O movimento iluminista, ou o “ Século das Luzes" – século XVIII - introduziu de maneira decisiva o paradigma oriundo do renascimento de que a razão era a única verdadeira fonte de conhecimento e que o conhecimento científico digno do nome era aquele que nascia das leis, da comprovação empírica e pelo raciocínio lógico.
Este é o momento em que História alcança o status de “ciência". Neste momento narrativas, escritas ou orais, frutos da memória passaram a ser vistos de forma suspeita como fontes para o trabalho do historiador.
A máxima do historiador grego Heródoto – Se quero saber, interrogo – deixa de ser motor de conhecimento considerado “histórico", até então muito utilizado para se construir a História, já que não se configura como "ciência", de acordo com os parâmetros estabelecidos pela lógica iluminista.
É construída, a partir daí, uma história factual, detalhista, de heróis, enquadrada em uma cronologia matemática, até mais ou menos a metade do século XX.
São os historiadores da Escola dos Annales – francesa - que questionam essa forma de “fazer História".
Passam a ser introduzidos no trabalho do historiador – e de outros cientistas sociais – novas fontes e novos objetos. Há toda uma nova proposta de historiografia, resultante, em parte, do consenso entre historiadores de que a história não tem mais a pretensão de estabelecer os fatos como realmente aconteceram. Na verdade o historiador sempre apresenta UMA VERSÃO dos fatos
Pouco a pouco a ideia de Heródoto volta a ser um guia importante para o trabalho com História. E assim, o trabalho com memória, que não é linear, tampouco exato. É o relato, de uma maneira de construção do passado.
Neste sentido, o que é entendido como patrimônio histórico, material ou imaterial, é material de estudo do pesquisador. Ele é memória. Ele é uma fonte historiográfica porque possibilita uma articulação do passado com o presente, mesmo que essa articulação do passado não signifique conhecer como este realmente ocorreu.
É a resultante, física ou não, de uma memória social, de uma dada comunidade em um determinado tempo, em um espaço Nasce de uma construção coletiva da memória.
Portanto, a afirmativa apresentada está incorreta
RESPOSTA: ERRADO