Dentre as formas de manifestação da PC, a expressão diparética espástica ou piramidal é a mais frequente, promovendo um quadro de distúrbios que afetam os membros de modo bilateral, sendo mais prevalente em membros inferiores, que apresentam diminuição da amplitude de movimento nas articulações dos tornozelos, quadris e joelhos, resultante das contraturas musculares que podem se instalar, resultando em alterações significativas na base de apoio e no deslocamento do centro de gravidade, que são fatores essenciais para o desenvolvimento pleno da marcha (BELLA et al, 2012; ZUARDI et al, 2010).
Na forma espástica os sinais clínicos mais frequentes são os quadros de hipertonia muscular extensora e adutora dos membros inferiores, hiperreflexia profunda e presença do sinal de Babinski, associando com sinais de déficit de força localizado ou generalizado, dependendo da extensão do comprometimento da lesão (ROTTA, 2002).