural Brasileiro (entendido como formas de expressão, modos de criar, fazer e viver, conjunto de bens móveis e imóveis existentes no país) promover e proteger os bens culturais do Brasil para gerações futuras. 



    Dentre as formas de preservação dos bens culturais de natureza material e imaterial, existem o registro, inventário e tombamento. O tombamento foi o primeiro instrumento legal de proteção, instituído em novembro de 1937 pelo Decreto-Lei n° 25. É o instrumento de reconhecimento e proteção do patrimônio cultural, podendo ser praticado pela administração municipal, federal ou estadual e pode ser solicitado por qualquer pessoa física ou jurídica, de qualquer bem, ao Iphan.

    Os bens tombados podem ser móveis ou imóveis, como, edificações, conjuntos urbanos, paisagens, ruínas, parques, coleções e acervos, dentre outros.

    Portanto, o item está correto.


    Gabarito: Certo.

  • Gab. Certo

    TOMBAMENTO: (1937): O Tombamento é o mais antigo instrumento de proteção em utilização pelo Iphan.

    O ponto de partida para a efetiva preservação do patrimônio cultural no Brasil, viabilizando o posterior surgimento do Decreto-Lei 25/1937, conhecido como “Lei do Tombamento”, se deu em 1934, com a consagração da proteção ao patrimônio cultural por meio da Constituição Federal promulgada em 16 de julho daquele ano, o que, até então, não era previsto em nosso ordenamento jurídico.


ID
3191056
Banca
COPESE - UFT
Órgão
Prefeitura de Porto Nacional - TO
Ano
2019
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

O Decreto-lei Nº 25, de 30 de novembro de 1937 tem como marco legislar na organização da proteção do patrimônio histórico e artístico nacional. O IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) possui 4 livros de tombos de bens materiais.


Assinale a resposta CORRETA sobre em quais livros de tombos as obras de relevância para a nação brasileira devem ser inscritas.

Alternativas
Comentários
  • Gab. A

    Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico - onde são inscritos os bens culturais em função do valor arqueológico, relacionado a vestígios da ocupação humana pré-histórica ou histórica; de valor etnográfico ou de referência para determinados grupos sociais; e de valor paisagístico, englobando tanto áreas naturais, quanto lugares criados pelo homem aos quais é atribuído valor à sua configuração paisagística, a exemplo de jardins, mas também cidades ou conjuntos arquitetônicos que se destaquem por sua relação com o território onde estão implantados.

    Livro do Tombo Histórico - Neste livro são inscritos os bens culturais em função do valor histórico. É formado pelo conjunto dos bens móveis e imóveis existentes no Brasil e cuja conservação seja de interesse público por sua vinculação a fatos memoráveis da história do Brasil. Esse Livro, para melhor condução das ações do Iphan, reúne, especificamente, os bens culturais em função do seu valor histórico que se dividem em bens imóveis (edificações, fazendas, marcos, chafarizes, pontes, centros históricos, por exemplo) e móveis (imagens, mobiliário, quadros e xilogravuras, entre outras peças).

     

     Livro do Tombo das Belas Artes - Reúne as inscrições dos bens culturais em função do valor artístico. O termo belas-artes é aplicado às artes de caráter não utilitário, opostas às artes aplicadas e às artes decorativas. Para a História da Arte, imitam a beleza natural e são consideradas diferentes daquelas que combinam beleza e utilidade. O surgimento das academias de arte, na Europa,, a partir do século XVI, foi decisivo na alteração do status do artista, personificado por Michelangelo Buonarroti (1475 - 1564). Nesse período, o termo belas-artes entrou na ordem do dia como sinônimo de arte acadêmica, separando arte e artesanato, artistas e mestres de ofícios.

     Livro do Tombo das Artes Aplicadas - Onde são inscritos os bens culturais em função do valor artístico, associado à função utilitária. Essa denominação (em oposição às belas artes) se refere à produção artística que se orienta para a criação de objetos, peças e construções utilitárias: alguns setores da arquitetura, das artes decorativas, design, artes gráficas e mobiliário, por exemplo. Desde o século XVI, as artes aplicadas estão presentes em bens de diferentes estilos arquitetônicos. No Brasil, as artes aplicadas se manifestam fortemente no Movimento Modernista de 1922, com pinturas, tapeçarias e objetos de vários artistas.


ID
3295135
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Prefeitura de Venda Nova do Imigrante - ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

“O Conjunto Arquitetônico da Pampulha, em Belo Horizonte, conquistou, neste domingo (17), o título de Patrimônio Mundial da Humanidade, dado pela Unesco.

É um reconhecimento importantíssimo tanto do ponto de vista da arquitetura nacional, quanto da arquitetura internacional. A Pampulha é um exemplo da criatividade humana e do intercâmbio de ideias entre Brasil e Europa, diz Andrey Schlee, diretor de patrimônio material do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).”

(Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2016/07/1792609-conjunto-da-pampulha-e-declarado-patrimonio-mundial-dahumanidade.shtml.)


O arquiteto responsável pelo projeto desse conjunto arquitetônico, encomendado pelo então prefeito de Belo Horizonte, Juscelino Kubitschek, foi:

Alternativas
Comentários
  • Gab. D

    O conjunto arquitetônico da Pampulha foi um projeto elaborado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, a convite do prefeito Juscelino Kubitschek que visava a modernização arquitetônica de Belo Horizonte. Construído nos primeiros anos da década de 40 e inaugurado em 1943.

    O Conjunto arquitetônico e paisagístico da Pampulha foi tombado em 1984 e inscrito no Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico, no Livro do Tombo de Belas Artes, no Livro do Tombo Histórico, das obras de Artes Históricas e dos Documentos Paleográficos ou Bibliográficos e no Livro do Tombo das Artes Aplicadas.


ID
3324781
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Uberlândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

Segundo Max Dvořák, são origens das ameaças ao patrimônio artístico, exceto:

Alternativas
Comentários
  • Gab. B

    Para Dvorák, as ameaças que destroem o patrimônio têm origem:

    1. na ignorância e na negligência;

    2. na cobiça e na fraude;

    3. nas ideias equivocadas a respeito do progresso e das demandas do presente;

    4. na busca descabida de embelezamento e renovação, na falta de uma educação estética, ou numa educação estética equivocada.


ID
3324784
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Uberlândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

Considerando que, segundo a estrutura de preservação proposta pelo Instituto de Conservação Canadense (CCI), existem três condições que atuam na degradação dos objetos (agente, perigo e risco), assinale com V as afirmativas verdadeiras e com F as falsas.

( ) Um terremoto que lança objetos no chão ou um curador que carrega inúmeros objetos simultaneamente durante a preparação de uma exposição oferecem basicamente o mesmo risco a um objeto cerâmico.

( ) Considerando o risco de amarelecimento do papel, pode-se afirmar que um dos possíveis agentes de degradação será a proximidade do objeto às lâmpadas da vitrine.

( ) A lista de riscos e perigos existentes é muito extensa, enquanto a lista de agentes limita-se a nove itens.

Assinale a sequência correta.

Alternativas
Comentários
  • São 10 agentes:

    Learn how to avoid, detect, report and treat the damage caused by physical forces.

    Learn how to avoid, detect, report and treat the damage caused by thieves and vandals.

    Learn how to avoid, detect, report and treat the damage caused by fire.

    Learn how to avoid, detect, report and treat the damage caused by water.

    Learn how to avoid, detect, report and treat the damage caused by pests.

    Learn how to avoid, detect, report and treat the damage caused by pollutants.

    Learn how to avoid, detect, report and treat the damage caused by light, ultraviolet and infrared.

    Learn how to avoid, detect, report and treat the damage caused by incorrect temperature.

    Learn how to avoid, detect, report and treat the damage caused by incorrect relative humidity.

    Learn how to avoid, detect, report and treat the damage caused by dissociation.


ID
3324802
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Uberlândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

Leia os trechos a seguir.

“A restauração preventiva é também mais imperativa, se não mais necessária, do que aquela de extrema urgência, porque é voltada, de fato, a impedir esta última, que dificilmente poderá ser realizada com uma salvatagem completa da obra de arte.”

BRANDI, Cesare. Teoria da restauração.

Cotia: Ateliê Editorial, 2004, p. 102.

“O princípio vigente nos tempos modernos [...] é o de descurar dos edifícios primeiro, e restaurá-los depois. Cuide bem dos seus monumentos e não precisará restaurá-los.”

RUSKIN, John. A lâmpada da memória.
Cotia: Ateliê Editorial, 2008, p. 81-82.

Com base nas teorias desses autores e nos demais teóricos da conservação e restauração, pode-se afirmar:

Alternativas
Comentários
  • Gab. D

    Ruskin já considerava a importância da transmissão do trabalho de restauração para as gerações futuras. Essa questão é pertinente em todas as teorias contemporâneas e faz parte da Introdução da Carta de Veneza de 1964.

    Um belo edifício sempre vale o terreno sobre o qual foi construído [...] não há jamais qualquer motivo válido para sua destruição. Se alguma vez chegou a haver, certamente não o será agora, quando o lugar tanto do passado como do futuro se encontra demasiadamente usurpado em nossas mentes pelo presente agitado e insatisfeito.”(21)


ID
3603691
Banca
FUNIVERSA
Órgão
IPHAN
Ano
2009
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

As cartas patrimoniais são expressivos documentos de referência para a salvaguarda do patrimônio cultural. Em relação à Carta de Veneza, de 1964, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Gab. C

    a) a noção de monumento histórico deve ser restrita às grandes criações arquitetônicas isoladas. (ERRADO)

    Art. 1º - A noção de monumento histórico compreende a criação arquitetônica isolada, bem como o sítio urbano ou rural que dá testemunho de uma civilização particular, de uma evolução significativa ou de um acontecimento histórico. Entende-se não só as grandes criações, mas também às obras modestas, que tenham adquirido, com o tempo, uma significação cultural

    b) contribuições posteriores ao momento inaugural de um monumento podem ser eliminadas, considerando se que a unidade de estilo é a finalidade da restauração.(ERRADO)

    Art. 11º As contribuições válidas de todas as épocas para a edificação do monumento devem ser respeitadas, visto que a unidade de estilo não é a finalidade a alcançar no curso de uma restauração, a exibição de uma etapa subjacente só se justifica em circunstâncias excepcionais e quando o que se elimina é de pouco interesse e o material que é revelado é de grande valor histórico, arqueológico, ou estético, e seu estado de conservação é considerado satisfatório. O julgamento do valor dos elementos em causa e a decisão quanto ao que pode ser eliminado não podem depender somente do autor do projeto.

    c) a restauração é entendida como uma operação de natureza excepcional, que termina onde começa a hipótese. GABARITO

    d) o documento tem as seguintes características:interdisciplinaridade, extensão da noção de monumento histórico ao entorno e preferência por planos nacionais de conservação e restauração, elaborados segundo contextos culturais próprios, em oposição a planos internacionais.(ERRADO)

    Seguem planos internacionais.

    e)a conservação e a restauração de monumentos é ofício, ainda que não exclusivo, preferencialmente de arquitetos e urbanistas.(ERRADO)

    Art. 2º A conservação e a restauração dos monumento constituem uma disciplina que reclama a colaboração de todas as ciências e técnicas que possam contribuir para o estudo e a salvaguarda do patrimônio monumental


ID
3636265
Banca
FAFIPA
Órgão
Prefeitura de Ponta Grossa - PR
Ano
2011
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

Em relação à classificação da crítica dos monumentos, segundo Bruno Zevi, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • QUESTÃO 44 DA PROVA MPE BAHIA, 2013, INSTITUTO AOCP:

    [...]correta(s):

    I. Análise urbanística é a história dos espaços exteriores em que surge o monumento e que ele contribui para criar.

    II. Análise arquitetônica é a história da concepção espacial, do modo de sentir e viver os espaços interiores.

    III. Análise volumétrica é o estudo da caixa mural que contém o espaço.

    [...]

    "Bruno Zevi foi um arquiteto e urbanista italiano, conhecido sobretudo como historiador e crítico da arquitetura modernista." 

    GABARITO: C.

  • 1- ANÁLISE URBANÍSTICA : ISTO É, A HISTÓRIA DOS ESPAÇOS EXTERIORES EM QUE SURGE O MONUMENTO E QUE ELE CONTRIBUI PARA CRIAR

    2- ANÁLISE ARQUITETÔNICA : É A HISTORIA DA CONCEPÇÃO ESPACIAL

    3- ANÁLISE VOLUMÉTRICA: É O ESTUDO DO INVÓLUCRO MURAL QUE CONTEM O ESPAÇO

    4- ANÁLISE DOS ELEMENTOS DECORATIVOS: DA ESCULTURA E DA PINTURA APLICADAS A ARQUITETURA E SOBRETUDO AOS SEUS VOLUMES

    5- ANÁLISE DA ESCALA SÃO AS RELAÇÕES DIMENSIONAIS DO EDIFÍCIO RELATIVAMENTE AO PARÂMETRO HUMANO


ID
4967371
Banca
FEPESE
Órgão
Prefeitura de Campos Novos - SC
Ano
2019
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

Quando do estudo de técnicas retrospectivas, algumas definições são utilizadas:

1. Restaurar implica restabelecer a unidade da edificação na sua concepção e legibilidade originais, relativas a uma dada época.
2. Reabilitar tem a intenção de modernização e adaptação a novas funções, o que implica introdução de melhorias a nível estrutural e funcional.
3. Requalificar considera o “respeito pela obra histórica e artística do passado sem banir o estilo de nenhuma época”.

Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.

Alternativas
Comentários
  • Na decisão normativa nº 83, de 26 de setembro de 2008 do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia - CONFEA, definiu o art. 2º inciso II em:

    c) reabilitação: conjunto de técnicas destinado a aumentar os níveis de qualidade de um edifício, para atender a exigências funcionais mais severas do que aquelas para as quais foi concebido, que deve ser adotado para adaptar o edifício a uma utilização diferente daquela para a qual foi concebido ou apenas torná-lo utilizável de acordo com padrões atuais;

    f) restauração ou restauro: conjunto de ações destinado a restabelecer a unidade da edificação do ponto de vista de sua concepção e legibilidade originais, ou relativa a uma dada época, que deve ser baseada em investigações e análises históricas inquestionáveis e utilizar materiais que permitam uma distinção clara, quando observados de perto, entre original e não original.

    Não há nada relativo a Requalificação no documento, na verdade nas pesquisas feitas, notei que o termo Requalificar é igual ao de Reabilitar, ou seja, dar um novo uso ao edifício para os padrões atuais.

    Dessa forma a afirmativa 1 é a única correta.

    1.  Restaurar implica restabelecer a unidade da edificação na sua concepção e legibilidade originais, relativas a uma dada época. CORRETA!
    2. Reabilitar tem a intenção de modernização e adaptação a novas funções, o que implica introdução de melhorias a nível estrutural e funcional. ERRADA! A intenção de modernização se refere ao conceito de Retrofit, que diz respeito ao processo de modernização e atualização de edificações, visando torná-las contemporâneas. Já a Reabilitação é o conjunto de operações destinadas a tornar apto o edifício a novos usos, diferente para o qual foi concebido.
    3. Requalificar considera o “respeito pela obra histórica e artística do passado sem banir o estilo de nenhuma época”. ERRADA! Segundo os Princípios Gerais da Carta de Atenas (1931), na situação em que um Restauro surja como indispensável, como consequência de degradação ou de destruição, recomenda o respeito pela obra histórica e artística do passado sem banir o estilo de nenhuma época
  • Reabilitação - conjunto de operações destinadas a tornar apto o edifício a novos usos, diferente para o qual foi concebido.

    Consolidação / Estabilização - conjunto de operações destinadas a manter a integridade estrutural, em parte ou em toda a edificação.

    Fonte: Caderno Técnico 1, Programa Monumenta, Manual de elaboração de projetos, IPHAN, 2005.


ID
5428105
Banca
CEPS-UFPA
Órgão
UFPA
Ano
2019
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

O conceito de restauro como “o momento metodológico do reconhecimento da obra de arte, na sua dupla polaridade, estética e histórica, com vistas à sua transmissão ao futuro” está presente na teoria do restauro

Alternativas
Comentários
  • Gab. D

    Cesare Brandi, arquiteto italiano, aceita a incorporação de novas intervenções arquitetônicas de

    qualidade nas obras originais.

    Para Brandi “restauração é qualquer intervenção destinada a devolver a eficiência a um produto da atividade humana”.

    A partir disso Brandi ensina que “o restauro constitui-se no momento metodológico do reconhecimento da obra de arte na sua consistência física e na dupla polaridade estética e histórica, em vista de sua transmissão para o futuro”.

    Destaca ainda que “restaura-se só a matéria da obra de arte [...]; o restauro deve observar o restabelecimento da unidade potencial da obra de arte, sem cometer um falso artístico ou um falso histórico, e sem apagar os traços da passagem da obra no tempo”.

    > Exemplo estético: qualidade da arte.

    > Exemplo histórico: ter sido feito em um determinado tempo e lugar e estar em um determinado tempo e lugar, o que as tornam única.


ID
5428117
Banca
CEPS-UFPA
Órgão
UFPA
Ano
2019
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

Salvador Muñoz Viñas amplia a discussão sobre para quem se deve preservar um bem cultural, e desloca o foco do objeto a ser restaurado para o sujeito “para quem esses objetos significam algo, aqueles para quem esses objetos cumprem uma função essencialmente simbólica ou documental, ou mesmo de outros tipos”. Para Viñas, uma boa restauração passa a ser aquela que agradar à maioria das pessoas, que menos ferir a sensibilidade das pessoas. A teoria que dá suporte a esse pensamento é a

Alternativas

ID
5428120
Banca
CEPS-UFPA
Órgão
UFPA
Ano
2019
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

O teórico da restauração que conceituou monumentos como vivos e mortos e como maiores e menores foi

Alternativas

ID
5428141
Banca
CEPS-UFPA
Órgão
UFPA
Ano
2019
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

O tipo de intervenção que pode ser feita em uma ruína é de

Alternativas

ID
5428147
Banca
CEPS-UFPA
Órgão
UFPA
Ano
2019
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

O Decreto-Lei nº 25, de 30 de novembro de 1937, que organiza a proteção do patrimônio histórico e artístico nacional, definiu que o Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (atual IPHAN) possui quatro livros do Tombo. Estes livros são

Alternativas
Comentários
  • Gab. A

    DECRETO-LEI Nº 25, DE 30 DE NOVEMBRO DE 1937.

    CAPÍTULO II

    DO TOMBAMENTO

    Art. 4º O Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional possuirá quatro Livros do Tombo, nos quais serão inscritas as obras a que se refere o art. 1º desta lei, a saber:

    1) no Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico, as coisas pertencentes às categorias de arte arqueológica, etnográfica, ameríndia e popular, e bem assim as mencionadas no § 2º do citado art. 1º.

    2) no Livro do Tombo Histórico, as coisas de interêsse histórico e as obras de arte histórica;

    3) no Livro do Tombo das Belas Artes, as coisas de arte erudita, nacional ou estrangeira;

    4) no Livro do Tombo das Artes Aplicadas, as obras que se incluírem na categoria das artes aplicadas, nacionais ou estrangeiras.

     § 1º Cada um dos Livros do Tombo poderá ter vários volumes.


ID
5458813
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
Prefeitura de Formiga - MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

“(...) Conjunto dos bens móveis e imóveis existentes no país e cuja conservação seja de interesse público, quer por sua vinculação a fatos memoráveis da história do Brasil, quer por seu excepcional valor arqueológico ou etnográfico, bibliográfico ou artístico.” Trata-se de:

Alternativas
Comentários
  • Gab. D

    DECRETO-LEI Nº 25, DE 30 DE NOVEMBRO DE 1937.

    CAPÍTULO I

    DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL

    Art. 1º Constitue o patrimônio histórico e artístico nacional o conjunto dos bens móveis e imóveis existentes no país e cuja conservação seja de interêsse público, quer por sua vinculação a fatos memoráveis da história do Brasil, quer por seu excepcional valor arqueológico ou etnográfico, bibliográfico ou artístico.


ID
5527423
Banca
FGV
Órgão
FUNSAÚDE - CE
Ano
2021
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

O arquiteto austríaco Camillo Sitte, autor de planos de ampliação de algumas cidades austríacas, observa a paisagem da cidade moderna e releva seus inconvenientes.
Assinale a opção que apresenta um desses inconvenientes. 

Alternativas
Comentários
  • Em seus ensaios, Sitte fala da cidade moderna, e seu discurso é limitado ao campo que é chamado de “artístic”, ou seja, à decoração que se pode observar nos centros representativos e nos bairros de moradia (...); ele observa a paisagem da nova cidade tal como ela emerge dos canteiros dos decênios precedentes, revela seus inconvenientes – monotonia, regularidade excessiva, simetria a qualquer custo, espaços inarticulados e desproporcionais à arquitetura –, comparando-os aos méritos das cidades antigas, especialmente às medievais, que possuem ambiente pitoresco e articulados segundo as funções, composições assimétricas, hierarquia de espaços em relação adequada com o edifício (Benevolo, 1976). A cidade deveria, portanto, ser estudada e trabalhada como obra de arte, valorizada como objeto estético, em que centros históricos e espaços belos e acolhedores, como as praças, deveriam ser preservados.

    Fonte: Dissertação arquiteto RICARDO TREVISAN pela Universidade Federal de São Carlos.

    Gabarito: C

  • O arquiteto Camillo Sitte (1843-1903), formado pela Escola Imperial e Real das Artes Industriais de Viena - Áustria, elaborou um tratado pelo qual as cidades deveriam ser planejadas, que abordava principalmente a estética das cidades, planejando-a como obra de artes, o que denominou de a Cidade Artística. Para o arquiteto, a cidade histórica existente deveria ser vivida e reconhecida (Genius Loci) antes de serem feitas mudanças em seu plano urbano. Sitte criticava os planos de reforma urbanas das cidades modernas, como Paris (Haussmann) e Viena (Ringstrasse) por serem “aniquiladoras da vida pública", monótonas, excessivamente regulares, simétricas e com espaços inarticulados e desproporcionais à arquitetura . Ainda, o arquiteto defendia a cidade história – segundo Benelovo, aquelas que possuem ambiente pitoresco e articulados segundo as funções, composições assimétricas, hierarquia de espaços em relação adequada com o edifício ( apud Trevisan, 2004)  – e que deveria ser preservada enquanto obra de arte, construída por todos, coletivamente.


    Gabarito: Alternativa C.


    Fonte: TREVISAN, Ricardo. Incorporação do ideário da Garden-City inglesa na urbanística brasileira: Águas de São Pedro. São Carlos: UFSCar, 2004.
  • Observe que a questão usa a palavra RELEVA e não REVELA, não sei se foi um erro da banca ou do qconcursos, mas muda o sentido da questão.

    Assumindo que foi um erro e a palavra correta deveria ser REVELA, as demais alternativas são as propostas de Sitte para projetar uma cidade moderna:

    • Composições assimétricas
    • Monumentos deslocados do centro geométrico das praças.
    • Ambientes pitorescos, mas sem uniformidade.
    • Recintos com irregularidade

    (- Espaços inarticulados ou muito grandes podem ser subdivididos a fim de criar outros ambientes.

    - Formas abertas podem ser substituídas por outras fachadas.

    - Assimetrias parciais deveriam ser constituídas, a fim de suavizar a simetria da cidade moderna.

    - Deslocar monumentos do centro geométrico das praças para outros locais mais distantes. )