SóProvas



Questões de Relações Internacionais na Ásia e no Oriente Médio


ID
31165
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Com a realização da Conferência de Annapolis, em 26 de
novembro de 2007, articulada pelo governo norte-americano,
pretendeu-se promover a retomada das negociações de paz entre
Israel e a Autoridade Palestina, paralisadas durante sete anos.
Considerando a questão palestina e a atual conjuntura no Oriente
Médio, julgue (C ou E) os itens a seguir.

A união dos palestinos em torno do Hamas, facção política radical e hostil a Israel, no comando da Autoridade Palestina desde janeiro de 2006, teve como conseqüência a radicalização por parte do governo israelense, por meio de ataques preventivos e de medidas restritivas à movimentação de pessoas na Faixa de Gaza.

Alternativas
Comentários
  • O erro do item é afirmar que o Hamas está no comando da Autoridade Palestina desde 2006, o que não ocorre. O Fatah é que ocupa essa posição – e desde 1993 (a partir do Primeiro Acordo de Oslo).

    Uma pequena contextualização ajuda na compreensão:
    2006: O Hamas elege nas eleições parlamentares a maior bancada, o que lhe dá o direito de escolher o primeiro-ministro, que, no caso, foi Ismail Haniyeh.
    2007: Fevereiro. Intensificam-se os conflitos armados entre o Hamas e o Fatah – partido de Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP).
    2007: Junho. O Hamas conquista militarmente a Faixa de Gaza e expulsa de lá o Fatah e a Autoridade Palestina.
    2007: Junho. Em resposta à ação do Hamas em Gaza, Abbas resolve dissolver o governo de coalizão e nomeia para primeiro-ministro o seu Ministro das Finanças, Salam Fayyad.
    2007: Novembro. Realizada a Conferência de Annapolis em novembro visando a obtenção de um acordo de paz entre israelenses e palestinos.
    2008: Dezembro. Israel invade a Faixa de Gaza, então dominada pelo Hamas
    * O Hamas é considerado organização terrorista por Israel, EUA e grande parte dos países ocidentais. No entanto, o Brasil não considera o Hamas uma organização terrorista, opinião compartilhada por Rússia, África do Sul, Coreia do Norte, China, Vezezuela e Noruega.

  • Caro colega comentarista e demais leitores: é com toda a consideração que peço licença para discordar sobre a perspectiva da resposta. Apesar de haver acertado a questão, o fiz por fundamentação diferente. Entendo, por mera apreciação histórica de fatos, que o hamas, efetivamente, está no comando da dita faixa territorial. O que me motivou a acertar tal questão é que os ataques perpetrados por Israel, que o enunciado informam ser preventivos, na verdade são respostas aos lançamentos de foguetes, pelo hamas, da faixa de gaza, em direção a Israel; portanto, responsivos e não preventivos. Notemos que, quando da realização deste certame, o tema era bem recente (2008).
  • O FATAH é "partido" mais presente na autoridade palestina.  Veja o quadro abaixo.  

     
    Office Name Party Since President Yasser Arafat Fatah 5 July 1994 - 26 January 2005 Mahmoud Abbas Fatah 26 January 2005 - incumbent Prime Minister Salam Fayyad Independent (Former official at the International Monetary Fund) 14 June 2007 (Battle of Gaza (2007)) - incumbent Ismaïl Haniyeh Hamas 19 February 2005 - 14 June 2007 Ahmad Qurei Fatah 24 December 2005 - 19 February 2006 Nabil Shaath Fatah 15 December 2005 - 24 December 2005 Ahmad Qurei Fatah 7 October 2003 - 15 December 2005 Mahmoud Abbas Fatah 19 March 2003 - 7 October 2003  
  • A prova é de 2008, portanto a questão está errada simplesmente porque o Hamas já havia, nesse momento, perdido o controle da Autoridade Nacional Palestina (ANP).


    Vamos rever alguns acontecimentos. O Hamas vencera as eleições (fev-2006) democraticamente, obtivera a maioria no Parlamento Palestino, assumira o controle da ANP (naquela época, controlava tanto a Cisjordânia quanto a Faixa de Gaza) e elegera (mar-2006) um representante próprio, Ismail Haniya, como Primeiro Ministro da ANP. No comando da ANP, o governo do Hamas vai sofrer retaliações diversas, para tentar desestabilizá-lo: o Fatah recusa-se a participar do governo do Hamas e é apoiado por EUA e UE (que congelam repasses financeiros à ANP e exigem pagamento dos empréstimos anteriores) e por Israel (congela o repasse dos tributos devidos à ANP). Após conflitos armados ao longo de 2006, e até tentativa de um governo de unidade palestina (Hamas + Fatah) no início de 2007, o PR Mahmoud Abbas substitui o PM Haniya (jun-2007) no auge do conflito Hamas x Fatah. Note que o Hamas perdeu o controle da ANP em jun-2007. A partir desse momento, teremos uma Faix de Gaza dominada pelo Hamas e uma Cisjordânia administrada (parcialmente, por conta da ingerência israelense) pelo Fatah, que estará no comando, desde então, da ANP.

  • Desde janeiro de 2013, a Autoridade Palestina É controlada pelo Fatah.


ID
31168
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Com a realização da Conferência de Annapolis, em 26 de
novembro de 2007, articulada pelo governo norte-americano,
pretendeu-se promover a retomada das negociações de paz entre
Israel e a Autoridade Palestina, paralisadas durante sete anos.
Considerando a questão palestina e a atual conjuntura no Oriente
Médio, julgue (C ou E) os itens a seguir.

As principais questões em torno das quais há divergências entre israelenses e palestinos e que se mantêm na agenda das negociações de paz são a forma de um futuro Estado palestino, a divisão de Jerusalém e o destino dos refugiados palestinos exilados.

Alternativas
Comentários
  • Aos não assinantes,

    GABARITO: CERTO

  • CERTO

    2007, Conferência de Annapolis: a pauta dessa conferência era a tentativa de angariar paz no Oriente Médio, colocando a questão dos refugiados palestinos, a divisão de Jerusalém e a criação de um Estado Palestino nos diálogos entre Israel e Palestina.

    A imprensa europeia analisou toda a dimensão dessa conferência, chegando à conclusão que, basicamente, o governo Bush estava desinteressado de resolver o conflito de forma concreta. Apesar de a própria conferência não ser uma tentativa de tomada de decisões definitiva, ela teria mais significado futuro se o Hamas tivesse sido convidado a sentar-se à mesa de negociações, assim como a Síria o fez. As incertezas e a não aceitação de concessões o levam à falta de garantias para uma bem-sucedida missão de pacificação da região.


ID
31171
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Com a realização da Conferência de Annapolis, em 26 de
novembro de 2007, articulada pelo governo norte-americano,
pretendeu-se promover a retomada das negociações de paz entre
Israel e a Autoridade Palestina, paralisadas durante sete anos.
Considerando a questão palestina e a atual conjuntura no Oriente
Médio, julgue (C ou E) os itens a seguir.

O decidido alinhamento e o apoio dos Estados Unidos da América a Israel impedem aquela potência de atuar como articuladora junto à Autoridade Palestina e a alguns países árabes, como Síria e Líbano, razão pela qual o governo norte-americano tem procurado o engajamento, nas negociações, de outros atores que considera politicamente influentes na região.

Alternativas
Comentários
  •  O erro está em afirmar que a aliança histórica dos EUA com Israel “impedem aquela potência de atuar como articuladora junto à Autoridade Palestina”. Os fatos históricos comprovam o contrário: as principais aproximações entre palestinos e israelenses advém de iniciativas norte-americanas. Citemos como exemplos os Acordos de Camp David, os dois Acordos de Oslo (que inclusive criaram a ANP) e recentemente a referida Conferência de Annapolis (que, a propósito, fracassou completamente).

  • ERRADA!

     

    A aliança histórica entre EUA e Israel não impede, mas a decisão atual do Presidente Trump de reconhecer Jerusalém como capital de Israel, sem uma contrapartida de reconhecer Jerusalém Oriental como da Palestina, impede os americanos de atuarem como mediadora no conflito. Isso foi, inclusive, declarado pelos países muçulmanos:

     

    http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2017/12/paises-muculmanos-condenam-eua-por-eleger-jerusalem-capital-de-israel.html


ID
31174
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Com a realização da Conferência de Annapolis, em 26 de
novembro de 2007, articulada pelo governo norte-americano,
pretendeu-se promover a retomada das negociações de paz entre
Israel e a Autoridade Palestina, paralisadas durante sete anos.
Considerando a questão palestina e a atual conjuntura no Oriente
Médio, julgue (C ou E) os itens a seguir.

Os ataques israelenses no sul do Líbano em 2006 e o recente fechamento das fronteiras na Faixa de Gaza, apesar de provocarem vivas reações da opinião pública internacional, não foram objeto de manifestações formais das Nações Unidas.

Alternativas
Comentários
  • Houve, de fato, manidestações da comunidade internacional a respeito dos dois conflitos. No caso da Faixa de Gaza, o CSNU quanto o CDHNU manifestaram-se contra a situação. Em 2007, o CDH criou uma Comissão para verificar os acontecimentos ocorridos na Faixa de Gaza.
  • Aos não assinantes,

    GABARITO: ERRADO


ID
31591
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2007
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Uma das mais antigas civilizações da humanidade, a China
tornou-se comunista em 1949, aproximou-se e afastou-se da URSS,
conheceu momentos críticos e, a partir da morte de Mao Zedong e
da ascensão de Deng Xiaoping (anos 1970-1980), promoveu
significativa mudança de rota. Incorporou-se ao sistema político
internacional ao ser admitida na ONU e, mais recentemente, ao
entrar na Organização Mundial do Comércio (OMC), às normas
que presidem a economia global. A respeito da experiência chinesa,
julgue (C ou E) os itens abaixo.

A experiência atualmente vivida pela China não difere, em seus aspectos estruturais e definidores, daquela conduzida por Gorbachev na extinta URSS, ou seja, faz-se a adequação entre a abertura econômica e a liberalização política do regime.

Alternativas
Comentários
  • Nao ha' sinais claros de liberalizacao politica do regime Chines
  • Eu diria que não há nenhum sinal de liberalização política. O Partido Comunista Chinês ainda pratica a censura dos meios de comunicaçao, governa como partido unico, e atua com forte repressão sobre os protestos contra seu governo, inclusive nos cantões da China. A unica liberalizacao que ocorreu foi na economia, assim mesmo, somente nas Zonas Economicas Especiais.
  • Até os dias atuais (2019), não há nenhum sinal de liberalização política do regime, muito pelo contrário. Xi Jinping consolidou sua liderança no Partido Comunista e os recentes protestos por liberdades democráticas em Hong Kong evidenciam o enrijecimento de Pequim.

  • A China tem pratica a censura religiosa, política, de opinião e da imprensa. Além de outra medidas que caracterizam um regime política inflexível...

    Bons estudos


ID
31594
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2007
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Uma das mais antigas civilizações da humanidade, a China
tornou-se comunista em 1949, aproximou-se e afastou-se da URSS,
conheceu momentos críticos e, a partir da morte de Mao Zedong e
da ascensão de Deng Xiaoping (anos 1970-1980), promoveu
significativa mudança de rota. Incorporou-se ao sistema político
internacional ao ser admitida na ONU e, mais recentemente, ao
entrar na Organização Mundial do Comércio (OMC), às normas
que presidem a economia global. A respeito da experiência chinesa,
julgue (C ou E) os itens abaixo.

A ação externa da China centra-se na conquista de mercados em todos os continentes como forma de vencer a reduzida dimensão de seu mercado interno e sustenta-se no incentivo às importações e na elevação de sua massa salarial.

Alternativas
Comentários
  • ERRADA.Parece que até o momento a China quer se manter como uma potência exportadora (tanto que até semanas atrás ignorava qualquer pedido de volatização do yuan [ a moeda está propositalmente subvalorizada para facilitar a venda de produtos aos outros países]). Além disso prima para sua potência exportadora uma política de salários e condições reduzidas à classe trabalhadora.
  • complementando, é essa reduzida política salarial uma das causas do chamado "dumping social", que, além disso, é ocasionado pela dimensão da massa trabalhadora. 

  • Atenção para os acontecimentos recentes na economia chinesa: o país vem passando por uma reorientação do seu crescimento econômico, dando maior ênfase ao consumo interno em detrimento das exportações, embora continue sendo o maior exportador do mundo e segundo maior importador.


ID
31600
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2007
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Uma das mais antigas civilizações da humanidade, a China
tornou-se comunista em 1949, aproximou-se e afastou-se da URSS,
conheceu momentos críticos e, a partir da morte de Mao Zedong e
da ascensão de Deng Xiaoping (anos 1970-1980), promoveu
significativa mudança de rota. Incorporou-se ao sistema político
internacional ao ser admitida na ONU e, mais recentemente, ao
entrar na Organização Mundial do Comércio (OMC), às normas
que presidem a economia global. A respeito da experiência chinesa,
julgue (C ou E) os itens abaixo.

Diferentemente do que ocorria no auge da Guerra Fria, as relações entre China e Taiwan apresentam-se, na atualidade, bem menos tensas, o que pode ser explicado pelo pragmatismo que tem conduzido as ações de ambos os governos, sobretudo no que se refere aos interesses econômicos.

Alternativas
Comentários
  • Questão correta, porém, no meu ver passivel de recurso, já que a China não reconhece Taiwan, e afirma tratar-se de uma provincia rebelde. Logo a relação entre os dois Estados não é tão pragmatica assim...
  • O pragmatismo está no fato de a China manter as divergências no âmbito político, evitando assim contaminar as relações comerciais, que continuam sem rompimento.
    Bons estudos!
  • Desatualizada!

    US-China tensions could ignite over Taiwan https://www.scmp.com/news/china/diplomacy/article/3004175/us-china-tensions-could-ignite-over-taiwan-former-officials

  • Marquei "errado" feliz da vida e depois vi que a questão era de 2007. =(


ID
31615
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2007
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Múltiplos fatores conjugam-se para fazer do Oriente Médio foco
permanente de tensão e de conflitos, cujas repercussões não ficam
restritas à região. No que concerne a esse quadro, que o início do
século XXI não altera em relação ao que o antecedeu, julgue
(C ou E) os itens seguintes.

Apesar do apoio do conjunto dos Estados árabes à decisão da ONU (1947) de encerrar o mandato britânico na Palestina e promover a partilha do território em dois Estados, apenas o de Israel materializou-se, razão pela qual não se dissipa a instabilidade na região.

Alternativas
Comentários
  • Não ocorreu o referido “apoio do conjunto dos Estados árabes à decisão da ONU”. A decisão em questão, expressa na resolução 181 da Assembleia Geral da ONU e que aprovava um plano de partição da Palestina com a criação de dois Estados (um árabe e um judeu), foi rejeitada pelos países da Liga Árabe (à época formada por 7 países árabes).

  • Após anos de manifestações contrárias à proposta de fazer da Palestina o novo lar dos judeus, como definia a Declaração Balfour, e especialmente depois do atentado no Hotel King David em Jerusalém, Grã-Bretanha renunciou ao Mandato (que durava desde 1922) e remeteu a questão da Palestina para a ONU em 1947. A assembléia Geral da ONU aprovou a resolução 181 que recomendava a divisão da Palestina em dois Estados, um judaico e o outro árabe.

ID
31621
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2007
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Múltiplos fatores conjugam-se para fazer do Oriente Médio foco
permanente de tensão e de conflitos, cujas repercussões não ficam
restritas à região. No que concerne a esse quadro, que o início do
século XXI não altera em relação ao que o antecedeu, julgue
(C ou E) os itens seguintes.

O fundamentalismo islâmico teve no Irã depois da revolução xiita de 1979 um pólo irradiador, que identificou no Ocidente seu principal inimigo, representado pelos EUA e seu histórico aliado regional, Israel.

Alternativas
Comentários
  • Certa. Em 1979, a Revolução Iraniana derrubou o Xá Mohammad Reza Pahlevi do comando do país e instaurou uma República teocrática Islâmica sob o comando do Aiatolá Khomeini. Inicialmente a revolução não teve caráter islâmico, constituindo-se em greves gerais e manifestações contra o regime de Reza Pahlevi. Após as medidas econômicas de 1976, que promoveram uma abertura da economia iraniana ao Ocidente, um forte período de crise e inflação instaurou- se no país. Entre 1975 e 1976, Reza Pahlevi havia feito importantes reformas laicas, que haviam desagradado profundamente os grupos religiosos. A abertura pró-Ocidente, no entanto, era acompanhada de fortes repressões e censura aos opositores do governo Pahlevi. A insatisfação geral da população iraniana resultou em uma série de greves em todos os setores em 1978 e a repressão do governo apenas incitou mais a população a continuar a lutar. Em janeiro de 1979, o Xá Reza Pahlevi deixa o governo iraniano e exila-se nos EUA, deixando as portas abertas para o retorno ao Irã do Imã Khomenini, que estava no exílio havia 15 anos. Khomenini, ao voltar ao Irã, Proclama a República Islâmica do Irã e a revolução ganha um teor fundamentalista com a instituição do Conselho Revolucionário Islâmico. Khomenini, aos poucos, começa a adotar medidas fundamentalistas como o limite da liberdade de expressão, a declaração da ilegalidade do governo civil, a Sharia (lei islâmica) como lei do país, entre outros. Pelo fato que os EUA haviam concedido asilo ao Xá Reza Pahlevi e estavam por trás de várias das medidas pró-Ocidente anteriores à revolução, os americanos e Israel, principal aliado americano na região, tornaram-se os inimigos da revolução. O incidente mais conhecido envolvendo os dois países foi o sequestro dos membros da Embaixada norte-americana de Teerã em 1979 que durou até 1981.

    7000 questoes comentadas CESPE


ID
31624
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2007
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Múltiplos fatores conjugam-se para fazer do Oriente Médio foco
permanente de tensão e de conflitos, cujas repercussões não ficam
restritas à região. No que concerne a esse quadro, que o início do
século XXI não altera em relação ao que o antecedeu, julgue
(C ou E) os itens seguintes.

Nas duas vezes em que atacaram militarmente o Iraque, em 1991 e na atualidade, os EUA encontraram vigorosa resistência da população local, em larga medida incentivada pela reprovação à política de Washington manifestada pelo conjunto dos Estados árabes.

Alternativas
Comentários
  • A primeira invasão do Iraque, promovida pelos EUA no início da década de 90 do séc. XX, contou com grande apoio da população local - pois esta, sendo constituída majoritariamente por xiitas, se ressentia da ditadura do sunita Sadam Hussein e tinha a expectativa de que este fosse ser retirado do poder pelas tropas invasoras - o que por fim não aconteceu.

    Além disso, a Guerra do Golfo de 1991, apesar de liderada pelos EUA, foi promovida por uma coalizão de países no âmbito da ONU e dava prosseguimento a uma decisão do Conselho de Segurança desta instituição, o que gerou uma repercussão muito muito menos negativa dessa invasão quando comparado à segunda invasão ocorrida na década seguinte - que agiu sem apoio do CSNU pois França e Rússia ameaçavam usar o poder de veto. Cabe ressaltar também o fato de não ter havido ocupação posterior do Iraque na primeira invasão, pois, com o objetivo da missão sendo simplesmente libertar o Kwait da dominação imposta pelo Iraque, as tropas da coalizão se retiraram do Iraque quando concluída a missão, inclusive mantendo a estrutura de governo do país (com Sadam Hussein na presidência).


ID
86824
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2003
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

A adesão da China à Organização Mundial do Comércio
(OMC) em 2001 consolida a crescente abertura do país de maior
população do mundo. Tal fato foi marcado por vários anos de
difíceis negociações com os principais parceiros internacionais,
EUA e União Européia, com os quais teve que concluir prévios
acordos sobre as modalidades concretas da mútua abertura das
economias. Foi celebrada, portanto, mesmo que de maneira
superficial, como uma forma de triunfo final da economia de
mercado. Os pragmáticos chineses parecem nutrir a idéia básica
que permitiu no passado os êxitos do Japão e dos tigres asiáticos:
integrar-se ao mundo ainda dominado pelo Ocidente de maneira
dinâmica, mas prudente, negociada e não imposta, sem deixar-se
dominar.

Viktor Sukup. A China frente à globalização: desafios e oportunidades. In: Revista
Brasileira de Política Internacional. Brasília, ano 45, n.o 2, 2002, p. 82 (com adaptações).

Julgue os itens subseqüentes, com relação ao tema focalizado no
texto acima.

A atual experiência de abertura posta em prática pela China teve seu início na década de 80 do século passado e, nos seus aspectos essenciais, está calcada na tentativa de reformas da extinta União Soviética, sob o comando de Gorbachev. Em ambos os casos, o ritmo de flexibilização política do regime, provavelmente por sua celeridade, interpôs obstáculos ao crescimento da economia, o que, no caso soviético, foi fatal e abreviou a existência do socialismo real.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: ERRADO

    A atual experiência de abertura posta em prática pela China teve seu início na década de 80 do século passado e, nos seus aspectos essenciais, está calcada na tentativa de reformas da extinta União Soviética, sob o comando de Gorbachev. Em ambos os casos, o ritmo de flexibilização política do regime, provavelmente por sua celeridade, interpôs obstáculos ao crescimento da economia, o que, no caso soviético, foi fatal e abreviou a existência do socialismo real.

    A China foi o Estado que mais cresceu economicamente nos últimos tempos.

  • Não houve flexibilização política do regime chinês.


ID
86827
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2003
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

A adesão da China à Organização Mundial do Comércio
(OMC) em 2001 consolida a crescente abertura do país de maior
população do mundo. Tal fato foi marcado por vários anos de
difíceis negociações com os principais parceiros internacionais,
EUA e União Européia, com os quais teve que concluir prévios
acordos sobre as modalidades concretas da mútua abertura das
economias. Foi celebrada, portanto, mesmo que de maneira
superficial, como uma forma de triunfo final da economia de
mercado. Os pragmáticos chineses parecem nutrir a idéia básica
que permitiu no passado os êxitos do Japão e dos tigres asiáticos:
integrar-se ao mundo ainda dominado pelo Ocidente de maneira
dinâmica, mas prudente, negociada e não imposta, sem deixar-se
dominar.

Viktor Sukup. A China frente à globalização: desafios e oportunidades. In: Revista
Brasileira de Política Internacional. Brasília, ano 45, n.o 2, 2002, p. 82 (com adaptações).

Julgue os itens subseqüentes, com relação ao tema focalizado no
texto acima.

Embora gigantesca, a população chinesa apresenta uma bem reduzida capacidade de consumo, devido à diminuta média salarial. Entrar na OMC, depois de exaustivas negociações que redundaram no tratamento preferencial ao país, que pôde praticamente manter cerradas suas fronteiras aos produtos estrangeiros, foi a saída perseguida pela China para escoar sua produção pelos mercados mundiais.

Alternativas
Comentários
  • De fato a média salarial chinesa ainda é bastante reduzida, apesar do vigoroso crescimento que esta vem experimentando nos últimos 30 anos. No entanto, isso não faz com que a população chinesa, em conjunto, apresente capacidade de consumo reduzida, pelo contrário: apresenta sim uma capacidade de consumo alta e crescente, uma decorrência da própria dimensão da população – com seus mais de 1 bilhão de habitantes – e do ritmo de crescimento de sua economia – com média acima dos 10% ao ano.


    A China também não obteve “tratamento preferencial” ao entrar para a OMC, pelo contrário: teve de formular acordos prévios com alguns países que temiam a concorrência chinesa.


    Outro ponto incorreto é a afirmação de que a China manteve suas “fronteiras cerradas aos produtos estrangeiros”. Basta conhecer a importância das importações chinesas de soja e minério de ferro para as exportações brasileiras para perceber esse defeito no item.

  • BATATA PODRE: "que pôde manter praticamente cerradas suas fronteiras aos produtos estrangeiros"
  • Daniel Gonçalves, mais conhecido como "BATATA PODRE"

  • Só complementando: A China é hoje (2022) o maior exportador do mundo e o segundo maior importador, atrás apenas dos EUA.


ID
712183
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2012
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos



Com relação às revoltas populares que culminaram com a derrubada de regimes políticos na Tunísia, Egito e Líbia e deflagram guerras civis em outros países do Oriente Médio, julgue (C ou E) os seguintes itens.

A estratégia adotada por Kofi Annan, ex-secretário-geral da ONU e enviado especial das Nações Unidas para instar as partes em conflito a depor as armas e buscar um acordo pacífico, tem-se mostrado bem-sucedida no convencimento das partes em relação a um cessar-fogo temporário.

Alternativas
Comentários
  • Plano Annan, iniciativa do ex-Secretário-Geral da ONU Kofi Annan, para a Síria de Março de 2012 que previa seis áreas de ação: cessar-fogo de todos os envolvidos no conflito a ser supervisionado pela ONU; garantia, de todos os envolvidos no conflito, de que a ajuda humanitária enviada ao país chegaria às populações necessitadas; libertação de pessoas presas arbitrariamente; liberdade de movimento de jornalistas e para manifestações garantidas pelo governo. Este Plano foi endossado pelos cinco membros permanentes do CSONU, a Liga Árabe e a União Europeia, mas a sua implementação não foi bem-sucedida. Mentor do plano e enviado especial à Síria, Annan renunciou ao cargo, sendo substituído em Agosto de 2012 por Lakhdar Brahimi, diplomata da Argélia.


ID
712186
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2012
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos



Com relação às revoltas populares que culminaram com a derrubada de regimes políticos na Tunísia, Egito e Líbia e deflagram guerras civis em outros países do Oriente Médio, julgue (C ou E) os seguintes itens.

O Conselho Nacional Sírio, principal força da oposição ao regime de Bashar Al-Assad, tem feito apelos por uma intervenção militar internacional para depor o dirigente sírio e permitir a tomada do poder pelos rebeldes.

Alternativas
Comentários
  • Certo. Como afrma o item, o Conselho Nacional Sírio, principal força da oposição ao regime de Bashar Al-Assad, fez diversos apelos por uma intervenção militar internacional para depor o dirigente Sírio e permitir a tomada do poder pelos rebeldes. O Conselho Nacional Sírio é uma coalização síria de oposição ao governo de Bashar Al-Assad e está baseada em Istambul, na Turquia. Entre as principais demandas do Conselho estão os direitos humanos, a independência judicial, a liberdade de imprensa, a democracia e o pluralismo político na Síria.
     

    [7000 questões comentadas CESPE]


ID
712189
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2012
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos



Com relação às revoltas populares que culminaram com a derrubada de regimes políticos na Tunísia, Egito e Líbia e deflagram guerras civis em outros países do Oriente Médio, julgue (C ou E) os seguintes itens.

Em fevereiro de 2011, o Conselho de Segurança da ONU rejeitou proposta de resolução que instava os dois lados do atual conflito armado na Síria a cessarem imediatamente a violência e a guerra civil em razão do único veto à resolução, dado pela Rússia, um dos cinco membros permanentes do Conselho com direito a veto.

Alternativas
Comentários
  • ERRADO

     

    Trata-se da Resolução CSONU n° 1970, de 26 de fevereiro de 2011. 

     

    "O caminho para a intervenção iniciou-se logo após a repressão de Kadafi em Bengazi, com a adoção da Resolução 1970 pelo CSONU em Fevereiro. A Resolução foi aprovada por unanimidade e demandava que o governo líbio interrompesse as ações contra os civis, em desacordo com a comunidade internacional".

     

    Fonte: Pecequilo - Manual do Candidato Política Internacional

  • "Apesar dos apelos para uma acção unida e concertada para ajudar a acabar com a escalada da violência na Síria, o Conselho de Segurança não conseguiu aprovar uma resolução que teria ameaçado com sanções contra Damasco, devido aos votos negativos dos membros permanentes – Rússia e China."

    http://www.unric.org/pt/actualidade/30904-conselho-de-seguranca-nao-aprovou-resolucao-sobre-a-siria-secretario-geral-da-onu-decepcionado

  • ERRADO.

    Em outubro de 2011, Brasil, África do Sul, Índia e Líbano se abstiveram na votação de uma resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas que condenava duramente as autoridades sírias pela violenta repressão contra manifestantes pró-democracia e pedia o fim imediato dos abusos de direitos humanos. China e Rússia vetaram a resolução, que fora aprovada por Alemanha, Bósnia-Hezergóvina, Colômbia, Estados Unidos, França, Gabão, Nigéria, Portugal e Reino Unido.

  • Em fevereiro de 2011, o Brasil votou favorável a Resolução nº 1970 do CSNU sobre a situação na LÍBIA e não na Síria, como a questão fala!

  • Não foi só a Rússia que vetou, foram Rússia e China


ID
712192
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2012
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos



Com relação às revoltas populares que culminaram com a derrubada de regimes políticos na Tunísia, Egito e Líbia e deflagram guerras civis em outros países do Oriente Médio, julgue (C ou E) os seguintes itens.

Em tentativa anterior do Conselho de Segurança das Nações Unidas de aprovar resolução contra o regime de Bashar al-Assad, em outubro de 2011, o Brasil posicionou-se, juntamente com as potências ocidentais membros permanentes do Conselho, favoravelmente à aprovação da resolução.

Alternativas
Comentários
  • Cara Leila, a questão não diz que o Brasil fazia parte do Conselho de Segurança da ONU, mas se acompanhou o voto dos países

    ocidentais membros do Conselho.

  • É verdade, Antônio. Agora que percebi. 

    Abaixo está uma possível justificativa da questão:

    "O Brasil pede uma solução negociada e se opõe a resoluções condenatórias à Síria no Conselho de Segurança, argumentando que isso excluiria a possibilidade de diálogo.

    Na última quinta-feira, a representante interina do Brasil na ONU, Regina Dunlop, condenou a violência na Síria, mas defendeu um "processo político conduzido pelos sírios com a participação de todas as partes"."

    Fonte: http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2011/08/110822_siria_cdh_mm.shtml


ID
748291
Banca
ESAF
Órgão
MDIC
Ano
2012
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

A Associação de Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico (APEC) é uma entidade econômica multilateral dedicada à promoção do comércio e dos investimentos entre seus membros. Em relação à integração econômica em seu âmbito, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • CORRETA LETRA D
     
    Não é uma área de preferências tarifárias, é um fórum de discussão e com intenção de criação de uma área de livre comércio.

    Criada em 1989, e de acordo com os objetivos de Bogor (1994): free and open trade and investment in the Asia-Pacific by 2010 for industrialised economies and 2020 for developing economies



    What is Asia-Pacific Economic Cooperation?

    Asia-Pacific Economic Cooperation, or APEC, is the premier forum for facilitating economic growth, cooperation, trade and investment in the Asia-Pacific region.

    APEC is an intergovernmental grouping that operates on the basis of non-binding commitments, open dialogue and equal respect for the views of all participants. Unlike the WTO or other multilateral trade bodies, APEC has no treaty obligations required of its participants. Decisions made within APEC are reached by consensus and commitments are undertaken on a voluntary basis.

    APEC has 21 members - referred to as "member economies" - which account for approximately 40 percent of the world's population, approximately 55 percent of world GDP and about 44 percent of world trade.

    APEC's 21 Member Economies are Australia; Brunei Darussalam; Canada; Chile; People's Republic of China; Hong Kong, China; Indonesia; Japan; Republic of Korea; Malaysia; Mexico; New Zealand; Papua New Guinea; Peru; The Republic of the Philippines; The Russian Federation; Singapore; Chinese Taipei; Thailand; United States of America; Viet Nam.


    http://www.apec.org/About-Us/About-APEC.aspx

ID
1168867
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2014
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

No que se refere à política externa da China, da Índia e do Japão e às suas relações com o Brasil, julgue (C ou E) os itens seguintes.


Nos últimos anos, a política externa da Índia buscou substituir a identidade terceiro-mundista, que lhe impunha complexa agenda de negociações, por um perfil simplificado de polo geopolítico, ao impor-se aos EUA na questão nuclear e ao confrontar a China em disputas territoriais.

Alternativas
Comentários
  • O problema que identifiquei está em "ao impor-se aos EUA na questão nuclear".

    Na realidade, EUA e Índia assinaram acordo de cooperação nuclear em 2006. Procure por Hyde Act na internet.

  • ERRADA. O erro está em "Índia buscou substituir a identidade terceiro-mundista, que lhe impunha complexa agenda de negociações, por um perfil simplificado de polo geopolítico". Nenhum país busca simplificar seu perfil geopolítico e sua agenda de negociações.

    Houve pressão dos Estados Unidos para que a China assinasse o Pacto. Corrobora com isso o fato de o Pacto Nuclear entre os Estados Unidos e a Índia ter sido assinado em 2005 e ratificado pelo Parlamento Indiano apenas em 2008.

    O acordo prevê que os Estados Unidos cedam tecnologia e combustível nuclear para a Índia que, em troca, aceitará que inspetores internacionais supervisionem suas instalações nucleares civis.

    O governo da Índia disse que o acordo é vital para atender à sua demanda por energia.O reconhecimento da necessidade energética dos indianos, não modifica, entretanto, o fato de que, atrás do acordo, escondem-se outras intenções.

    Aspectos estratégicos e econômicos justificam o acordo entre os dois países, salientando que a Índia não assinou o Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares (TNP) e os EUA é um dos maiores defensores do TNP.

    A Índia havia sido proibida de entrar no mercado nuclear civil pelos termos de um embargo de 30 anos.

    A explicação para esta aproximação e, consequente, legitimação da nuclearização indiana por parte dos Estados Unidos deve-se a dois fatores:

    1. os Estados Unidos calcularam que não  teriam como reverter a nuclearização da Índia e que, portanto, caberia explorá-la da

    melhor forma possível. 

    2. perante a relativa fragilidade em razão do colapso soviético e do crescimento chinês, os Estados Unidos pretendem trazer a Índia para os esquemas estratégicos de seus país diante da alteração da correlação de forças na Ásia e no mundo pós-Guerra Fria. 

    DISPUTAS TERRITORIAIS ENTRE CHINA E ÍNDIA

    Dois territórios montanhosos localizados na Cordilheira do Himalaia, na fronteira entre China e Índia estão em disputa. 

    A primeira porção de terra disputada é Aksai Chin, território de tamanho equivalente ao da Suíça, que a Índia afirma ser parte da Caxemira e a China garante fazer parte da região de Xinjiang. 

    A segunda área pleiteada por ambos é a região de Arunachal Pradesh, quase do tamanho da Áustria, chamada pelos chineses de Tibete do Sul. 

    Em ambos os casos, o fato de chineses e indianos travarem uma guerra por seu controle causa espanto – as duas regiões são altíssimas e inóspitas, com poucos recursos naturais e escassos terrenos habitáveis. O que, então, os levou à guerra? 


  • Gabarito: ERRADO

     

    "A política externa indiana é tradicionalmente universalista, tendo exercido papel de liderança no G-77 e no Movimento dos Não Alinhados desde a década de 1960. Com o fim da Guerra Fria e com a gradativa ascensão indiana à condição de potência emergente, essa postura se manteve, complementada por um crescente ativismo multilateral - que passa pela contribuição com as Operações de Paz da ONU e pelo recurso ao Órgão de Solução de Controvérsias da OMC - e pela busca de diversas alianças estratégicas, como o Fórum IBAS (2003), Parceria Estratégica Índia-União Europeia (2004), Acordo Nuclear Índia-Estados Unidos (2006) e o agrupamento BRIC (2006), além de acordos comerciais com Mercosul e ASEAN." 

     

    Livro: Como Passar Concursos da Diplomacia e Chancelaria 1.600 Questões

  • Com a investidura de Narendra Modi no cargo de primeiroministro, em seguida à vitória eleitoral do Bharatiya Janata Party, em 2014, a Índia ingressou em uma fase particularmente assertiva de sua atuação exterior, em que busca reposicionar-se no plano internacional à luz de interesses econômicos e de segurança. Para o governo Modi, a Índia vinha desempenhando uma função de contrapeso, em vez de perseguir o papel de liderança que lhe caberia, na Ásia e no mundo. Sob essa perspectiva, tornam-se mais inteligíveis novas ênfases observadas no relacionamento da Índia com regiões e países essenciais para que se desenvolva e se legitime como potência de primeira ordem. A redefinição dos contornos da política externa indiana, ao longo destes três anos, é um processo de resultados ainda incertos, mas que tem avançado a passos rápidos e merece ser acompanhado pelo Brasil.

  • Nenhum país busca simplificar seu perfil geopolítico e sua agenda de negociações.


ID
1168873
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2014
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

No que se refere à política externa da China, da Índia e do Japão e às suas relações com o Brasil, julgue (C ou E) os itens seguintes.


A China busca, no plano de sua política externa, o crescimento e a estabilidade econômica, considerados necessários para garantir sua soberania e unidade territorial e sua afirmação como importante ator político global, o que explica a diversificação de suas iniciativas, quer no plano bilateral, mediante parcerias estratégicas, quer no multilateral, em foros como o BRICS e o BASIC.

Alternativas
Comentários
  • O objetivo da política externa chinesa é manter uma China forte, independente, poderosa e unida, e uma das grandes potências mundiais.

    DIVERSIFICAÇÃO DE SUAS INICIATIVAS

    A China mantém relações diplomáticas com mais de 130 países do mundo. Tem relações comerciais com o mundo inteiro. A China assinou, ou ratificou, ou aprovou, ou aderiu, ou reconheceu mais de 140 acordos ou convênios internacionais. E tem participado de mais de 380 organizações ou instituições internacionais, ampliando assim os seus contatos com o mundo exterior. 

    AFIRMAÇÃO DA CHINA COMO IMPORTANTE ATOR POLÍTICO 

    A China tornou-se um ator político e econômico de grande importância, com elevado crescimento das taxas de intercâmbio comercial.

    INTEGRAÇÃO TERRITORIAL

    Um dos desafios do governo chinês é preservar a integridade territorial de cerca de 9,5 milhões km², superando vulnerabilidades que remontam ao século XIX. A China esteve à beira de ser completamente fragmentada territorialmente, sob domínio estrangeiro e imerso em convulsões sociais, corrupção política e desorganização da economia nacional. Daí o objetivo da China perseguir a unidade territorial, evitando ameaças separatistas no Xinjiang e no Tibete e recuperando a ilha de Taiwan, depois da retomada de Hong Kong (1997) e Macau (1999).


  • As iniciativas estratégicas diversificadas e as densas relações econômicas bilaterais se refletem em visões comuns sobre os principais temas da agenda internacional, e, sobretudo a respeito da forma como os diversos mecanismos de governança global devem se adaptar à realidade contemporânea. Brasil e China coordenam sua atuação nos grandes organismos e foros internacionais e nas discussões sobre o funcionamento desses órgãos: na ONU, insistem na prevalência do multilateralismo e da resolução pacífica de conflitos; no G20, trabalham para adaptar os processos decisórios no FMI e no Banco Mundial; finalmente ambos os países participam ativamente das discussões da Agenda de Desenvolvimento Pós-2015. Os dois países participam, ademais, de importantes mecanismos de concertação plurilateral, tais como BRICS (foro que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e BASIC (no qual Brasil, África do Sul, Índia e China coordenam posições para as discussões de mudança do clima).

    Fonte: http://diplomaciapublica.itamaraty.gov.br/24-brasil-china/68-dialogo-estrategico-global-brasil-china


ID
1168888
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2014
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Acerca dos recentes desenvolvimentos no Oriente Médio, no Irã e no Iraque e das suas implicações para a política externa brasileira, julgue (C ou E) os itens seguintes.


A questão síria é mais simples que as questões iranianas e iraquianas, por se definir em termos geopolíticos clássicos, e requer solução que envolva decisivamente os EUA, a Rússia e a China, dadas as relativamente superficiais implicações para o Oriente Médio em termos étnicos, religiosos ou políticos.

Alternativas
Comentários
  • ERRADA

    Segundo a BBC Brasil a crise na Síria tem implicações profundas para o Oriente Médio.

    http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2011/04/110425_analise_siria_mv.shtml



  • " a questão Síria é mais simples" opa! Fissão nuclear no deserto é mais simples do que a questão síria....! infelizmente.


ID
1168891
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2014
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Acerca dos recentes desenvolvimentos no Oriente Médio, no Irã e no Iraque e das suas implicações para a política externa brasileira, julgue (C ou E) os itens seguintes.


A Declaração de Teerã e o Plano de Ação Conjunto de Genebra são semelhantes no que diz respeito ao tratamento da questão nuclear iraniana, por proporem essencialmente os mesmos passos para a sua solução, mas se diferenciam pelos contextos políticos distintos em que surgiram e por seus artífices, o que explica o fracasso da primeira e o êxito do segundo.

Alternativas
Comentários
  • Artigo que trata com detalhes desse assunto:

    http://contextointernacional.iri.puc-rio.br/media/v36n2a11.pdf

    Pela leitura do texto, acredito que o único erro da questão encontra-se no fato de que não é possível afirmar que o Plano de Ação Conjunto de Genebra obteve êxito, já que o mesmo ainda está com sua implementação em curso.

  • Kamenei descarta congelar programa nuclear do Irã por longo período:

    http://br.reuters.com/article/worldNews/idBRKBN0P32BL20150623

    Notícia atual que pode significar o fracasso do Plano de Ação Conjunto de Genebra...

  • Os passos para a solução da questão nuclear iraniana são distintos nos dois acordos. Um exemplo é que na Declaração de Teerã o Irã se compromete a depositar 1200 quilos de urânio enriquecido na Turquia, já o Plano de Ação de Genebra não prevê a retirada de urânio enriquecido do Irã.

  • O excelente artigo trazido pelo colega (http://contextointernacional.iri.puc-rio.br/media/v36n2a11.pdf) afirma que "embora formulados para atender ao mesmo objetivo, os dois acordos diferem em vários aspectos. Pelo menos três merecem atenção especial: o método de negociação e os atores envolvidos; a amplitude; e a essência formal dos acordos firmados". 


ID
1168897
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2014
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Acerca dos recentes desenvolvimentos no Oriente Médio, no Irã e no Iraque e das suas implicações para a política externa brasileira, julgue (C ou E) os itens seguintes.


Iniciada com a virada do século, a Primavera Árabe, caracterizada pela série de manifestações que mudou governos nos países árabes, especialmente no norte da África, promoveu a consolidação de regimes democráticos na região e influenciou positivamente as negociações entre Israel e Palestina.

Alternativas
Comentários
  • A Primavera Árabe é um fator de desestabilização política da região, o que leva a uma redução do apoio dos países da região à Palestina. Isso faz com que desvie-se a atenção do tema palestino, complicando a sua resolução.

  • Em 2011, eclodiu no Oriente Médio e no norte da África uma série de manifestações contrárias aos regimes políticos autoritários e centralizadores. Este conjunto de levantes populares, conhecido por Primavera Árabe, começou na Tunísia e se espalhou por diversos países da região, como Egito, Líbia, Síria, Iêmen e Bahrein, gerou violência, mortes, frustrações e dúvidas quanto às mudanças práticas.


ID
1626889
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2015
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

É difícil aquilatar a importância relativa do conflito árabe com o Estado de Israel e, dentro dele, a questão Palestina na crise atual do Oriente Médio. Boa parte dos processos internos e inclusive dos conflitos externos no mundo muçulmano independe da existência desse conflito. Por outro lado, seu papel no discurso de legitimação — tanto interno como externo — dos diferentes governos, grupos políticos e correntes ideológicas, como a Irmandade Muçulmana, a Al-Qaeda e o ISIS, não pode ser ignorado.

Bernardo Sorj. Decifrando a crise no Oriente Médio. In: Revista Política Externa. São Paulo: KPM Editora, vol. 23, mar./2015 (com adaptações)

Tendo o texto acima como referência inicial, julgue (C ou E) o seguinte item, relativos à situação política no Oriente Médio e no mundo islâmico em geral.

A Irmandade Muçulmana contou com apoio irrestrito das autoridades sauditas nas últimas décadas, apesar de sua oposição à intervenção norte-americana no Kuwait e, depois, no Iraque. Entretanto, os sauditas apoiaram a deposição de sua liderança no Egito quando ela sinalizou sua disposição em dialogar com o Irã e, em 2015, o governo saudita declarou a Irmandade Muçulmana uma organização terrorista.

Alternativas
Comentários
  • Realmente a Irmandade contou por muito tempo com o apoio saudita e foi justamente por ter apoiado invasão do Kwait por Saddam Hussein que começou a cair em desgraça com a casa real saudita, visto que Arábia Saudita participou da Coalizão Internacional liderada pelos EUA para a desocupação do Kwait. No entanto, a Arábia Saudita, foi contra a intervenção norte americana no Iraque. 

    Em relação a segunda parte da assertiva, Morsi havia mesmo tentado uma aproximação com Teerã. O outro erro é que governo saudita declarou a Irmandade organização terrorista em 2014, e não em 2015.

  • "Apoiada até recentemente pela Arábia Saudita, a Irmandade Muçulmana tem se distanciado dos sauditas e com eles entrado em conflito nas últimas décadas. Inicialmente, por sua oposição à intervenção americana no Kuwait e, depois, no Iraque. Quando o governo da Irmandade no Egito deu sinais de querer o diálogo com o Irã, os sauditas apoiaram sua deposição. Em 2014, o governo saudita declarou a Irmandade Muçulmana uma organização terrorista."

    Fonte: Bernardo Sorj. Decifrando a crise no Oriente Médio. In: Revista Política Externa. São Paulo: KPM Editora, vol. 23, mar./2015

  • O único erro do item é que a declaração ocorreu em 2014, e não 2015. É um absurdo a banca cobrar tamanha insignificância em um concurso público.

  • Vinícius Gonçalves,

    creio que não é o único erro porque a a assertiva afirma:

    A Irmandade Muçulmana contou com apoio irrestrito das autoridades sauditas nas últimas décadas, apesar de sua oposição à intervenção norte-americana no Kuwait...

    Ou seja, pela afirmativa, o apoio era irrestrito mesmo depois da intervenção americana no Kuwait. Entretanto, segundo o trecho da reportagem que o Pedro Camilo reproduziu e como também apontado pelo Victor Hugo, é a partir do episódio da guerra do Kuwait que a relação com a Arábia Saudita passa a ter problemas, então a partir dali o apoio não pode ser mais considerado irrestrito

  • Resposta errada.

    dois erros fundamentais na questão:

    A Irmandade Muçulmana contou com apoio irrestrito das autoridades sauditas nas últimas décadas, apesar de sua oposição à intervenção norte-americana no Kuwait e, depois, no Iraque. Entretanto, os sauditas apoiaram a deposição de sua liderança no Egito quando ela sinalizou sua disposição em dialogar com o Irã e, em 2015, o governo saudita declarou a Irmandade Muçulmana uma organização terrorista.

    a Irmandade muçulmana (q é sufista) surgiu no Egito, no inicio do século XX. Durante o governo de Nasser, muitos filiados à Irmandade se refugiaram na Arábia Saudita, foram bem recebidos e, em grande medida, se integraram a sociedade saudita. Porém, após a Revolução Islâmica do Irã em 1979, esse apoio saudita começa a arrefecer. Pense que os Sauditas são focados em manter o status quo e estabilidade do reino, sunita, e uma revolução sectária é um grande ameaça a esse status quo. Por isso, se arrefece ja nos anos 80-90 o apoio a I.M., numa escalada de tensões longa que tem no ponto máximo a declaração da IM como grupo terrorista em 2014. O erro principal da questão , portanto, é dizer que houve apoio irrestrito nas ultimas décadas (questão de 2015).


ID
1626892
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2015
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

É difícil aquilatar a importância relativa do conflito árabe com o Estado de Israel e, dentro dele, a questão Palestina na crise atual do Oriente Médio. Boa parte dos processos internos e inclusive dos conflitos externos no mundo muçulmano independe da existência desse conflito. Por outro lado, seu papel no discurso de legitimação — tanto interno como externo — dos diferentes governos, grupos políticos e correntes ideológicas, como a Irmandade Muçulmana, a Al-Qaeda e o ISIS, não pode ser ignorado.

Bernardo Sorj. Decifrando a crise no Oriente Médio. In: Revista Política Externa. São Paulo: KPM Editora, vol. 23, mar./2015 (com adaptações)

Tendo o texto acima como referência inicial, julgue (C ou E) o seguinte item, relativos à situação política no Oriente Médio e no mundo islâmico em geral.

A Guerra Civil na Síria é particularmente complexa: tanto a Arábia Saudita como a Turquia e a Irmandade Muçulmana (inclusive o Hamas) opõem-se ao governo de Bashar al-Assad, mas cada um deles apoia grupos diferentes de rebeldes, enquanto o governo de Damasco é apoiado pelo Irã, pela Rússia e pelo Hizbollah, que, por sua vez, é um aliado do Hamas no conflito com Israel.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: Certo


    Quem luta contra quem na guerra da Síria:



    EUA: Opõem-se a Assad e ao "EI" e apoiam grupos rebeldes moderados.


    Rússia: Opõe-se ao Estado Islamico e outros rebeldes, mas apoia Assad.


    Irã: Opõe-se ao "Estado Islâmico" e a militantes islâmicos de orientação sunita. Apoia o governo de Assad.


    Arábia Saudita: Opõe-se a Assad. Apoia os rebeldes sunitas.


    Turquia: Apoia a coalizão liderada pelos EUA e também grupos rebeldes. Opõe-se ao regime de Assad e a separatistas curdos.




  • "Caso igualmente complexo é o da Guerra Civil na Síria, onde tanto a Arábia Saudita como a Turquia e a Irmandade Muçulmana (inclusive o Hamas) se opõem ao governo de Bashar al-Assad, mas cada um deles apoia grupos diferentes de rebeldes. Por sua vez, o governo de Damasco é apoiado pelo Irã, pela Rússia e pelo Hizbollah, que por sua vez é um aliado objetivo do Hamas no conflito com Israel."

     

    Fonte: Bernardo Sorj. Decifrando a crise no Oriente Médio. In: Revista Política Externa. São Paulo: KPM Editora, vol. 23, mar./2015

  • Quem luta contra quem na guerra da Síria:

    EUA: Opõem-se a Assad e ao "EI" e apoiam grupos rebeldes moderados.

    Rússia: Opõe-se ao Estado Islamico e outros rebeldes, mas apoia Assad.

    Irã: Opõe-se ao "Estado Islâmico" e a militantes islâmicos de orientação sunita. Apoia o governo de Assad.

    Arábia Saudita: Opõe-se a Assad. Apoia os rebeldes sunitas.

    Turquia: Apoia a coalizão liderada pelos EUA e também grupos rebeldes. Opõe-se ao regime de Assad e a separatistas curdos.


ID
1626895
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2015
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

É difícil aquilatar a importância relativa do conflito árabe com o Estado de Israel e, dentro dele, a questão Palestina na crise atual do Oriente Médio. Boa parte dos processos internos e inclusive dos conflitos externos no mundo muçulmano independe da existência desse conflito. Por outro lado, seu papel no discurso de legitimação — tanto interno como externo — dos diferentes governos, grupos políticos e correntes ideológicas, como a Irmandade Muçulmana, a Al-Qaeda e o ISIS, não pode ser ignorado.

Bernardo Sorj. Decifrando a crise no Oriente Médio. In: Revista Política Externa. São Paulo: KPM Editora, vol. 23, mar./2015 (com adaptações)

Tendo o texto acima como referência inicial, julgue (C ou E) o seguinte item, relativos à situação política no Oriente Médio e no mundo islâmico em geral.

Entre as dificuldades identificadas pelos analistas para a modernização do mundo islâmico estão a persistência dos laços de família ampliada e da lealdade aos clãs, que limitam a afirmação individual; a reação patriarcal frente a um mundo ocidental que aprofunda a liberação feminina; e os problemas de pobreza e de baixo nível de escolaridade, que facilitam a entrada de organizações paraestatais que proveem serviços sociais.

Alternativas
Comentários
  • "Além dos processos sociais desestabilizadores mencionados anteriormente, diferentes autores enfatizam outros fatores que dificultam a modernização do mundo islâmico: a persistência dos laços de família ampliada e lealdades aos clãs, que limitam a individualização; a reação patriarcalista frente a um mundo ocidental que aprofunda a liberação feminina; características intrínsecas da religião muçulmana que travam o surgimento de tendências reformistas; além dos problemas de pobreza e de baixo nível de escolaridade, que facilitam a entrada de organizações paraestatais que provêm serviços sociais."

     

    Fonte: Bernardo Sorj. Decifrando a crise no Oriente Médio. In: Revista Política Externa. São Paulo: KPM Editora, vol. 23, mar./2015


ID
1626898
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2015
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

É difícil aquilatar a importância relativa do conflito árabe com o Estado de Israel e, dentro dele, a questão Palestina na crise atual do Oriente Médio. Boa parte dos processos internos e inclusive dos conflitos externos no mundo muçulmano independe da existência desse conflito. Por outro lado, seu papel no discurso de legitimação — tanto interno como externo — dos diferentes governos, grupos políticos e correntes ideológicas, como a Irmandade Muçulmana, a Al-Qaeda e o ISIS, não pode ser ignorado.

Bernardo Sorj. Decifrando a crise no Oriente Médio. In: Revista Política Externa. São Paulo: KPM Editora, vol. 23, mar./2015 (com adaptações)

Tendo o texto acima como referência inicial, julgue (C ou E) o seguinte item, relativos à situação política no Oriente Médio e no mundo islâmico em geral.

A Irmandade Muçulmana, que foi organizada na Arábia Saudita em 1928 como reação à influência ocidental, defende, entre outras ideias, a implantação da Charia (lei corânica) e a unificação do mundo muçulmano, a ser imposta pela propaganda e pela força.

Alternativas
Comentários
  • NO EGITO!

  • A Irmandade Muçulmana foi organizada no Egito, em 1928 por um professor chamado Hassan Al-Banna.

  • "A Irmandade Muçulmana se organizou no Egito em 1928 como reação à influência ocidental, propondo a implantação da Xaria (lei corânica), a unificação do mundo muçulmano e a disposição a morrer nessa luta."

     

    Fonte: Bernardo Sorj. Decifrando a crise no Oriente Médio. In: Revista Política Externa. São Paulo: KPM Editora, vol. 23, mar./2015

  • No episódio de hj aprendemos que a Cespe espera que os candidatos sejam enciclópedias humanas.

  • Gabarito: ERRADO

     

    "Em primeiro lugar, a Irmandade Mulçumana nasceu no Egito, em 1928, como um grupo político-religioso pan-islâmico de forte viés anti-imperialista e antiocidental. Seu objetivo é estabelecer o Corão, livro sagrado islâmico, e a Sunna, conjunto de ensinamentos do Profeta Maomé, como o ponto de referência para organização da vida islâmica familiar, individual, comunitária e governamental. Os meios para a realização deste fim envolvem a união dos países islâmicos para libertá-los do imperialismo e a promoção de educação religiosa e trabalho comunitário. Até a década de 1970, de fato, o grupo pregava o uso da força como parte do processo de libertação dos povos mulçumanos. A partir de então, a Irmandade Mulçumana oficialmente renunicou à violência e passou, ao menos no discurso, a defender princípios democráticos."

     

    Livro: Como Passar Concursos da Diplomacia e Chancelaria - 1.600 Questões Comentadas


ID
2017525
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2016
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Desde o advento das reformas empreendidas por Deng Xiaoping — a partir de 1978 —, a China experimenta uma inserção crescente, ampla e contínua na economia global, em termos de crescimento econômico, inovação, investimentos, expansão de infraestrutura, geração de energia, ampliação de mercados e diversificação de exportações. A respeito da expansão dos interesses e da diplomacia econômica chinesa, julgue (C ou E) o item subsequente.

Em abril de 2016, a China anunciou programa de exploração de nova rota marítima, na região do Ártico, como forma de expandir suas linhas comerciais no hemisfério norte.

Alternativas
Comentários
  • No dia 8 de agosto, um banal cargueiro chinês de 19 mil toneladas saiu de Dalian, no Nordeste da China, em direção ao maior porto europeu, Roterdã, na Holanda, onde deve chegar no dia 11 de setembro. Muitos navios cruzam os oceanos entre os portos chineses e Roterdã todo ano. Mas a viagem desse cargueiro chinês, o Yong Sheng, que está levando equipamento pesado e aço para a Europa, tem um grande significado histórico.

     

    Em vez de tomar a rota tradicional, passando pelo sul da China, o Oceano Índico e o Canal de Suez, o Yong Sheng vai pelo norte, cortando pelos mares gelados do Oceano Ártico. Tomando pela primeira vez um atalho que reduz a viagem de 48 dias para 35 dias, o cargueiro deslanchou uma revolução no transporte e na geopolítica global.

     

    http://noticias.uol.com.br/blogs-e-colunas/coluna/luiz-felipe-alencastro/2013/08/19/nova-rota-maritima-pelo-artico-pode-alterar-comercio-exterior-brasileiro.htm

  • O interesse no Ártico como via de transporte surgiu especialmente por conta do degelo permanente detectado na área. O governo chinês tem conhecimento dessas mudanças no clima e no meio ambiente do Ártico. O grupo Cosco (China Ocean Shipping Company), uma das maiores empresas ​​de transporte global, fez grandes investimentos para estudar todas as oportunidades de aumentar a presença de transporte chinês na rota do Norte. Ao mesmo tempo, a indústria naval chinesa intensificou a construção de quebra-gelos.

    Em 1993, a China que presta atenção em tudo, comprou o quebra-gelo mais poderoso da época da Ucrânia, o Xuelong (Dragão de Neve) e agora está construindo uma frota de quebra-gelos. Pequim tem ambições fortes no Ártico e junto com a empresa finlandesa Aker Arctic Technology esteve construindo inteiramente seu primeiro quebra-gelo de produção própria em um estaleiro chinês, em Xangai, Xuelong 2 (Dragão de Neve-2) que deverá entrar em operação ainda este ano (2019).

    A embarcação está equipada com diversos instrumentos científicos e deverá ser usada tanto em expedições à Antártida quanto ao Oceano Ártico.


ID
2017528
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2016
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Desde o advento das reformas empreendidas por Deng Xiaoping — a partir de 1978 —, a China experimenta uma inserção crescente, ampla e contínua na economia global, em termos de crescimento econômico, inovação, investimentos, expansão de infraestrutura, geração de energia, ampliação de mercados e diversificação de exportações. A respeito da expansão dos interesses e da diplomacia econômica chinesa, julgue (C ou E) o item subsequente.

Não obstante a expansão da oferta chinesa de bens e serviços de alto valor agregado, o país defronta-se com claros limites à expansão de sua competitividade global, diante do estancamento dos seus índices de produtividade do trabalho, desde meados da década passada.

Alternativas
Comentários
  • Segundo Tanguy, de fato, houve um estancamento nos índices de produtividade do trabalho na China, mas esse é um fenômeno recente, e não vindo da década passada, o que torna a assertiva incorreta. A China tem dificuldades em fazer com que o trabalho seja mais produtivo dado ao fato de que a produtividade lá já é muito alta. Quando se atinge um determinado patamar de produtividade, é difícil crescer mais ainda.

  • Tem a questão de *alto valor agregado* que me parece deixá-la errada também.
  • para mim, eu coloquei errado por causa do trecho onde aparece "com claros limites à expansão de sua competitividade global"


ID
2017531
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2016
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Tendo-se tornado a segunda potência econômica mundial neste século — e mesmo a primeira, com base em critérios de poder paritário de compra —, a China iniciou, sob a presidência do premier Xi Jinping, movimento de intensificação de sua influência global, forjando parcerias e expandindo seus interesses políticos em todos os quadrantes do mundo. Julgue (C ou E) o próximo item, no que se refere a ações prioritárias da política externa chinesa na presente década.

Diante da nova preeminência política da China no cenário global, o país tem reconsiderado, em foros internacionais recentes — como na cúpula dos BRICS, em Fortaleza, em 2014, e na reunião de chanceleres da CELAC, em Pequim, em 2015 —, sua tradicional oposição à reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas, por meio do apoio à fórmula que contempla o acréscimo de seis novos membros permanentes com direito de veto, a maioria dos quais países não industrializados.

Alternativas
Comentários
  • ERRADO. Esta referida fórmula que incluiria seis membros permanentes no CSNU, teria entre esses membros o Japão, hipótese que a China não admite, ainda que possa se mostrar simpática à candidatura de países como o Brasil.
  • ERRADO.

     

    A Rússia e a China, ambos membros do BRICS com um assento permanente no Conselho de Segurança, evitam a adoção de uma posição firme quando pressionado pelos três países do BRICS que buscam admissão ao CSNU - Brasil, Índia e África do Sul.  

    No caso de um impulso global em favor da reforma, A China, não gostaria de ser vista como principal obstáculo na adaptação do CSNU às realidades do século 21. A China pode estar despreocupada com uma representação mais forte para o Brasil, e até mesmo a preocupação de Pequim sobre a Índia pode ser menor do que geralmente se supõe.

    No entanto, a reforma do G4 também traria o Japão ao Conselho de forma permanente, uma modificação para a qual a China continua a ser fortemente contrária.

     

    Outro erro, seria em dizer " a maioria dos quais países não industrializados. "


ID
2017534
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2016
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Tendo-se tornado a segunda potência econômica mundial neste século — e mesmo a primeira, com base em critérios de poder paritário de compra —, a China iniciou, sob a presidência do premier Xi Jinping, movimento de intensificação de sua influência global, forjando parcerias e expandindo seus interesses políticos em todos os quadrantes do mundo. Julgue (C ou E) os próximos itens, no que se refere a ações prioritárias da política externa chinesa na presente década.

O incremento do prestígio político da China nos últimos anos pode ser aquilatado pelo novo modelo de relação entre potências (new model of great power relations), sugerido pelos chineses aos EUA em 2013 e adotado no final de 2014, durante o encontro dos presidentes Barack Obama e Xi Jinping, em Washington.

Alternativas
Comentários
  • "...the ‘“new type of major power relations” concept that Xi proposed – once again – when last he met with Obama, which was at the informal Sunnylands summit in June 2013. While China has been making efforts to promote this new concept, the U.S. has been reluctant to embrace it for a number of reasons".

  • Parece-me que há dois erros na questão e eles estão no seguinte trecho "adotado no final de 2014, durante o encontro dos presidentes (...) em Washington" .

     

    O primeiro, mais óbvio, é que o encontro entre os presidentes não ocorreu em Washington, mas na California.

    O segundo, mais sutil, é que o citado "new model of great power relations" trata-se muito mais de um discurso do presidente chinês, como forma de indicar o que se espera das relações entre os dois países, do que uma proposta de acordo, a qual exigiria reconhecimento e adoção formal dos EUA. Esse discurso basicamente expressa o desejo chinês por relações de "mutual respect, win-win cooperation, and no conflict or confrontation".

    http://www.nytimes.com/2013/06/09/world/asia/obama-and-xi-try-building-a-new-model-for-china-us-ties.html
    https://www.foreignaffairs.com/articles/china/2017-04-04/tillerson-speaks-chinese?cid=int-now&pgtype=hpg®ion=br1

     

  • "Em junho de 2013, foi realizado, na Califórnia, o primeiro encontro entre os presidentes Xi Jinping e Barack Obama, no qual se definiu um novo conceito, um “novo tipo de relação entre as grandes potências”, para guiar o complexo relacionamento entre os dois países (ZONGYOU, 2014). A ideia consiste em aumentar o compromisso e a confiança entre ambos mediante a criação de novos canais de comunicação. De acordo com Suicheng Zhao (2014), a construção de um novo tipo de relações entre as grandes potências inclui três características essenciais: 1) a ausência de conflito ou confronto; 2) o respeito mútuo; e 3) a cooperação para que todos saiam ganhando."

     

    http://oaji.net/articles/2015/2137-1449322953.pdf

     

  • Conceito proposto pela China porém que os Estados Unidos na Administração Obama estava relutante em utilizar.

     

     

  • Errado

     

     

    Significado de Aquilatado: adjetivo Cujos quilates foram determinados .Avaliado, apurado, qualificado.Aperfeiçoado


     


ID
2017537
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2016
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Tendo-se tornado a segunda potência econômica mundial neste século — e mesmo a primeira, com base em critérios de poder paritário de compra —, a China iniciou, sob a presidência do premier Xi Jinping, movimento de intensificação de sua influência global, forjando parcerias e expandindo seus interesses políticos em todos os quadrantes do mundo. Julgue (C ou E) o próximo item, no que se refere a ações prioritárias da política externa chinesa na presente década.

No tocante às relações China-Rússia, Pequim absteve-se na votação da Resolução n.º 68/262 da Assembleia-Geral das Nações Unidas, referente à integridade territorial da Ucrânia — ainda que tenha subsequentemente demonstrado respeito pela independência, pela soberania e pela integridade territorial daquele país —, tendo em vista suas sensibilidades específicas em relação ao Tibet.

Alternativas
Comentários
  • A Rússia vetou nas Nações Unidas uma resolução pra barrar o referendo de amanhã - que vai decidir o futuro da região autônoma da Crimeia.

    A Rússia está cada vez mais isolada na comunidade internacional. Foi o único país a votar contra uma resolução no Conselho de Segurança da ONU, que pede respeito à soberania da Ucrânia e condena o referendo de amanhã.

    Nem mesmo a China, grande parceira comercial da Rússia, usou seu poder de veto - optando por se abster da votação.

    http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2014/03/russia-veta-resolucao-da-onu-que-tentava-impedir-referendo-na-crimeia.html

  • GABARITO: CERTO

    A China, de fato, se absteve, mas, de modo discreto, demonstrou seu desagrado ao afirmar que era importante respeitar a integridade territorial e a independência. 

    A China não quis contrariar a Rússia, todavia questões separatistas são delicadas para ela, e para outros países de grande extensão territorial ou que tenham movimentos separatistas. Aflinge a China a questão do Tibet e uma possível vontade russa de querer anexar a região. 

  • Onde està o gabarito dessas questoes, voces sabem ? O gabarito vai somente até a questão 73

  • essa questão representa exatamente aquele ditado popular que diz "quem tem telhado de vidro, tem medo de jogar pedra no telhado dos outros"

  • Lembrar que tanto Brasil como China se abstêm em resoluções multilaterais (CSNU, AGNU) relativas à Crimeia. Ainda assim, nenhum dos dois reconhece a anexação de 2014.


ID
2017540
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2016
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Tendo-se tornado a segunda potência econômica mundial neste século — e mesmo a primeira, com base em critérios de poder paritário de compra —, a China iniciou, sob a presidência do premier Xi Jinping, movimento de intensificação de sua influência global, forjando parcerias e expandindo seus interesses políticos em todos os quadrantes do mundo. Julgue (C ou E) o próximo item, no que se refere a ações prioritárias da política externa chinesa na presente década.

O aumento da influência política chinesa no mundo correspondeu a um aumento da rivalidade com o Japão nos campos político, de defesa e militar, diante de fatos como a adoção, pelos japoneses, de uma nova diretiva de defesa nacional, o fim da proibição de exportações de armas e o aumento do orçamento de defesa.

Alternativas
Comentários
  • TÓQUIO (Reuters) - Uma legislação que muda drasticamente a política de segurança do Japão, podendo permitir o envio de tropas ao exterior pela primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial, foi aprovada por um comitê da câmara baixa do Parlamento japonês nesta quarta-feira, desencadeando grandes protestos da população contra a alteração.

    O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, diz que uma postura defensiva mais enfática, saudada pelo grande aliado Washington, é vital para enfrentar novos desafios, como aqueles impostos por uma China cada vez mais assertiva.



    Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/mundo/nova-politica-de-seguranca-japonesa-avanca-desencadeia-protestos-pelo-pais-16769169.html#ixzz4gyB2wOyE

  • Os recentes testes nucleares realizados pela Coreia do Norte, além do avanço de instalações militares no Mar do Sul da China, por parte do governo de Pequim, têm causado grande preocupação por parte do Japão.

    Desse modo, Tóquio tem revisto sua posição não belicista, consagrada em sua Constituição "Pacifista", famosa pela renúncia do direito de declarar guerra presente no artigo 9. Essa emenda está sendo revista pelo governo de direita do atual Primeiro Ministro Shinzo Abe, eleito em 2012. Abe acabou com os cortes no orçamento militar do país quando assumiu o poder naquele ano.

    Além disso, o Japão suspendeu a proibição de vender armas ao exterior que havia imposto a si mesmo (autoproibição) na década de 1960, em um contexto de tensão regional, principalmente com a China. Durante a Guerra Fria, o Japão decidiu proibir as exportações de armas a) para os países comunistas, b) para os que se encontravam sob um embargo da ONU às vendas de armas e c) para os países envolvidos em conflitos internacionais.

    As restrições foram reforçadas em 1976, resultando na proibição total de venda de armas. O governo de Abe aprovou uma nova doutrina para substituir a proibição que vigorava desde 1967.

    A decisão para levantar a proibição foi estudada durante vários anos, e foi apressada para estimular as indústrias de exportação, principalmente depois que a crise econômica afetou os setores de eletrônica e a indústria automobilística.

    Elaboração própria, com base nos portais G1 e JusBrasil.

  • Inclusive está na pauta tirar a proibição de ter um exército próprio. A chamada Constituição passifista está sendo revisada.


ID
2017555
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2016
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

A respeito das relações internacionais no Oriente Médio, julgue (C ou E) o item que se segue.


O grupo islâmico Hamas tem contabilizado sucessivas vitórias nas eleições legislativas ocorridas na Faixa de Gaza, que são realizadas regularmente desde 2006, para mandatos de quatro anos.

Alternativas
Comentários
  • O Conselho Legislativo da Palestina foi criado em 1995 em resultado do Acordo de Oslo II (também denominado Acordo Interino ou Acordo de Taba).

    As primeiras eleições para o Conselho Legislativo da Palestina ocorreram em 1996. Neste ano consagrou-se como partido vencedor das eleições a Fatah, de Yasser Arafat. 

  • Segundo Tanguy, de 2006 para cá, houve apenas uma tentativa de eleições, que não foi adiante porque acabou em violência.

     

    No ano de 2006, a Palestina (Gaza + Cisjordânia) teve eleições legislativas, e o Hamas venceu essas eleições. Isso veio de encontro à expectativa de que o Hamas ganharia. Desde então, na prática, houve uma divisão do território palestino: a Faixa de Gaza ficou nas mãos do Hamas; e a Cisjordânia, que tem mais força, ficou com o Fatah. Existe um proc. de acomodação intl. com o Fatah, que vem sendo cada vez mais aceito. Sob a bandeira do Fatah, a Palestina já foi, p. ex., aceita como membro observador da ONU.

  • ERRADA. Não tiveram sucessivas eleições a última realizada foi em 2006.

     

    O grupo palestino islâmico Hamas afirmou ter dissolvido sua administração em Gaza e disse concordar com a realização de eleições gerais para acabar com uma prolongada disputa com o movimento Fatah, do presidente Mahmoud Abbas.

    A última eleição legislativa palestina foi realizada em 2006, quando o Hamas obteve uma vitória surpresa, que preparou o terreno para uma ruptura política. Hamas e Fatah travaram uma curta guerra civil em Gaza em 2007 e, desde então, o Hamas governou o pequeno enclave costeiro.

    https://oglobo.globo.com/mundo/hamas-dissolve-administracao-em-gaza-concorda-com-eleicao-na-palestina-21833830#ixzz56YBmGNVF 
    stest 

  • Não consigo imaginar coisas acontecendo com regularidade na Faixa de Gaza por tanto tempo...


ID
2017558
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2016
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

A respeito das relações internacionais no Oriente Médio, julgue (C ou E) o item que se segue.

A demissão em massa de funcionários públicos ligados ao Partido Ba’ath, de Saddam Hussein, no contexto subsequente à invasão do Iraque, em 2003, contribuiu para ampliar a instabilidade política, econômica e social do país.

Alternativas
Comentários
  • Os baathistas tomaram o poder no Iraque pela primeira vez em 1963, mas foram depostos vários meses depois. Organização regional do partido governou o país entre 1968 e 2003, por muitos anos sob a liderança de Saddam HusseinO Partido Baath foi proibido em 2003 pela Autoridade Provisória da Coalizão após a invasão do Iraque.

  • A dissolução tanto do exército baathista, como da antiga infraestrutura governamental, pelas potências ocidentais acabou levando o país ao caos, virando o Iraque numa zona de guerra.

    1) Grupos xiitas e sunitas armaram-se e começaram um movimento de resistência contra as forças da coalizão ocidental.
    2) Rebeldes começam a combater não só os americanos mas uns aos outros, dando início a um sangrento conflito de caráter sectário e religioso.
    3) Diversas facções como o chamado "Exército Mahdi", uma milícia xiita, e a Al-Qaeda, primordialmente sunita, começaram, a partir de 2004, sangrentos embates por todo o país.

    Nem mesmo a instalação de um parlamento democraticamente eleito em 2005 (o primeiro em décadas) conseguiu por um fim na violência sectária e religiosa que assolava o Iraque.

  • aos nao assinantes, certo.


ID
2017561
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2016
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

A respeito das relações internacionais no Oriente Médio, julgue (C ou E) o item que se segue.

O caráter religioso do regime iniciado com a Revolução Iraniana de 1979 foi referendado pela maioria da população, que optou pelo modelo da República Islâmica em detrimento da monarquia.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: Certo

     

    O dia dois de dezembro de 2016 marcou  o 37º aniversário da adopção da Constituição da República Islâmica do Irã. Naquele dia, após a queda da monarquia e a vitória da Revolução Islâmica, foi aprovada por referendo (02 de dezembro de 1979) a nova Constituição, que substituiu a de 1906. Ela foi desenvolvida pela Assembleia constituinte e com a aprovação de esmagadora de 99% dos votos favoráveis. O objetivo desta lei é, acima de tudo, uma expressão dos ideais consagrados na Revolução Islâmica que se baseia em um sistema de valores da democracia religiosa. 

     

    Fonte: http://parstoday.com/pt/radio/iran-i13939-especial_por_motivo_do_dia_da_constitui%C3%A7%C3%A3o_da_rep%C3%BAblica_isl%C3%A2mica_do_ir%C3%A3

  • Revolução Iraniana, ocorrida em 1979, transformou o Irã - até então comandado pelo Xá Mohammad Reza Pahlevi - de uma MONARQUIA  AUTOCRÁTICA pró-Ocidente, em uma REPÚBLICA ISLÂMICA TEOCRÁTICA sob o comando do aiatolá Ruhollah Khomeini. Para efeito de análise histórica, a Revolução Iraniana é dividida em duas fases:

    na primeira fase, houve uma aliança entre grupos liberais, grupos de esquerda e religiosos para depor o xá;

    na segunda, frequentemente chamada Revolução Islâmica, viu-se a chegada dos aiatolás ao pode

  • Questão vergonhosa. Dá a entender que um referendo obviamente fraudado (resultado de 99% a favor da Revolução Islâmica) foi um instrumento político legítimo.

  • "Em 1º de abril, depois de um referendo, foi proclamada a República Islâmica do Irã, uma teocracia que confere grandes poderes ao seu líder supremo. O cargo foi inicialmente ocupado por Khomeini e, desde a morte deste, em 1989, por Ali Khamenei." Fonte: Carta Capital - https://www.cartacapital.com.br/mundo/ira-os-fatos-que-precederam-a-revolucao-islamica/

    "(...) foi realizado um referendo sobre a substituição da monarquia por uma "República Islâmica" - um termo não definido na cédula. Apoiando a votação e a mudança estavam o Partido Republicano Islâmico, o Movimento pela Liberdade do Irã, a Frente Nacional, o Partido da República Popular Muçulmana e o Partido Tudeh. Exortando um boicote estavam a Frente Democrática Nacional, Fadayan, e vários partidos curdos. Khomeini pediu um grande comparecimento, e a maioria dos iranianos apoiou a mudança. Após a votação, o governo anunciou que 98,2% haviam votado a favor, e Khomeini declarou o resultado uma vitória dos 'oprimidos contra os arrogantes'." Fonte: Wikipedia

    "O novo regime, depois de eliminar as forças seculares que participaram da revolta, criou um sistema de governo que misturava a teocracia com métodos eleitorais parlamentares (...)" Fonte: Decifrando a crise no Oriente Médio - Bernardo Sorj

    "A Revolução Iraniana fez soar os alarmes na Arábia Saudita. Por um lado, mostrou os perigos de regimes que dispensam o apoio do clero. Por outro, fez surgir um modelo de Estado islâmico alternativo, liderado por outra corrente do Islã, o xiismo, que combinava o poder clerical com formas parlamentares e se mostrava mais aberto à participação da mulher na sociedade e aderente a um projeto nacional sustentado no desenvolvimento social, científico e tecnológico".

    Fonte: Decifrando a crise no Oriente Médio - Bernardo Sorj


ID
2017564
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2016
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

A respeito das relações internacionais no Oriente Médio, julgue (C ou E) o item que se segue.

O Irã tem sido acusado por outros países do Oriente Médio de, aproveitando-se do contexto da denominada “Primavera Árabe”, estimular a sublevação de populações xiitas contra os seus governantes sunitas, como estratégia de busca de hegemonia regional.

Alternativas
Comentários
  • O Iêmen é um exemplo de país do Oriente Médio que criticou o Irã e até rompeu "totalmente" as relações diplomáticas com o país, por conta de seu suposto apoio ao movimento rebelde xiita. 

     

    Mais informações em: https://br.sputniknews.com/mundo/201510022308125-iemen-corta-relacoes-diplomaticas-com-ira/

  • O Irã é uma República Islâmica de caráter Xiita e revolucionário. A exportação da sua ideologia é uma considerada uma ameaça a estabilidade dos países sunitas, que são em sua maioria monarquistas, como a Arábia Saudita e os Emirados Árabes. A partir daí começam os alinhamentos políticos e estratagemas. É quase uma versão islâmica da guerra fria.


ID
2790169
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Além de ser, no presente, a região de maior dinamismo econômico global, a Ásia é um espaço que abriga importantes dinâmicas políticas e de segurança que repercutem para além da própria região. Por essa razão, países que, a exemplo do Brasil, procuram, na maior aproximação com os países asiáticos, oportunidades de aprofundar sua inserção internacional devem considerar tanto os principais vetores das políticas externas na região como os antecedentes de seu próprio relacionamento no plano bilateral. A respeito desse assunto, julgue (C ou E) o próximo item.


A política externa da Índia possui como importantes vetores, em sua dimensão global, a promoção da governança, o acesso a recursos energéticos em bases estáveis, a promoção da segurança alimentar e, no plano regional, a cooperação com a China, no âmbito do BRICS, na construção de novas instituições econômicas e, bilateralmente, em iniciativas como a articulação da infraestrutura da Nova Rota da Seda.

Alternativas
Comentários
  • ERRADO.

     

    A primeira parte da assertiva está correta. Dentre os temas "permanentes" da política externa indiana, estão:

    1) a promoção da governança mulilateral (como se vê na edição de 2017 do Raisina Dialogues, organizado pelo MRE indiano e promovido com o título "the new normal: multilateralism with multipolarity");

    2) segurança alimentar, sendo este o tema mais sensível à política externa indiana nas negociações multilaterais de comércio;

    3) segurança energética: diante do crescente consumo energético, estimulado pela expansão da economia indiana, o país vem buscando consolidar relações com a Ásia Central e o Oriente Médio.

     

    O problema está na relação com a China. De fato, há pontos de convergência entre os governos indiano e chinês, como se vê na cooperação dos BRICS e na adesão indiana, como membro fundador, ao Banco Asiático de Investimento de Infraestrutura em 2016 (no qual possui 8.7% do capital subscrito). No entanto, no plano bilateral, as relações sino-indianas passam por momentos de tensão, que envolvem ao menos quatro temas:

    1) Disputas fronteiriças, herdadas do período colonial indiano e que já haviam levado a uma guerra sino-indiana, em 1962, além de incidentes menores e escaramuças em 1967 e 1987. Em 2017, houve confronto militar entre tropas chinesas e indianas na fronteira tríplice de Doklam (ou Donglang), que divide Índia, China e Butão;

    2) A expansão marítima chinesa sobre o Mar do Sul da China, que coloca em risco a política indiana de aproximação com o Oceano Índico, bem como a segurança energética do país;

    3) A intenção de adesão indiana ao Grupo de Supridores Nucleares, que já recebeu apoio de países como EUA, Rússia e Alemanha, mas que vem sendo negada pela China, sob o argumento de que a Índia não é signatária do TNP;

    4) A projeção econômica da China sobre o continente asiático, principalmente por meio da Inciativa Cinturão e Rota.

     

    Desde o lançamento da iniciativa, também conhecida como Nova Rota da Seda, a Índia vem obstando a expansão regional chinesa. O projeto da construção de um Corredor Econômico China-Paquistão, lançado no marco da C&R, foi duramente criticado pelo governo Narendra Modi por colocar em risco a soberania indiana. Na recente reunião da Organização para a Cooperação de Xangai (OCX), em junho de 2018, a Índia foi o único dos oito países a recusar-se a endossar a iniciativa C&R na declaração final.

     

    Portanto, a respeito do relacionamento com a China, a “articulação da infraestrutura da Nova Roda da Seda” não é elemento de união entre os dois países. Pelo contrário, a Índia tem se recusado a apoiar a proposta, criticando-a pelo desrespeito à soberania e à integridade territorial.

     

    (Profs. Guilherme Casarões e Bruno Rezende).

  • The New Silk Road was an initiative of the United States for and , which aimed to integrate the region and boost its potential as a area between Europe and East Asia. The initiative was announced by U.S. Secretary of State in 2011 in a speech in . The New Silk Road initiative would have linked Central and South Asia in four key areas: Regional Energy Markets, Trade and Transport, Customs and Border Operations, Businesses and People-to-People. However, the initiative never got off the ground. The term "New Silk Road" is now commonly used by journalists to refer to China's

    https://en.wikipedia.org/wiki/New_Silk_Road_Initiative

    Would you like to share explations and related informations about the subjects as way to help each other on the preparation procces? If yes, send me a message. Thanks

  • Essa questão queria que o candidato soubesse que a Índia se opõe ao BRI da China. A estratégia de política externa indiana com relação a Pequim é de "cooperação econômica e rivalidade geopolítica"

    • Cooperação: a China é o maior parceiro comercial da Índia; convergência em fóruns diversos (OCX, BRICS, BASIC, G20, OMC)(RCEP, apesar de ter saído).
    • Rivalidade: participa do QUAD; opõe-se ao BRI (lançou Projeto Mausan); tensões fronteiriças (Aksai Chin e Arunachal Pradesh); aliança sino-paquistanesa; oposição da China à Índia no NSG e CSNU.

ID
5324686
Banca
IADES
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2021
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

As missões de paz representam uma das principais linhas de atuação diplomática do Brasil no campo da paz e da segurança internacional. Acerca da participação brasileira nessas missões, julgue (C ou E) o item a seguir.

Não obstante o mandato da Missão Multidimensional Integrada das Nações Unidas para a Estabilização do Mali (MINUSMA) autorize a França a usar a força contra organizações terroristas, como a Al-Qaeda no Magrebe Islâmico, o Brasil atualmente participa dessa missão, e o governo brasileiro chegou a cogitar o envio do contingente militar que estava no Haiti para o Mali.

Alternativas
Comentários
  • O Brasil não participa da MINUSMA.