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ID
2811757
Banca
FCC
Órgão
Câmara Legislativa do Distrito Federal
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                     Juventude de hoje, de ontem e de amanhã


      A juventude é estranha porque é a velhice do mundo passada indefinidamente a limpo. Uma geração lega à outra um magma de erros e sabedoria, de vícios e virtudes, de esperanças e desilusões. O jovem é o mais velho exemplar da humanidade. Pesa-lhe a herança dos conhecimentos acumulados; pesa-lhe o desafio do que não foi conquistado; a inadequação entre o idealismo e o egoísmo prático; pesa-lhe o inconsciente da raça, esta sessão espírita permanente, através da qual cada homem se comunica com os mortos.

      No encontro de duas gerações, a que murcha e a que floresce, há uma irrisão dramática, um momento de culpas, apreensões e incertezas. As duas figuras se contemplam: o jovem é o passado do velho, e este é o futuro que o jovem contempla com horror. Assim, o momento desse encontro é um espelho cujas imagens o tempo deforma, sem que se desfaça, para o moço e para o velho, a sinistra impressão de que as duas figuras são uma coisa só, um homem só, uma tragédia só.

      O poeta romântico inglês Shelley poderia ser o padrão do adolescente de todas as épocas: nasceu de família respeitável e rica, foi bonito, sincero, revoltado, idealista, violento, amoroso, apaixonado pela vida e pela morte, inteligente, confuso e, sobretudo, de uma sensibilidade crispada. Não era um monstro: seus atos eram a consequência lógica de suas ideias, da lealdade às suas crenças. E enquanto escrevia versos musicais, fecundados de amor cósmico, esperança e idealismo social, atirava-se feroz contra o conformismo do clero, a monarquia, as leis vigentes, o farisaísmo universal.

(Adaptado de CAMPOS, Paulo Mendes. O amor acaba. São Paulo: Companhia das Letras, 2013, p. 135-136) 

A afirmação inicial A juventude é estranha encontra em seguida uma justificativa quando o autor argumenta que os jovens,

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: C  O jovem é o mais velho exemplar da humanidade. Pesa-lhe a herança dos conhecimentos acumulados; pesa-lhe o desafio do que não foi conquistado; a inadequação entre o idealismo e o egoísmo prático; pesa-lhe o inconsciente da raça, esta sessão espírita permanente, através da qual cada homem se comunica com os mortos.

  • Gabarito C

     

    C) incorporando valores de outros tempos, acumulam erros e acertos do passado, como se numa transmissão sobrenatural. 

     

     "A juventude é estranha porque é a velhice do mundo passada indefinidamente a limpo"   +  Pesa-lhe a herança dos conhecimentos acumulados; pesa-lhe o desafio do que não foi conquistado; a inadequação entre o idealismo e o egoísmo prático

  • Parem de fazer propaganda em local de estudo. Vamos denunciar vcs
  • socorro deus

  • A juventude é estranha porque é a velhice do mundo passada indefinidamente a limpo. Uma geração lega à outra um magma de erros e sabedoria, de vícios e virtudes, de esperanças e desilusões. O jovem é o mais velho exemplar da humanidade. Pesa-lhe a herança dos conhecimentos acumulados; pesa-lhe o desafio do que não foi conquistado; a inadequação entre o idealismo e o egoísmo prático; pesa-lhe o inconsciente da raça, esta sessão espírita permanente, através da qual cada homem se comunica com os mortos.

     

    Letra: C 

    Incorporando valores de outros tempos, acumulam erros e acertos do passado, como se numa transmissão sobrenatural. 

     

     

     

     

  • Letra A – ERRADA – É errado afirmar que os jovens se recusam a crer que ainda haja ideais a serem perseguidos. No primeiro parágrafo, no trecho “pesa-lhe o desafio do que não foi conquistado”, dá-se a entender que os jovens se sentem desafiados a buscar novas conquistas; no mesmo parágrafo, no trecho “[pesa-lhe] a inadequação entre o idealismo e o egoísmo prático”, é possível afirmar que o jovem é, ao mesmo tempo, idealista e egoísta. No último parágrafo, o próprio exemplo do poeta Shelley, segundo o texto um padrão que deveria ser seguido por todos os adolescentes de todas as épocas, é apresentado como idealista.

    Letra B – ERRADA – Segundo o texto, não é a juventude que é passada “a limpo”, mas sim a velhice. Esta é passada a limpo justamente na transição entre as duas gerações, a que floresce e que murcha.

    Letra C – CERTA – O trecho “Uma geração lega à outra um magma de erros e sabedoria, de vícios e virtudes, de esperanças e desilusões.” traduz a ideia de que os jovens incorporam valores de outros tempos. Além disso, no trecho “pesa-lhe o inconsciente da raça, esta sessão espírita permanente, através da qual cada homem se comunica com os mortos.”, o autor compara a transmissão de erros e acertos, de vícios e virtudes, de uma geração para outra, a uma sessão espírita permanente, fazendo, assim, uma analogia com eventos sobrenaturais. 

    Letra D – ERRADA – É errado afirmar que os jovens, de forma generalizada, rejeitam as heranças culturais disponíveis. O trecho “Pesa-lhe a herança dos conhecimentos acumulados” dá a entender que, ao herdar o conhecimento de gerações passadas, cria-se uma responsabilidade para o jovem.

    Letra E – ERRADA – Na verdade, para construir seus futuros e ideais, os jovens se espelham nos mais velhos, enxergando nestes um futuro que não desejam para si. Isso fica bem evidente no seguinte trecho “As duas figuras se contemplam: o jovem é o passado do velho, e este é o futuro que o jovem contempla com horror”. Isso significa que os jovens não se espelham em si, mas sim se espelham nos mais velhos, tomando estes, muitas vezes, como contraexemplos para o futuro que almejam ter.

    Resposta: C

  • Eita, meu Deus!!!!! esses texto que não entendo nada

  • Letra A – ERRADA – É errado afirmar que os jovens se recusam a crer que ainda haja ideais a serem perseguidos. No primeiro parágrafo, no trecho “pesa-lhe o desafio do que não foi conquistado”, dá-se a entender que os jovens se sentem desafiados a buscar novas conquistas; no mesmo parágrafo, no trecho “[pesa-lhe] a inadequação entre o idealismo e o egoísmo prático”, é possível afirmar que o jovem é, ao mesmo tempo, idealista e egoísta. No último parágrafo, o próprio exemplo do poeta Shelley, segundo o texto um padrão que deveria ser seguido por todos os adolescentes de todas as épocas, é apresentado como idealista.

    Letra B – ERRADA – Segundo o texto, não é a juventude que é passada “a limpo”, mas sim a velhice. Esta é passada a limpo justamente na transição entre as duas gerações, a que floresce e que murcha.

    Letra C – CERTA – O trecho “Uma geração lega à outra um magma de erros e sabedoria, de vícios e virtudes, de esperanças e desilusões.” traduz a ideia de que os jovens incorporam valores de outros tempos. Além disso, no trecho “pesa-lhe o inconsciente da raça, esta sessão espírita permanente, através da qual cada homem se comunica com os mortos.”, o autor compara a transmissão de erros e acertos, de vícios e virtudes, de uma geração para outra, a uma sessão espírita permanente, fazendo, assim, uma analogia com eventos sobrenaturais. 

    Letra D – ERRADA – É errado afirmar que os jovens, de forma generalizada, rejeitam as heranças culturais disponíveis. O trecho “Pesa-lhe a herança dos conhecimentos acumulados” dá a entender que, ao herdar o conhecimento de gerações passadas, cria-se uma responsabilidade para o jovem.

    Letra E – ERRADA – Na verdade, para construir seus futuros e ideais, os jovens se espelham nos mais velhos, enxergando nestes um futuro que não desejam para si. Isso fica bem evidente no seguinte trecho “As duas figuras se contemplam: o jovem é o passado do velho, e este é o futuro que o jovem contempla com horror”. Isso significa que os jovens não se espelham em si, mas sim se espelham nos mais velhos, tomando estes, muitas vezes, como contraexemplos para o futuro que almejam ter.

    Resposta: C

  • Pesa-lhe a herança dos conhecimentos acumulados; pesa-lhe o desafio do que não foi conquistado; a inadequação entre o idealismo e o egoísmo prático; pesa-lhe o inconsciente da raça, esta sessão espírita permanente, através da qual cada homem se comunica com os mortos.