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ID
2790169
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Além de ser, no presente, a região de maior dinamismo econômico global, a Ásia é um espaço que abriga importantes dinâmicas políticas e de segurança que repercutem para além da própria região. Por essa razão, países que, a exemplo do Brasil, procuram, na maior aproximação com os países asiáticos, oportunidades de aprofundar sua inserção internacional devem considerar tanto os principais vetores das políticas externas na região como os antecedentes de seu próprio relacionamento no plano bilateral. A respeito desse assunto, julgue (C ou E) o próximo item.


A política externa da Índia possui como importantes vetores, em sua dimensão global, a promoção da governança, o acesso a recursos energéticos em bases estáveis, a promoção da segurança alimentar e, no plano regional, a cooperação com a China, no âmbito do BRICS, na construção de novas instituições econômicas e, bilateralmente, em iniciativas como a articulação da infraestrutura da Nova Rota da Seda.

Alternativas
Comentários
  • ERRADO.

     

    A primeira parte da assertiva está correta. Dentre os temas "permanentes" da política externa indiana, estão:

    1) a promoção da governança mulilateral (como se vê na edição de 2017 do Raisina Dialogues, organizado pelo MRE indiano e promovido com o título "the new normal: multilateralism with multipolarity");

    2) segurança alimentar, sendo este o tema mais sensível à política externa indiana nas negociações multilaterais de comércio;

    3) segurança energética: diante do crescente consumo energético, estimulado pela expansão da economia indiana, o país vem buscando consolidar relações com a Ásia Central e o Oriente Médio.

     

    O problema está na relação com a China. De fato, há pontos de convergência entre os governos indiano e chinês, como se vê na cooperação dos BRICS e na adesão indiana, como membro fundador, ao Banco Asiático de Investimento de Infraestrutura em 2016 (no qual possui 8.7% do capital subscrito). No entanto, no plano bilateral, as relações sino-indianas passam por momentos de tensão, que envolvem ao menos quatro temas:

    1) Disputas fronteiriças, herdadas do período colonial indiano e que já haviam levado a uma guerra sino-indiana, em 1962, além de incidentes menores e escaramuças em 1967 e 1987. Em 2017, houve confronto militar entre tropas chinesas e indianas na fronteira tríplice de Doklam (ou Donglang), que divide Índia, China e Butão;

    2) A expansão marítima chinesa sobre o Mar do Sul da China, que coloca em risco a política indiana de aproximação com o Oceano Índico, bem como a segurança energética do país;

    3) A intenção de adesão indiana ao Grupo de Supridores Nucleares, que já recebeu apoio de países como EUA, Rússia e Alemanha, mas que vem sendo negada pela China, sob o argumento de que a Índia não é signatária do TNP;

    4) A projeção econômica da China sobre o continente asiático, principalmente por meio da Inciativa Cinturão e Rota.

     

    Desde o lançamento da iniciativa, também conhecida como Nova Rota da Seda, a Índia vem obstando a expansão regional chinesa. O projeto da construção de um Corredor Econômico China-Paquistão, lançado no marco da C&R, foi duramente criticado pelo governo Narendra Modi por colocar em risco a soberania indiana. Na recente reunião da Organização para a Cooperação de Xangai (OCX), em junho de 2018, a Índia foi o único dos oito países a recusar-se a endossar a iniciativa C&R na declaração final.

     

    Portanto, a respeito do relacionamento com a China, a “articulação da infraestrutura da Nova Roda da Seda” não é elemento de união entre os dois países. Pelo contrário, a Índia tem se recusado a apoiar a proposta, criticando-a pelo desrespeito à soberania e à integridade territorial.

     

    (Profs. Guilherme Casarões e Bruno Rezende).

  • The New Silk Road was an initiative of the United States for and , which aimed to integrate the region and boost its potential as a area between Europe and East Asia. The initiative was announced by U.S. Secretary of State in 2011 in a speech in . The New Silk Road initiative would have linked Central and South Asia in four key areas: Regional Energy Markets, Trade and Transport, Customs and Border Operations, Businesses and People-to-People. However, the initiative never got off the ground. The term "New Silk Road" is now commonly used by journalists to refer to China's

    https://en.wikipedia.org/wiki/New_Silk_Road_Initiative

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  • Essa questão queria que o candidato soubesse que a Índia se opõe ao BRI da China. A estratégia de política externa indiana com relação a Pequim é de "cooperação econômica e rivalidade geopolítica"

    • Cooperação: a China é o maior parceiro comercial da Índia; convergência em fóruns diversos (OCX, BRICS, BASIC, G20, OMC)(RCEP, apesar de ter saído).
    • Rivalidade: participa do QUAD; opõe-se ao BRI (lançou Projeto Mausan); tensões fronteiriças (Aksai Chin e Arunachal Pradesh); aliança sino-paquistanesa; oposição da China à Índia no NSG e CSNU.