No período colonial, as cidades ainda não
eram dotadas de infraestrutura para abastecimento e manutenção de produtos e
transporte entre produção e locais de plantio nos centros urbanos,
utilizando-se principalmente da mão de obra escrava para tais serviços. De acordo com Pessoa, Fasolato e Andrade
(2015), no Brasil,” a tradição do jardim remonta
ao início da colonização, aos famosos jardins da corte de Nassau (Recife), aos
hortos coloniais, aos pátios de conventos tratados e aos pequenos jardins das
casas senhoriais. Destes, praticamente tudo se perdeu e quase nada se sabe, a
não ser pela descrição de cronistas da época, pinturas e desenhos de viajantes.
No século XIX, com a formação da nação, o jardim se torna um elemento urbano
significativo na corte e nas principais cidades do país, e é nesse século que
surgem, em quantidades importantes, exemplos de espaços ajardinados, nos
palácios, junto a mansões senhoriais, nos palacetes, nas fazendas, conventos e
espaços públicos. [...] O jardim do século XIX, em todas as suas escalas de
abrangência, é uma construção da elite, que se europeizava e buscava criar e
recriar um espaço urbano que pudesse se alinhar àquele das cidades europeias,
com fortes influências formais da França em especial, Paris”.
Gabarito: Item Certo.
FONTE:
Jardins históricos: a cultura, as práticas e os
instrumentos de salvaguarda de espaços paisagísticos / Organização de Ana
Pessoa, Douglas Fasolato, Rubens de Andrade -- Rio de Janeiro: Fundação Casa de
Rui Barbosa, 2015. 322 p.: il.